FACULDADE NOVOS HORIZONTES V Período – Ciências Contábeis PLANEJAMENTO, CONTROLE E ANÁLISE DO RESULTADO ECONÔMICO-FINANCEIRO NAS ORGANIZAÇÕES Análise das demonstrações financeiras como suporte à gestão econômica – financeira na Organização Adeli Mateus Campos Lima Edvaldo de Assis Antunes Elaine Alves de Almeida Julita Pontel dos Santos Pinheiro Lívia de Freitas silva Wanessa Benvinda Coelho Belo Horizonte, Maio de 2008 1 Adeli Mateus Campos Lima Edvaldo de Assis Antunes Elaine Alves de Almeida Julita Pontel dos Santos Pinheiro Lívia de Freitas Silva Wanessa Benvinda Coelho PLANEJAMENTO, CONTROLE E ANÁLISE DO RESULTADO ECONÔMICO-FINANCEIRO NAS ORGANIZAÇÕES Análise das demonstrações financeiras como suporte à gestão econômica – financeira na Organização Belo Horizonte, Maio de 2008 RESUMO 2 A Análise das Demonstrações Financeiras, é um resumo de avaliação dos efeitos e eventos econômicos sobre a situação financeira de uma empresa. Ela fornece dados sobre a empresa de acordo com as regras contábeis que devem ser consistentes e seguirem uma uniformidade para que a sua análise mostre uma situação próxima da realidade da empresa. Palavras chave: Demonstrações, Análises. 3 Professor Orientador: Rodrigo Mendes Projeto Interdisciplinar apresentado ao Departamento de Ciências Contábeis da Faculdade Novos Horizontes, como requisito parcial para aprovação nas disciplinas de 5º Período. 4 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO 1.1 APRESENTAÇÃO 1.2 JUSTIFICATIVA 1.3 OBJETIVOS 1.3.1 Objetivo Geral 1.3.2 Objetivo Específico 1.4 PROBLEMA 1.5 METODOLOGIA 2 REFERENCIAL TEÓRICO 2.1 HISTÓRIA DA CONTABILIDADE / SURGIMENTO 2.2 AS ORGANIZAÇÕES E SEUS OBJETIVOS 2.3 GESTÃO DAS EMPRESAS E SEUS REFLEXOS NA SOCIEDADE 2.4 DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 2.4.1 Balanço Patrimonial 2.4.2 DRE – Demonstração do Resultado do Exercício 2.4.3 DMPL – Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido 2.4.4 DOAR (Demonstrações das Origens e Aplicações de Recursos) 2.4.5 Notas Explicativas 2.4.5.1 Relatório da Diretoria 2.4.5.2 Parecer dos Auditores 2.5 TÉCNICAS DE ANÁLISES 2.5.1 Análise Vertical 2.5.2 Análise Horizontal 2.5.3 Análise através de índices 2.5.4 ÍNDICES DE LIQUIDEZ 2.5.4.1 Índices de liquidez geral 2.5.4.2 Índices de liquidez corrente 2.5.4.3 Índices de liquidez seca 2.5.5 INDICES DE RENTABILIDADE 2.5.5.1 Giro do Ativo 2.5.5.2 Margem Líquida 2.5.5.3 Rentabilidade do Ativo 2.5.5.4 Rentabilidade do Patrimônio Líquido 2.5.6 INDICE DE ENDIVIDAMENTO 2.5.6.1 Imobilização do Patrimônio Líquido 2.5.6.2 Imobilização dos Recursos não Correntes 2.6 GESTÃO DE CAIXA 2.7 MÉTODOS DE ELABORAÇÃO DA DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE 1 1 2 2 2 2 2 3 3 4 4 4 5 8 9 11 13 13 13 14 14 14 14 15 16 17 17 18 18 19 19 19 20 20 20 22 CAIXA 2.7.1 Método Direto 2.7.2 Método Indireto 2.8 ÍNDICES DE PRAZOS MÉDIOS 2.8.1 Prazo Médio de Recebimento de Vendas – PMRV 23 23 24 24 25 5 2.8.2 Prazo Médio de Pagamento de Compras – PMPC 2.8.3 Prazo Médio de Renovação de Estoques 2.9 CAPITAL DE GIRO 2.10 ALAVANCAGEM FINANCEIRA 3 CONCLUSÂO 4 BIBLIOGRAFIA 5 ANEXOS – DEMOSNTRAÇÕES DA EMPRESA TEX S/A 25 25 26 27 29 31 32 6 1 – INTRODUÇÃO 1.1 – APRESENTAÇÃO O presente trabalho, abordará a Análise das demonstrações financeiras como suporte à gestão econômica financeira de uma empresa, demonstrando a importância das demonstrações contábeis e o cumprimento das responsabilidades econômicas, elaborando melhores estratégias e almejando a maximização de desempenhos. As Demonstrações Financeiras fornecem dados sobre a empresa de acordo com as regras contábeis. Fatos ou eventos econômicos – financeiros – (Processo contábil) – Demonstrações Financeiras = dados – (Técnicas de análises de balanços) – Informações financeiras para a tomada de decisões. As demonstrações financeiras, precisam ser transformadas em informações que permitam concluir se a empresa vem sendo bem ou mal administrada, se tem condições de pagar suas dívidas, se é ou não lucrativa se vem evoluindo ou regredindo, se é eficiente ou ineficiente, se irá falir ou se continuará operando. Através de uma abordagem resumida, apresenta-se o que revelam as demonstrações financeiras, e cada uma das principais contas que nela aparecem quando publicadas. Entende-se que este trabalho contribuirá para uma gestão econômico e financeira eficaz, adequando para que haja compreensão clara das técnicas de análises, que serão levantadas no desenvolver do projeto. 7 1.2– JUSTIFICATIVA Este trabalho, visa identificar a importância das informações contábeis financeiras no contexto empresarial e gerencial, abordando a teoria e prática sobre relatórios e demonstrações financeiras de uma organização contribuindo para uma gestão econômico e financeira eficaz. 1.3– OBJETIVOS 1.3.1 - Objetivo Geral Demonstrar e analisar a situação econômica e financeira de uma empresa através das demonstrações financeiras. 1.3.2 – Objetivo Específico Como objetivo específico, pretende-se analisar as demonstrações financeiras e apresentar os resultados obtidos nas respectivas análises. 1.4– PROBLEMA Por meio de análises, estratégias e planejamentos, seria possível identificar e possibilitar o equilíbrio econômico – financeiro de uma empresa? 1.5– METODOLOGIA A metodologia utilizada neste Projeto Interdisciplinar envolverá estudos e pesquisas bibliográficas. Nesta pesquisa bibliográfica, serão levantadas informações em publicações especializadas tais como: livros, relatórios, artigos de periódicos científicos e jornais. 