PROGRAMA DE ATENÇÃO INTEGRAL A SAÚDE
DOS ADOLESCENTES E JOVENS EM CONFLITO
COM A LEI DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
Juliana Conceição Fagundes Pinto
II Congresso Consad de Gestão Pública – Painel 62: Gestão em segurança pública
PROGRAMA DE ATENÇÃO INTEGRAL A SAÚDE DOS ADOLESCENTES E JOVENS
EM CONFLITO COM A LEI DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
Juliana Conceição Fagundes Pinto
RESUMO
O presente trabalho tem por objetivo apresentar os resultados alcançados através
de uma nova modalidade gestão, que se dá por meio de Contratualização por
Resultados, implementada no Espírito Santo, onde a Secretaria de Estado da Saúde
(SESA) firmou com uma entidade de direito privado sem fins lucrativos, qualificada
como Organização da Sociedade Civil de Interesse Público – OSCIP/Instituto
Solidário, a celebração de Termo de Parceria para prestação de serviços de saúde,
em caráter complementar, nas Unidades do Instituto de Atendimento SócioEducativo do Espírito Santo – IASES. Até o ano de 2006 o atendimento era
realizado na Rede SUS, ficando comprometido por dificuldades tais como: demora
no atendimento, insuficiência de especialidades e insegurança (risco de fugas e
resgates). O trabalho objetiva a apresentar as metas pactuadas, a avaliação de
desempenho e os resultados alcançados, bem como os impactos desse modelo de
gestão na qualidade do atendimento em saúde aos adolescentes custodiados nas
unidades do IASES.
SUMÁRIO
1 APRESENTAÇÃO................................................................................................... 03
2 JUSTIFICATIVA...................................................................................................... 04
3 PÚBLICO ALVO...................................................................................................... 06
4 OBJETIVOS............................................................................................................ 07
4.1 Objetivo geral....................................................................................................... 07
4.2 Objetivos específicos........................................................................................... 07
5 METAS.................................................................................................................... 08
6 AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO........................................................................... 10
7 RESULTADOS ATINGIDOS................................................................................... 11
7.1 Quantitativo de atendimento referente aos anos 2007 e 2008............................ 13
7.2 Apresentação de ações....................................................................................... 15
8 DIFICULDADES PARA IMPLANTAÇÃO................................................................ 18
9 REFERÊNCIAS....................................................................................................... 19
10 ANEXOS............................................................................................................... 20
3
1 APRESENTAÇÃO
O Instituto de Atendimento Sócio-Educativo do Espírito Santo (IASES) é
uma autarquia com personalidade jurídica de direito público interno, com autonomia
administrativa e financeira, vinculada à Secretaria de Estado da Justiça (SEJUS),
mantida pelo Governo do Estado do Espírito Santo.
O IASES tem por finalidade formular, implementar , assessorar e manter o
sistema de atendimento responsável pela execução das medidas sócio-educativas
ao adolescente em conflito com a lei.
O Instituto detém como principais objetivos formular a política estadual de
atendimento ao adolescente em conflito com a lei, em consonância com a legislação
pertinente e orientada pelos princípios do respeito à dignidade da pessoa humana,
aos direitos humanos, à eqüidade e à justiça social, assim como promover a defesa
dos direitos do adolescente em conflito com a lei, conforme as diretrizes fixadas na
Lei Federal no 8.069, de 13.7.1990; definir as diretrizes políticas e técnicas de
atendimento, supervisão e acompanhamento das ações de medida sócio-educativa
em meio fechado, restritivo de liberdade e aberto; além de articular e integrar ações
intra e intergovernamentais e estabelecer parcerias com municípios e organizações
da sociedade civil, com vistas a criar uma rede de atenção ao adolescente egresso
do sistema de medidas sócio-educativas.
A Instituição é composta pela Unidade de Internação Sócio-Educativa
masculina (UNIS), Unidade Feminina de Internação (UFI); Unidade de Internação
Provisória (UNIP), e recém a inaugurada (fevereiro/2009) Unidade de Internação
Centro Sócio Educativo (CSE), todas situadas no município de Cariacica/ES e a
unidade de Atendimento Inicial do Centro Integrado de Atendimento Sócio-Educativo
(CIASE), no município de Vitória/ES.
