FACULDADE NOVOS HORIZONTES
V Período – Ciências Contábeis
PLANEJAMENTO, CONTROLE E ANÁLISE DO
RESULTADO ECONÔMICO-FINANCEIRO NAS
ORGANIZAÇÕES
Análise das demonstrações financeiras como suporte à gestão econômica –
financeira na Organização
Adeli Mateus Campos Lima
Edvaldo de Assis Antunes
Elaine Alves de Almeida
Julita Pontel dos Santos Pinheiro
Lívia de Freitas silva
Wanessa Benvinda Coelho
Belo Horizonte, Maio de 2008
1
Adeli Mateus Campos Lima
Edvaldo de Assis Antunes
Elaine Alves de Almeida
Julita Pontel dos Santos Pinheiro
Lívia de Freitas Silva
Wanessa Benvinda Coelho
PLANEJAMENTO, CONTROLE E ANÁLISE DO
RESULTADO ECONÔMICO-FINANCEIRO NAS
ORGANIZAÇÕES
Análise das demonstrações financeiras como suporte à gestão econômica –
financeira na Organização
Belo Horizonte, Maio de 2008
RESUMO
2
A Análise das Demonstrações Financeiras, é um resumo de avaliação dos efeitos e
eventos econômicos sobre a situação financeira de uma empresa. Ela fornece dados
sobre a empresa de acordo com as regras contábeis que devem ser consistentes e
seguirem uma uniformidade para que a sua análise mostre uma situação próxima da
realidade da empresa.
Palavras chave: Demonstrações, Análises.
3
Professor Orientador: Rodrigo Mendes
Projeto Interdisciplinar apresentado ao Departamento de
Ciências Contábeis da Faculdade Novos Horizontes, como
requisito parcial para aprovação nas disciplinas de 5º
Período.
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO
1.1 APRESENTAÇÃO
1.2 JUSTIFICATIVA
1.3 OBJETIVOS
1.3.1 Objetivo Geral
1.3.2 Objetivo Específico
1.4 PROBLEMA
1.5 METODOLOGIA
2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 HISTÓRIA DA CONTABILIDADE / SURGIMENTO
2.2 AS ORGANIZAÇÕES E SEUS OBJETIVOS
2.3 GESTÃO DAS EMPRESAS E SEUS REFLEXOS NA SOCIEDADE
2.4 DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
2.4.1 Balanço Patrimonial
2.4.2 DRE – Demonstração do Resultado do Exercício
2.4.3 DMPL – Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido
2.4.4 DOAR (Demonstrações das Origens e Aplicações de Recursos)
2.4.5 Notas Explicativas
2.4.5.1 Relatório da Diretoria
2.4.5.2 Parecer dos Auditores
2.5 TÉCNICAS DE ANÁLISES
2.5.1 Análise Vertical
2.5.2 Análise Horizontal
2.5.3 Análise através de índices
2.5.4 ÍNDICES DE LIQUIDEZ
2.5.4.1 Índices de liquidez geral
2.5.4.2 Índices de liquidez corrente
2.5.4.3 Índices de liquidez seca
2.5.5 INDICES DE RENTABILIDADE
2.5.5.1 Giro do Ativo
2.5.5.2 Margem Líquida
2.5.5.3 Rentabilidade do Ativo
2.5.5.4 Rentabilidade do Patrimônio Líquido
2.5.6 INDICE DE ENDIVIDAMENTO
2.5.6.1 Imobilização do Patrimônio Líquido
2.5.6.2 Imobilização dos Recursos não Correntes
2.6 GESTÃO DE CAIXA
2.7 MÉTODOS DE ELABORAÇÃO DA DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE
1
1
2
2
2
2
2
3
3
4
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18
19
19
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20
20
20
22
CAIXA
2.7.1 Método Direto
2.7.2 Método Indireto
2.8 ÍNDICES DE PRAZOS MÉDIOS
2.8.1 Prazo Médio de Recebimento de Vendas – PMRV
23
23
24
24
25
5
2.8.2 Prazo Médio de Pagamento de Compras – PMPC
2.8.3 Prazo Médio de Renovação de Estoques
2.9 CAPITAL DE GIRO
2.10 ALAVANCAGEM FINANCEIRA
3 CONCLUSÂO
4 BIBLIOGRAFIA
5 ANEXOS – DEMOSNTRAÇÕES DA EMPRESA TEX S/A
25
25
26
27
29
31
32
6
1 – INTRODUÇÃO
1.1 – APRESENTAÇÃO
O presente trabalho, abordará a Análise das demonstrações financeiras como
suporte à gestão econômica financeira de uma empresa, demonstrando a importância
das demonstrações contábeis e o cumprimento das responsabilidades econômicas,
elaborando melhores estratégias e almejando a maximização de desempenhos.
As Demonstrações Financeiras fornecem dados sobre a empresa de acordo com as
regras contábeis. Fatos ou eventos econômicos – financeiros – (Processo contábil) –
Demonstrações Financeiras = dados – (Técnicas de análises de balanços) – Informações
financeiras para a tomada de decisões.
As demonstrações financeiras, precisam ser transformadas em informações que
permitam concluir se a empresa vem sendo bem ou mal administrada, se tem condições
de pagar suas dívidas, se é ou não lucrativa se vem evoluindo ou regredindo, se é
eficiente ou ineficiente, se irá falir ou se continuará operando.
Através de uma abordagem resumida, apresenta-se o que revelam as demonstrações
financeiras, e cada uma das principais contas que nela aparecem quando publicadas.
Entende-se que este trabalho contribuirá para uma gestão econômico e financeira
eficaz, adequando para que haja compreensão clara das técnicas de análises, que serão
levantadas no desenvolver do projeto.
7
1.2– JUSTIFICATIVA
Este trabalho, visa identificar a importância das informações contábeis financeiras
no contexto empresarial e gerencial, abordando a teoria e prática sobre relatórios e
demonstrações financeiras de uma organização contribuindo para uma gestão
econômico e financeira eficaz.
1.3– OBJETIVOS
1.3.1 - Objetivo Geral
Demonstrar e analisar a situação econômica e financeira de uma empresa através
das demonstrações financeiras.
1.3.2 – Objetivo Específico
Como objetivo específico, pretende-se analisar as demonstrações financeiras e
apresentar os resultados obtidos nas respectivas análises.
1.4– PROBLEMA
Por meio de análises, estratégias e planejamentos, seria possível identificar e
possibilitar o equilíbrio econômico – financeiro de uma empresa?
1.5– METODOLOGIA
A metodologia utilizada neste Projeto Interdisciplinar envolverá estudos e
pesquisas bibliográficas. Nesta pesquisa bibliográfica, serão levantadas informações em
publicações especializadas tais como: livros, relatórios, artigos de periódicos científicos
e jornais.
8
2 – REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 - HISTÓRIA DA CONTABILIDADE / SURGIMENTO
Há registros muito antigos que remontam a preocupação do homem em registrar
e controlar os bens de sua propriedade. Pode-se afirmar que o surgimento e a evolução
da Contabilidade estão intimamente ligados ao desenvolvimento da humanidade em
seus aspectos social, econômico e institucional (Iudícibus, 2000).
Há indícios de que a Contabilidade é tão antiga quanto à origem do homem, ela
existe desde os primórdios da civilização. Sabe-se que a mesma nasceu da necessidade
que os pastores de ovelhas (proprietários) tinham de registrar suas riquezas e medir a
variação de crescimento em épocas distintas. Para não perder o controle, os homens
primitivos utilizavam os seguintes métodos: fichas de barro, pedaços de ossos de
animais, pequenas tabuletas de madeiras para representar os animais do rebanho.
De acordo com Iudícibus (2000), historiadores apontam os primeiros sinais de contas,
aproximadamente 4000 a.C. O homem primitivo ao contar seus rebanhos, instrumentos
de caça e pesca já estava aplicando a Contabilidade, sendo caracterizada por inventários
rudimentares.
Com a descoberta da escrita, o desenvolvimento e aquisição de novos
conhecimentos a Contabilidade passou por diversas transformações até chegar à análise
de dados fornecidos com os registros contábeis das atividades econômicas. Devido a
essa grande evolução, os governantes gregos observaram que a Contabilidade seria uma
ferramenta importante para um maior controle desses registros sobre a tributação.
À medida que as atividades se desenvolviam, o homem também crescia e através
deste crescimento obteve-se a necessidade de aprimorar as técnicas para um melhor
controle de seu patrimônio. Desde os primórdios que a finalidade básica da
Contabilidade tem sido o acompanhamento das atividades realizadas pelas pessoas, no
sentido indispensável de controlar o comportamento de seu patrimônio, na função
precípua de produção e comparação dos resultados obtidos entre os períodos
estabelecidos.
9
2.2 – AS ORGANIZAÇÕES E SEUS OBJETIVOS
“Os processos de gerenciamento envolvem planejamento, fixação de
metas, monitoramento, tomada de decisões e comunicação com
relação aos processos e ativos operacionais chave de uma empresa.
Em vista dessa definição, são os seguintes processos de gerenciamento
em empresas, formulação de estratégia, planejamento e orçamento,
avaliação
de
desempenho
e
comunicação
com
os
interessados” (Davenport, 1994, p. 321 ).
De acordo com Davenport (1994), as organizações necessitam de planejamentos
e estrutura organizacional para obterem melhores resultados, visando dessa forma um
controle de tudo o que possa influenciar para obtenção de resultados.
2.3 – GESTÃO DAS EMPRESAS E SEUS REFLEXOS NA
SOCIEDADE
Conforme as principais teorias administrativas de Chiavenato (2000), o mundo
moderno ditado por regras cada vez mais flexíveis obriga as empresas a estarem sempre
se aperfeiçoando, buscando novas tecnologias e métodos de gestão mais eficazes no
intuito de se tornarem competitivas no mercado globalizado.
De acordo com Chiavenato (2000), cada vez mais os contadores e
administradores
enxergam a
importância
e necessidade
da divulgação
das
demonstrações contábeis, de forma clara e de fácil entendimento de todos os usuários,
obedecendo às normas e regulamentos da contabilidade, tendo como objetivo, mostrar a
real situação patrimonial, mantendo a integridade das informações e possibilitar aos
diversos usuários uma ferramenta para melhor tomada de decisão.
2.4 – DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Segundo Matarazzo (2007), são quatro as Demonstrações financeiras de
obrigatoriedade de elaboração para as S/A, complementadas por: Notas explicativas,
Relatório da Diretoria e Parecer dos auditores.
10