8 2 – REFERENCIAL TEÓRICO 2.1 - HISTÓRIA DA CONTABILIDADE / SURGIMENTO Há registros muito antigos que remontam a preocupação do homem em registrar e controlar os bens de sua propriedade. Pode-se afirmar que o surgimento e a evolução da Contabilidade estão intimamente ligados ao desenvolvimento da humanidade em seus aspectos social, econômico e institucional (Iudícibus, 2000). Há indícios de que a Contabilidade é tão antiga quanto à origem do homem, ela existe desde os primórdios da civilização. Sabe-se que a mesma nasceu da necessidade que os pastores de ovelhas (proprietários) tinham de registrar suas riquezas e medir a variação de crescimento em épocas distintas. Para não perder o controle, os homens primitivos utilizavam os seguintes métodos: fichas de barro, pedaços de ossos de animais, pequenas tabuletas de madeiras para representar os animais do rebanho. De acordo com Iudícibus (2000), historiadores apontam os primeiros sinais de contas, aproximadamente 4000 a.C. O homem primitivo ao contar seus rebanhos, instrumentos de caça e pesca já estava aplicando a Contabilidade, sendo caracterizada por inventários rudimentares. Com a descoberta da escrita, o desenvolvimento e aquisição de novos conhecimentos a Contabilidade passou por diversas transformações até chegar à análise de dados fornecidos com os registros contábeis das atividades econômicas. Devido a essa grande evolução, os governantes gregos observaram que a Contabilidade seria uma ferramenta importante para um maior controle desses registros sobre a tributação. À medida que as atividades se desenvolviam, o homem também crescia e através deste crescimento obteve-se a necessidade de aprimorar as técnicas para um melhor controle de seu patrimônio. Desde os primórdios que a finalidade básica da Contabilidade tem sido o acompanhamento das atividades realizadas pelas pessoas, no sentido indispensável de controlar o comportamento de seu patrimônio, na função precípua de produção e comparação dos resultados obtidos entre os períodos estabelecidos. 9 2.2 – AS ORGANIZAÇÕES E SEUS OBJETIVOS “Os processos de gerenciamento envolvem planejamento, fixação de metas, monitoramento, tomada de decisões e comunicação com relação aos processos e ativos operacionais chave de uma empresa. Em vista dessa definição, são os seguintes processos de gerenciamento em empresas, formulação de estratégia, planejamento e orçamento, avaliação de desempenho e comunicação com os interessados” (Davenport, 1994, p. 321 ). De acordo com Davenport (1994), as organizações necessitam de planejamentos e estrutura organizacional para obterem melhores resultados, visando dessa forma um controle de tudo o que possa influenciar para obtenção de resultados. 2.3 – GESTÃO DAS EMPRESAS E SEUS REFLEXOS NA SOCIEDADE Conforme as principais teorias administrativas de Chiavenato (2000), o mundo moderno ditado por regras cada vez mais flexíveis obriga as empresas a estarem sempre se aperfeiçoando, buscando novas tecnologias e métodos de gestão mais eficazes no intuito de se tornarem competitivas no mercado globalizado. De acordo com Chiavenato (2000), cada vez mais os contadores e administradores enxergam a importância e necessidade da divulgação das demonstrações contábeis, de forma clara e de fácil entendimento de todos os usuários, obedecendo às normas e regulamentos da contabilidade, tendo como objetivo, mostrar a real situação patrimonial, mantendo a integridade das informações e possibilitar aos diversos usuários uma ferramenta para melhor tomada de decisão. 2.4 – DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS Segundo Matarazzo (2007), são quatro as Demonstrações financeiras de obrigatoriedade de elaboração para as S/A, complementadas por: Notas explicativas, Relatório da Diretoria e Parecer dos auditores. 10 BP: Balanço Patrimonial; DRE: Demonstração dos Resultados do Exercício; DOAR: Demonstrações da Origens e Aplicações de Recursos; DMPL: Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido; 2.4.1 – Balanço Patrimonial De acordo com Matarazzo (2007), o Balanço Patrimonial é uma demonstração de todos os bens, direitos e obrigações de uma organização, com finalidade de apresentar a posição financeira e patrimonial da empresa em determinada data, sempre divulgado no dia 31/12/XXXX. Segundo Matarazzo (2007), o artigo 178 da Lei 6.404/76, o Balanço Patrimonial é composto por três elementos básicos: Ativo: Aplicações de recursos, bens e direitos de uma organização; Passivo: Exigibilidades e obrigações de uma organização; Patrimônio Líquido: Diferença entre Ativo e Passivo, isto é, valor líquido da organização. Portanto, é importante que as contas sejam classificadas no balanço de forma ordenada e uniforme, para permitir aos usuários uma adequada análise e interpretação da situação patrimonial e financeira. (Iudícibus, Martins e Gelbcke, 2007, pág.6). 11 O Balanço Patrimonial deve conter os seguintes grupos de contas, ( Matarazzo, 2007, pág. 50): ATIVO ATIVO CIRCULANTE Disponibilidades; Direitos realizáveis no curso do exercício social seguinte; Aplicações de recursos em despesas do exercício seguinte. ATIVO REALIZÁVEL A LONGO PRAZO Direitos realizáveis após o término do exercício seguinte; Direitos derivados de adiantamentos ou empréstimos a sociedades coligadas ou controladas, diretores, acionistas ou participantes no lucro da companhia, que não constituírem negócios usuais na exploração do objeto da companhia. ATIVO PERMANENTE Investimentos Participações permanentes em outras sociedades e direitos de qualquer natureza,não classificáveis no Ativo Circulante, ou Realizável a Longo Prazo que não se destinem à manutenção da atividade da companhia ou empresa. Imobilizado Direitos que tenham por objeto bens destinados à manutenção das atividades da companhia ou empresa, ou exercidos com esta finalidade, inclusive os de propriedade comercial ou industrial. Diferido Aplicações de recursos em despesas que contribuirão para a formação do resultado de mais um exercício social, inclusive juros pagos ou creditados aos acionistas durante o período que anteceder o início das operações sociais. 