TUTORIAL – 13R Data: Aluno (a): Série: 3ª Ensino Médio Turma: Equipe de Física FÍSICA Gases Gases são fluidos no estado gasoso, a característica que o difere dos fluidos líquidos é que, quando colocado em um recipiente, este tem a capacidade de ocupa-lo totalmente. A maior parte dos elementos químicos não-metálicos conhecidos são encontrados no seu estado gasoso, em temperatura ambiente. As moléculas do gás, ao se movimentarem, colidem com as outras moléculas e com as paredes do recipiente onde se encontram, exercendo uma pressão, chamada de pressão do gás. Esta pressão tem relação com o volume do gás e à temperatura absoluta. Ao ter a temperatura aumentada, as moléculas do gás aumentam sua agitação, provocando mais colisões. Ao aumentar o volume do recipiente, as moléculas tem mais espaço para se deslocar, logo, as colisões diminuem, diminuindo a pressão. Utilizando os princípios da mecânica Newtoniana é possível estabelecer a seguinte relação: Onde: p=pressão m=massa do gás v=velocidade média das moléculas V=volume do gás. Gás perfeito ou ideal É considerado um gás perfeito quando são presentes as seguintes características: o movimento das moléculas é regido pelos princípios da mecânica Newtoniana; os choques entre as moléculas são perfeitamente elásticos, ou seja, a quantidade de movimento é conservada; não há atração e nem repulsão entre as moléculas; o volume de cada molécula é desprezível quando comparado com o volume total do gás. Energia cinética de um gás Devido às colisões entre si e com as paredes do recipiente, as moléculas mudam a sua velocidade e direção, ocasionando uma variação de energia cinética de cada uma delas. No entanto, a energia cinética média do gás permanece a mesma. Novamente utilizando-se conceitos da mecânica Newtoniana estabelece-se: Colégio A. LIESSIN – Scholem Aleichem -1- NANDA/SET/2014 - 1198 Onde: n=número molar do gás (nº de mols) R=constante universal dos gases perfeitos (R=8,31J/mol.K) T=temperatura absoluta (em Kelvin) O número de mols do gás é calculado utilizando-se sua massa molar, encontrado em tabelas periódicas e através da constante de Avogadro. Utilizando-se da relação que em 1mol de moléculas de uma substância há moléculas desta substância. Transformação Isotérmica A palavra isotérmica se refere a mesma temperatura, logo uma transformação isotérmica de uma gás, ocorre quando a temperatura inicial é conservada. A lei física que expressa essa relação é conhecida com Lei de Boyle e é matematicamente expressa por: Onde: p=pressão V=volume =constante que depende da massa, temperatura e natureza do gás. Como esta constante é a mesma para um mesmo gás, ao ser transformado, é válida a relação: Transformação Isobárica Analogamente à transformação isotérmica, quando há uma transformação isobárica, a pressão é conservada. Regida pela Lei de Charles e Gay-Lussac, esta transformação pode ser expressa por: Onde: V=volume; T=temperatura absoluta; =constante que depende da pressão, massa e natureza do gás. Assim, quando um mesmo gás muda de temperatura ou volume, é válida a relação: Transformação Isométrica A transformação isométrica também pode ser chamada isocórica e assim como nas outras transformações vistas, a isométrica se baseia em uma relação em que, para este caso, o volume se mantém. Regida pela Lei de Charles, a transformação isométrica é matematicamente expressa por: Colégio A. LIESSIN – Scholem Aleichem -2- NANDA/SET/2014 - 1198 Onde: p=pressão; T=temperatura absoluta do gás; =constante que depende do volume, massa e da natureza do gás.; Como para um mesmo gás, a constante é sempre a mesma, garantindo a validade da relação: Equação de Clapeyron Relacionando as Leis de Boyle, Charles Gay-Lussac e de Charles é possível estabelecer uma equação que relacione as variáveis de estado: pressão (p), volume (V) e temperatura absoluta (T) de um gás. Esta equação é chamada Equação de Clapeyron, em homenagem ao físico francês Paul Emile Clapeyron que foi quem a estabeleceu. Onde: p=pressão; V=volume; n=nº de mols do gás; R=constante universal dos gases perfeitos; T=temperatura absoluta. Lei geral dos gases perfeitos Através da equação de Clapeyron é possível