BP: Balanço Patrimonial;

DRE: Demonstração dos Resultados do Exercício;

DOAR: Demonstrações da Origens e Aplicações de Recursos;

DMPL: Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido;
2.4.1 – Balanço Patrimonial
De acordo com Matarazzo (2007), o Balanço Patrimonial é uma demonstração
de todos os bens, direitos e obrigações de uma organização, com finalidade de
apresentar a posição financeira e patrimonial da empresa em determinada data, sempre
divulgado no dia 31/12/XXXX.
Segundo Matarazzo (2007), o artigo 178 da Lei 6.404/76, o Balanço Patrimonial
é composto por três elementos básicos:

Ativo: Aplicações de recursos, bens e direitos de uma organização;

Passivo: Exigibilidades e obrigações de uma organização;

Patrimônio Líquido: Diferença entre Ativo e Passivo, isto é, valor líquido da
organização.
Portanto, é importante que as contas sejam classificadas no balanço de
forma ordenada e uniforme, para permitir aos usuários uma adequada
análise e interpretação da situação patrimonial e financeira. (Iudícibus,
Martins e Gelbcke, 2007, pág.6).
11
O Balanço Patrimonial deve conter os seguintes grupos de contas, ( Matarazzo,
2007, pág. 50):
ATIVO
ATIVO CIRCULANTE
Disponibilidades;
Direitos realizáveis no curso do exercício social seguinte;
Aplicações de recursos em despesas do exercício seguinte.
ATIVO REALIZÁVEL A LONGO PRAZO
Direitos realizáveis após o término do exercício seguinte;
Direitos derivados de adiantamentos ou empréstimos a sociedades coligadas ou controladas, diretores,
acionistas ou participantes no lucro da companhia, que não constituírem negócios usuais na exploração
do objeto da companhia.
ATIVO PERMANENTE
Investimentos
Participações permanentes em outras sociedades e direitos de qualquer natureza,não classificáveis no
Ativo Circulante, ou Realizável a Longo Prazo que não se destinem à manutenção da atividade da
companhia ou empresa.
Imobilizado
Direitos que tenham por objeto bens destinados à manutenção das atividades da companhia ou empresa,
ou exercidos com esta finalidade, inclusive os de
propriedade comercial ou industrial.
Diferido
Aplicações de recursos em despesas que contribuirão para a formação do resultado de mais um
exercício social, inclusive juros pagos ou creditados aos acionistas durante o período que anteceder o
início das operações sociais.
12
PASSIVO
PASSIVO CIRCULANTE
Obrigações da companhia, inclusive financiamentos para a aquisição de direitos do Ativo Permanente
quando vencerem no exercício seguinte.
PASSIVO EXIGÍVEL A LONGO PRAZO
Obrigações vencíveis em prazo maior do que o exercício seguinte.
RESULTADO DE EXERCÍCIOS FUTUROS
Receitas de exercícios futuros diminuídas dos custos e despesas correspondentes.
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Capital Social
Montante do capital subscrito e, por dedução, parcela não realizada.
Reservas de Capital
Ágio na emissão de ações ou conversão de debêntures e partes beneficiárias;
Produto da alienação de partes beneficiárias e bônus de subscrição;
Prêmios recebidos na emissão de debêntures, doações e subvenções para
Investimentos;
Correção monetária do capital realizado, enquanto não capitalizada.
Reservas de Reavaliações
Contrapartida do aumento de elementos do Ativo em virtude de novas avaliações, documentadas por
laudo técnico.
Reservas de Lucros
Contas constituídas a partir de lucros gerados pela companhia.
Lucros ou Prejuízos Acumulados
Lucros gerados pela companhia, que ainda não receberam destinação específica.
13
2.4.2 DRE – Demonstração do Resultado do Exercício
A Demonstração do Resultado do Exercício, é uma demonstração dos
aumentos e reduções causados no Patrimônio Líquido pelas operações
da empresa. As receitas representam normalmente aumento do Ativo,
através de ingresso de novos elementos como duplicatas à receber ou
dinheiro proveniente das transações. Aumentando o Ativo, aumenta o
Patrimônio Líquido. As despesas representam reduções do Patrimônio
Líquido, através de um entre dois caminhos possíveis, redução do
Ativo ou aumento do Passivo exigível. (Matarazzo, 2007, pág. 45)
Iudícibus, Martins e Gelbcke (2007), afirmam que, de acordo com a lei 6.404/76,
a DRE (Demonstração do Resultado do Exercício), deve ser apresentada na forma
dedutiva, com detalhes das receitas, despesas, ganhos e perdas e esclarecendo o lucro ou
prejuízo do exercício. A DRE, é um resumo do movimento de certas entradas e saídas
no Balanço Patrimonial entre duas datas, e retrata apenas o fluxo econômico de uma
organização.
Segundo A Lei nº 6.404/74, a DRE discriminará os seguintes elementos:
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO
Receita Bruta de Vendas e Serviços
(-) Devoluções
(-) Abatimentos
(-) Impostos
(=) Receita Líquida das Vendas e Serviços
(-) Custo das Mercadorias e Serviços Vendidos
(=) Lucro Bruto
(-) Despesas com Vendas
(-) Despesas Financeiras (deduzidas das Receitas Financeiras)
(-) Despesas Gerais e Administrativas
(-) Outras Despesas Operacionais
(+) Outras Receitas Operacionais
(=) Lucro ou Prejuízo Operacional
(+) Receitas não Operacionais
(-) Despesas não Operacionais
(+) Saldo da Correção Monetária
(=) Resultado do Exercício antes do Imposto de Renda
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(-) Provisão para o Imposto de Renda
(-) Participações de Debêntures
(-) Participação dos Empregados
(-) Participação dos Administradores e Partes Beneficiárias
(-) Contribuições p/ Instituições, Fundo de Assist. ou Previdência de Empregados
(=) Lucro ou Prejuízo Líquido do Exercício
(=) Lucro ou Prejuízo por Ação
O Balanço Patrimonial e a DRE (Demonstração do Resultado do Exercício), são
as principais demonstrações financeiras. Estas duas principais demonstrações será o
objeto de análise na prática.
2.4.3 – DMPL – Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido
Conforme Matarazzo (2007), a Demonstração das Mutações do Patrimônio
Líquido, apresenta variações de todas as contas do Patrimônio Líquido entre dois
balanços (novas integralizações de capital, resultado do exercício, ajuste dos exercícios
anteriores, dividendos, reavaliações etc), ela evidencia como se chegou ao total do
aumento ou diminuição do Patrimônio Líquido em decorrência de transações efetuadas
por uma empresa.
O conteúdo básico da DMPL (Demonstração das Mutações do Patrimônio
Líquido), é representado da seguinte forma:
15
16
2.4.4 – DOAR (Demonstrações das Origens e Aplicações de Recursos)
Segundo Matarazzo (2007), a DOAR, significa amostragem de novas origens e
aplicações verificadas durante o exercício, ocorridas no item não circulante do Balanço,
isto é, no Exigível a Longo Prazo, Patrimônio Líquido, Ativo Permanente e aplicações
não circulantes evidenciará o capital circulante Líquido.
A Doar, permite análises do aspecto financeiro da empresa, tanto no movimento
financeiro, quanto ao movimento de investimentos e financiamentos, quanto
relativamente à administração da empresa sob ângulo de obter e aplicar
compativelmente os recursos. Matarazzo (2007).
Afim de possibilitar o entendimento de Capital Circulante Líquido, veja a seguir
a DOAR:
17
18
2.4.5 – Notas Explicativas
São dados e informações que ora complementam as Demonstrações
Financeiras - como por exemplo, taxas de juros, vencimentos e
garantias de obrigações de congo prazo - , ora fornecem critérios
contábeis, como os de avaliação de estoques, depreciação e demais
provisões, ou ainda eventos subseqüentes à data do balanço que
tenham efeitos relevantes sobre a situação financeira da companhia
etc. (Matarazzo, 2007, pág. 40).
2.4.5.1 - Relatório da Diretoria
Conforme Matarazzo (2007), a Diretoria presta informação aos acionistas sobre
diversos aspectos do desempenho e de perspectivas da sociedade relativas a estratégias de
vendas, compras, produtos, expansão, efeitos conjunturais, legislação, política financeira,
de recursos humanos, resultados alcançados, planos, previsões etc através desse relatório,
ou seja, é uma forma de manter os acionistas e terceiros a par do que se realiza na
empresa, ele é uma peça em que se relata livremente aquilo que julga importante,
invariavelmente, “doura a pílula”.
2.4.5.2 - Parecer dos Auditores
É obrigatório apenas para as companhias abertas, ou seja, aquelas que têm papéis
negociáveis – ações ou debêntures - colocados junto ao público.
Os auditores independentes são contadores que, sem manter vínculo empregatício são
contratados para emitir opiniões sobre a correção e veracidade das demonstrações
financeiras. Verificam os controles internos da empresa, conferem lançamentos e
conciliações contábeis e checam os saldos com os bancos, clientes e fornecedores, tudo por
amostragem. Em função disso, a opinião dos auditores tem satisfatória probabilidade de
estar correta e pequena probabilidade de falhar.
As verificações por amostragem não necessariamente detectam todos os erros e
fraudes. Por isso, fala-se em Parecer dos Auditores e não em Certificado dos Auditores.
19
2.5 – TÉCNICAS DE ANÁLISES
2.5.1 – Análise Vertical
Conforme Matarazzo (2007), o percentual de cada conta mostra sua real
importância no conjunto, isto é, avalia a composição do item e sua evolução no tempo.
Permite comparações com outras empresas de item por item, ela possui mais relevância
quando aplicada às contas de resultado sendo o Ativo a base para desenvolver sua
análise.
Análise Vertical: Conta do período 1 / base período 1 X 100 (% de
representatividade)
2.5.2 – Análise Horizontal
Matarazzo (2007) afirma que, a análise horizontal, mostra o caminho trilhado
pela empresa e suas tendências. Permite análises ao longo dos exercícios, compara-se
aos mesmos elementos em períodos diferentes.
Análise Horizontal: (período 2 / período 1) X 100 (% de variação ).
2.5.3 – Análise através de índices
De acordo com Matarazzo (2007), os índices constituem uma técnica muito
utilizada para efeito de análises das demonstrações financeiras. Em geral estes índices
tem como objetivo trabalhar a situação econômica – financeira no cunho amplo e geral.
Sua utilização permite avaliar a empresa em seus diversos aspectos, permitindo assim os
usuários a construção de um diagnóstico da empresa.
Matarazzo (2007), afirma que, para a utilização destes índices, a empresa deve
fazer uso daqueles em que a extração de informações permita ao gestor desenvolver
20
suas decisões de forma a não comprometer a empresa, trabalhar o mais próximo
possível da realidade da empresa.
Segundo Matarazzo (2007), não basta a empresa fazer uso de todos os índices,
mas fazer técnica dos que mais se aproxima do quadro da empresa, isso permite aos
usuários a percepção de que existe a necessidade de obter informações precisas e não
em quantidades quando estas não são proveitosas.
“a análise financeira de balanços deve ser entendida dentro de suas
possibilidades e limitações. Por um lado, aponta mais problemas do
que soluções; por outro lado, convenientemente manuseada pode
transformar-se num poderoso “painel de controle” da administração”.
Foster (1984), refere-se à liquidez como sendo a habilidade de uma empresa em
honrar seus compromissos no curto prazo, ou seja, na data de vencimento.
As três medidas básicas de liquidez são:

Capital Circulante, Índice de liquidez corrente e índice de liquidez Seca
2.5.4 - ÍNDICES DE LIQUIDEZ
De acordo com Matarazzo (2007), para a empresa ter credibilidade de terceiros
como fornecedores, bancos, credores diversos, clientes etc., e necessários que seja
analisada sua situação financeira em determinado período. Os Credores ou
administradores interessados na situação financeira da empresa irão analisar vários
cálculos com diferentes índices. Destacaremos a seguir três mais importantes para estas
analises:

