ALIANÇA GLOBAL PARA DEFICIÊNCIA E DESENVOLVIMENTO – GPDD- 1 ROGÉRIO MANJATE CONSULTOR LOCAL DA GPDD E-mail: [email protected] (23 FEVEREIRO 2010) 2 TÍTULO DO PROJECTO: INCLUINDO PESSOAS COM DEFICIÊNCIA EM ESTRATÉGIAS DE REDUÇÃO DA POBREZA, CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO ECONÓMICO – PARPA INCLUSIVO EM MOÇ 3 TÍTULO DA APRESENTAÇÃO LEVANTAMENTO E ANÁLISE DE NECESSIDADES EM ESTRATÉGIAS DE COMBATE À POBREZA EM PESSOAS COM DEFICIÊNCIA 4 OBJECTIVOS DO LEVANTAMENTO DE NECESSIDADES: 1. AMPLIAR A VISÃO DOS ACTORES, OBTER SUAS IDEIAS , CONHECIMENTOS E APOIO PARA O PARPA INCLUSIVO EM MOÇAMBIQUE 2. DAR VISIBILIDADE AOS SEM VÓZ E ÀS NECESSIDADES DAS PCD, SUAS FAMÍLIAS E ORGANIZAÇÕES A QUE PERTENCEM 5 3. IDENTIFICAR E ENVOLVER AS ONGs NACIONAIS E INTERNACIONAIS LIGADAS A ÁREA DA DEFICIÊNCIA OU QUE TRABALHAM NA INCLUSÃO. 4. IDENTIFICAR, ENVOLVER E OUVIR OUTROS INTERVENIENTES LIGADOS AO PARPA EM MOÇAMBIQUE 6 METODOLOGIA A. 1ª FASE: VISITA AOS INTERVENIENTES/ ACTORES, EM PARTICULAR AOS QUE PARTICIPARAM NO LANÇAMENTO DO PARPA INCLUSIVO EM JANEIRO 2009 (Continuação) 7 B. 2ª FASE: ESTUDO DE DOCUMENTOS EXISTENTES RELACIONADOS COM DEFICIÊNCIA E DESENVOLVIMENTO DE POLÍTICA DA PCD EM MOÇAMBIQUE. * VISITA ÀS INSTITUIÇÕES DO GOVERNO PARA COLHER INFORMAÇÕES SOBRE DEFICIÊNCIA, PROGRAMAS E ACTIVIDADES DESENVOLVIDAS NA ÁREA. 8 C. 3ª FASE: QUESTIONÁRIO E ENTREVISTAS SEMI-ESTRUTURADAS. D. 4ª FASE: GRUPOS FOCAIS DE ORGANIZAÇÕES DAS PCD; ENTREVISTAS INDIVIDUAIS A PCD E AOS OFICIAIS DO GOVERNO EM TODOS OS NÍVEIS, E OUTROS INTERVENIENTES DA SOCIEDADE CIVIL . 9 PROVINCIAS CONTEMPLADAS: * NIASSA (Lichinga) * NAMPULA (- Cidade) * CABO-DELGADO (Pemba e Montepuéz) * SOFALA (Beira) * GAZA (Xai-Xai) * MAPUTO (Cidade) 10 RESULTADOS DO LEVANTAMENTO Acções facilitadoras de Inclusão da Deficiência no PARPA: * O GOVERNO ABERTO PARA O DIÁLOGO EM QUESTÕES RELEVANTES DA REDUÇÃO DA POBREZA NO SEIO DE GRUPOS VULNERÁVEIS * EXISTÊNCIA DE INSTRUMENTOS LEGAIS (OU SEJA, POLÍTICAS PARA PCD) (continuação) * MUITOS MINISTÉRIOS POSSUEM LINHAS MESTRAS PARA LIDAR COM DEFICIÊNCIA NAS SUAS INSTITUIÇÕES * EXISTÊNCIA DO FÓRUM PARA PCD (FAMOD) * EXTENSÃO DO PARPA II ATÉ 2011 12 (Continuação) * EXISTÊNCIA DE ESTUDOS RECENTES SOBRE DEFICIÊNCIA EM MOÇAMBIQUE * EXISTÊNCIA DE OPDs, PCD COM VONTADE DE PARTICIPAR NA PLANIFICAÇÃO, IMPLEMENTAÇÃO E MONITORIA DO PARPA. * TODOS OS INTERVENIENTES TÊM VONTADE PARA TRABALHAR NA ÁREA DA DEFICIÊNCIA. 