O IMAGINÁRIO SOCIAL DE MULHERES ANALFABETAS: SIGNIFICAÇÕES DO MUNDO LETRADO. ROSA, Drª. Cristina Maria - Pesquidadora Universidade Federal de Pelotas Departamento de Ensino Faculdade de Educação Resumo: O objetivo foi descrever e categorizar sentidos atribuídos à escola por mulheres analfabetas ou pouco escolarizadas. Teoricamente apoiou-se em três fontes: a teoria do Imaginário Social (CASTORIADIS,1982 e FERREIRA, 1992); o conhecimento dos Sentidos Atribuídos à Escola (CHARLOT, 2000) e as razões de escolarização de pessoas oriundas dos meios populares (LAHIRE, 1997, BOURDIEU, 1982). De abordagem qualitativa e através da escrita de Trajetórias Escolares (ANDRÈ, 1994 e BOSI, 1994), apresenta resultados inusitados que ultrapassam o sentido funcional da escola. Para as mulheres depoentes, a escola é um espaço antropológico, um espaço de convivência, um lugar para ocupar o tempo, para repartir dores, para sonhar, para realizar projetos de vida. A pesquisa gerou uma tese de doutoramento, artigos publicados e apresentações em eventos. 1. Introdução Recorte da pesquisa realizada com mulheres em diferentes processos de letramento, na cidade de Pelotas, o fio condutor da investigação foi o imaginário social e os sentidos por ele produzidos. O estudo surgiu da observação de mulheres analfabetas que insistiam em buscar a escola e originou o desejo de investigar quais as razões dessa insistência. Base intelectual de interessados em desvendar as causas do fracasso escolar a relação entre a origem social e o êxito na escola tem sido uma das fontes para o entendimento do fenômeno do analfabetismo. A aproximação ao imaginário social foi realizada na perspectiva político-filosófica desenvolvida por Castoriadis (1982) para quem o Imaginário Social é a instância responsável pelo processo instituidor da sociedade, um “sistema de significações que toda sociedade possui, cujos sentidos traduzem uma rede de sentidos que possibilitam a coesão em torno de uma ordem/desordem vigente e que se refere às manifestações da dimensão simbólica” (OLIVEIRA, 1997). Os procedimentos metodológicos adotados se organizaram a partir do desejo de traduzir, com a mais profunda densidade (ANDRÉ, 1995), os sentidos atribuídos à escola e o registro e análise de histórias de vida de mulheres foi adotado como fonte de investigação (BOSI, 1994, p. 37). Os instrumentos foram roteiros de pesquisa respondidos por escrito, entrevistas dialogadas individuais gravadas em áudio, elaboração do diário de campo, transformação das trajetórias em relatos de vida e categorização dos sentidos atribuídos. A investigação foi realizada só com mulheres (COSTA, 1999), na faixa etária dos vinte e nove aos setenta e cinco anos. O artigo refere-se a dez mulheres pouco escolarizadas de diferentes etnicidades e estados civis, moradoras da periferia urbana da cidade e oriundas do meio rural onde trabalharam como posseiras, cozinheiras, assalariadas ou pequenas agricultoras e todas, durante a pesquisa, desempenhavam funções subalternas ou eram aposentadas. 2. Histórias de Mulheres Durante muito tempo a História foi "história de homens", generalizando a espécie e representando a humanidade. Hoje não é mais possível descrever a humanidade como sinônimo de homens e tampouco cair na tentação de escrever uma história de mulheres, como se ilhas fossem. A abordagem que tem refletido esse outro tempo diz respeito a introduzir uma “história dos gêneros” na escrita da história global. Com esse intuito, Soares (1999) realiza um inventário das concepções que representam o pensamento feminista e as problematizações compartilhadas como “a preocupação com as questões que afetam as mulheres” indicando um “avanço dos interesses das mulheres” e a “conquista e transformação do espaço social e cultural” além da centralidade conferida nas análises às “dimensões da sexualidade e a reprodução no arranjo entre os sexos” (SOARES:1999, p. 77). As relações de gênero têm recebido uma atenção especial de quem estuda a