12 PASSIVO PASSIVO CIRCULANTE Obrigações da companhia, inclusive financiamentos para a aquisição de direitos do Ativo Permanente quando vencerem no exercício seguinte. PASSIVO EXIGÍVEL A LONGO PRAZO Obrigações vencíveis em prazo maior do que o exercício seguinte. RESULTADO DE EXERCÍCIOS FUTUROS Receitas de exercícios futuros diminuídas dos custos e despesas correspondentes. PATRIMÔNIO LÍQUIDO Capital Social Montante do capital subscrito e, por dedução, parcela não realizada. Reservas de Capital Ágio na emissão de ações ou conversão de debêntures e partes beneficiárias; Produto da alienação de partes beneficiárias e bônus de subscrição; Prêmios recebidos na emissão de debêntures, doações e subvenções para Investimentos; Correção monetária do capital realizado, enquanto não capitalizada. Reservas de Reavaliações Contrapartida do aumento de elementos do Ativo em virtude de novas avaliações, documentadas por laudo técnico. Reservas de Lucros Contas constituídas a partir de lucros gerados pela companhia. Lucros ou Prejuízos Acumulados Lucros gerados pela companhia, que ainda não receberam destinação específica. 13 2.4.2 DRE – Demonstração do Resultado do Exercício A Demonstração do Resultado do Exercício, é uma demonstração dos aumentos e reduções causados no Patrimônio Líquido pelas operações da empresa. As receitas representam normalmente aumento do Ativo, através de ingresso de novos elementos como duplicatas à receber ou dinheiro proveniente das transações. Aumentando o Ativo, aumenta o Patrimônio Líquido. As despesas representam reduções do Patrimônio Líquido, através de um entre dois caminhos possíveis, redução do Ativo ou aumento do Passivo exigível. (Matarazzo, 2007, pág. 45) Iudícibus, Martins e Gelbcke (2007), afirmam que, de acordo com a lei 6.404/76, a DRE (Demonstração do Resultado do Exercício), deve ser apresentada na forma dedutiva, com detalhes das receitas, despesas, ganhos e perdas e esclarecendo o lucro ou prejuízo do exercício. A DRE, é um resumo do movimento de certas entradas e saídas no Balanço Patrimonial entre duas datas, e retrata apenas o fluxo econômico de uma organização. Segundo A Lei nº 6.404/74, a DRE discriminará os seguintes elementos: DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO Receita Bruta de Vendas e Serviços (-) Devoluções (-) Abatimentos (-) Impostos (=) Receita Líquida das Vendas e Serviços (-) Custo das Mercadorias e Serviços Vendidos (=) Lucro Bruto (-) Despesas com Vendas (-) Despesas Financeiras (deduzidas das Receitas Financeiras) (-) Despesas Gerais e Administrativas (-) Outras Despesas Operacionais (+) Outras Receitas Operacionais (=) Lucro ou Prejuízo Operacional (+) Receitas não Operacionais (-) Despesas não Operacionais (+) Saldo da Correção Monetária (=) Resultado do Exercício antes do Imposto de Renda 14 (-) Provisão para o Imposto de Renda (-) Participações de Debêntures (-) Participação dos Empregados (-) Participação dos Administradores e Partes Beneficiárias (-) Contribuições p/ Instituições, Fundo de Assist. ou Previdência de Empregados (=) Lucro ou Prejuízo Líquido do Exercício (=) Lucro ou Prejuízo por Ação O Balanço Patrimonial e a DRE (Demonstração do Resultado do Exercício), são as principais demonstrações financeiras. Estas duas principais demonstrações será o objeto de análise na prática. 2.4.3 – DMPL – Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido Conforme Matarazzo (2007), a Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido, apresenta variações de todas as contas do Patrimônio Líquido entre dois balanços (novas integralizações de capital, resultado do exercício, ajuste dos exercícios anteriores, dividendos, reavaliações etc), ela evidencia como se chegou ao total do aumento ou diminuição do Patrimônio Líquido em decorrência de transações efetuadas por uma empresa. O conteúdo básico da DMPL (Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido), é representado da seguinte forma: 15 16 2.4.4 – DOAR (Demonstrações das Origens e Aplicações de Recursos) Segundo Matarazzo (2007), a DOAR, significa amostragem de novas origens e aplicações verificadas durante o exercício, ocorridas no item não circulante do Balanço, isto é, no Exigível a Longo Prazo, Patrimônio Líquido, Ativo Permanente e aplicações não circulantes evidenciará o capital circulante Líquido. A Doar, permite análises do aspecto financeiro da empresa, tanto no movimento financeiro, quanto ao movimento de investimentos e financiamentos, quanto relativamente à administração da empresa sob ângulo de obter e aplicar compativelmente os recursos. Matarazzo (2007). Afim de possibilitar o entendimento de Capital Circulante Líquido, veja a seguir a DOAR: 17 18 2.4.5 – Notas Explicativas São dados e informações que ora complementam as Demonstrações Financeiras - como por exemplo, taxas de juros, vencimentos e garantias de obrigações de congo prazo - , ora fornecem critérios contábeis, como os de avaliação de estoques, depreciação e demais provisões, ou ainda eventos subseqüentes à data do balanço que tenham efeitos relevantes sobre a situação financeira da companhia etc. (Matarazzo, 2007, pág. 40). 2.4.5.1 - Relatório da Diretoria Conforme Matarazzo (2007), a Diretoria presta informação aos acionistas sobre diversos aspectos do desempenho e de perspectivas da sociedade relativas a estratégias de vendas, compras, produtos, expansão, efeitos conjunturais, legislação, política financeira, de recursos humanos, resultados alcançados, planos, previsões etc através desse relatório, ou seja, é uma forma de manter os acionistas e terceiros a par do que se realiza na empresa, ele é uma peça em que se relata livremente aquilo que julga importante, invariavelmente, “doura a pílula”. 2.4.5.2 - Parecer dos Auditores É obrigatório apenas para as companhias abertas, ou seja, aquelas que têm papéis negociáveis – ações ou debêntures - colocados junto ao público. Os auditores independentes são contadores que, sem manter vínculo empregatício são contratados para emitir opiniões sobre a correção e veracidade das demonstrações financeiras. Verificam os controles internos da empresa, conferem lançamentos e conciliações contábeis e checam os saldos com os bancos, clientes e fornecedores, tudo por amostragem. Em função disso, a opinião dos auditores tem satisfatória probabilidade de estar correta e pequena probabilidade de falhar. As verificações por amostragem não necessariamente detectam todos os erros e fraudes. Por isso, fala-se em Parecer dos Auditores e não em Certificado dos Auditores. 