Liquidez Geral

Liquidez Corrente

Liquidez Seca
21
Muitas pessoas confundem índices de liquidez com índices de
capacidade de pagamento. Os índices de liquidez não são índices
extraídos do fluxo de caixa que comparam as entradas com as saídas
de dinheiro. São índices que, a partir do confronto dos Ativos
circulantes com as Dividas, procuram medir quão sólida é a base
financeira da empresa. Uma empresa com bons índices de liquidez
tem condições de ter boa capacidade de pagar suas dividas, mas não
estará, obrigatoriamente, pagando suas dividas em dia em função de
outras variáveis como prazo, renovação de dividas etc. (Matarazzo,
2007, pág. 163 a 164).
2.5.4.1 - Índices de liquidez geral
O Índice de Liquidez Geral analisa a situação financeira da empresa, levantando a
capacidade de pagamento de dividas em longo prazo, usando o valor do Ativo
Circulante mais o Realizável a Longo Prazo em comparação as obrigações
representadas pelo Passivo Circulante mais o Exigível a Longo Prazo. (Matarazzo
2007).
Este índice é calculado usando-se a seguinte formula:
ILG = AC + RLP
PC + ELP
Onde:

ILG: Índice de Liquidez Geral

AC: Ativo Circulante

RLP: Realizável a Longo Prazo

PC: Passivo Circulante

ELP: Exigível a Longo Prazo
Quanto a empresa possui no Ativo Circulante e Realizável a Longo
Prazo para cada $ 1,00 de divida total. Interpretação: quanto maior,
melhor.” Matarazzo (2007 pág. 164).
22
2.5.4.2 - Índices de liquidez corrente
Matarazzo (2007), afirma que, o Índice de Liquidez Corrente analisa a situação
financeira da empresa, levantando a capacidade de pagamento de dividas em curto
prazo, usando o valor do Ativo Circulante em comparação as obrigações representadas
pelo Passivo Circulante.
Este índice é calculado usando-se a seguinte formula:

ILC = AC

PC
Onde:

ILC: Índice de Liquidez Corrente

AC: Ativo Circulante

PC: Passivo Circulante
Conforme Matarazzo (2007 pág. 16) o resultado desta divisão indica:
“ quanto a empresa possui no Ativo Circulante para cada $ 1,00 de
divida de Passivo Circulante. Interpretação: quanto maior, melhor.”
2.5.4.3 - Índices de liquidez seca
Segundo Matarazzo (2007), o Índice de Liquidez Seca analisa a situação
financeira da empresa, levantando a eficiência financeira, usando o valor do Ativo
Circulante menos Estoques em comparando com as obrigações representadas pelo
Passivo Circulante.
Este índice é calculado usando-se a seguinte formula:
ILS = AC - E
PC
Onde:

ILS: Índice de Liquidez Seca

AC: Ativo Circulante
23

E: Estoques

PC: Passivo Circulante
O resultado desta divisão segundo, indica:
Quanto a empresa possui de Ativo Liquido para cada US$ 1,00 de
Passivo Circulante (dividas a curto prazo). Interpretação: quanto
maior, melhor. Este índice é um teste de força aplicado à empresa;
visa medir o grau de excelência da sua situação financeira. De um
lado, abaixo de certos limites, obtidos segundo os padrões do ramo,
pode indicar alguma dificuldade de liquidez, mas raramente tal
conclusão será mantida quando o índice de Liquidez Corrente for
satisfatório. De outro lado, o índice de Liquidez Seca conjugado com
o índice de Liquidez corrente é um reforço à conclusão de que a
empresa é uma atleta de liquidez. Matarazzo (2007 pág. 173).
2.5.5 – INDICES DE RENTABILIDADE
Conforme Matarazzo (2007), os índices deste grupo, demonstram a rentabilidade
dos capitais investidos, ou seja, o real valor dos investimentos, o grau de êxito da
empresa.
2.5.5.1 – Giro do Ativo
Fórmula:
V
AT
=
Vendas Líquidas
Ativo

Indica: quanto a empresa vendeu para cada $1,00 de investimento.

Interpretação: quanto maior, melhor.
O sucesso de uma empresa depende em primeiro lugar de um volume
de vendas adequado. (Matarazzo, 2007, pág. 176).
24
2.5.5.2 – Margem Líquida
Formula:
LL
V
= Lucro Líquido
x 100
Vendas Líquidas

Indica: quanto a empresa obtém de lucro para cada $100 vendidos.

Interpretação: quanto maior, melhor.
2.5.5.3 – Rentabilidade do Ativo
Formula:
LL
AT
= Lucro Líquido x 100
Ativo Total

Indica: quanto a empresa obtém de lucro para cada $1,00 de investimento total.

Interpretação: quanto maior, melhor.
Segundo Matarazzo (2007), este índice, apresenta quanto a empresa obteve de lucro
líquido com relação ao Ativo, é uma medida da capacidade da empresa em gerar lucro
líquido podendo assim capitalizar-se.
2.5.5.4 – Rentabilidade do Patrimônio Líquido
Formula:
LL
PL
= Lucro Líquido
Patrimônio Líquido
x 100

Indica: quanto a empresa obteve de lucro para cada $1,00 de capital investido.

Interpretação: quanto maior, melhor.
O papel do índice de Rentabilidade do Patrimônio Líquido, é mostrar
qual a taxa de rendimento do capital próprio. Essa taxa pode ser
comparada com a de outros rendimentos alternativos no mercado,
como caderneta de poupança, CDBs, letras de câmbio, ações,
aluguéis, fundos de investimentos, etc. Com isso se pode avaliar se a
empresa oferece rentabilidade superior ou inferir a essas opções.
(Matarazzo, 2007, pág. 181).
25
2.5.6 – INDICE DE ENDIVIDAMENTO
Formula: PC = Passivo Circulante
CT
Capitais de Terceiros

x 100
Indica: qual o percentual de obrigações de curto prazo em relações as
obrigações totais.

Interpretação: quanto menos, melhor.
Matarazzo (2007), afirma que, após se recolher o grau de participações de capitais
de terceiros, é identificada a composição dessas dívidas.
Uma coisa é ter dívidas de curto prazo que precisam ser pagas com os
recursos possuídos hoje, mais aqueles gerados a curto prazo (e nós
sabemos as dificuldades em gerar recursos a curto prazo); outra coisa
é ter dívidas a longo prazo, pois aí a empresa dispõe de tempo para
gerar recursos (normalmente lucro mais depreciação) para pagar essas
dívidas. (Matarazzo, 2007, pág. 156).
2.5.6.1 – Imobilização do Patrimônio Líquido
Fórmula: AP = Ativo Permanente
x 100
PL
Patrimônio Líquido

Indica: quanto a empresa aplicou no Ativo Permanente para cada $100 de
Patrimônio Líquido.

Interpretação: quanto menos, melhor.
2.5.6.2 – Imobilização dos Recursos não Correntes
Formula: AP
= Ativo Permanente
x 100
PL + ELP Patrimônio Líquido + Exigível à Longo Prazo

Indica: que percentual de Recursos não correntes a empresa aplicou no Ativo
Permanente.