13 (Continuação) EXISTÊNCIA DE ONGs SENSÍVEIS ÀS QUESTÕES DE DEFICIÊNCIA 14 NECESSIDADES DOS INTERVENIENTES: * ENVOLVIMENTO NOS ASSUNTOS LIGADOS A DEFICIÊNCIA * TREINAMENTO EM ASSUNTOS DA DEFICIÊNCIA * NECESSIDADE DE SE CRIAR UMA ALIANÇA PARA A DEFICIÊNCIA EM MOÇAMBIQUE 15 DESAFIOS ENFRETADOS PELAS PCD E SUAS ORGANIZAÇÕES * FRACA INTERACÇÃO E COOPERAÇÃO ENTRE O SECTOR DA DEFICIÊNCIA E ORGs LIGADAS A POBREZA * PCD E SUAS ORGs CONSIDERADAS BENEFICIÁRIAS DOS PROGRAMAS E PROJECTOS E NUNCA COMO PARCEIRAS. 16 * FALTA DE LEI QUE PROTEJA OU DEFENDA OS DIREITOS DAS PCD * FALTA DE LEI APROPRIADA QUE QUANTIFIQUE OU ESTABELEÇA UMA % DE EMPREGO QUE BENEFICIE PCD * FALTA DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL E ACADÉMICA PARA GRANDE PARTE DE PCD 17 (continuação) * EXCLUSÃO DE PCD NOS PROCESSOS, SESSÕES E ESTRATÉGIAS DE PLANIFICAÇÃO PARA REDUÇÃO DA POBREZA, EM TODOS OS NÍVEIS. * DEPUTADOS COM DEFICIÊNCIA NO PARLAMENTO SEM OPORTUNIDADE PARA EXPRESSAREM SEUS PONTOS DE VISTA EM SESSÕES DE TOMADA DE DECISÕES, MUITO MENOS SOBRE DEFICIÊNCIA 18 (continuação) * EXCLUSÃO DAS PCD NO SISTEMA DE DESENVOLVIMENTO POLÍTICO E ECONÓMICO * FALTA DE INTEGRAÇÃO DOS ASSUNTOS DE DEFICIÊNCIA EM TODOS OS PROGRAMAS, PLANOS E DESENVOLVIMENTO ESTRATÉGICOS DO GOVERNO 19 (Continuação) * FALTA DE FINANCIAMENTOS PARA PROJECTOS, TANTO INDIVIDUAIS COMO COLECTIVOS * EXCLUSÃO , ESTIGMA E MARGINALIZAÇÃO PELA SOCIEDADE 20 DESAFIOS ENFRENTADOS PELOS INTERVENIENTES * FALTA DE CONHECIMENTOS E INFORMAÇÃO SOBRE OPDs E SUAS ACTIVIDADES EM MOÇ. 21 (continuação) * MUITOS MINISTÉRIOS GOVERNAMENTAIS TÊM CONHECIMENTO LIMITADO SOBRE AS OPDs , EXCEPTO O MMAS, TRABALHO, OBRAS PÚBLICAS E HABITAÇÃO, EDUCAÇÃO, TRANSPORTES E COMUNICAÇÃO, JUVENTUDE E DESPORTO 22 NECESSIDADES GERAIS DAS PCD: * PARTICIPAÇÃO NAS ESTRATÉGIAS DE DESENVOLVIMENTO SÓCIOECONÓMICO E POLÍTICO DO PAÍS * PARTICIPAÇÃO NA EDUCAÇÃO, SAÚDE, EMPREGO, DESPORTO E RECREAÇÃO * ACESSO (À INFORMAÇÃO, ESPAÇOS PÚBILCOS E PRIVADOS 23 (Continuação) * TRANSPORTE E COMUNICAÇÃO, (INCLUINDO EM LINGUA DE SINAIS E BRAILE) 24 NECESSIDADES NO SECTOR DE EDUCAÇÃO * PROFESSORES ESPECIALIZADOS EM EDUCAÇÃO INCLUSIVA * QUALIDADE E QUANTIDADE DE PROFESSORES FORMADOS NA ÁREA * ACESSIBILIDADE NOS RECINTOS ESCOLARES E NAS SALAS DE AULA 25 NECESSIDADES DAS PCD JUNTO DAS AUTORIDADES MUNICIPAIS * OS CONSELHOS MUNICIPAIS SEJAM INCLUSIVOS NOS SEUS PROGRAMAS. 