A proposta de trabalho do IASES está balizada na Lei 8.069, de 13 de
julho de 1990, Estatuto da Criança e do Adolescente (ECRIAD) e no Sistema
Nacional de Atendimento Sócio Educativo (SINASE), visando proporcionar ao
adolescente em conflito com a lei, um efetivo processo de ressignificação de seus
valores pessoais e coletivos, respeitando sua individualidade e o devido
atendimento, orientação e encaminhamento aos seus familiares, tornando mais
ameno seu processo de restrição de liberdade.
4
2 JUSTIFICATIVA
No que diz respeito a saúde dos adolescentes, considerando as garantias
já previstas Carta Magna de 1988 e no Estatuto da Criança e do Adolescente
(ECRIAD), percebeu-se que não se faziam suficientes e eficazes.
Assim, visando garantir um atendimento de qualidade e humanitário aos
adolescentes autores de atos infracionais, vários segmentos do governo se reuniram
para articulações, culminando na promulgação de duas Portarias Interministeriais
(No 1426, de 14/07/2004 e a de No 340, de 14/07/2004).
Nelas estão descritas as diretrizes, normas, fluxos e critérios para
estabelecimentos de atendimento em saúde a adolescentes em conflito com a lei,
que objetivam subsidiar os Estados a confeccionarem um Plano Operativo Estadual
de Atenção a Saúde do Adolescente em Conflito com a Lei, que sendo aprovado
pelo Ministério da Saúde e pelas Secretarias envolvidas, receberão um orçamento,
com valores fixados nas postarias supra mencionadas, para auxiliar no
desenvolvimento dessa atividade.
O governo do Estado, através da Secretaria de Estado da Saúde (SESA),
almejando progredir no atendimento prestado ao público em tela, e buscando
garantir as legislações e normativas vigentes, realizou no ano de 2006 um Edital de
Projetos, onde contratualizou serviços por resultados com de uma entidade de
direito privado sem fins lucrativos, qualificada como Organização da Sociedade Civil
de Interesse Público – OSCIP, para a celebração de Termo de Parceria para
prestação de serviços de saúde, em caráter complementar, nas Unidades do
Instituto de Atendimento Sócio-Educativo do Espírito Santo (IASES).
O atendimento deu início em outubro de 2006, e anterior a essa data
todos os atendimentos em saúde eram realizados na Rede SUS, nas unidades
básicas e pronto atendimentos das comunidades vizinhas, o que ocasionava uma
serie de dificuldades e exposições ao processo de trabalho.
Dentre as fragilidades vivenciadas estavam exposição ao adolescentes a
situações vexatórias, descontentamento da comunidade, não continuidade dos
tratamentos, comprometimento das ações de segurança, além do alto custo com
transporte e recursos humanos no translado dos púberes.
5
A estratégia de trabalho adotada esta compreendida nos referenciais do
Programa Saúde da Família, como poderão ser observadas no quadro de metas
expostas mais a frente.
6
3 PÚBLICO ALVO
Adolescentes do sexo Masculino e Feminino, com idade de 12 a 20 anos
completos, em cumprimento de medida sócio educativa, custodiados nas unidades
de atendimento do IASES.
7
4 OBJETIVOS
4.1 Objetivo geral
Prestar atenção integral à saúde dos adolescentes e jovens custodiados
no Instituto e Atendimento Sócio Educativo do Espírito Santo – IASES.
4.2 Objetivos específicos
Trabalhar o conceito de saúde numa visão do cuidado, rompendo com
o binômio saúde-doença;
Realizar ações de saúde balizadas nas linhas guias da Estratégia
Saúde da Família;
Sensibilizar o público alvo sobre saúde preventiva e educativa;
Estabelecer fluxos e protocolos próprios ao público beneficiado;
Realizar intervenções de promoção, prevenção e tratamento dos
agravos em saúde;
Controlar e tratar integralmente os agravos em saúde próprios de
pessoas em confinamento;
Subsidiar e propor a outros segmentos competentes, quanto a adoção
de novas estratégias e serviços a serem acrescidos a assistência do
publico alvo, a partir dos resultados apresentados.
