RESUMO
COSTA JÚNIOR, Francisco José Aguiar. O DESENVOLVIMENTO DAS FORÇAS
PRODUTIVAS DO CAPITAL E A CRISE DO VALOR: ALGUMAS
CONSIDERAÇÕES LÓGICO-HISTÓRICAS. (2006.2).
A riqueza, no modo de produção do capital, caracteriza-se pela acumulação de mercadorias. O
seu valor é medido pelo tempo de trabalho humano socialmente necessário para produzi-las.
As diversas mercadorias são produtos de trabalhos distintos, mas podem ser igualadas por
serem dispêndio de força humana; por serem trabalho homogêneo abstrato. Essa abstração é
uma abstração real, pois a produção do valor passa a determinar a vida das pessoas. O
dinheiro, que representa o equivalente geral, torna-se o principal nexo social. Diferente do
modo de produção feudal, a exploração no capitalismo não pode ser mostrada, mas pode ser
demonstrada. A finalidade da produção capitalista é de produzir mais-valia. A mais-valia tem
origem no trabalho não-pago (que no capitalismo fica encoberto). A fim de aumentar a
extração de mais-valia, o capital adota novas formas de organização do processo de trabalho
que culmina com a subsunção do trabalho ao capital. Com o desenvolvimento das forças
produtivas, ocorre a substituição do trabalho vivo pelo trabalho morto (o capital torna-se o
sujeito de sua valorização) tornando evidente a contradição central do capital: a base de
valorização do capital é o trabalho vivo (tempo de trabalho) que, no decorrer da evolução das
forças produtivas, vai se tornando exíguo. Consequentemente, o valor unitário das
mercadorias vai diminuindo. Daí, com a contradição central tem-se a crise do valor: a taxa de
valorização do capital apresenta uma tendência decrescente por razões inerentes ao próprio
modo de produção. Assim, a lógica de acumulação do capital torna-se o limite para o seu
próprio desenvolvimento, criando condições para o surgimento de um modo de produção que
não se baseie na lógica do valor.
Palavras-chaves: Forças produtivas do capital, Contradição central do capital. Crise do valor.
ABSTRACT
In the capital mode of production the wealth characterizes for the accumulation of
merchandises. The value is measured by the socially necessary labor time to producing them.
The merchandises are distinct products of human concrete labor but can be equalized because
they are results of human labor force. There is a real abstraction in the sense that production
of values determines the life of the people. The fact that money is the general equivalent it
becomes the main social nexus. In the feudal mode of production the exploration can be
show; differently, in the capitalist mode of production can be demonstrated. The purpose of
the capitalist production is to produce surplus value; its origin is labor not pay (that is hidden
in the capitalism). In order to increase extraction of surplus value the mode of production
adopts important new forms of organization that culminates in the process of subordination of
the labor to capital. The development of the productive forces occurs substituting of objective
labor for living labor (the capital becomes the subject of its self valorization). This process
corresponds to central contradiction of capital. At the same time, the valorization of capital
depends on the living labor but it works reducing the time of living labor. With the central
contradiction follows the crisis of the value and the trend of decreasing of the rate of
valorization of capital. Thus, the logical of accumulation becomes the limit of the subsequent
development of capital.
Word-keys: Capital productive forces. Capital central contradiction. Crisis of value.
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