subjetividade, o imaginário e as significações imaginárias. Estudos que buscam evidenciar a “análise das relações entre os sexos a partir de sistemas culturais, marcados pelo poder” (PINTO e MIORANDO, 2000) são alguns deles. Para Thébaud (1993) “el siglo XX también es el siglo en el cual las mujeres, cada vez más mujeres, toman la palabra y el control de sus identidades visuales, subrayan las implicaciones políticas de la representación, intentan romper los esteriotipos y proponen múltiples vias de realización personal” (THÉBAUD, 1993, p. 25). Embora essa pesquisa não tenha inicialmente se inscrito no campo dos estudos de gênero, as questões de gênero se impuseram. O desejo foi conhecer qual o sentido que atribuem à escola mulheres que romperam com papéis sociais de inferioridade, argumento contundente para incluí-las como autoras da inesgotável capacidade humana de produzir e atribuir significados. 2.1 - As mulheres e os sentidos atribuídos à escola De maior longevidade entre as pesquisadas e aposentada, A tem setenta e cinco anos e, em meados de sua vida de casada, foi abandonada pelo pai dos sete filhos. Migrou da zona rural vinculada à pecuária extensiva e encontrou na cidade, o extenuante trabalho safrista na indústria do doce. O sentido atribuído à escola é o de espaço social que mediatiza a condição humana: ser gente, ser alguém, ser de respeito, não ser marginal. B tem trinta e dois anos, é solteira e tem uma filha. Faz “bicos” como faxineira, babá, ou cozinheira. Com a morte da mãe aos oito anos, foi abandonada pelo pai aos cuidados de uma irmã. Cresceu à margem de que considera respeito social. O sentido atribuído à escola é o de espaço social onde se conquista respeito, lugar que confere uma identidade, aos olhos dos outros: alguém que pensa, que sabe, que fala “coisa com coisa”, que não se deixa intimidar, que sai à rua, que “levanta a cabeça”. C é uma mulher que, aos sessenta e dois anos ainda busca a escola. Apesar de saber ler e escrever, na infância nunca foi à escola. Já trabalhou na terra como lavradora e, depois de uma passagem pelas indústrias do doce nos anos 80 como safrista, está aposentada. O sentido atribuído à escola é o de espaço social para ocupar o tempo, resgatar, através da conversa com outras mulheres, a infância longe da escola e encontrar ouvidos para suas dores. Solteira e pouco escolarizada, D, quarenta e dois anos, tem uma filha de doze. Já sonhou com a enfermagem na adolescência e até comprou livros a respeito, mas o mundo do trabalho exigiu que seus sonhos fossem abandonados. Neta de escravos, vê o trabalho que realiza – limpeza - como uma desonra, um lugar social que não quer para a filha. O sentido atribuído à escola é o de acesso a uma profissão, respeitado socialmente e bem remunerado. Aos vinte e nove anos, casada, E busca a escola com o desejo de dar continuidade a sonhos que acredita possíveis como aprender mais para ser cozinheira profissional. Refere-se à escola como um lugar de difícil acesso, não tem elementos intelectuais nem de linguagem para a interlocução com esse mundo, sente-se em desvantagem com os discursos ali proferidos. Casada, Ensino Fundamental Incompleto, F é uma mulher filha de agricultores analfabetos. Em casa a escola não foi um caminho valorizado nem oportunizado e o trabalho foi o único meio pelo qual a vida na roça foi substituída pela cidade, empregada no serviço doméstico. O sentido atribuído à escola é de portadora de saberes sem os quais a vida fica extremamente difícil profissionalmente. Filha de um casal de agricultores analfabetos e sem-terra, G perdeu a mãe muito cedo e passou a ser responsável, aos oito anos, pela gerência da casa e pelos irmãos mais novos sob a violência do pai. Aos sessenta e um anos, divorciada, muitos filhos e netos, estuda e cuida do serviço doméstico em sua residência. A escola foi a argumento central para sair do campo, das relações injustas, das impossibilidades, da ignorância. O sentido atribuído é o de realização