8
5 METAS
PROGRAMAS
1 – TUBERCULOSE
2 – HANSENÍASE
INDICADORES POR ANO
- Investigar 100% os casos sintomáticos respiratórios;
- Tratar 100% dos casos diagnosticados
- Tratar 100% dos casos diagnosticados;
- Contactar 100%dos comunicantes, ou seja, seus companheiros de
unidade, funcionários e seus familiares
3 – SAÚDE BUCAL
- Promover 100% de acesso à higiene oral (distribuição e manutenção
regular de pasta e escova de dente);
- Trabalhar a Promoção da Saúde Bucal de 100% dos adolescentes,
com ênfase na educação e prevenção (palestra, folder etc).
- Identificar e trata 100% dos diagnósticos de câncer de boca,
periodontites severas e urgências – (cáries profundas, infecções
dentárias e abscessos);
4 – SAÚDE DA MULHER
- Realizar 100% de Colpocitologia;
- Oferecer assistência ao pré-natal e ao planejamento familiar em100%
das adolescentes que necessitarem. E as especificidades da gravidez na
adolescência
5 – SAÚDE MENTAL
- Oferecer atividade educativa uma vez por mês, completando o eixo
prioritário;
- Oferecer modalidade de atividade física 03 vezes por semana;
- Promover atividade laboral para 30% dos usuários cadastrados em
cada equipe em um ano;
- Tratar 100% dos casos de dependência química e álcool;
- Realizar 1ª consulta (definir a primeira consulta): em 100% da
população.
6 – IMUNIZAÇÃO
- Vacinação contra a difteria e tétano com a vacina dupla bacteriana do
tipo adulto-dt 100%.
O esquema vacinal é de 3 doses aplicadas em intervalos de 60 dias
entre as doses para os nunca vacinados ou com vacinação
desconhecida e uma doze de reforço deve ser agendada por toda a
vida, de 10 em 10 anos, após a vacinação com as 3 doses. Esquema
incompleto basta completar, não sendo necessário reinicia.
- Vacinação contra Hepatite B 100%
Toda a população deverá ser vacinada contra a hepatite B. O
esquema completo é de três doses. A 2ª dose é aplicada 30 dias após
a 1ª e a 3ªdose, 6 meses após a 1ª dose.
- Vacinação contra Sarampo, Caxumba e Rubéola – SCR ou Tríplice
9
Viral 100%.
- O esquema vacinal recomendado é de que a população menor que
20 anos receba 2 doses da vacina Tríplice Viral.
- Vacinação contra Pneumococos 100%
Pessoas portadoras da doença.
7 – DST/AIDIS
- Distribuição de Preservativos a 100% da população;
- Palestra sobre Prevenção em DST/AIDS e Hepatite;
- Diagnosticar e Trata os casos de AIDS, Hepatite, Sífilis e outras DST.
8 – TABAGISMO
- Assessorar e estimular o desenvolvimento de ações educativas
pontuais por ocasião das campanhas;
- Criação de fumódromos;
- Alertar os profissionais e os adolescentes para a importância do
abandono do tabaco, através de palestras e campanhas;
- Apoiar a população que desejar parar de fumar oferecendo condições
de tratamento.
10
6 AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO
A avaliação de desempenho se dá quadrimestralmente.
QUESITO
1. Cumprimento dos programas
2. Pesquisa de Satisfação do Cliente
3. Contrapartida social
DETALHAMENTO
Cumprimento das etapas dos programas,
conforme
cronograma
de
execução
apresentado pela OSCIP para:
Tuberculose
10
95 a 100%
Hanseníase
6
79 a 94%
Saúde Bucal
Saúde da Mulher
73 a 78%
3
Imunização
<73%
0
DST/AIDS
Tabagismo
Satisfação dos Adolescentes e Jovens do IASES pontuada por
quadrimestre, conforme a seguinte graduação:
90 a 100%
10
80 a 89%
8
70 a 79%
5
60 a 69%
3
< 60%
0
Homem/hora de curso/palestras por mês para os adolescentes internos
ofertados pela contratada, nas áreas de musica, teatro, saúde, pintura,
0,5 pontos por
trabalhos manuais, cursos profissionalizantes etc.
hora
4. Assiduidade
Percentual de Assiduidade dos membros da equipe apurado através do
controle de freqüência.
5. Pontualidade
Percentual de pontualidade dos membros das equipes apurado através do
controle de freqüência.
6. Organização administrativa
7. Apresentação dos profissionais
TOTAL MÁXIMO DE PONTOS
PONTUAÇÃO
Parâmetros
Valor
Máximo
Avaliação feita pela Comissão Avaliadora do Contrato de Gestão,
considerando:
Pontualidade na entrega dos relatórios;
Qualidade das informações prestadas;
Capacidade de gestão administrativa.