Interpretação: quanto menos, melhor
26
.
2.6 - GESTÃO DE CAIXA
27
Conforme Ross (2002), a Gestão de Caixa explica a variação dos saldos
disponíveis da entidade, sendo evidenciado através do caixa e das aplicações
financeiras,
demonstrado
por
meio
da
demonstração
contábil
denominada,
DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA.
Com base na nova Lei 11.638/2007 que altera e revoga dispositivos da Lei
6.404/76 no que tange às demonstrações financeiras, aboli-se a necessidade
de
elaboração e divulgação da DOAR, Demonstração das Origens de Aplicações de
Recursos, substituindo-a pelo DFC Demonstração do Fluxo de Caixa.
De acordo com Iudícibus (2007), o principal objetivo da Demonstração do Fluxo
de Caixa é buscar informações sobre os pagamentos e recebimentos em dinheiro de uma
entidade.
Através da análise do Fluxo de Caixa podemos avaliar vários aspectos da
empresa como:

Capacidade de gerar fluxos líquidos;

Capacidade do honrar seus compromissos;

Grau de liquidez, solvência e flexibilidade financeira;

Taxa de conversão do lucro em caixa;

A performance operacional;

Grau de precisão das estimativas passadas de fluxos futuros de caixa;

Posição financeira conforme transações de investimentos e financiamentos.
Conforme Iudícibus (2007), a classificação da Demonstração do Fluxo de Caixa
se dá através das movimentações de caixa em meio a suas atividades, podendo ser
classificadas em:

Atividades Operacionais: evidenciam as atividades de entradas e saídas,
voltadas para a produção e entrega de bens ou serviços.

Atividades de Investimentos: evidenciam o aumento e a diminuição do ativo,
voltados para a produção de bens ou serviços.
28

Atividades de Financiamento: evidenciam empréstimos de terceiros e
investimentos à entidade.
2.7 - MÉTODOS DE ELABORAÇÃO DA DEMONSTRAÇÃO DO
FLUXO DE CAIXA
A Demonstração do Fluxo de Caixa é peça imprescindível na mais
elementar atividade empresarial e mesmo para pessoas físicas que se
dedicam a algum negocio.
Através da Demonstração do Fluxo Líquido de Caixa – DFLC, podese saber se a empresa foi auto-suficiente no financiamento de seu giro
e qual sua capacidade de expansão com recursos próprios gerados
pelas operações, ou seja, a independência financeira da empresa e
posta em cheque. (MATARAZZO 2007 p. 363)
Conforme Iudícibus (2007), as disponibilidades da empresa deve ser
evidenciadas na DFC, sendo tratadas em três grupos, expressando as entradas e saídas
de dinheiro de acordo com a atividade, operacionais, financeiras e de investimentos.
Para a divulgação da Demonstração do Fluxo de Caixa conforme as atividades
operacionais, o FASB e o IASB recomendam do Método Direto, e para o fluxo das
operações o Método Indireto.
2.7.1 - Método Direto
Este método apura e informa a movimentação das entradas e saídas de caixa
relacionadas à atividade operacional da empresa, expressa as variações positivas
ou negativas de cada conta.
Na utilização do método direto devem ser relatados os fluxos operacionais das
seguintes classes:
•
Recebimentos de Clientes;
•
Recebimentos de juros e dividendos;
•
Outros recebimentos relacionados a operações;
29
•
Pagamentos de empregados e fornecedores, incluindo segurança,
publicidade e similares;
•
Juros pagos;
•
Impostos;
•
Outros pagamentos relacionados a operações.
2.7.2 - Método Indireto
Realiza a conciliação entre o lucro líquido e o caixa, e também conhecido como
método de reconciliação. Para sua demonstração e necessário:
•
Remover do lucro líquido os deferimentos de transações como
gastos antecipados, crédito tributário , e alocações de eventos que
podem ser caixas no futuro.
•
Remover do lucro líquido as alocações ao período do consumo de
ativos de longo prazo, que possam ser originados de atividades de
investimento e financiamentos.
2.8 - ÍNDICES DE PRAZOS MÉDIOS
Segundo Matarazzo (2007), com base nas demonstrações financeiras uma
entidade pode calcular a média referente ao recebimento e pagamento de suas
obrigações, sendo este calculo denominado de Índice de Prazo Médio.
De acordo com Matarazzo (2007), existem três tipos de índices de prazos
médios, sendo estes demonstrados através das demonstrações financeiras.
30
2.8.1 - Prazo Médio de Recebimento de Vendas – PMRV
E representado através das duplicatas a receber sendo este prazo para o
recebimento das vendas da entidade, pode ser definido através da fórmula:
PMRV = 360 DR
V
Sendo,
PMRV – Prazo Médio de Recebimento de Vendas
DR
– Duplicatas a Receber
V
- Vendas Anuais
2.8.2 - Prazo Médio de Pagamento de Compras – PMPC
E representado pelos pagamentos a serem efetuados pela entidade, sendo
definido pela fórmula.
PMPC = 360 F
C
Sendo,
PMPC – Prazo Médio de Pagamento de Compras
F
- Saldo de Fornecedores do Balanço
C
- Compras
2.8.3 - Prazo Médio de Renovação de Estoques
O prazo médio de renovação do estoque envolve as bases das fórmulas
dos dois itens anteriores prazo médio de recebimento e prazo médio de
pagamento, porém existe uma diferença as duplicatas a receber ou a pagar
representam as vendas ou as compras passadas, pois os estoques relacionam-se
com o preço de custo das vendas futuras, porém tomamos como base o preço de
custo das mercadorias vendidas para calculo em sua fórmula de aplicação.
31
PMRE = 360 . E
_____
CMV
Sendo,
PMRE – Prazo Médio de Renovação de Estoques
E
- Estoques
CMV - Custo das Mercadorias Vendidas
2.9 - CAPITAL DE GIRO
Conforme Matarazzo (2007), pode-se considerar as análise dos prazos médios e
seus impactos como uma análise do capital de giro, pois suas alterações evidenciam o
giro do capital de uma entidade, esta análise tem como base as variações do capital,
sendo visto do ponto de partida financeiro, objetivando o crescimento e a lucratividade.
De acordo com Matarazzo (2007), a diferença entre o Ativo Circulante
Operacional e os financiamentos relata o valor em que a empresa necessita para
financiar o giro do seu capital, sendo evidenciado através da fórmula:
NCG = ACO – PCO
Onde:
NCG – Necessidade de Capital de Giro
ACO – Ativo Circulante Operacional
PCO - Passivo Circulante Operacional
Segundo Matarazzo (2007), para supri as necessidades de financiamento do
capital de giro as empresa podem contar com três tipos de financiamentos.

Capital Circulante Próprio.
32

Empréstimos e Financiamentos Bancários de Longo Prazo.