de um projeto de vida. Com quarenta e dois anos, H é uma mulher separada que adora poesia e deseja, muito, que as filhas permaneçam na escola. Filha de agricultores, pensa realizar o sonho dos pais através das filhas e o sentido atribuído à escola é o de acesso ao mundo profissional qualificado. Interlocutora que tem uma relação dolorosa com a escola, I tem setenta e dois anos, é viúva e está aposentada. Na infância foi impedida de ir à escola, o que a revolta e mantém intacto o desejo imenso pela escolarização. É esse desejo que a fez voltar e o sentido atribuído à escola hoje se concentra na possibilidade de, com idade avançada, estar na escola, participar desse espaço de pertencimento. Última das interlocutoras, J, sessenta e dois anos, é apaixonada pelo que não conhece: a escola. Casada, quatro filhos, além do serviço doméstico, costura para familiares e vizinhas. Impedida de ir à escola pela distância e condições econômicas da família, ao migrar para Pelotas se depara com a necessidade de sustentar os filhos, adiando o sonho.O sentido atribuído à escola é fundado na emoção, é um sonho. 3. Sentido, Significado e Imaginário. Antigo e problemático tema, situado num entroncamento por onde passam a lingüística, a semiologia, a antropologia e a teoria do conhecimento, a relação entre língua, pensamento, conhecimento e realidade é que possibilita um entendimento da categoria sentido (BLIKSTEIN, 1990:17). Para o imaginário social, as significações imaginárias são muito caras, preciosas. Há uma história disponível para as construções de sentido ao entendimento da “presença epifânica da transcendência”, do “pensamento indireto” e da “imaginação abrangente” (COMERLATO, 1998, p. 36-37). Segundo a teoria do Imaginário, a sociedade ocidental amarga o processo de “desvalorização ontológica da imagem e psicológica da função da imaginação” (COMERLATO,1998, p. 36-37). Oliveira (1997) afirma que a autorização do pensamento imaginário percorre a história do pensamento ocidental. A autora localiza a disputa com o pensamento racional nos présocráticos, onde a “atualização do pensamento racional e a potencialização da função imaginante” impuseram um dualismo entre real e imaginário. O surgimento de uma outra fase em que o imaginário passa por uma autorização é, segundo a autora, fruto “da subversão” que caracteriza o fim do século XX. A fase de autorização do Imaginário inicia com as desconfianças nas teorias mestras e produz uma retomada de estudos acerca do “sistema de significações que toda sociedade possui, cujos sentidos traduzem uma rede de sentidos que possibilitam a coesão em torno da ordem/desordem vigente”, o que caracteriza o Imaginário Social. Bachelard (1986) é indicado pela autora como o pioneiro desta fase de autorização, pois introduz a discussão acerca de dois pólos irreconciliáveis, regimes que regem o homem: o regime diurno – onde o espírito científico garante a construção do real -, e o regime noturno – onde o homem sonha o imaginário. Castoriadis (1982) fala sobre a capacidade de criação histórica que chama de “criação incessante e essencialmente indeterminada (social-histórica e psíquica) de figuras/formas/imagens” e afirma que o que conhecemos por realidade e racionalidade são criações imaginárias. O imaginário, para o autor, tem o poder de criar as instituições e suas funções, assim, o sentido atribuído é uma mediação indeterminada, incessante, o instrumento para traduzir, reconstruir e criar o real, tornando verdades temporárias as figuras, as formas e as imagens que produzimos. Investigar os sentidos atribuídos à escola por mulheres é expressar singularidades e movimentos desencadeados a partir delas. Ao materializar sentidos atribuídos as interlocutoras representam a disputa por instituir, “recriar o mundo através de seus sonhos e de seu imaginário” (EIZIRIK IN: COMERLATO, 1998, p. 16). 