Avaliação feita pela Comissão Avaliadora do Contrato de Gestão,
considerando:
Asseio;
Utilização de Uniforme;
Utilização de crachá de identificação.
10
10
Limitado a
10H/h por
mês
PESO
3
2
PONTUAÇÃO
MÁXIMA
30
20
2
10
90 a 100
<90
5
0
5
90 a 100
<90
5
0
5
0 a 10
10
2
20
0a5
5
2
10
5
5
100
11
7 RESULTADOS ATINGIDOS
Antes da apresentação numérica é importante uma apresentação e
avaliação qualitativa, perpassando pela relatoria da construção do processo de
parceria até o alcance dos resultados, já que a performance de desempenho ocorreu
de forma gradual.
Firmado o Termo de Parceria, a Secretaria de Estado da Saúde (SESA)
constitui e publicou em Diário Oficial do Estado a Comissão de Avaliação, composta
de 01 (um) representante da SESA, 01 (um) representante do IASES, 01 (um)
representante da OSCIP e 01 (um) representante do Conselho Estadual de Saúde.
Na oportunidade em que a equipe de saúde deu início as atividades a
Comissão de Avaliação ainda não contava com instrumentos claros para a
realização do monitoramento das ações.
Os leitores devem se perguntar: se já existem as metas, há um caminho a
ser percorrido; é verdade. Entretanto trabalhar uma política de saúde, política essa
tão complexa de ser executada, para nós cidadãos livres, imagine num Sistema
socioeducativo de restrição de liberdade, com sujeitos em pleno desenvolvimento de
sua personalidade, que é a característica marcante do adolescente.
Como as dificuldades fazem parte sucesso, não deixamos nos paralisar
por essa falta de recurso, e assim demos inicio ao monitoramento esboçando uma
modelo de relatório, que diga-se de passagem já passou por várias adaptações, e
sob os dados apresentados que avaliamos mensalmente íamos tendo subsidio para
a realização da Avaliação.
É importante frisar que esse processo se dá de forma participativa. O
envolvimento do parceiro na comissão se faz de extrema importância para que ele,
em conjunto com o parceiro público, trabalhe no aperfeiçoamento técnico da
parceria. Por outro lado, resguardada a importância do Conselho de Saúde no
âmbito da construção da política pública, cabe aqui destacar que este ainda possui
dificuldades em entender o seu papel no aspecto da avaliação da execução: aqui a
premissa da fiscalização pura e simples deve dar lugar a construção de idéias
conjuntas, objetivando resultados. E essa dificuldade percebemos que ainda não foi
totalmente superada pelo Conselho, percebida por meio, inclusive, do baixo nível de
participação nas reuniões da comissão para a avaliação técnica da política pública e
dos resultados alcançados pela parceria (Juliana, veja se é pertinente).
A comissão procede a avaliação sobre os dados apresentados
mensalmente: isso é considerado um fator importante no processo de adaptação
12
quanto no processo de busca pela melhoria contínua dos instrumentais e dos
serviços ofertados.
Como a planilha (Anexo 1) para acompanhamento das ações são
expressas por valores numéricos, e algumas vezes e por alguns fatos próprios e
característicos do Sistema de Segurança, foi necessário incluir como metodologia de
monitoramento visita in loco, para constatar as informações expressas, e juntos
propormos novas estratégias e ações, para superarmos o que se apresentava como
enfrentamento.
E nesse continuo processo de construção coletiva, fomos dando cara
nova a alguns procedimentos velhos, e outros que relataremos no item dificuldades
ainda continuamos a vivenciar, na certeza de que coletivamente encontraremos
respostas e organizaremos estratégias de superação.
É mister ressaltar, que muitos profissionais de saúde ao visualizarem as
metas, devem se questionar o que será que tem de novo nesse trabalho, já que, na
sua maioria, são padronizadas pelo Ministério da Saúde. Por este aspecto de fato
isso ocorre; mas aqui o peculiar é que este processo de trabalho não está
simplesmente no fazer profissional, e sim também no planejamento.
Insta considerar que além de aglutinarmos os profissionais da saúde com
seus saberes e disponibilidade, estamos agregando também os profissionais de
segurança, que valiosamente contribuem para o sucesso das metas e indicadores
previamente definidos.