obter uma lei que relaciona dois estados diferentes de uma transformação gasosa, desde que não haja variação na massa do gás. Considerando um estado (1) e (2) onde: Através da lei de Clapeyron: esta equação é chamada Lei geral dos gases perfeitos. Energia Interna As partículas de um sistema têm vários tipos de energia, e a soma de todas elas é o que chamamos Energia interna de um sistema. Colégio A. LIESSIN – Scholem Aleichem -3- NANDA/SET/2014 - 1198 Para que este somatório seja calculado, são consideradas as energias cinéticas de agitação , potencial de agregação, de ligação e nuclear entre as partículas. Nem todas estas energias consideradas são térmicas. Ao ser fornecida a um corpo energia térmica, provoca-se uma variação na energia interna deste corpo. Esta variação é no que se baseiam os princípios da termodinâmica. Se o sistema em que a energia interna está sofrendo variação for um gás perfeito, a energia interna será resumida na energia de translação de suas partículas, sendo calculada através da Lei de Joule: Onde: U: energia interna do gás; n: número de mol do gás; R: constante universal dos gases perfeitos; T: temperatura absoluta (kelvin). Como, para determinada massa de gás, n e R são constantes, a variação da energia interna dependerá da variação da temperatura absoluta do gás, ou seja, Quando houver aumento da temperatura absoluta ocorrerá uma variação positiva da energia interna . Quando houver diminuição da temperatura absoluta, há uma variação negativa de energia interna . E quando não houver variação na temperatura do gás, a variação da energia interna será igual a zero . Conhecendo a equação de Clepeyron, é possível compará-la a equação descrita na Lei de Joule, e assim obteremos: Trabalho de um gás Considere um gás de massa m contido em um cilindro com área de base A, provido de um êmbolo. Ao ser fornecida uma quantidade de calor Q ao sistema, este sofrerá uma expansão, sob pressão constante, como é garantido pela Lei de Gay-Lussac, e o êmbolo será deslocado. Colégio A. LIESSIN – Scholem Aleichem -4- NANDA/SET/2014 - 1198 Assim como para os sistemas mecânicos, o trabalho do sistema será dado pelo produto da força aplicada no êmbolo com o deslocamento do êmbolo no cilindro: Assim, o trabalho realizado por um sistema, em uma transformação com pressão constante, é dado pelo produto entre a pressão e a variação do volume do gás. Quando: o volume aumenta no sistema, o trabalho é positivo, ou seja, é realizado sobre o meio em que se encontra (como por exemplo empurrando o êmbolo contra seu próprio peso); o volume diminui no sistema, o trabalho é negativo, ou seja, é necessário que o sistema receba um trabalho do meio externo; o volume não é alterado, não há realização de trabalho pelo sistema. Diagrama p x V É possível representar a tranformação isobárica de um gás através de um diagrama pressão por volume: Colégio A. LIESSIN – Scholem Aleichem -5- NANDA/SET/2014 - 1198 Comparando o diagrama à expressão do cálculo do trabalho realizado por um gás , é possível verificar que o trabalho realizado é numericamente igual à area sob a curva do gráfico (em azul na figura). Com esta verificação é possível encontrar o trabalho realizado por um gás com pressão variável durante sua tranformação, que é calculado usando esta conclusão, através de um método de nível acadêmico de cálculo integral, que consiste em uma aproximação dividindo toda a área sob o gráfico em pequenos retângulos e trapézios. 1ª Lei da Termodinâmica Chamamos de 1ª Lei da Termodinâmica, o princípio da conservação de energia aplicada à termodinâmica, o que torna possível prever o comportamento de um sistema gasoso ao sofrer uma transformação termodinâmica. Analisando o princípio da conservação de energia ao contexto da termodinâmica: Um sistema não pode criar ou consumir energia, mas apenas armazená-la ou transferi-la ao meio onde se encontra, como trabalho, ou ambas as situações simultaneamente, então, ao receber uma quantidade Q de calor, esta poderá realizar um trabalho e aumentar a energia interna do sistema ΔU, ou seja, expressando matematicamente: Sendo todas as unidades medidas em Joule (J). Conhecendo esta