4. Resultados de Pesquisa: os sentidos atribuídos à escola O lugar ocupado pela escola na vida das interlocutoras desse estudo está situado em uma multiplicidade de significações (CASTORIADIS, 1982), ancorado na produção simbólica herdada que, reatualizada e resignificada, passa a fazer parte do capital cultural a ser legado e é movimento. Os discursos são indícios que anunciam possibilidades de compreender as relações com a escola e se organizaram através da memória (BOSI, 1995). O capital cultural que origina as atribuições de sentido à escola está inscrito nos "mecanismos pelos quais a estrutura das relações de classe tende a se reproduzir, reproduzindo os habitus que a reproduzem" (BOURDIEU, 1982). Segundo o autor, é o capital cultural que conforma todo o campo de saberes que se relacionam com o sentido atribuído socialmente à escola. No estudo realizado, o capital cultural e o escolar não foram necessariamente reproduzidos pelas condições de classe e o rompimento com essas determinações (LAHIRE, 1997), se dá através de diversos mecanismos. O sentido que está, de alguma forma, presente em todos os outros entre as mulheres, é o que credita na escola o poder de acessar uma profissão: citado explicitamente por três delas (30%), não deixou de ser mencionado por nenhuma. O sentido atribuído à escola que mais fortemente aparece nesse grupo de interlocutoras é o de espaço social: quatro mulheres assim se referiram à escola (40%). Para as quatro mulheres restantes, a escola é um lugar de saberes (10%), um lugar que representa um projeto de vida (10%), um lugar de pertencimento (10%) e um sonho ainda não realizado (10%). Escola como espaço social refere-se a um lugar de pertencimento, de convivência, de estabelecimento de relações, de movimento. Espaço é um “lugar praticado”, diferentemente de um lugar próprio distintivo, definido geograficamente, um estático ficar, circunscrito, ocupado. Espaços são especificados pelas ações de sujeitos históricos (CERTEAU, 1994). Imaginar a escola como um espaço social não significa desejá-la do mesmo modo e ficou evidente a multiplicidade de sentidos que, complementares, refletem diferenças de capital cultural herdado. Assim, a escola é um lugar antropológico representado pela convivência com os semelhantes. Escola como acesso a uma profissão foi referenciado por mulheres que investiram profundamente na escola, através de atitudes e tentativas de legar o capital cultural relativo ao escolar, mesmo que desconhecido. Segundo mais incidente, confirma um dos sentidos instituídos: o caminho para a ascensão social. Para as mulheres, ir à escola é tornar-se um profissional e sem ela as relações de trabalho ficam fragilizadas ou impossíveis de serem exercidas. A escola é um espaço de aprendizagem de saberes para uma das mulheres e atribuir à escola esse sentido passa, necessariamente, pelos trajetos do letramento que foram possibilitados. Utilizado no sentido antropológico e político, letramento nesse caso não obedece a preceitos do mundo acadêmico, embora não os desconsiderem. Letradas são as mulheres que ousaram discutir os papéis instituídos, pela sociedade e pela escola, para si e para os seus, que ousaram imaginá-la diferente, que sonharam com a instituição de outros valores que não apenas o poder desencadeado pelo saber escolar, embora ler e escrever sejam tarefas da escola. A Escola como Projeto de Vida foi evidenciado por uma das interlocutoras e se inscreve nas escolhas éticas que cada um de nós pode vir a fazer, de acordo com a filiação moral, racional ou cultural. Projeto de vida é mais que buscar a escola para acessar uma profissão, ter saberes ou um lugar de convivência. Ter consciência de seu lugar social, dos caminhos possíveis e dos lugares que estão à espera depois da escola, para quem a entende como um projeto de vida, são apenas parcelas de significado. Projeto de vida é viver intensamente a escola e os saberes que ali estão disponibilizados, é ocupar os espaços enquanto se acessa o saber maior que será a profissão escolhida, é usufruir cada um dos momentos de convivência, trocas de