Num sistema de segurança podemos considerar a disciplina como o
cerne da questão, e aqui não estamos nos referindo a disciplina num referencial
opressor e contendor, mas no limiar da prevenção e da promoção de hábitos
saudáveis.
Importante considerar ainda, que um recurso de Avaliação que também
faz parte da nossa metodologia é a Pesquisa de Satisfação do Cliente, que pode ser
conferida no Anexo 2.
Com esse instrumento conseguimos visualizar, como os adolescentes e
jovens estão percebendo o serviço, já que no campo comentários, eles
frequentemente expressam o que não está a contento deles. A partir daí, traçamos
estratégias que melhor se adaptem ao acolhimento das demandas apresentadas.
Superando gradativamente as crises, comum a novos modelos de
trabalho, passamos a expor alguns resultados colhidos ao longo desse processo.
13
7.1 Quantitativo de atendimento referente aos anos 2007 e 2008
Área de Atuação
Total
Consultas Clínica Médica
5.300
Consultas Psiquiátricas
324
Consultas de Enfermagem
1.560
Consultas Odontológicas
2.240
Atendimentos de Enfermagem
40.955
Atendimento Individual – Psicologia
115
Atendimentos do Núcleo Sócio Terapêutico
5.398
Atendimento de Serviço Social
188
Uso de Psicotrópicos
1.091
Encaminhamento ao Pronto Socorro
246
Consulta Especializada
127
Exame Especializado
27
Total Geral
57.571
ANO 2007
Mês
Jan/07
Fev/07
Mar/07
Total de Atendimentos
1.009
1.005
1.408
ANO 2008
Mês
Jan/08
Fev/08
Mar/08
Total de Atendimentos
4.917
5.309
4.510
ANO 2009
Mês
Jan/09
Fev/09
Mar/09
Total de Atendimentos
4.976
5.222
4.896
14
Após apresentarmos os quadros acima, percebemos a importância de
apresentarmos algumas ações desenvolvidas pela equipe no cotidiano. Algumas das
intervenções profissionais que serão visualizadas a seguir são de significado impar
para alguns desses adolescentes.
Podemos citar como exemplo as ações de saúde bucal – como é de
conhecimento de muitos, esse serviço apresenta uma demanda reprimida
substancial no cenário nacional – na faixa etária que o nosso público se encontra a
apresentação estética representa um fator importante para constituição da auto
estima, e consequentemente na constituição de sua personalidade, sendo assim
esse serviço é muito disputado e referenciado pelos socioeducandos.
15
7.2 Apresentação de ações
16
17
18
8 DIFICULDADES PARA IMPLANTAÇÃO
Como já referido anteriormente, e sem muita diferença de todo início de
implantação de processo de trabalho, neste também experimentamos algumas
dificuldades, que relataremos a seguir.
Uma dos primeiros entraves se constitui por parte dos adolescentes e
jovens beneficiários do serviço, pois como a constituição de uma equipe de saúde
própria para atende-los, suas saídas externas para a Rede SUS foram cessadas,
salvo em casos expressos; como essa prática era freqüente, e em algumas vezes
eles utilizarem desse recurso para ter contato com o mundo externo, isso gerou um
desconforto, mas com o passar do tempo houve em vínculo com a equip e essa
situação foi superada.
Outro percalço inicial se deu devido a considerável rotatividade da equipe,
por ser um serviço e um público alvo em condições peculiares de atendimento,
vários componentes da equipe não se adaptaram as condições próprias do processo
de trabalho se desligando. No entanto, já conseguimos constituir um quadro de
servidores e também superamos essa fragilidade.
Por mais que pareça curioso, foi desafiador sensibilizar outros
profissionais da comunidade sócio educativa quanto a relevância e importância de
focarmos nossas ações compreendidas na visão de saúde enquanto prevenção e
promoção de saúde, já que muitos atores supervalorizam as ações de urgência e
emergência.
Ao longo do tempo fomos trabalhando com eles que essas ações eram
importantes e também necessárias, mas o que de fato faz a diferença é a projeção
de novos hábitos e costumes saudáveis, e que isso influenciaria na saúde física e
mental dos socioeducandos. Por ser um processo, frequentemente estamos
trabalhando a importância de difundirmos esse ideal.
