Agradecimentos: Cumpre-me inicialmente agradecer a toda Diretoria Executiva, especialmente ao Teruo, por confiarem no meu trabalho e me darem toda a autonomia necessária para fazer o melhor que fui capaz nesses três anos de convivência. Todas as falhas da Diretoria Financeira e de Seguros devem ser debitadas em minha conta, enquanto os acertos têm de ser compartilhados com toda a Diretoria. Agradecer a todas as palavras de incentivo da mesa e também a presença de todas autoridades já anteriormente citadas. A presença de todos vocês aqui é por si só uma grande honra que recebo como reflexo do prestígio que goza a AFRESP. Agradecer na pessoa da Miriam à Diretoria do Sinafresp que se faz presente em quase sua totalidade. Isso me faz crer que lograremos sucesso no intento de hastear a bandeira da união em toda a Classe. Agradeço aos conselheiros que representam todos os Associados do Estado, o que faço na pessoa do Conselheiro Decano, João Álfaro Soto. E, finalmente, devo agradecimentos especiais a todos os Agentes Fiscais de Rendas que nos prestigiam aqui nesta noite, muitos dos quais vieram de muito longe para nos prestigiar às custas do seu esforço e às suas próprias expensas. Mais do que isso, para alegrar ainda mais a nossa noite, trouxeram convidados e família que são parte fundamental dos próprios objetivos da nossa Associação. Para quem timidamente assumiu aqui na Afresp funções de direção há apenas três anos, chegar agora à condição de Presidente é motivo de enorme orgulho. Mas a palavra orgulho expressa muito pouco do significado que o momento atual tem para mim. Como Diretor financeiro tive contato frequente com planilhas repletas de números que mostravam a movimentação financeira da Associação, seus ativos, ou o volume dos seus negócios. Apenas para dar uma ideia aos Senhores, além deste magnifico templo que nos abriga, temos outras 19 sedes regionais e 14 Centros de Convivência de lazer espalhados pelo Estado. Possuímos também mais que 46 milhões de reais em caixa e um orçamento previsto para 2015 da ordem de 220 milhões de reais para gerir. Evidentemente, não é de números que eu quero falar aqui, mas do que eles representam, enquanto expressão de uma história ligada a uma classe profissional, a dos Agentes Fiscais de Rendas. Vistas dessa perspectiva, aquelas planilhas mostram que a AFRESP é resultado de um admirável esforço coletivo. Ela é patrimônio de uma classe e se apoia em 67 anos de história, da qual participaram várias gerações, desde 1948 até este momento em que falo com vocês. O orgulho que sinto não pode deixar de estar revestido de uma espécie de temor reverencial pelo cargo que vou ocupar a partir de agora, e isso me faz ver que minhas responsabilidades vão além do atual quadro de associados e seus dependentes. Elas devem respeito às gerações passadas e exigem atenção às gerações de futuros AFRs. A AFRESP deve atender aos seus associados, mas deve também garantir sua sustentabilidade para a segurança dos filhos e netos dos atuais AFRs e dos futuros AFRs, que sequer ingressaram na carreira, e de suas famílias. A Chapa de que participamos nas eleições que nos trouxeram até aqui ganhou o nome de Gerações porque buscou contemplar as diversas gerações de AFRs, trazendo para constituí-la representantes de todos os concursos que hoje compõem o quadro de Agentes Fiscais de Rendas do nosso Estado. Foi uma forma de afirmar a unidade da nossa classe, mas também de homenagear sua diversidade, sua pluralidade e sua riqueza. Na perspectiva de agora, percebemos que as gerações pelas quais somos responsáveis vão além dos limites que pensávamos no início da nossa campanha. Não tenho a tentação de achar que a AFRESP começa hoje uma nova gestão. Muito pelo contrário, sinto-me devedor daqueles que me ensinaram o que sei a respeito da nossa Associação. Por isso, não posso deixar de manifestar meu reconhecimento pelos serviços que prestaram à Associação os Diretores, Conselheiros e Funcionários com quem tive a satisfação de conviver nesses três anos. Todos eles mostraram infinita paciência em suportar o meu noviciado nas questões da Associação e, mais do que isso, tiveram a generosidade de partilhar comigo sua enorme experiência e sabedoria. Sou grato a todos e devo a cada um o muito do que aprendi nessa curta experiência de AFRESP. Mais do que isso, do ponto de vista da organização, estamos recebendo da administração