Além do fantástico em O Mandarim de Eça de Queirós Fernando Vidal Variani UFPR/TN Antonio Augusto Nery A imagem mais recorrente associada a Eça de Queirós (1845-1900) é a do grande escritor das chamadas escolas Realista e Naturalista do século XIX em Portugal. Nossa proposta de trabalho foi, primeiramente, desenvolver uma revisão acerca do modo como a crítica literária compreendeu e classificou a obra O Mandarim (1880), texto que, ao contrário do que muitas vezes foi entendido, utiliza-se de recursos da literatura fantástica, sem no entanto distanciar-se da postura crítica adotada naqueles que são tidos como os grandes romances realistas do autor, como O Crime do Padre Amaro (1875) e O Primo Basílio (1878). Num segundo momento, procuramos realizar uma breve reflexão em torno da função do elemento sobrenatural na narrativa (identificada principalmente pela figuração de uma personagem demoníaca) e de como esse recurso pode proporcionar uma nova perspectiva para a compreensão do romance e o lugar ocupado por ele no conjunto da obra de Eça de Queirós. Tópicos: Referências: - Revisão da crítica O Mandarim, Eça de Queirós - Paradoxo do mandarim assassinado A Literatura Portuguesa, M.Moisés As ideias de Eça de Queirós, A.Saraiva Álbum de Família, O.Lopes História da Literatura Portuguesa, A. Saraiva & O. Lopes Ensaios Queirozianos, A. C. Martins Mandarim: uma fábula pré-figuradora... G.Santos Olhos Madeira, C.Ginzburg - Contradições do protagonista Teodoro - A perspectiva globalizante - O elemento sobrenatural