26 SECTOR DA AGRICULTURA * MINISTÉRIO DA AGRICULTURA NÃO É INCLUSIVO NO SEU PROGRAMA DE REVOLUÇÃO VERDE * PCD CONTINUAM SEM ACESSO A TERRA * SEM OPORTUNIDADE PARA ACEDER À TERRA E AOS MEIOS DE PRODUÇÃO 27 SECTOR DA SAÚDE * ATITUDES NEGATIVAS PERPETRADAS PELO PESSOAL DE SAÚDE (E SEM CONHECIMENTOD DE LÍNGUA DE SINAIS E BRAILE) * FALTA DE FACILIDADES HOSPITALARES NAS ZONAS RURAIS * FALTA DE SERVIÇOS ESPECIALIZADOS E N° REDUZIDO DE PROFISSIONAIS DE REABILITAÇÃO NOS DISTRITOS E COMUNIDADES 28 (continuação) * ESCASSÉZ DE MATERIAL DE COMPENSAÇÃO, QUANDO A PROCURA É MAIOR * MEDICAÇÃO E EQUIPAMENTO ESPECÍFICOS PARA CERTO TIPO DE DEFICIÊNCIA NÃO DISPONÍVEIS NOS HOSPITAIS 29 SECTOR DAS OBRA PÚBLICAS E HABITAÇÃO * MUITAS PCD SEM HABITAÇÃO * PEDIDOS DE CRÉDITO PARA HABITAÇÃO RECUSADOS *FALTA DA FORÇA DE LEI E DE MECANISMOS DE CONTROLO E MONITORIA NAS CONSTRUÇÕES * FUNDO DE HABITAÇÃO PARA JOVENS NO GERAL , SEM PROVISÃO PARA JOVENS COM DEFICIÊNCIA 30 SECTOR DA MULHER E ACÇÃO SOCIAL * FALTA DE PARTILHA DA INFORMAÇÃO COM AS OPDs EM RELAÇÃO ÀS ACTIVIDADES DESENVOLVIDAS NO SECTOR (A NÍVEL PROVINCIAL E DISTRITAL) * MMAS COM VERBA LIMITADA PARA A ÁREA DA DEFICIÊNCIA 31 SECTOR DAS FINANÇAS MF NÃO PRIORIZA A ÁREA DA DEFICIÊNCIA EM MOÇ (MMAS COM MENOR ORÇAMENTO DO ESTADO & INAS SEM RECURSOS SUFICIENTES PARA ATENDER TODAS NECESSIDADES DAS PCD) 32 CONCLUSÕES GERAIS * ASSUNTOS DA DEFICIÊNCIA RELEGADOS AO 2° PLANO * AUTO-EXCLUSÃO: PCD OPTAM PELA AUTO-EXCLUSÃO DEVIDO ÀS ATITUDES NEGATIVAS DA SOCIEDADE 33 (continuação) * PCD NÃO PARTICIPAM EM PROCESSOS QUE TÊM A VER COM A VIDA DA SOCIEDADE EM QUE VIVEM DEVIDO AO ISOLAMENTO A QUE ESTÃO SUJEITOS * PCD SEM ACESSO À EDUCAÇÃO, SERVIÇOS DE SAÚDE E OUTRAS NECESSIDADES BÁSICAS 34 (continuação) * PCD EM TODO O PAÍS TÊM POUCAS OPORTUNIDADES PARA DISCUTIR/NEGOCIAR OS SEUS DIREITOS * APARENTE RECUSA DE RESPONSABILIDADE ENTRE OS MINISTÉRIOS NO QUE TOCA À IMPLEMENTAÇÃO DAS ESTATÉGIAS DE REDUÇÃO DA POBREZA NAS PCD 35 (continuação) Resultado: * (QUASE) TODA RESPONSABILIDADE É IMPUTADA AO MMAS, PONDO EM CAUSA A TRANSVERSALIDADE DA DEFICIÊNCIA. 