que ora termina, bem como de todas as gestões anteriores nesses 67 anos de história, um importante legado, resultado de um trabalho dedicado e árduo. Partimos agora para uma nova fase, que nos apresenta muitos desafios. A avaliação que fizemos no nosso Plano de Gestão me parece bastante correta e deve ser lembrada. Lá está dito que: A classe dos Agentes Fiscais de Rendas vive hoje um momento particularmente difícil, marcado por um quadro de disputas e incertezas que deixam um sentimento difuso de que sua imagem pública não faz jus aos valores individuais que a constituem. Por sua vez, a Afresp não está imune a essas disputas e não deixa de ser, ela mesma, alvo de incertezas. Dúvidas quanto à capacidade de manutenção dos planos de saúde, quanto ao alcance da qualidade desejada pelos associados, quanto aos preços que são cobrados, quanto à capacidade de arcar com o ônus de uma perspectiva de elevação dos custos; dúvidas quanto à sustentabilidade dos negócios de Entidades Associativas e à sua capacidade de gestão. Essas dúvidas se somam às incertezas quanto à aplicação dos recursos disponíveis e, principalmente, quanto ao futuro da nossa própria classe. Isso, por sua vez, transfere o problema para a imagem da classe fiscal e a sua valorização pelo governo e pela sociedade. Essa é a dimensão dos desafios que a nova direção da Afresp terá de enfrentar. Sabemos que essas não são questões triviais, que possam ser tratadas com ligeireza e superficialidade e, por isso, teremos de tratá-las com a profundidade necessária, com compromisso, com alto grau de profissionalismo e profundo respeito ao associado. Mais do que isso, teremos de encontrar respostas que ultrapassem as disputas internas e desenvolver ações efetivas que ajudem a melhorar a imagem pública da classe. Entendemos a diversidade dos associados como um grande desafio para a Associação, mas não como um problema. Entendemos também que essa diversidade demanda serviços adequados a cada um dos seus segmentos. Assim, reconhecemos a necessidade de que a Associação diversifique seus produtos de modo a contemplar as expectativas das diversas “gerações” de associados, encontrando caminhos justos para que os serviços prestados tenham o padrão de qualidade que deles se espera. Por outro lado, a multiplicação das opções de produtos e serviços ofertados no mercado transfere para a Afresp a responsabilidade de atender a um público cada vez mais crítico e exigente, que busca produtos de qualidade por preços vantajosos. Deste modo, a AFRESP sabe que tem de estar atualizada com as melhores práticas e novidades existentes para proporcionar ao associado produtos e serviços atrativos. Sabemos o quanto é importante que nossa gestão esteja baseada nos princípios mais modernos de gestão profissional. Para isso, procuraremos desenvolver ações eficazes e responsáveis, baseadas em informações corretas, diagnósticos oportunos e uma avaliação adequada dos resultados. Teremos de nos impor capacidade de decidir e, principalmente, ter a sabedoria de procurar sabedoria, onde ela estiver. Estamos assumindo uma responsabilidade que nos foi delegada por cerca de dois terços dos associados. Não é pouca coisa. Agora, passada a eleição, somos todos igualmente associados e constituímos uma mesma classe. Respeitadas as diversidades, nossas ações se dirigirão a todos e a cada um dos associados, sem distinção. Para minha sorte, não estou só nessa empreitada. Tenho ao meu lado uma equipe de colegas capazes, motivados, com grau elevado de comprometimento e absoluta honestidade de propósitos. Isso me dá conforto e a confiança de poder realizar um trabalho que deverá se reverter em aumento da qualidade de vida do associado e em valorização da classe fiscal. Mas também entendo que só isso não basta. Afresp é patrimônio dos seus associados e nisso estão incluídos o reconhecimento e a estima com que ela é vista pela classe dos Agentes Fiscais de Rendas e por diversos setores da sociedade. Esse patrimônio é composto, essencialmente, por seus cerca de 7.300 Associados. Por isso, sabemos que nossa gestão será tanto melhor quanto maior for nossa capacidade de unir e atrair a colaboração de todos. São essas as razões da confiança com que passo a enfrentar os novos desafios e do orgulho que tenho por pertencer a uma classe que nos deixou um exemplo tão marcante de força e de solidariedade. Muito obrigado a todos.