Empréstimos Bancários de Curto Prazo e Duplicatas Descontadas.
2.10 ALAVANCAGEM FINANCEIRA
O retorno do capital próprio de uma empresa depende tanto da
rentabilidade do negócio, quanto da boa administração financeira.
(Matarazzo, 2007 pág. 391).
A determinação da rentabilidade, baseia-se em três índices a saber conforme
Matarazzo (2007):
Nome: Retorno s/ Ativo
Símbolo: RsA
Fórmula: LADF = Lucro antes das Despesas Financeiras %
A
Ativo Operacional
Significado: Quanto a empresa gera de lucro para cada $100 investidos.
RSA: Demonstra a rentabilidade do negócio, ou seja, quanto maior o índice,
maior a eficiência.
Nome: Custo da Dívida
Símbolo: CD
Fórmula: DF = Despesas Financeiras
PE
Passivo Gerador de encargos
%
Significado: Quanto a empresa paga de juros para cada $100 tomados junto a
Instituições Financeiras.
CD: Utilização de capitais de terceiros, ou seja, o que a empresa paga.
Nome: Retorno s/ Patrimônio Líquido
Símbolo: RsPL
Fórmula: LL = Lucro Líquido
%
PL
Patrimônio Líquido
Significado: Quanto os acionistas ganham para cada $100 investidos.
33
RsPL: Principal interesse da empresa.
Se o custo da dívida é maior que o retorno sobre o Ativo, ou
seja, se a empresa paga, para cada dólar tomado, mais do que rende
seu investimento no negócio, então os acionistas “bancam” a diferença
com sua parte de lucro (ou até com o próprio capital). Se o custo da
dívida é menor que o retorno sobre o Ativo, os acionistas ganham a
diferença. A taxa de retorno sobre o Patrimônio Líquido então será
maior que a taxa de retorno sobre o Ativo. (Matarazzo, 2007, pág.
397).
34
3 - CONCLUSÃO
De acordo com a apresentação de nossa pesquisa, observamos a verdadeira
importância das Demonstrações Financeiras para a gestão econômico – financeira nas
organizações, bem como da utilização de instrumentos de gestão eficaz, como o
planejamento, ferramenta para direcionar e orientar a organização, abrangendo o
planejamento de caixa e de lucro, juntamente com a definição da missão, visando
objetivos do negócio por parte das empresas.
No desenvolver da pesquisa, constatamos que a melhor estratégia de
planejamento, é aquela que atende as expectativas do plano de negócio, porém, o mais
importante, é que a empresa procure a eficiência das estratégias com intuito de estar
sempre de acordo com os órgãos regulamentadores.
Conforme os balanços fictícios apresentados da Empresa TEX S/A, observamos
que, por meio das análises de índices, prazos médios e gestão do capital de giro
(principais técnicas de análise de balanço), não seria possível apenas com esses dados
identificar o equilíbrio econômico – financeiro de uma empresa, mas sim uma visão
macro da situação atual da mesma. Para tanto, seria necessário além destes dados, um
conhecimento mais profundo, uma rotina contínua (histórico) que dê suporte ao gestor
para elaborar análises com foco gerencial para tomadas de decisões. Cabe ressaltar que
a luz dessas informações é possível também, identificar as deficiências que diminuem a
capacidade da empresa gerar riquezas, e agir com mediadas corretivas quando
necessário.
Diante das análises estudadas e apresentadas, evidencia-se a importância de se
obter informações altamente transparentes e um planejamento consistente de
informações para que se tenha um horizonte seguro para as empresas em busca do seu
principal objetivo: a maximização de lucros.
Concluímos portanto, que, a oportunidade oferecida por esta pesquisa foi muito
importante no sentido de uma aproximação real entre os conteúdos teóricos estudados e
pesquisados e uma experiência concreta de aplicação. O grupo entende como muito
enriquecedor o trabalho proposto, pois conseguimos consolidar nossos conhecimentos,
35
como acadêmicos, a cerca da real importância das demonstrações contábeis no contexto
sócio-econômico.
36
4 - BIBLIOGRAFIA

IUDÍCIBUS, Sérgio de. Teoria da contabilidade. São Paulo: Atlas, 2000.

DAVENPORT, Thomas H. Reengenharia de Processos: Como inovar na
empresa através da tecnologia da informação. 2. ed. São Paulo: Editora Campos,
1994.

CHIAVENATO, Idalberto. Administração: Teoria, Processo e prática. 3. ed.
São Paulo: Makron Books, 2000.

CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à Teoria Geral da Administração: 6. ed.
Rio de Janeiro: Campus, 2000.

DANTE C. Matarazzo, Análise Financeira de Balanços: 6. ed. Atlas: São
Paulo, 2007.

IUDÍCIBUS, SÉRGIO DE; MARTINS, ELISEU; GEPBCKE, ERNESTO
RUBENS. Manual de Contabilidade das Sociedades por Ações:
Aplicável às demais sociedades. 7ª edição. São Paulo, Editora: Atlas,
2007.

ROSS, STEPHEN A. - Princípios de administração financeira/Stephen A.
Ross, Randolph W. Westerfiled. Bradford D. Jordan – 2. ed. – São Paulo
: Atlas, 2000.

MATARAZZO, Dante C. – Análise Financeira de Balanços – 6ª edição –
São Paulo – Editora Atlas S.A – 2007.