lei, podemos observar seu comportamento para cada uma das grandezas apresentadas: Calor Trabalho Energia Interna Q/ /ΔU Recebe Realiza Aumenta >0 Cede Recebe Diminui <0 não troca não realiza e nem recebe não varia =0 Colégio A. LIESSIN – Scholem Aleichem -6- NANDA/SET/2014 - 1198 2ª Lei da Termodinâmica Dentre as duas leis da termodinâmica, a segunda é a que tem maior aplicação na construção de máquinas e utilização na indústria, pois trata diretamente do rendimento das máquinas térmicas. Dois enunciados, aparentemente diferentes ilustram a 2ª Lei da Termodinâmica, os enunciados de Clausius e Kelvin-Planck: Enunciado de Clausius: O calor não pode fluir, de forma espontânea, de um corpo de temperatura menor, para um outro corpo de temperatura mais alta. Tendo como consequência que o sentido natural do fluxo de calor é da temperatura mais alta para a mais baixa, e que para que o fluxo seja inverso é necessário que um agente externo realize um trabalho sobre este sistema. Enunciado de Kelvin-Planck: É impossível a construção de uma máquina que, operando em um ciclo termodinâmico, converta toda a quantidade de calor recebido em trabalho. Este enunciado implica que, não é possível que um dispositivo térmico tenha um rendimento de 100%, ou seja, por menor que seja, sempre há uma quantidade de calor que não se transforma em trabalho efetivo. Maquinas térmicas As máquinas térmicas foram os primeiros dispositivos mecânicos a serem utilizados em larga escala na indústria, por volta do século XVIII. Na forma mais primitiva, era usado o aquecimento para transformar água em vapor, capaz de movimentar um pistão, que por sua vez, movimentava um eixo que tornava a energia mecânica utilizável para as indústrias da época. Chamamos máquina térmica o dispositivo que, utilizando duas fontes térmicas, faz com que a energia térmica se converta em energia mecânica (trabalho). A fonte térmica fornece uma quantidade de calor que no dispositivo transforma-se em trabalho mais uma quantidade de calor que não é capaz de ser utilizado como trabalho Assim é válido que: . Utiliza-se o valor absolutos das quantidade de calor pois, em uma máquina que tem como objetivo o resfriamento, por exemplo, estes valores serão negativos. Neste caso, o fluxo de calor acontece da temperatura menor para o a maior. Mas conforme a 2ª Lei da Termodinâmica, este fluxo não acontece espontaneamente, logo é necessário que haja um trabalho externo, assim: Colégio A. LIESSIN – Scholem Aleichem -7- NANDA/SET/2014 - 1198 Rendimento das máquinas térmicas Podemos chamar de rendimento de uma máquina a relação entre a energia utilizada como forma de trabalho e a energia fornecida: Considerando: =rendimento; = trabalho convertido através da energia térmica fornecida; =quantidade de calor fornecida pela fonte de aquecimento; =quantidade de calor não transformada em trabalho. Mas como constatado: logo, podemos expressar o rendimento como: O valor mínimo para o rendimento é 0 se a máquina não realizar nenhum trabalho, e o máximo 1, se fosse possível que a máquina transformasse todo o calor recebido em trabalho, mas como visto, isto não é possível. Para sabermos este rendimento em percentual, multiplica-se o resultado obtido por 100%. Ciclo de Carnot Até meados do século XIX, acreditava-se ser possível a construção de uma máquina térmica ideal, que seria capaz de transformar toda a energia fornecida em trabalho, obtendo um rendimento total (100%). Para demonstrar que não seria possível, o engenheiro francês Nicolas Carnot (1796-1832) propôs uma máquina térmica teórica que se comportava como uma máquina de rendimento total, estabelecendo um ciclo de rendimento máximo, que mais tarde passou a ser chamado Ciclo de Carnot. Este ciclo seria composto de quatro processos, independente da substância: Colégio A. LIESSIN – Scholem Aleichem -8- NANDA/SET/2014 - 1198 Uma expansão isotérmica reversível. O sistema recebe uma quantidade de calor da fonte de aquecimento (L-M) Uma expansão adiabática reversível. O sistema não troca calor com as fontes térmicas (M-N) Uma compressão isotérmica reversível. O sistema cede calor para a fonte de resfriamento (N-O) Uma compressão adiabática