19 2.5 – TÉCNICAS DE ANÁLISES 2.5.1 – Análise Vertical Conforme Matarazzo (2007), o percentual de cada conta mostra sua real importância no conjunto, isto é, avalia a composição do item e sua evolução no tempo. Permite comparações com outras empresas de item por item, ela possui mais relevância quando aplicada às contas de resultado sendo o Ativo a base para desenvolver sua análise. Análise Vertical: Conta do período 1 / base período 1 X 100 (% de representatividade) 2.5.2 – Análise Horizontal Matarazzo (2007) afirma que, a análise horizontal, mostra o caminho trilhado pela empresa e suas tendências. Permite análises ao longo dos exercícios, compara-se aos mesmos elementos em períodos diferentes. Análise Horizontal: (período 2 / período 1) X 100 (% de variação ). 2.5.3 – Análise através de índices De acordo com Matarazzo (2007), os índices constituem uma técnica muito utilizada para efeito de análises das demonstrações financeiras. Em geral estes índices tem como objetivo trabalhar a situação econômica – financeira no cunho amplo e geral. Sua utilização permite avaliar a empresa em seus diversos aspectos, permitindo assim os usuários a construção de um diagnóstico da empresa. Matarazzo (2007), afirma que, para a utilização destes índices, a empresa deve fazer uso daqueles em que a extração de informações permita ao gestor desenvolver 20 suas decisões de forma a não comprometer a empresa, trabalhar o mais próximo possível da realidade da empresa. Segundo Matarazzo (2007), não basta a empresa fazer uso de todos os índices, mas fazer técnica dos que mais se aproxima do quadro da empresa, isso permite aos usuários a percepção de que existe a necessidade de obter informações precisas e não em quantidades quando estas não são proveitosas. “a análise financeira de balanços deve ser entendida dentro de suas possibilidades e limitações. Por um lado, aponta mais problemas do que soluções; por outro lado, convenientemente manuseada pode transformar-se num poderoso “painel de controle” da administração”. Foster (1984), refere-se à liquidez como sendo a habilidade de uma empresa em honrar seus compromissos no curto prazo, ou seja, na data de vencimento. As três medidas básicas de liquidez são: Capital Circulante, Índice de liquidez corrente e índice de liquidez Seca 2.5.4 - ÍNDICES DE LIQUIDEZ De acordo com Matarazzo (2007), para a empresa ter credibilidade de terceiros como fornecedores, bancos, credores diversos, clientes etc., e necessários que seja analisada sua situação financeira em determinado período. Os Credores ou administradores interessados na situação financeira da empresa irão analisar vários cálculos com diferentes índices. Destacaremos a seguir três mais importantes para estas analises: Liquidez Geral Liquidez Corrente Liquidez Seca 21 Muitas pessoas confundem índices de liquidez com índices de capacidade de pagamento. Os índices de liquidez não são índices extraídos do fluxo de caixa que comparam as entradas com as saídas de dinheiro. São índices que, a partir do confronto dos Ativos circulantes com as Dividas, procuram medir quão sólida é a base financeira da empresa. Uma empresa com bons índices de liquidez tem condições de ter boa capacidade de pagar suas dividas, mas não estará, obrigatoriamente, pagando suas dividas em dia em função de outras variáveis como prazo, renovação de dividas etc. (Matarazzo, 2007, pág. 163 a 164). 2.5.4.1 - Índices de liquidez geral O Índice de Liquidez Geral analisa a situação financeira da empresa, levantando a capacidade de pagamento de dividas em longo prazo, usando o valor do Ativo Circulante mais o Realizável a Longo Prazo em comparação as obrigações representadas pelo Passivo Circulante mais o Exigível a Longo Prazo. (Matarazzo 2007). Este índice é calculado usando-se a seguinte formula: ILG = AC + RLP PC + ELP Onde: ILG: Índice de Liquidez Geral AC: Ativo Circulante RLP: Realizável a Longo Prazo PC: Passivo Circulante ELP: Exigível a Longo Prazo Quanto a empresa possui no Ativo Circulante e Realizável a Longo Prazo para cada $ 1,00 de divida total. Interpretação: quanto maior, melhor.” Matarazzo (2007 pág. 164). 22 2.5.4.2 - Índices de liquidez corrente Matarazzo (2007), afirma que, o Índice de Liquidez Corrente analisa a situação financeira da empresa, levantando a capacidade de pagamento de dividas em curto prazo, usando o valor do Ativo Circulante em comparação as obrigações representadas pelo Passivo Circulante. Este índice é calculado usando-se a seguinte formula: ILC = AC PC Onde: ILC: Índice de Liquidez Corrente AC: Ativo Circulante PC: Passivo Circulante Conforme Matarazzo (2007 pág. 16) o resultado desta divisão indica: “ quanto a empresa possui no Ativo Circulante para cada $ 1,00 de divida de Passivo Circulante. Interpretação: quanto maior, melhor.” 2.5.4.3 - Índices de liquidez seca Segundo Matarazzo (2007), o Índice de Liquidez Seca analisa a situação financeira da empresa, levantando a eficiência financeira, usando o valor do Ativo Circulante menos Estoques em comparando com as obrigações representadas pelo Passivo Circulante. Este índice é calculado usando-se a seguinte formula: ILS = AC - E PC Onde: ILS: Índice de Liquidez Seca AC: Ativo Circulante 23 E: Estoques PC: Passivo Circulante O resultado desta divisão segundo, indica: Quanto a empresa possui de Ativo Liquido para cada US$ 1,00 de Passivo Circulante (dividas a curto prazo). Interpretação: quanto maior, melhor. Este índice é um teste de força aplicado à empresa; visa medir o grau de excelência da sua situação financeira. De um lado, abaixo de certos limites, obtidos segundo os padrões do ramo, pode indicar alguma dificuldade de liquidez, mas raramente tal conclusão será mantida quando o índice de Liquidez Corrente for satisfatório. De outro lado, o índice de Liquidez Seca conjugado com o índice de Liquidez corrente é um reforço à conclusão de que a empresa é uma atleta de liquidez. Matarazzo (2007 pág. 173). 