PREV ALÊNCIA DA AFLA TOXINA Ml NO LEITE E SUA CORRELAÇÃO COM A
ALIMENTAÇÃO RECEBIDA POR VACAS LEITEIRAS NO MUNICÍPIO DE SANTA MARIA, I
SCHNEIDER, L.G.2;ALMEIDA, C.A.; FONTANA, F.Z.; POZZOBON, M.C.;
SANTURIO, J.M.; MALLMANN, C.A.3
Aflatoxinas constituem um grupo de compostos tóxicos produzidos pelo fungo "Aspergillus flavus", varo
"parasiticus", contaminante natural de grãos e rações em geral. A aflatoxina B 1 ao ser ingerida por fêmeas em
lactação sofre um processo de hidroxilação no sistema enzimático microssomal hepático, transformando-se na
aflatoxina Ml que posteriormente é excretada no leite. Para a análise das amostras de leite, as quais foram
coletadas na Usina de Laticínios da UFSM, foi empregada a técnica descrita por HU et aI. (1984) e
SIMONELLA et al. (1988), utilizando-se cartuchos a base de sílica modificada (CHROMABOND C-18ec). O
procedimento constou dos seguintes passos: 1) Preparo da amostra: 20m1 de leite + 30ml de água destilada; 2)
Condicionamento do cartucho: 10m1 de metanol + 10ml de água destilada; 3) Passagem lenta da amostra com
água destilada através do cartucho; 4) Limpeza da coluna com 1Om1de água destilada e 1Om1 de hexano; 5)
Secagem do cartucho a 60°C por 15 minutos; 6) Eluir o cartucho com 3m1 de diclorometano:acetona
(4:1).
Posteriormente o extrato obtido desta extração foi submetido à Cromatografia Líquida de Alta Resolução. O
limite de quantificação e o coeficiente de recuperação para a aflatoxina M1, obtido através do mascaramento
de amostras, foi de 200ppt (ppt= partes por trilhão= ngl1itro) e 85%, respectivamente. No total foram
analisadas 240 amostras de leite "in natura", correspondendo às diversas estações dos anos de 1995 (verão=
42, outono= 35, inverno= 49 e primavera= 44 amostras) e 1996 (outono= 35, inverno= 35 amostras), com os
seguintes índices de contaminação, segundo as estações do ano: verão (1995)= N.D. (não detectado); outono
(1995)= 2 amostras positivas (5,7% de contaminação, com índices de 371 e 542ppt); inverno (1995)= 5
amostras positivas (10,20%, traços= índices abaixo de 200ppt, 216, 287, 551 e 1.186ppt); primavera (1995)=
3 amostras positivas (6,8%, 410, 1.150 e 2.639ppt); outono (1996)= 1 amostra positiva (2,8%, 2.918,8ppt);
inverno (1996)= não detectado. Paralelamente a esta pequisa foi realizada a análise para aflatoxina M1 no leite
tipo B, C e longa vida, comercializado no município de Santa Maria, utilizando-se a mesma técnica. No total
foram efetuadas 35 análises (1 tipo B, 8 tipo C e 26 de leite longa vida), das quais 3 (10,3%) apresentaram-se
positivas: 2 amostras do leite tipo C (traços e 418ppt) e I amostra do leite longa vida (traços). Os resultados
permitem comprovar a suspeita da contaminação por aflatoxina M I no leite produzido e comercializado em
Santa Maria, a qual verificou-se mais intensa nos períodos onde um maior fornecimento de concentrados
(grãos e raçÕes) fez-se necessário (período de inverno de 1995). Pela natureza deste contaminante recomendase o seu monitoramento, principalmente em produtos industrializados.
lPesquisa financiada pelo CNPq.
2Apresentador: Bolsista CNPq, Acadêmico de Med. Veterinária, UFSM.
30rientador, Prof. Dr. DMVP- CCRlUFSM- RS, Pesquisador CNPq.
lU Jornada Integrada de Pesquisa, Extensão e Ensino, 1996, Santa Maria. Anais ... Universidade
Santa Maria.
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Federal de
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Prevalência de aflatoxina M1 no leite e sua - lamic