ROSS, Stephen A; WESTERFIELD, Randolph W.; JAFFE, JEFFREY
F. – Administração Financeira - 2ª edição – São Paulo; Editora Atlas
S.A - 2002
37
5 - ANEXOS
DEMOSNTRAÇÕES DA EMPRESA TEX S/A
RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO
Senhores Acionistas,
Em cumprimento às determinações legais e estatutárias, submetemos à apreciação de
V.S.as., as Demonstrações Financeiras relativas aos exercícios findos em 31 de
dezembro de 2.006 e 2.005.
Belo Horizonte (MG), 31 dezembro de 2006.
A Administração
João da Silva – Presidente
38
BALANÇO PATRIMONIAL
TEX S/A
REALIZADO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2.006 E 2.005 (Em reais)
ATIVO
CIRCULANTE
FINANCEIRO
DISPONIVEL
APLICAÇÕES FINANCEIRAS
OPERACIONAL
DUPLICATAS A RECEBER
ESTOQUES
IMPOSTOS A RECUPERAR
OUTROS CREDITOS
DESPESAS ANTECIPADAS
REALIZAVEL A LONGO PRAZO
DEPOSITOS JUDICIAIS
Pela Legislação
Societária 2005
2.691.887,6
8
661.753,9
1
238.301,1
1
423.452,8
0
2.030.133,7
7
1.657.652,1
5
265.747,1
2
65.347,6
5
34.852,0
8
6.534,7
7
108.912,7
5
21.782,5
5
61,7
9
15,1
9
5,4
7
9,7
2
46,6
0
38,0
5
6,1
0
1,5
0
0,8
0
0,1
5
Pela Legislação
Societária 2006
3.425.679,5
2
1.013.072,0
4
204.700,6
5
808.371,3
9
2.412.607,4
8
1.907.957,6
2
418.551,7
2
48.880,0
4
31.659,6
3
5.558,4
7
2,5
0
0,5
0
131.012,4
6
2.374,3
0
AV%
AV%
AH%
64,1
6
18,9
8
3,8
3
15,1
4
45,1
9
35,7
4
7,8
4
0,9
2
0,5
9
0,1
0
27,2
6
53,0
9
(14,10
)
90,9
0
18,8
4
15,1
0
57,5
0
(25,20
)
(9,16
)
(14,94
)
2,4
5
0,0
4
20,2
9
(89,10
)
39
EMPRESAS COLIGADAS/CONTROLADAS
OUTROS CREDITOS
PERMANENTE
INVESTIMENTOS
IMOBILIZADO
(-) DEPRECIAÇÃO/AMORTIZAÇÃO
DIFERIDO
TOTAL DO ATIVO
PASSIVO
CIRCULANTE
FINANCEIRO
INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS
DUPLICATAS DESCONTADAS
OPERACIONAL
FORNECEDORES
OBRIGAÇÕES C/PESSOAL
47.921,6
1
39.208,5
9
1,1
0
0,9
0
40.685,4
5
87.952,7
1
0,7
6
1,6
5
(15,10
)
124,3
2
1.555.709,5
1
280.994,9
1
1.100.454,4
9
(97.150,4
8)
271.410,5
9
4.356.509,9
4
35,7
1
6,4
5
25,2
6
(2,23
)
6,2
3
100,0
0
1.782.187,6
0
302.350,5
2
1.423.547,9
2
(114.753,7
9)
171.042,9
5
5.338.879,5
8
33,3
8
5,6
6
26,6
6
(2,15
)
3,2
0
100,0
0
14,5
6
7,6
0
29,3
6
18,1
2
(36,98
)
22,5
5
Pela Legislação
Societária 2005
1.733.572,3
2
405.990,9
6
404.390,0
0
1.600,9
6
1.327.581,3
6
996.681,9
5
159.010,1
AV%
39,7
9
9,3
2
9,2
8
0,0
4
30,4
7
22,8
8
3,6
Pela Legislação
Societária 2006
2.269.429,5
0
351.360,2
6
350.110,1
5
1.250,1
1
1.918.069,2
4
1.586.119,4
0
197.421,4
AV%
42,5
1
6,5
8
6,5
6
0,0
2
35,9
3
29,7
1
3,7
AH%
30,9
1
(13,46
)
(13,42
)
(21,91
)
44,4
8
59,1
4
24,1
40
OBRIGAÇÕES SOCIAIS
OBRIGAÇÕES TRIBUTARIAS
CREDORES DIVERSOS
EXIGIVEL A LONGO PRAZO
INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS
EMPRESAS COLIGADAS / CONTROLADAS
PATRIMONIO LIQUIDO
CAPITAL
RESERVA DE CAPITAL
RESERVA DE LUCROS
TOTAL PASSIVO
2
5
7
0
6
42.310,2
0
39.510,2
3
90.068,8
6
0,9
7
0,9
1
2,0
7
54.508,0
7
65.010,1
8
15.010,1
2
1,0
2
1,2
2
0,2
8
28,8
3
64,5
4
(83,33
)
709.136,0
7
651.013,1
5
58.122,9
2
16,2
8
14,9
4
1,3
3
173.034,1
7
121.020,1
8
52.013,9
9
3,2
4
2,2
7
0,9
7
(75,60
)
(81,41
)
(10,51
)
1.913.801,5
5
1.100.000,0
0
86.663,8
5
727.137,7
0
43,9
3
25,2
5
1,9
9
16,6
9
2.896.415,9
1
1.800.000,0
0
115.112,1
3
981.303,7
8
54,2
5
33,7
1
2,1
6
18,3
8
51,3
4
63,6
4
32,8
3
34,9
5
4.356.509,9
4
100,0
0
5.338.879,5
8
100,0
0
22,5
5
As Notas Explicativas complementam estas Demonstrações Financeiras, sendo assim parte integrante das mesmas.
TEX S/A
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCICIO - DRE
41
REALIZADO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2.006 E 2.005 (Em reais)
RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA
(-) CUSTOS
(=) LUCRO BRUTO
(-) DESPESAS COM VENDAS
(-) DESPESAS ADMINISTRATIVAS GERAIS
OUTRAS DESP./RECEITAS
OPERACIONAIS
DESP./RECEITAS OPERACIONAIS
(=) RESULTADO OPERACIONAL
(-) DESPESAS FINANCEIRAS
(+) RECEITAS FINANCEIRAS
DESPESAS/RECEITAS FINANCEIRAS
(+ -) RESULTADO NÃO OPERACIONAL
(=) RESULTADO ANTES IRPJ E CSLL
(-) PROVISÃO IRPJ E CSLL
Pela Legislação
Societária 2005
38.532.491,6
0
(27.634.416,0
2)
10.898.075,5
8
(6.597.026,0
5)
(1.569.796,5
9)
(148.747,4
5)
(8.315.570,0
9)
2.582.505,4
9
(3.734.744,5
4)
1.919.826,9
9
(1.814.917,5
5)
(129.108,4
7)
638.479,4
7
(141.804,5
4)
AV%
100,0
0
(71,72
)
28,2
8
(17,12
)
(4,07
)
(0,39
)
(21,58
)
6,7
0
(9,69
)
4,9
8
(4,71
)
(0,34
)
1,6
6
(0,37
)
Pela Legislação
Societária 2006
48.111.669,0
1
(33.307.761,6
3)
14.803.907,3
8
(9.578.881,8
3)
(2.152.819,0
5)
(207.904,4
4)
(11.939.605,3
2)
2.864.302,0
6
(2.972.856,6
5)
1.585.969,0
8
(1.386.887,5
7)
9.902,6
2
1.487.317,1
1
(421.896,8
8)
AV%
100,0
0
(69,23
)
30,7
7
(19,91
)
(4,47
)
(0,43
)
(24,82
)
5,9
5
(6,18
)
3,3
0
(2,88
)
0,0
2
3,0
9
(0,88
)
AH%
24,8
6
20,5
3
35,8
4
45,2
0
37,1
4
39,7
7
43,5
8
10,9
1
(20,40
)
(17,39
)
(23,58
)
(107,67
)
132,9
5
197,5
2
42
(64.121,0
1)
432.553,9
2
(-) GRATIFICAÇÕES
(=) RESULTADO LIQUIDO
ANÁLISE DE
(0,17
)
1,1
2
(82.805,8
7)
982.614,3
6
(0,17
)
2,0
4
29,1
4
127,1
7
TEX
43
ÍNDICES
S/A
EMPRESA :
ÍNDICE
ESTRUTURA DE
CAPITAL
ENDIVIDAMENTO
FÓRMULA
ANO 2005
ANO 2006
cap. terceiros
Patrimônio liquido
x 100
2.442.708,39 x
1.913.801,55
100
COMPOSIÇÃO
ENDIVIDAMENTO
P. Circulante
cap. terceiros
x 100
1.733.572,32 x
2.442.708,39
100
IMOBILIZAÇÃO
DO P. LIQUIDO
A. Permanente
Patrimônio liquido
x 100
1.555.709,51 x
1.913.801,55
100
IMOBILIZAÇÃO DOS
RECUR. NÃO
CORRENTES
A. Permanente
x 100
1.555.709,51 x
100
127,64
2.442.463,67 x
2.896.415,91
100
70,97
2.269.429,50 x
2.442.463,67
100
81,29
1.782.187,60 x
2.896.415,91
100
1.782.187,60 x
100
74,91
2.076.864,55
A. Circ. + R. L. P.
P. Circ. + E. L. P.
2.800.800,43
2.442.708,39
1,15
3.556.691,98
2.442.463,67
1,46
LIQ. CORRENTE
A. Circulante
P. Circulante
2.691.887,68
1.733.572,32
1,55
3.425.679,52
2.269.429,50
1,51
LIQ. SECA
A. Circ. - Estoques
P. Circulante
2.426.140,56
1.733.572,32
1,40
3.007.127,80
2.269.429,50
1,33
RENTABILIDADE
GIRO DO ATIVO
Vendas liq.
Ativo
61,53
3.051.739,91
48.111.669,0
38.532.491,60
4.356.509,94
92,92
58,40
P. LIQ. + E. L. P.
LIQUIDEZ
LIQ. GERAL
84,33
8,84
1
9,01
5.338.879,58
44
MARGEM LIQUIDA
lucro liq.
x 100
Vendas liq.
432.553,92 x
100
982.614,36 x
48.111.669,0
100
9,93
982.614,36 x
5.338.879,58
100
22,60
982.614,36 x
2.405.108,73
100
1,12
38.532.491,60
2,04
1
RENTABILIDADE
DO ATIVO
lucro liq.
Ativo
x 100
432.553,92 x
4.356.509,94
100
RENTABILIDADE
DO P. LIQUIDO
lucro liq.
P. Liquido Médio
x 100
432.553,92 x
1.913.801,55
100
18,40
40,86
INFORMAÇÕES DA EMPRESA TEX S/A - CÁLCULO DOS PRAZOS MÉDIOS
45
DESCRIÇÃO
2005
2006
RECEITA BRUTA DE VENDAS