2.5.5 – INDICES DE RENTABILIDADE Conforme Matarazzo (2007), os índices deste grupo, demonstram a rentabilidade dos capitais investidos, ou seja, o real valor dos investimentos, o grau de êxito da empresa. 2.5.5.1 – Giro do Ativo Fórmula: V AT = Vendas Líquidas Ativo Indica: quanto a empresa vendeu para cada $1,00 de investimento. Interpretação: quanto maior, melhor. O sucesso de uma empresa depende em primeiro lugar de um volume de vendas adequado. (Matarazzo, 2007, pág. 176). 24 2.5.5.2 – Margem Líquida Formula: LL V = Lucro Líquido x 100 Vendas Líquidas Indica: quanto a empresa obtém de lucro para cada $100 vendidos. Interpretação: quanto maior, melhor. 2.5.5.3 – Rentabilidade do Ativo Formula: LL AT = Lucro Líquido x 100 Ativo Total Indica: quanto a empresa obtém de lucro para cada $1,00 de investimento total. Interpretação: quanto maior, melhor. Segundo Matarazzo (2007), este índice, apresenta quanto a empresa obteve de lucro líquido com relação ao Ativo, é uma medida da capacidade da empresa em gerar lucro líquido podendo assim capitalizar-se. 2.5.5.4 – Rentabilidade do Patrimônio Líquido Formula: LL PL = Lucro Líquido Patrimônio Líquido x 100 Indica: quanto a empresa obteve de lucro para cada $1,00 de capital investido. Interpretação: quanto maior, melhor. O papel do índice de Rentabilidade do Patrimônio Líquido, é mostrar qual a taxa de rendimento do capital próprio. Essa taxa pode ser comparada com a de outros rendimentos alternativos no mercado, como caderneta de poupança, CDBs, letras de câmbio, ações, aluguéis, fundos de investimentos, etc. Com isso se pode avaliar se a empresa oferece rentabilidade superior ou inferir a essas opções. (Matarazzo, 2007, pág. 181). 25 2.5.6 – INDICE DE ENDIVIDAMENTO Formula: PC = Passivo Circulante CT Capitais de Terceiros x 100 Indica: qual o percentual de obrigações de curto prazo em relações as obrigações totais. Interpretação: quanto menos, melhor. Matarazzo (2007), afirma que, após se recolher o grau de participações de capitais de terceiros, é identificada a composição dessas dívidas. Uma coisa é ter dívidas de curto prazo que precisam ser pagas com os recursos possuídos hoje, mais aqueles gerados a curto prazo (e nós sabemos as dificuldades em gerar recursos a curto prazo); outra coisa é ter dívidas a longo prazo, pois aí a empresa dispõe de tempo para gerar recursos (normalmente lucro mais depreciação) para pagar essas dívidas. (Matarazzo, 2007, pág. 156). 2.5.6.1 – Imobilização do Patrimônio Líquido Fórmula: AP = Ativo Permanente x 100 PL Patrimônio Líquido Indica: quanto a empresa aplicou no Ativo Permanente para cada $100 de Patrimônio Líquido. Interpretação: quanto menos, melhor. 2.5.6.2 – Imobilização dos Recursos não Correntes Formula: AP = Ativo Permanente x 100 PL + ELP Patrimônio Líquido + Exigível à Longo Prazo Indica: que percentual de Recursos não correntes a empresa aplicou no Ativo Permanente. Interpretação: quanto menos, melhor 26 . 2.6 - GESTÃO DE CAIXA 27 Conforme Ross (2002), a Gestão de Caixa explica a variação dos saldos disponíveis da entidade, sendo evidenciado através do caixa e das aplicações financeiras, demonstrado por meio da demonstração contábil denominada, DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA. Com base na nova Lei 11.638/2007 que altera e revoga dispositivos da Lei 6.404/76 no que tange às demonstrações financeiras, aboli-se a necessidade de elaboração e divulgação da DOAR, Demonstração das Origens de Aplicações de Recursos, substituindo-a pelo DFC Demonstração do Fluxo de Caixa. De acordo com Iudícibus (2007), o principal objetivo da Demonstração do Fluxo de Caixa é buscar informações sobre os pagamentos e recebimentos em dinheiro de uma entidade. Através da análise do Fluxo de Caixa podemos avaliar vários aspectos da empresa como: Capacidade de gerar fluxos líquidos; Capacidade do honrar seus compromissos; Grau de liquidez, solvência e flexibilidade financeira; Taxa de conversão do lucro em caixa; A performance operacional; Grau de precisão das estimativas passadas de fluxos futuros de caixa; Posição financeira conforme transações de investimentos e financiamentos. Conforme Iudícibus (2007), a classificação da Demonstração do Fluxo de Caixa se dá através das movimentações de caixa em meio a suas atividades, podendo ser classificadas em: Atividades Operacionais: evidenciam as atividades de entradas e saídas, voltadas para a produção e entrega de bens ou serviços. Atividades de Investimentos: evidenciam o aumento e a diminuição do ativo, voltados para a produção de bens ou serviços. 28 Atividades de Financiamento: evidenciam empréstimos de terceiros e investimentos à entidade. 2.7 - MÉTODOS DE ELABORAÇÃO DA DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA A Demonstração do Fluxo de Caixa é peça imprescindível na mais elementar atividade empresarial e mesmo para pessoas físicas que se dedicam a algum negocio. Através da Demonstração do Fluxo Líquido de Caixa – DFLC, podese saber se a empresa foi auto-suficiente no financiamento de seu giro e qual sua capacidade de expansão com recursos próprios gerados pelas operações, ou seja, a independência financeira da empresa e posta em cheque. (MATARAZZO 2007 p. 363) Conforme Iudícibus (2007), as disponibilidades da empresa deve ser evidenciadas na DFC, sendo tratadas em três grupos, expressando as entradas e saídas de dinheiro de acordo com a atividade, operacionais, financeiras e de investimentos. Para a divulgação da Demonstração do Fluxo de Caixa conforme as atividades operacionais, o FASB e o IASB recomendam do Método Direto, e para o fluxo das operações o Método Indireto. 