36 RECOMENDAÇÕES PARA O GOVERNO * O GOVERNO DEVE EMANAR LEIS QUE PROTEJAM OS DIREITOS DAS PCD * O GOVERNO DEVE ENVOLVER OS MINISTÉRIOS DAS FINANÇAS, TURISMO E AGRICULTURA NA INTEGRAÇÃO DA DEFICIÊNCIA NOS PROGRAMAS DE DESENVOLVIMENTO. 37 (continuação) * MINED DEVE LEVAR ACABO CAMPANHAS DE EDUCAÇÃO E DE FORMAÇÃO VOCACIONAL DIRECCIONADAS AOS JOVENS E ADULTOS COM DEFICIÊNCIA COMO FORMA DE MINIMIZAR A FALTA DE ESCOLARIZAÇÃO E GALVANIZAR O EMPREENDEDORISMO 38 RECOMENDAÇÕES PARA MMAS * O MMAS EM COORDENAÇÃO COM O INAS DEVE ORÇAMENTAR PARA COBRIR AS NECESSIDADES DAS PCD DE MODO QUE O MF POSSA TOMAR A PEITO AS NECESSIDADES DESTE SEGMENTO POPULACIONAL 39 (continuação) * MMAS DEVE PROPÔR AO GOVERNO A MONTAGEM DE UMA FÁBRICA DE PRODUÇÃO DE MATERIAL DE COMPENSAÇÃO (COMO MULETAS) USANDO ALUMÍNIO QUE O PAÍS PRODUZ. 40 RECOMENDAÇÕES: SECTOR DE TURISMO * OPORTUNIDADES DEVEM SER DADAS TAMBÉM A PCD NA EXPLORAÇÃO DE ÁREAS TURÍSTICAS E RECURSOS À SEMELHANÇA DOS NÃODEFICIENTES 41 (continuação) * AS INFRAESTRUTURAS TURÍSTICAS DEVEM SER ACESSÍVEIS A PCD. * TODOS OS ASPECTOS DISCRIMINATÓRIOS DEVEM SER SUPRIDOS DE MODO A CONFERIR MAIOR PARTICIPAÇÃO DE PCD A USUFRUIR DOS ESPAÇOS E DOS MESMOSRECURSOS NATURAIS . 42 RECOMENDAÇÕES: MINISTÉRIO DAS FINANÇAS * MF DEVE CONSIDERAR AS SOLICITAÇÕES ORÇAMENTAIS DO MMAS (E DO INAS) PARA ATENDER NECESSIDADES ACRESCIDAS DE PCD 43 RECOMENDAÇÕES : GPDD & B. MUNDIAL * A GPDD & O BM DEVEM FORTIFICAR O PAPEL DOS ÓRGÃOS DE INFORMAÇÃO EM MOÇ DE MODO A SABER DIVULGAR ASSUNTOS LIGADOS A DEFICIÊNCIA NA ACTUALIDADE (LIVRE DE LINGUAGEM CONOTATIVA E /OU PEJORATIVA). * CAPACITAR JORNALISTAS DE MODO A CONFERIR-LHES CONHECIMENTOS SUFICIENTES SOBRE ASSUNTOS DA DEFICIÊNCIA E DIREITOS HUMANOS DAS PCD. 44 (continuação) * GPDD & BM DEVEM APOIAR O GOVERNO A DESENVOLVER MECANISMOS QUE GARANTAM A IMPLEMENTAÇÃO DAS PROVISÕES DA CONVENÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE OS DIREITOS DAS PCD. 45 (continuação) GPDD, BM E OUTRAS AGÊNCIAS DOADORAS DEVEM GARANTIR QUE TUDO O QUE É PLANIFICADO PELO GOVERNO (COM FINANCIAMENTO DESTES DOADORES) SEJA IMPLEMENTADO DE FORMA INCLUSIVA 46 (continuação) * À SEMELHANÇA DO APOIO A DAR AO GOVERNO, AS OPDs PRECISAM DE EMPODERAMENTO PARA QUE SEJAM CAPAZES DE INFERIR MUDANÇAS NA SOCIEDADE 47 FIM 48 MUITO OBRIGADO Rogério Manjate 49