saberes, enfrentamentos, disciplinamentos e realizações, não adiando para o futuro o sonho de cidadania. O significado de escola como um Sonho foi apaixonadamente comunicado pela maioria das mulheres desse estudo. Mais intensamente por uma delas. O irreal para a teoria do imaginário é a dimensão onde o regime noturno se realiza e nesse regime o homem sonha o imaginário. A criação histórica, fruto do imaginário, para Castoriadis (1982) é a capacidade de fazer surgir o que não estava dado e que não pode ser derivado daquilo que já era dado. Sonhar, para as mulheres desse estudo, é estar em permanente estado de expectativa e de desconfiança com relação ao realizado. Como em outras categorias já abordadas, também esta é originária nas trajetórias dessas admiráveis mulheres que, impedidas pela pobreza extrema, por pais violentos, por maridos ciumentos e até pela baixa auto-estima, a escola, mesmo a alcançada permanece em estado de imaginação. 5. Conclusões Explicitar e desvendar alguns sentidos atribuídos à escola através das trajetórias de mulheres significou, ao mesmo tempo, “deixar invisíveis, marginais e não-problematizados” outros tantos sentidos implícitos, impronunciados. Ao tratar das significações atribuídas à instituição escolar, pretendi instaurar a contradição dos saberes que circulam no vácuo das narrativas mestras e a teoria do Imaginário Social foi a base para compreender e depois reapresentar, quais os sentidos atribuídos à escola para um grupo de mulheres migrantes. A pluralidade de sentidos atribuídos à escola grupo de interlocutoras que de longe parece tão similar, ao se fazer ouvir, implodiu cânones, produzindo, por si mesmo, uma verdade contrariada: de que todos buscam a escola para acessar uma profissão. A migração – de espaço e/ou de sentido – que foi um dos critérios agregadores que se evidenciou a posteriori, e que produziu a necessidade de compreender o desejo de escola mesmo em lugares onde ela não é a centralidade da vida das pessoas, foi uma interessante e contraditória verdade que surgiu nesse estudo. O estudo é perpassado por memórias de professoras, de escolas, de saudades: aspectos subjetivos que constituíram a interlocução com as mulheres e que fizeram compreender que a realidade é movimento, impossível de ser aprendida, explicada, categorizada. Assim, o objeto de estudo se mostrou maior do que foi, inicialmente pensado, o que foi um grande aprendizado e a escolha da Etnometodologia para orientar o percurso investigativo originou uma relação bastante intensa entre depoentes e pesquisador, contrariando verdades sobre processos de pesquisa que exigem um distanciamento para serem respeitadas. A possibilidade de categorizar sentidos se inscreve no limite de reapresentar, reinstituir via memória, olhares já evidenciados por outras pesquisas. Mas, também, apresentar e instituir verdades ainda não afirmadas, ainda não incluídas em análises: o inédito possível, o imaginário em relação à escola. A partir da polissemia de sentidos comunicados e da profundidade dos depoimentos, embora a pesquisa não tenha inicialmente se inscrito no campo dos estudos de gênero, as questões de gênero se impuseram e exigiram pensar com mais acuidade nos discursos de mulheres, talvez a maior lição de pesquisa. Referências ANDRÉ, Marli Elisa. Etnografia da prática escolar. São Paulo: Papirus, 1995. BACHELARD, Gaston. O novo espírito científico. Lisboa: Edições 70, 1986. BOSI, Ecléa. Memória e Sociedade: lembranças de velhos. São Paulo: Companhia das Letras, 1994. BOURDIEU, Pierre. O poder simbólico. Rio de Janeiro: Betrand Brasil S.A., 1989. BOURDIEU, P. & PASSERON, J.C. A reprodução: elementos para uma teoria do sistema de ensino. Rio de Janeiro: Livraria Francisco Alves Editora AS, 1982. CARDOSO, Ruth. (org.) A aventura Antropológica: teoria e pesquisa. Rio de Janeiro, Paz e Térrea, 2004. CASTORIADIS, Cornelius. A instituição imaginária da sociedade. RJ: Paz e Terra, 1982. 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