2.7.1 - Método Direto Este método apura e informa a movimentação das entradas e saídas de caixa relacionadas à atividade operacional da empresa, expressa as variações positivas ou negativas de cada conta. Na utilização do método direto devem ser relatados os fluxos operacionais das seguintes classes: • Recebimentos de Clientes; • Recebimentos de juros e dividendos; • Outros recebimentos relacionados a operações; 29 • Pagamentos de empregados e fornecedores, incluindo segurança, publicidade e similares; • Juros pagos; • Impostos; • Outros pagamentos relacionados a operações. 2.7.2 - Método Indireto Realiza a conciliação entre o lucro líquido e o caixa, e também conhecido como método de reconciliação. Para sua demonstração e necessário: • Remover do lucro líquido os deferimentos de transações como gastos antecipados, crédito tributário , e alocações de eventos que podem ser caixas no futuro. • Remover do lucro líquido as alocações ao período do consumo de ativos de longo prazo, que possam ser originados de atividades de investimento e financiamentos. 2.8 - ÍNDICES DE PRAZOS MÉDIOS Segundo Matarazzo (2007), com base nas demonstrações financeiras uma entidade pode calcular a média referente ao recebimento e pagamento de suas obrigações, sendo este calculo denominado de Índice de Prazo Médio. De acordo com Matarazzo (2007), existem três tipos de índices de prazos médios, sendo estes demonstrados através das demonstrações financeiras. 30 2.8.1 - Prazo Médio de Recebimento de Vendas – PMRV E representado através das duplicatas a receber sendo este prazo para o recebimento das vendas da entidade, pode ser definido através da fórmula: PMRV = 360 DR V Sendo, PMRV – Prazo Médio de Recebimento de Vendas DR – Duplicatas a Receber V - Vendas Anuais 2.8.2 - Prazo Médio de Pagamento de Compras – PMPC E representado pelos pagamentos a serem efetuados pela entidade, sendo definido pela fórmula. PMPC = 360 F C Sendo, PMPC – Prazo Médio de Pagamento de Compras F - Saldo de Fornecedores do Balanço C - Compras 2.8.3 - Prazo Médio de Renovação de Estoques O prazo médio de renovação do estoque envolve as bases das fórmulas dos dois itens anteriores prazo médio de recebimento e prazo médio de pagamento, porém existe uma diferença as duplicatas a receber ou a pagar representam as vendas ou as compras passadas, pois os estoques relacionam-se com o preço de custo das vendas futuras, porém tomamos como base o preço de custo das mercadorias vendidas para calculo em sua fórmula de aplicação. 31 PMRE = 360 . E _____ CMV Sendo, PMRE – Prazo Médio de Renovação de Estoques E - Estoques CMV - Custo das Mercadorias Vendidas 2.9 - CAPITAL DE GIRO Conforme Matarazzo (2007), pode-se considerar as análise dos prazos médios e seus impactos como uma análise do capital de giro, pois suas alterações evidenciam o giro do capital de uma entidade, esta análise tem como base as variações do capital, sendo visto do ponto de partida financeiro, objetivando o crescimento e a lucratividade. De acordo com Matarazzo (2007), a diferença entre o Ativo Circulante Operacional e os financiamentos relata o valor em que a empresa necessita para financiar o giro do seu capital, sendo evidenciado através da fórmula: NCG = ACO – PCO Onde: NCG – Necessidade de Capital de Giro ACO – Ativo Circulante Operacional PCO - Passivo Circulante Operacional Segundo Matarazzo (2007), para supri as necessidades de financiamento do capital de giro as empresa podem contar com três tipos de financiamentos. Capital Circulante Próprio. 32 Empréstimos e Financiamentos Bancários de Longo Prazo. Empréstimos Bancários de Curto Prazo e Duplicatas Descontadas. 2.10 ALAVANCAGEM FINANCEIRA O retorno do capital próprio de uma empresa depende tanto da rentabilidade do negócio, quanto da boa administração financeira. (Matarazzo, 2007 pág. 391). A determinação da rentabilidade, baseia-se em três índices a saber conforme Matarazzo (2007): Nome: Retorno s/ Ativo Símbolo: RsA Fórmula: LADF = Lucro antes das Despesas Financeiras % A Ativo Operacional Significado: Quanto a empresa gera de lucro para cada $100 investidos. RSA: Demonstra a rentabilidade do negócio, ou seja, quanto maior o índice, maior a eficiência. Nome: Custo da Dívida Símbolo: CD Fórmula: DF = Despesas Financeiras PE Passivo Gerador de encargos % Significado: Quanto a empresa paga de juros para cada $100 tomados junto a Instituições Financeiras. CD: Utilização de capitais de terceiros, ou seja, o que a empresa paga. Nome: Retorno s/ Patrimônio Líquido Símbolo: RsPL Fórmula: LL = Lucro Líquido % PL Patrimônio Líquido Significado: Quanto os acionistas ganham para cada $100 investidos. 33 RsPL: Principal interesse da empresa. Se o custo da dívida é maior que o retorno sobre o Ativo, ou seja, se a empresa paga, para cada dólar tomado, mais do que rende seu investimento no negócio, então os acionistas “bancam” a diferença com sua parte de lucro (ou até com o próprio capital). Se o custo da dívida é menor que o retorno sobre o Ativo, os acionistas ganham a diferença. A taxa de retorno sobre o Patrimônio Líquido então será maior que a taxa de retorno sobre o Ativo. (Matarazzo, 2007, pág. 397). 34 3 - CONCLUSÃO De acordo com a apresentação de nossa pesquisa, observamos a verdadeira importância das Demonstrações Financeiras para a gestão econômico – financeira nas organizações, bem como da utilização de instrumentos de gestão eficaz, como o planejamento, ferramenta para direcionar e orientar a organização, abrangendo o planejamento de caixa e de lucro, juntamente com a definição da missão, visando objetivos do negócio por parte das empresas. No desenvolver da pesquisa, constatamos que a melhor estratégia de planejamento, é aquela que atende as expectativas do plano de negócio, porém, o mais importante, é que a empresa procure a eficiência das estratégias com intuito de estar sempre de acordo com os órgãos regulamentadores. Conforme os balanços fictícios apresentados da Empresa TEX S/A, observamos que, por meio das análises de índices, prazos médios e gestão do capital de giro (principais técnicas de análise de