Orientação Técnica
“Discutindo o encaminhamento do
aluno com necessidades
educacionais especiais”
Diretoria de Ensino – Bauru
Professora Coordenadora de Educação Especial
Liane Galbiatti de Souza Lima
Supervisão
Beatriz Ortiz
EDUCAÇÃO
ESPECIAL
LEGISLAÇÃO
Acompanhando o processo de mudanças, as Diretrizes
Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica, Resolução
CNE/CEB nº. 2/2001, no artigo 2º, determinam que:
Os sistemas de ensino devem matricular “todos”
os alunos, cabendo às escolas organizar-se
para o atendimento aos educandos com
necessidades educacionais especiais,
assegurando as condições necessárias para
uma educação de qualidade para todos.
(MEC/SEESP, 2001).
EDUCAÇÃO ESPECIAL
“(...) a modalidade de ensino que se
caracteriza por um conjunto de recursos e
serviços educacionais especiais
organizados para apoiar, suplementar e,
em alguns casos, substituir os serviços
educacionais comuns, de modo a garantir
a educação formal dos educandos que
apresentem necessidades educacionais
muito diferentes das da maioria das
crianças e jovens” (p.1 Mazzota (1996)
1).
“INCLUSÃO É O PRIVILÉGIO DE CONVIVER
COM AS DIFERENÇAS”
MARIA TEREZA EGLER MANTOAN
Inclusão Escolar é um processo
que se volta a pessoas e grupos
minoritários historicamente
excluídos e estigmatizados; a escola
inclusiva é a escola da diversidade,
aberta a todos, onde as diferenças
são ressignificadas e os alunos são
vistos em sua singularidade.
MODELO DE INCLUSÃO ESCOLAR
A escola inclusiva é a escola da
diversidade que vê seus alunos
em sua singularidade.
Inclusão significa celebração da
diversidade e respeito ao outro
A Inclusão veio para ficar e para
contribuir com a qualidade de
vida de todos, tenham ou não
uma deficiência.
Nesse universo de características
que podem ser entendidas como necessidades
especiais, incluindo-se as de caráter individual,
econômico ou sócio- cultural e que se
apresentam de forma ampla e diversificada na
escola, o trabalho que ora desenvolvemos
contempla
os
alunos
com
necessidades
educacionais especiais:

de natureza auditiva;

de natureza física (não sensorial);

de natureza intelectual;

de natureza visual;
 decorrentes de condutas típicas ou de
distúrbios globais do desenvolvimento;

nas áreas de altas
habilidades/superdotação
RESOLUÇÃO SE 11, de 31-01-2008


Dispõe sobre a educação escolar de alunos com necessidades
educacionais especiais nas escolas da rede estadual de ensino
e dá providências correlatas
A Secretaria da Educação, com fundamento no disposto
nas Constituições Federal e Estadual, na Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional, no Estatuto
da Criança e do Adolescente e na Indicação nº 70/07 e
Deliberação nº 68/07 do Conselho Estadual de
Educação, e considerando que: o atendimento escolar
de alunos que apresentam necessidades educacionais
especiais far-se-á preferencialmente, em classes
comuns da rede regular de ensino, com apoio de
serviços especializados organizados na própria ou em outra
unidade escolar, ou, ainda, em centros de apoio regionais; a
inclusão, permanência, progressão e sucesso escolar de alunos
com necessidades educacionais especiais em classes comuns
do ensino regular representam a alternativa mais eficaz no
processo de atendimento desse alunado;os paradigmas atuais
da inclusão escolar vêm exigindo a ampliação dos serviços de
apoio especializado e a adoção de projetos pedagógicos e
metodologias de trabalho inovadores,
Resolve:
Art. 1º - São considerados alunos com necessidades
educacionais especiais:
 I - alunos com deficiência física, mental, visual, auditiva,
sensorial e múltipla, que demandem atendimento
educacional especializado;
 II - alunos com altas habilidades, superdotação e grande
facilidade de aprendizagem, que os levem a dominar,
rapidamente, conceitos, procedimentos e atitudes;
 III - alunos com transtornos invasivos de
desenvolvimento;
 IV - alunos com outras dificuldades ou limitações
acentuadas no processo de desenvolvimento, que
dificultam o acompanhamento das atividades
curriculares e necessitam de recursos pedagógicos
adicionais.
Serviços da Educação Especial
SAPES – Serviço de Apoio Pedagógico
Especializado
 Salas de Recursos (Sala com professor
especializado em cada área específica
DA/DV/DI/)
 Serviços de Itinerância
 Sala com Professor Especializado
 Professor Interlocutor
 Cuidador

ESCOLA INCLUSIVA
Flexibilização Curricular
 Adequação Curricular
 Adaptação Curricular

(produção de recursos necessarios que garantam o acesso e a permanência de
todos os alunos, promovendo um ensino que respeite as especificidades da
aprendizagem de cada um.)
As adaptações curriculares são ajustes e modificações que devem ser
promovidas nas diferentes instancias curriculares, para responder as
necessidades de cada aluno e assim favorecer as condições que lhe são
necessárias para que se efetive o máximo possivel de aprendizagem.
Aranha 2002
DEFICIÊNCIA
INTELECTUAL
DEFICIÊNCIA INTELECTUAL