reversível. O sistema não troca calor com as fontes térmicas (O-L) Numa máquina de Carnot, a quantidade de calor que é fornecida pela fonte de aquecimento e a quantidade cedida à fonte de resfriamento são proporcionais às suas temperaturas absolutas, assim: Assim, o rendimento de uma máquina de Carnot é: e Logo: Sendo: = temperatura absoluta da fonte de resfriamento = temperatura absoluta da fonte de aquecimento Com isto se conclui que para que haja 100% de rendimento, todo o calor vindo da fonte de aquecimento deverá ser transformado em trabalho, pois a temperatura absoluta da fonte de resfriamento deverá ser 0K. Partindo daí conclui-se que o zero absoluto não é possível para um sistema físico. .......................... Colégio A. LIESSIN – Scholem Aleichem -9- NANDA/SET/2014 - 1198 Exercícios 1. (UFOP-MG-09) Considere o gráfico a seguir, que descreve o comportamento da pressão e do volume de certa massa de gás ideal. Com relação às transformações mostradas acima, podemos afirmar que: a) a transformação BC é isobárica. b) a transformação AB é isotérmica. c) há uma mudança drástica do volume na transformação BC. d) a temperatura no ponto A é maior que no ponto C. 2. (UDESC-SC-09) Um motorista, antes de iniciar sua viagem, calibrou os pneus de seu carro, deixando-os a uma pressão manométrica de 150,0x103 Pa. No momento da calibração a temperatura ambiente e dos pneus era de 27,0 °C. Quando chegou ao destino de sua viagem, o motorista percebeu que a pressão manométrica do ar (gás) nos pneus aumentara para 160,0x103 Pa. Considere o ar dentro dos pneus como sendo um gás ideal. Dada a constante de Boltzmann 1,38 × 10-23 J/K. a) Ao chegar ao destino, qual a temperatura do gás nos pneus, sabendo que eles expandiram, aumentando seu volume interno em 5%. b) Considerando as condições iniciais da viagem e que os pneus suportem, no máximo, uma variação de volume de 8%, calcule a pressão do gás no interior dos pneus nessa condição limite. Sabe-se ainda que a temperatura do gás dentro dos pneus, na condição limite, atinge aproximadamente 360 K. 3. (FUVEST-SP-09) Em um freezer, muitas vezes, é difícil repetir a abertura da porta, pouco tempo após ter sido fechado, devido à diminuição da pressão interna. Essa diminuição ocorre porque o ar que entra, à temperatura ambiente, é rapidamente resfriado até a temperatura de operação, em torno de - 18 °C. Considerando um freezer doméstico, de 280 l, bem vedado, em um ambiente a 27 °C e pressão atmosférica P0, a pressão interna poderia atingir o valor mínimo de: Considere que todo o ar no interior do freezer, no instante em que a porta é fechada, está à temperatura do ambiente. Colégio A. LIESSIN – Scholem Aleichem - 10 - NANDA/SET/2014 - 1198 a) 35% de P0 b) 50% de P0 c) 67% de P0 d) 85% de P0 e) 95% de P0 4. (FGV-SP-09) Para garantir a dosagem precisa, um medicamento pediátrico é acompanhado de uma seringa. Depois de destampado o frasco de vidro que contém o remédio, a seringa é nele encaixada com seu êmbolo completamente recolhido. Em seguida, o frasco é posicionado de cabeça para baixo e o remédio é então sugado para o interior da seringa, enquanto o êmbolo é puxado para baixo. Como consequência da retirada do líquido, o ar que já se encontrava dentro do frasco, expande-se isotermicamente, preenchendo o volume antes ocupado pelo remédio. Ao retirar-se uma dose de 40 mL de líquido do frasco, que continha um volume ocupado pelo ar de 100 mL, o êmbolo encontra certa resistência, devido ao fato de a pressão no interior do frasco ter se tornado, aproximadamente, em Pa, Dados: Pressão atmosférica = 1,0x105 Pa --- Suponha que o ar dentro do frasco se comporte como um gás ideal --- Considere desprezível o atrito entre o êmbolo e a parede interna da seringa. a) b) c) d) e) 57 000. 68 000. 71 000. 83 000. 94 000. 