balanço), não seria possível apenas com esses dados identificar o equilíbrio econômico – financeiro de uma empresa, mas sim uma visão macro da situação atual da mesma. Para tanto, seria necessário além destes dados, um conhecimento mais profundo, uma rotina contínua (histórico) que dê suporte ao gestor para elaborar análises com foco gerencial para tomadas de decisões. Cabe ressaltar que a luz dessas informações é possível também, identificar as deficiências que diminuem a capacidade da empresa gerar riquezas, e agir com mediadas corretivas quando necessário. Diante das análises estudadas e apresentadas, evidencia-se a importância de se obter informações altamente transparentes e um planejamento consistente de informações para que se tenha um horizonte seguro para as empresas em busca do seu principal objetivo: a maximização de lucros. Concluímos portanto, que, a oportunidade oferecida por esta pesquisa foi muito importante no sentido de uma aproximação real entre os conteúdos teóricos estudados e pesquisados e uma experiência concreta de aplicação. O grupo entende como muito enriquecedor o trabalho proposto, pois conseguimos consolidar nossos conhecimentos, 35 como acadêmicos, a cerca da real importância das demonstrações contábeis no contexto sócio-econômico. 36 4 - BIBLIOGRAFIA IUDÍCIBUS, Sérgio de. Teoria da contabilidade. São Paulo: Atlas, 2000. DAVENPORT, Thomas H. Reengenharia de Processos: Como inovar na empresa através da tecnologia da informação. 2. ed. São Paulo: Editora Campos, 1994. CHIAVENATO, Idalberto. Administração: Teoria, Processo e prática. 3. ed. São Paulo: Makron Books, 2000. CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à Teoria Geral da Administração: 6. ed. Rio de Janeiro: Campus, 2000. DANTE C. Matarazzo, Análise Financeira de Balanços: 6. ed. Atlas: São Paulo, 2007. IUDÍCIBUS, SÉRGIO DE; MARTINS, ELISEU; GEPBCKE, ERNESTO RUBENS. Manual de Contabilidade das Sociedades por Ações: Aplicável às demais sociedades. 7ª edição. São Paulo, Editora: Atlas, 2007. ROSS, STEPHEN A. - Princípios de administração financeira/Stephen A. Ross, Randolph W. Westerfiled. Bradford D. Jordan – 2. ed. – São Paulo : Atlas, 2000. MATARAZZO, Dante C. – Análise Financeira de Balanços – 6ª edição – São Paulo – Editora Atlas S.A – 2007. ROSS, Stephen A; WESTERFIELD, Randolph W.; JAFFE, JEFFREY F. – Administração Financeira - 2ª edição – São Paulo; Editora Atlas S.A - 2002 37 5 - ANEXOS DEMOSNTRAÇÕES DA EMPRESA TEX S/A RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO Senhores Acionistas, Em cumprimento às determinações legais e estatutárias, submetemos à apreciação de V.S.as., as Demonstrações Financeiras relativas aos exercícios findos em 31 de dezembro de 2.006 e 2.005. Belo Horizonte (MG), 31 dezembro de 2006. A Administração João da Silva – Presidente 38 BALANÇO PATRIMONIAL TEX S/A REALIZADO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2.006 E 2.005 (Em reais) ATIVO CIRCULANTE FINANCEIRO DISPONIVEL APLICAÇÕES FINANCEIRAS OPERACIONAL DUPLICATAS A RECEBER ESTOQUES IMPOSTOS A RECUPERAR OUTROS CREDITOS DESPESAS ANTECIPADAS REALIZAVEL A LONGO PRAZO DEPOSITOS JUDICIAIS Pela Legislação Societária 2005 2.691.887,6 8 661.753,9 1 238.301,1 1 423.452,8 0 2.030.133,7 7 1.657.652,1 5 265.747,1 2 65.347,6 5 34.852,0 8 6.534,7 7 108.912,7 5 21.782,5 5 61,7 9 15,1 9 5,4 7 9,7 2 46,6 0 38,0 5 6,1 0 1,5 0 0,8 0 0,1 5 Pela Legislação Societária 2006 3.425.679,5 2 1.013.072,0 4 204.700,6 5 808.371,3 9 2.412.607,4 8 1.907.957,6 2 418.551,7 2 48.880,0 4 31.659,6 3 5.558,4 7 2,5 0 0,5 0 131.012,4 6 2.374,3 0 AV% AV% AH% 64,1 6 18,9 8 3,8 3 15,1 4 45,1 9 35,7 4 7,8 4 0,9 2 0,5 9 0,1 0 27,2 6 53,0 9 (14,10 ) 90,9 0 18,8 4 15,1 0 57,5 0 (25,20 ) (9,16 ) (14,94 ) 2,4 5 0,0 4 20,2 9 (89,10 ) 39 EMPRESAS COLIGADAS/CONTROLADAS OUTROS CREDITOS PERMANENTE INVESTIMENTOS IMOBILIZADO (-) DEPRECIAÇÃO/AMORTIZAÇÃO DIFERIDO TOTAL DO ATIVO PASSIVO CIRCULANTE FINANCEIRO INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS DUPLICATAS DESCONTADAS OPERACIONAL FORNECEDORES OBRIGAÇÕES C/PESSOAL 47.921,6 1 39.208,5 9 1,1 0 0,9 0 40.685,4 5 87.952,7 1 0,7 6 1,6 5 (15,10 ) 124,3 2 1.555.709,5 1 280.994,9 1 1.100.454,4 9 (97.150,4 8) 271.410,5 9 4.356.509,9 4 35,7 1 6,4 5 25,2 6 (2,23 ) 6,2 3 100,0 0 1.782.187,6 0 302.350,5 2 1.423.547,9 2 (114.753,7 9) 171.042,9 5 5.338.879,5 8 33,3 8 5,6 6 26,6 6 (2,15 ) 3,2 0 100,0 0 14,5 6 7,6 0 29,3 6 18,1 2 (36,98 ) 22,5 5 Pela Legislação Societária 2005 1.733.572,3 2 405.990,9 6 404.390,0 0 1.600,9 6 1.327.581,3 6 996.681,9 5 159.010,1 AV% 39,7 9 9,3 2 9,2 8 0,0 4 30,4 7 22,8 8 3,6 Pela Legislação Societária 2006 2.269.429,5 0 351.360,2 6 350.110,1 5 1.250,1 1 1.918.069,2 4 1.586.119,4 0 197.421,4 AV% 42,5 1 6,5 8 6,5 6 0,0 2 35,9 3 29,7 1 3,7 AH% 30,9 1 (13,46 ) (13,42 ) (21,91 ) 44,4 8 59,1 4 24,1 40 OBRIGAÇÕES SOCIAIS OBRIGAÇÕES TRIBUTARIAS CREDORES DIVERSOS EXIGIVEL A LONGO PRAZO INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS EMPRESAS COLIGADAS / CONTROLADAS PATRIMONIO LIQUIDO CAPITAL RESERVA DE CAPITAL RESERVA DE LUCROS TOTAL PASSIVO 2 5 7 0 6 42.310,2 0 39.510,2 3 90.068,8 6 0,9 7 0,9 1 2,0 7 54.508,0 7 65.010,1 8 15.010,1 2 1,0 2 1,2 2 0,2 8 28,8 3 64,5 4 (83,33 ) 709.136,0 7 651.013,1 5 58.122,9 2 16,2 8 14,9 4 1,3 3 173.034,1 7 121.020,1 8 52.013,9 9 3,2 4 2,2 7 0,9 7 (75,60 ) (81,41 ) (10,51 ) 1.913.801,5 5 1.100.000,0 0 86.663,8 5 727.137,7 0 43,9 3 25,2 5 1,9 9 16,6 9 2.896.415,9 1 1.800.000,0 0 115.112,1 3 981.303,7 8 54,2 5 33,7 1 2,1 6 18,3 8 51,3 4 63,6 4 32,8 3 34,9 5 4.356.509,9 4 100,0 0 5.338.879,5 8 100,0 0 22,5 5 As Notas Explicativas complementam estas Demonstrações Financeiras, sendo assim parte integrante das mesmas. TEX S/A DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCICIO - DRE 41 REALIZADO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2.006 E 2.005 (Em reais) RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA (-) CUSTOS (=) LUCRO BRUTO (-) DESPESAS COM VENDAS (-) DESPESAS ADMINISTRATIVAS