Pela questão já exposta acima, outro enfrentamento passa pela
dificuldade que a equipe encontra de cumprir as agendas programadas. Aqui, ações
permanentes são realizadas com os demais funcionários, trabalhando com eles, que
o referencial para se cumprir as metas pactuadas, passa exclusivamente pela
programação de nosso trabalho, não sendo cumprido estamos contribuindo para
ineficácia de um projeto de relevância social.
19
9 REFERÊNCIAS
ÁLVAREZ, G. Estatuto da criança e adolescente: direitos e deveres. Disponível
em: <http:// www.vrnet.com.br/pauline/docs>. Acesso em: jul. 2006.
BOFF, L. Saber cuidar: ética do humano – compaixão pela terra. Petrópolis, RJ:
Vozes, 1999.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil: promulgada em 5 de
outubro de 1988. São Paulo: Saraiva, 2003.
______. Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990. Estatuto da criança e do
adolescente e legislação congênere. 4. ed. Vitória: Ministério Público do Estado
do Espírito Santo, 2002.
______. Ministério da Saúde: Portaria Interministerial no 340 de 14 de julho de 2004.
Disponível em: <www.saude.gov.br>.
______. Ministério da Saúde: Portaria Interministerial no 1.426 de 14 de julho de
2004. Disponível em: <www.saude.gov.br>.
______. Presidência da República. Secretaria Especial dos Direitos Humanos.
Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente. Sistema Nacional de
Atendimento Socioeducativo. Brasília/DF: CONANDA, 2006.
___________________________________________________________________
AUTORIA
Juliana Conceição Fagundes Pinto – Formada em Serviço Social pela Universidade Federal do
Espírito Santo (UFES), Pós Graduada em Saúde e Intervenção Psicossocial, pela Escola de Estudos
Avançados e Pesquisa (EAP) em Vitória/ES, atualmente Chefe de Núcleo Sócio Terapêutico do
IASES.
Endereço eletrônico: [email protected]
20
10 ANEXOS
ANEXO 1
PERÍODO/Mês
Atividades
Consultas Médicas
Unidades
UNIS
UNIP
UFI
CIASE
TOTAL
Consultas Psiquiátricas
UNIS
UNIP
UFI
CIASE
TOTAL
Consultas Odontológicas
UNIS
UNIP
UFI
CIASE
TOTAL
Consultas de Enfermagem
UNIS
UNIP
UFI
CIASE
TOTAL
Atendimentos de Enfermagem
UNIS
UNIP
UFI
CIASE
TOTAL
Atendimentos Sócio Terapêuticos
TOTAL
UNIS
UNIP
UFI
CIASE
1ª semana
2 ª semana
3ª semana
4ª semana
5ª semana
Total Unidades
21
NOTIFICAÇÕES
OCORRÊNCIAS
GESTANTES
UNIDADE
QUANTIDADES POR UNIDADE
Casos Suspeitos
Casos Confirmados
UNIP
0
0
UFI
0
0
CIASE
0
0
UFI
UNIS
DST
UNIP
UFI
CIASE
UNIS
AIDS
UNIP
UFI
CIASE
UNIS
TUBERCULOSE
UNIP
UFI
CIASE
UNIS
HANSENÍASE
TOTAL DE NOTICAÇÕES
22
UNIS
USO DE PSICOTRÓPICOS
UNIP
UFI
CIASE
UNIS
ENCAMINHAMENTOS PRONTO SOCORRO
UNIP
UFI
CIASE
UNIS
MARCAÇÃO DE CONSULTAS ESPECIALIZADAS
UNIP
UFI
CIASE
UNIS
MARCAÇÃO DE EXAMES ESPECIALIZADOS
UNIP
UFI
CIASE
23
ANEXO 2
MARQUE COM UM X A SUA OPÇÃO:
1) Atendimento prestado pela equipe da Unidade de Saúde
( ) Ótimo ( ) Bom
( ) Regular
( )Péssimo
2) Agilidade no seu atendimento
( ) Ótimo ( ) Bom
( ) Regular
( )Péssimo
3)Informações e explicações recebidas pela equipe
( ) Ótimo ( ) Bom
( ) Regular
( )Péssimo
4) Resolução do seu problema
( ) Ótimo ( ) Bom
( ) Regular
( )Péssimo
5) De modo geral como você avalia e serviço de saúde
( ) Ótimo ( ) Bom
( ) Regular
( )Péssimo
Comentários:_______________________________________________________________________
__________________________________________________________________
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