5. (PUC-RJ-010) Seja um mol de um gás ideal a uma temperatura de 400 K e à pressão atmosférica po. Esse gás passa por uma expansão isobárica até dobrar seu volume. Em seguida, esse gás passa por uma compressão isotérmica até voltar a seu volume original. Qual a pressão ao final dos dois processos? a) 0,5 po b) 1,0 po c) 2,0 po d) 5,0 po e) 10,0 po 6. (UDESC-SC-09) O gráfico a seguir mostra a variação do volume de um gás perfeito, em função da temperatura. A transformação entre os estados A e B ocorre à pressão constante de 105N/m2, e a energia interna do gás aumenta em 1.000 J. Durante a transformação entre os estados B e C, o gás recebe calor. Colégio A. LIESSIN – Scholem Aleichem - 11 - NANDA/SET/2014 - 1198 Calcule: a) a quantidade de calor recebida pelo gás entre os estados A e B; b) o trabalho realizado sobre o gás entre os estados B e C; c) o valor da pressão do gás no estado C. 7. (UFV-MG-010) A figura a seguir ilustra um processo termodinâmico em um gás. Sabendo que durante o processo ABC a variação da energia interna do gás foi igual a U e que o trabalho realizado pelo gás no processo BC foi igual a W, então a quantidade de calor transferida ao gás no processo ABC foi: a) U + VA (PA – PC) + W b) U + PA (VB– VA) − W c) U + VC (PA – PC) + W d) U + PA (VB – VA) + W Dados: variação da energia intena: U; trabalho realizado no trecho BC: WBC = W --- De acordo com 1ª lei da termodinâmica: 8. (UFRJ-RJ-010)) Um gás ideal em equilíbrio termodinâmico tem pressão de 1,0×105 N/m2, volume de 2,0×10-3 m3 e temperatura de 300 K. O gás é aquecido lentamente à pressão constante recebendo uma quantidade de 375 J de calor até atingir um volume de 3,5×10-3 m3, no qual permanece em equilíbrio termodinâmico. a) Calcule a temperatura do gás em seu estado final de equilíbrio. b) Calcule a variação da energia interna do gás entre os estados inicial e final. 9. (ITA-SP-010) Uma parte de um cilindro está preenchida com um mol de um gás ideal monoatômico a uma pressão Po e temperatura To. Um êmbolo de massa desprezível separa o gás da outra seção do cilindro, na qual há vácuo e uma mola em seu comprimento natural presa ao êmbolo e à parede oposta do cilindro, como mostra a figura (a). O sistema está termicamente isolado e o êmbolo, inicialmente fixo, é então solto, deslocando-se vagarosamente até passar pela posição de equilíbrio, em que a sua aceleração é nula e o volume ocupado pelo gás é o dobro do original, conforme mostra a figura (b). Desprezando os atritos, determine a temperatura do gás na posição de equilíbrio em função da sua temperatura inicial. Colégio A. LIESSIN – Scholem Aleichem - 12 - NANDA/SET/2014 - 1198 10. (UFMS-MS-010) A figura da esquerda mostra um êmbolo no interior de um cilindro que está contido no interior de uma câmara. O cilindro está imerso em água com gelo, e a câmara isola termicamente todo o sistema das vizinhanças. O ar contido no interior do cilindro está em equilíbrio térmico com todo o sistema a 0oC e sua pressão é igual à pressão atmosférica externa. O cilindro pode trocar calor apenas com a água, o ar e o gelo. Em seguida, é colocado um tijolo bruscamente sobre o êmbolo, comprimindo rapidamente o ar no interior do cilindro. Após certo tempo, todo o sistema água e gelo volta novamente ao equilíbrio térmico de 0 oC, mas a pressão do ar, no interior do cilindro, fica maior que a pressão atmosférica. Com fundamentos na termodinâmica e considerando que o ar é um gás ideal e que não há vazamentos, é correto afirmar: 01) O produto da pressão do ar pelo volume que ele ocupa é igual nas duas situações de equilíbrio. 02) Na situação representada pela figura da direita, existe menos massa de gelo que na situação representada pela figura da esquerda. 04) A partir da situação representada pela figura da esquerda, até a situação representada pela figura da direita, a transformação sofrida pelo ar pode ser compreendida por dois processos termodinâmicos, o primeiro adiabático e o segundo isobárico. 08) A partir da situação representada pela figura da esquerda até a situação representada pela figura da direita, a temperatura do ar permaneceu sempre constante. 16) Não haverá troca de calor entre o cilindro e a água, mesmo depois de jogar o tijolo e esperar atingir o novo equilíbrio. Gabarito 1. B 2. a) T = 63°C b) p = 1,67.105 Pa 3. D 4. C 5. C 6. a) Q=1.500J b) W=0 --- o volume não varia 7. D 8. a) T2=525K b) DU = 225 J 9. T=(6/7)tO 10. R- (01+ 02 + 04) = 07 Colégio A. LIESSIN – Scholem Aleichem - 13 - c) PC=2.105N/m2 (Pa) NANDA/SET/2014 - 1198