O MEC, ao formular a Política Nacional de Educação Especial, em 1994, adotou a
definição de Deficiência Mental da Associação Americana de Deficiência Mental
(1992):
"É o funcionamento intelectual significativamente abaixo
da média, oriundo do período de desenvolvimento,
concomitante com limitações associadas a duas ou mais
áreas da conduta adaptativa ou da capacidade do
indivíduo em responder adequadamente às demandas
da sociedade, nos seguintes aspectos: comunicação,
cuidados pessoais, habilidades sociais, desempenho na
família e comunidade, independência na locomoção,
saúde e segurança, desempenho escolar, lazer e
trabalho".
Segundo a AAMR (Associação Americana de Deficiência Mental) e DSM-IV (Manual
Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais),
por deficiência mental entende-se o estado de
redução notável do funcionamento intelectual
significativamente inferior à média, associado a
limitações pelo menos em dois aspectos do
funcionamento adaptativo: comunicação, cuidados
pessoais, competência doméstica, habilidades
sociais, utilização dos recursos comunitários,
autonomia, saúde e segurança, aptidões escolares,
lazer e trabalho.
Áreas de Desenvolvimento Global do Aluno
*Comunicação
*Cuidados Pessoais
*Habilidades Sociais
*Desempenho na família e comunidade
*Independência na locomoção
*Saúde e Segurança
*Desempenho Escolar
*Lazer
*Trabalho
Comunicação – Consegue se
expressar, consegue passar
aquilo que quer transmitir cm
clareza, se fazer entender.
*Cuidados Pessoais
Consegue fazer sua própria
higiene, como está a auto estima,
consegue se alimentar sozinho ou
precisa de ajuda...
*Habilidades Sociais
Consegue se comportar em grupo,
relaciona – se bem com os outros,
com respeito, sabe diferenciar o
comportamento que tem que ter
na igreja ou no parque por ex.
*Desempenho na família e comunidade
Consegue realizar tarefas colaborativas
em casa, consegue se inserir na
dinâmica da família quanto a
relacionamento, horários, funções: joga
o lixinho do banheiro, lava seu copo...
*Independência na Locomoção –
Tem autonomia para ir e vir sózinho a
lugares com a escola, igreja,
comércio; sem ajuda.
Utiliza meios de locomoção como
ônibus, conhecendo o caminho para
onde deve ir, sabendo lidar com troco
...
*Saúde e Segurança –
Consegue tomar remédios sozinho ou
precisa que alguém o lembre do
horário, que veja quanto tem que ser
ingerido.
Tem autonomia para locomover-se
sem que corra risco ao atravessar a
rua por ex.
*Desempenho Escolar
Assimila os conteudos propostos e
exigidos de acordo com sua faixa
etária. Sabe ler e escrever?
*Lazer
Participa das atividades de lazer
interagindo com os outros de forma
adequada, é capaz de guardar os
passos de uma dança.
CONDUTAS TÍPICAS
O termo “condutas típicas” se refere a uma
variedade muito grande de comportamentos, o
que tem dificultado o alcance de consenso em
torno de uma só definição.
 Se representa, em um extremo,
comportamentos voltados para o próprio sujeito,
e no outro extremo, comportamentos voltados
para o ambiente externo.

Comportamentos voltados para si próprio:
fobias, auto mutilação, alheamento do contexto
externo, timidez, recusa em verbalizar, recusa
em manter contato visual, etc.
 Comportamentos voltados para os outros:
agredir, faltar com a verdade, roubar, gritar,
falar ininterruptamente, locomover-se o tempo
todo, etc...
 O grau de severidade desses comportamentos
vai depender de variáveis como freqüência,
variáveis e duração.

Condutas Típicas mais comuns:





Disturbios de atenção
Hiperatividade
Impulsividade
Alheamento
Agressividade Física e ou Verbal
Propostas de intervenção- Análise e Estudo de
Casos para modificação de comportamento
(encaminhamentos – medicamentos e
psicoterapia)
Para Pensar...





O QUE ESTAMOS AVALIANDO? CAPACIDADE OU
COMPORTAMENTO?
QUE TIPOS DE INTERVENÇÕES EU NECESSITO?
É NOTÁVEL QUANDO O ALUNO É DEFICIENTE
INTELECTUAL, SUAS RESPOSTAS SÃO
INADEQUADAS DENTRO DO CONTEXTO SOCIAL
DEVEMOS “OLHAR” PARA TODA A VIDA DA
CRIANÇA E NÃO APENAS SE ELA SABE “LER E
ESCREVER”
O ALUNO NÃO SABE PORQUE É DEFICIENTE
INTELECTUAL OU PORQUE NÃO FOI
ENSINADO...

MuÍtas são as considerações a respeito da Deficiência Intelectual,
porém, o que devemos considerar a priori é:

O tempo que o aluno com DI leva para aprender é maior
do que o do aluno sem deficiência.

O conteúdo que deve ser ensinado para o aluno com DI
deve privilegiar um ensino eficiente, aprendizagens
adequadas de acordo com suas necessidades,
competências que utilizará durante a vida.

Considerar que são cidadãos como qualquer outro, com
direitos constitucionais, dignidade humana, liberdades
individuais, direito a educação e qualidade de vida.

Perguntar sempre: Por que e para que
ensinar isso para o aluno com DI???

O esquecimento é maior no aluno com DI,
bem como o número de repetições
necessárias para recuperar o aprendizado tb
e maior.

Dificuldade de Transferência ou
generalização ( nem sempre uma
competência adquirida num dado contexto,
será aproveitado em outro.)

Síntese de Competências –

(Um aluno sem DI poderá aprender uma competência no
dominio da matemática, uma no dominio da leitura e
uma terceira no dominio da linguagem) a partir da
aquisicao destas diferentes aprendizagens e capaz de
sintetiza-las e fazer compras na loja de seu bairro.

Porém é pouco provável que um aluno com DI, seja
capaz de sintetizar tres aprendizados adquiridos em
diferentes contextos e utilizá-los de um modo funcional
numa outra situação.
Vamos juntos construir um mundo mais digno!
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