( - ) DEVOLUÇÕES E ABATIMENTOS
42.385.741
1.271.572
52.922.836
1.587.685
VENDAS REALIZADAS
( - ) IMPOSTOS
41.114.169
2.581.677
51.335.151
3.223.482
RECEITA LÍQUIDA
38.532.492
48.111.669
2
COMPRAS
22.936.565
28.311.597
3
ESTOQUES
265.747
418.552
4
SALDO DE DUPLICATAS A RECEBER
1.657.652
1.907.958
5
SALDO DE FORNECEDORES
996.682
1.586.119
6
CMV / CPV / CSV
27.634.416
33.307.762
1
ANALISE DOS PRAZOS MÉDIOS
2005
46
PMRV = PRAZO MÉDIO DE RECEBIMENTO DE VENDAS
360 *
PMRE = PRAZO MÉDIO DE RENOVAÇÃO DE ESTOQUES
360 *
PMRC = PRAZO MÉDIO DE PAGAMENTO DE COMPRAS
360 *
DUPLIC. RECEBER
VENDAS
ESTOQUES
CMV/CPV/CSV
FORNECEDORES
COMPRAS
360 *
1.657.652 =
41.114.169
360 *
265.747
=
27.634.416
360 *
996.682
=
22.936.565
15
DIAS
3
DIAS
16
DIAS
13
DIAS
5
DIAS
20
DIAS
2006
PMRV = PRAZO MÉDIO DE RECEBIMENTO DE VENDAS
360 *
PMRE = PRAZO MÉDIO DE RENOVAÇÃO DE ESTOQUES
360 *
PMRC = PRAZO MÉDIO DE PAGAMENTO DE COMPRAS
360 *
DUPLIC. RECEBER
VENDAS
ESTOQUES
CMV/CPV/CSV
FORNECEDORES
COMPRAS
360 *
1.907.958 =
51.335.151
360 *
418.552
=
33.307.762
360 * 1.586.119 =
28.311.597
NECESSIDADE DE CAPITAL DE GIRO
2005
NCG =
ACO - PCO
R$ 2.030.133,77 - R$ 1.327.581,36
=
R$
702.552,41
=
R$
494.538,00
2006
NCG =
ACO - PCO
R$ 2.412.607,48 - R$ 1.918.069,24
CICLO FINANCEIRO
2005
47
CF
=
PMRV + PMRE - PMPC
=
15 + 3 - 16
2
DIAS
-2
DIAS
2006
CF
=
PMRV + PMRE - PMPC
13 +5 - 20
=
48
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
REFERENTES AOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE
DEZEMBRO DE 2.006 E 2.005
1 - CONTEXTO OPERACIONAL
As Demonstrações Financeiras foram elaboradas e estão sendo apresentadas de acordo
com as práticas contábeis no Brasil e com base nas disposições contidas na Lei das
Sociedades por Ações, Lei 6.404/76 e legislações posteriores.
A partir de 1.996, com o advento da Lei n.º 9.249/95, as práticas contábeis emanadas
pela legislação societária não mais contemplam o reconhecimento da sistemática de
correção monetária do balanço.
Estão sendo apresentadas, para fins comparativos as Demonstrações Financeiras
relativas ao exercício findo em 31 de dezembro de 2.005
A empresa não elabora Demonstrações Financeiras pela correção monetária integral,
não estando obrigada a tal procedimento pela legislação em vigor.
3 - SUMÁRIO DAS PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS ADOTADAS
A - APURAÇÃO DO RESULTADO
O resultado das operações é apurado em conformidade com o regime contábil de
competência do exercício.
Os ativos são apresentados pelos valores de realização, incluindo, quando aplicável os
rendimentos e variações monetárias auferidos e os passivos, pelos valores conhecidos
ou calculáveis, acrescidos quando aplicável, dos correspondentes encargos e variação.
B - APLICAÇÕES FINANCEIRAS
As aplicações financeiras de liquidez imediata estão demonstradas ao custo de
aquisição, acrescido dos rendimentos auferidos até as datas dos balanços.
49
C - CONTAS A RECEBER
Contas a receber são registrados pelos valores reconhecidos como de direito.
D – INVESTIMENTO
Os investimentos em sociedades controladas estão avaliados pelo Método de
Equivalência Patrimonial – MEP. Os demais investimentos estão contabilizados pelo
custo de aquisição.
E – IMOBILIZADO
Os bens do Ativo Imobilizado estão demonstrados pelo custo de aquisição, corrigidos
monetariamente até 31 de dezembro de 1995, deduzido de depreciações calculadas pelo
método linear com base na vida útil dos bens, às taxas admitidas pela legislação.
F - CRÉDITO E DÍVIDAS DE LONGO PRAZO
Os valores realizáveis ou exigíveis, posteriormente ao próximo exercício social, estão
classificados como longo prazo.
H - FÉRIAS E ENCARGOS SOCIAIS
A provisão para férias e encargos foi constituída para cobertura daquelas vencidas e a
vencer até a data do balanço, e estão incluídas nos custos operacionais correspondentes,
conforme artigo 9, do Decreto Lei n.º 1.730/79.
I - IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL
O Imposto de Renda é calculado à alíquota de 15% sobre o lucro real, acrescida do
adicional de 10% sobre o lucro excedente de R$240.000.00, e a Contribuição Social
calculada à alíquota de 9% tendo como base de cálculo o lucro do exercício
devidamente ajustado com as adições e exclusões previstas na legislação tributária.
50
J - OPERAÇÕES ENTRE EMPRESAS DO GRUPO
As operações entre empresas do grupo são realizadas nas condições normais de
mercado.
4 – DIFERIDO
A empresa no ano de 2.005 e 2.006 efetuou vários pagamentos referente ao projeto de
reestruturação com previsão de ficar pronto em 36 meses.
5 - COBERTURA DE SEGUROS
A Companhia mantém cobertura de seguros em valores considerados suficientes para
atender a eventuais sinistros e riscos.
6 - CAPITAL SOCIAL
O Capital Social é de R$ 1.800.000,00 (hum milhão e oitocentos mil reais), divididos
em 1.800.000 (hum milhão e oitocentas) ações ordinárias nominativas, totalmente
realizado de propriedade de residentes no país, sendo o capital inteiramente nacional.
A empresa em 31/03/2006 aumentou seu capital de R$ 1.100.000,00 (hum milhão e cem
mil reais) para R$ 1.800.000,00 (hum milhão e oitocentos mil reais), com
aproveitamento de Reservas de Lucros.
7 - PARTICIPAÇÃO DOS EMPREGADOS NOS LUCROS/RESULTADOS DA
EMPRESA - LEI 10.101/2000
A participação dos empregados nos lucros ou resultados, conforme disposto na
legislação em vigor, pode ocorrer baseada em programas espontâneos mantidos pela
empresa ou em acordos com os empregados ou com as entidades sindicais.
51
ANÁLISE DA GESTÃO DE CAIXA REFERENTES AOS
EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2.006 E 2.005
A Empresa TEX S/A nos anos de 2.005 e 2006 melhorou suas estratégias
de administração promovendo suas vendas através de incentivos promocionais,
preços competitivos, novos produtos e descontos, e em função disso trabalhou
com menores prazos de pagamentos, o que possibilitou num aumento dos circulantes
financeiros. As negociações com fornecedores melhoram postergando os prazos
de pagamentos de acordo com os novos contratos, fato este explicado pela
agregação de novos produtos a serem comercializados, o que aumenta o poder
de barganha da empresa nas negociações. Essa estratégia resultou em uma queda
no prazo de renovação dos estoques, devido ao aumento no giro das vendas.
TEX S/A operou seu Ciclo Financeiro baixo o que exigiu uma baixa NCG e
principalmente a possibilidade de aplicar no mercado e gerar receitas financeiras com as
sobras de caixa.
52
Download

planejamento, controle e análise do resultado econômico