GERAIS OUTRAS DESP./RECEITAS OPERACIONAIS DESP./RECEITAS OPERACIONAIS (=) RESULTADO OPERACIONAL (-) DESPESAS FINANCEIRAS (+) RECEITAS FINANCEIRAS DESPESAS/RECEITAS FINANCEIRAS (+ -) RESULTADO NÃO OPERACIONAL (=) RESULTADO ANTES IRPJ E CSLL (-) PROVISÃO IRPJ E CSLL Pela Legislação Societária 2005 38.532.491,6 0 (27.634.416,0 2) 10.898.075,5 8 (6.597.026,0 5) (1.569.796,5 9) (148.747,4 5) (8.315.570,0 9) 2.582.505,4 9 (3.734.744,5 4) 1.919.826,9 9 (1.814.917,5 5) (129.108,4 7) 638.479,4 7 (141.804,5 4) AV% 100,0 0 (71,72 ) 28,2 8 (17,12 ) (4,07 ) (0,39 ) (21,58 ) 6,7 0 (9,69 ) 4,9 8 (4,71 ) (0,34 ) 1,6 6 (0,37 ) Pela Legislação Societária 2006 48.111.669,0 1 (33.307.761,6 3) 14.803.907,3 8 (9.578.881,8 3) (2.152.819,0 5) (207.904,4 4) (11.939.605,3 2) 2.864.302,0 6 (2.972.856,6 5) 1.585.969,0 8 (1.386.887,5 7) 9.902,6 2 1.487.317,1 1 (421.896,8 8) AV% 100,0 0 (69,23 ) 30,7 7 (19,91 ) (4,47 ) (0,43 ) (24,82 ) 5,9 5 (6,18 ) 3,3 0 (2,88 ) 0,0 2 3,0 9 (0,88 ) AH% 24,8 6 20,5 3 35,8 4 45,2 0 37,1 4 39,7 7 43,5 8 10,9 1 (20,40 ) (17,39 ) (23,58 ) (107,67 ) 132,9 5 197,5 2 42 (64.121,0 1) 432.553,9 2 (-) GRATIFICAÇÕES (=) RESULTADO LIQUIDO ANÁLISE DE (0,17 ) 1,1 2 (82.805,8 7) 982.614,3 6 (0,17 ) 2,0 4 29,1 4 127,1 7 TEX 43 ÍNDICES S/A EMPRESA : ÍNDICE ESTRUTURA DE CAPITAL ENDIVIDAMENTO FÓRMULA ANO 2005 ANO 2006 cap. terceiros Patrimônio liquido x 100 2.442.708,39 x 1.913.801,55 100 COMPOSIÇÃO ENDIVIDAMENTO P. Circulante cap. terceiros x 100 1.733.572,32 x 2.442.708,39 100 IMOBILIZAÇÃO DO P. LIQUIDO A. Permanente Patrimônio liquido x 100 1.555.709,51 x 1.913.801,55 100 IMOBILIZAÇÃO DOS RECUR. NÃO CORRENTES A. Permanente x 100 1.555.709,51 x 100 127,64 2.442.463,67 x 2.896.415,91 100 70,97 2.269.429,50 x 2.442.463,67 100 81,29 1.782.187,60 x 2.896.415,91 100 1.782.187,60 x 100 74,91 2.076.864,55 A. Circ. + R. L. P. P. Circ. + E. L. P. 2.800.800,43 2.442.708,39 1,15 3.556.691,98 2.442.463,67 1,46 LIQ. CORRENTE A. Circulante P. Circulante 2.691.887,68 1.733.572,32 1,55 3.425.679,52 2.269.429,50 1,51 LIQ. SECA A. Circ. - Estoques P. Circulante 2.426.140,56 1.733.572,32 1,40 3.007.127,80 2.269.429,50 1,33 RENTABILIDADE GIRO DO ATIVO Vendas liq. Ativo 61,53 3.051.739,91 48.111.669,0 38.532.491,60 4.356.509,94 92,92 58,40 P. LIQ. + E. L. P. LIQUIDEZ LIQ. GERAL 84,33 8,84 1 9,01 5.338.879,58 44 MARGEM LIQUIDA lucro liq. x 100 Vendas liq. 432.553,92 x 100 982.614,36 x 48.111.669,0 100 9,93 982.614,36 x 5.338.879,58 100 22,60 982.614,36 x 2.405.108,73 100 1,12 38.532.491,60 2,04 1 RENTABILIDADE DO ATIVO lucro liq. Ativo x 100 432.553,92 x 4.356.509,94 100 RENTABILIDADE DO P. LIQUIDO lucro liq. P. Liquido Médio x 100 432.553,92 x 1.913.801,55 100 18,40 40,86 INFORMAÇÕES DA EMPRESA TEX S/A - CÁLCULO DOS PRAZOS MÉDIOS 45 DESCRIÇÃO 2005 2006 RECEITA BRUTA DE VENDAS ( - ) DEVOLUÇÕES E ABATIMENTOS 42.385.741 1.271.572 52.922.836 1.587.685 VENDAS REALIZADAS ( - ) IMPOSTOS 41.114.169 2.581.677 51.335.151 3.223.482 RECEITA LÍQUIDA 38.532.492 48.111.669 2 COMPRAS 22.936.565 28.311.597 3 ESTOQUES 265.747 418.552 4 SALDO DE DUPLICATAS A RECEBER 1.657.652 1.907.958 5 SALDO DE FORNECEDORES 996.682 1.586.119 6 CMV / CPV / CSV 27.634.416 33.307.762 1 ANALISE DOS PRAZOS MÉDIOS 2005 46 PMRV = PRAZO MÉDIO DE RECEBIMENTO DE VENDAS 360 * PMRE = PRAZO MÉDIO DE RENOVAÇÃO DE ESTOQUES 360 * PMRC = PRAZO MÉDIO DE PAGAMENTO DE COMPRAS 360 * DUPLIC. RECEBER VENDAS ESTOQUES CMV/CPV/CSV FORNECEDORES COMPRAS 360 * 1.657.652 = 41.114.169 360 * 265.747 = 27.634.416 360 * 996.682 = 22.936.565 15 DIAS 3 DIAS 16 DIAS 13 DIAS 5 DIAS 20 DIAS 2006 PMRV = PRAZO MÉDIO DE RECEBIMENTO DE VENDAS 360 * PMRE = PRAZO MÉDIO DE RENOVAÇÃO DE ESTOQUES 360 * PMRC = PRAZO MÉDIO DE PAGAMENTO DE COMPRAS 360 * DUPLIC. RECEBER VENDAS ESTOQUES CMV/CPV/CSV FORNECEDORES COMPRAS 360 * 1.907.958 = 51.335.151 360 * 418.552 = 33.307.762 360 * 1.586.119 = 28.311.597 NECESSIDADE DE CAPITAL DE GIRO 2005 NCG = ACO - PCO R$ 2.030.133,77 - R$ 1.327.581,36 = R$ 702.552,41 = R$ 494.538,00 2006 NCG = ACO - PCO R$ 2.412.607,48 - R$ 1.918.069,24 CICLO FINANCEIRO 2005 47 CF = PMRV + PMRE - PMPC = 15 + 3 - 16 2 DIAS -2 DIAS 2006 CF = PMRV + PMRE - PMPC 13 +5 - 20 = 48 NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS REFERENTES AOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2.006 E 2.005 1 - CONTEXTO OPERACIONAL As Demonstrações Financeiras foram elaboradas e estão sendo apresentadas de acordo com as práticas contábeis no Brasil e com base nas disposições contidas na Lei das Sociedades por Ações, Lei 6.404/76 e legislações posteriores. A partir de 1.996, com o advento da Lei n.º 9.249/95, as práticas contábeis emanadas pela legislação societária não mais contemplam o reconhecimento da sistemática de correção monetária do balanço. Estão sendo apresentadas, para fins comparativos as Demonstrações Financeiras relativas ao exercício findo em 31 de dezembro de 2.005 A empresa não elabora Demonstrações Financeiras pela correção monetária integral, não estando obrigada a tal procedimento pela legislação em vigor. 3 - SUMÁRIO DAS PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS ADOTADAS A - APURAÇÃO DO RESULTADO O resultado das operações é apurado em conformidade com o regime contábil de competência do exercício. Os ativos são apresentados pelos valores de realização, incluindo, quando aplicável os rendimentos e variações monetárias auferidos e os passivos, pelos valores conhecidos ou calculáveis, acrescidos quando aplicável, dos correspondentes encargos e variação. B - APLICAÇÕES FINANCEIRAS As aplicações financeiras de liquidez imediata estão demonstradas ao custo de aquisição, acrescido dos rendimentos auferidos até as datas dos balanços. 49 C - CONTAS A RECEBER Contas a receber são registrados pelos valores reconhecidos como de direito. D – INVESTIMENTO Os investimentos em sociedades controladas estão avaliados pelo Método de Equivalência Patrimonial – MEP. Os demais investimentos estão contabilizados pelo custo de aquisição. E – IMOBILIZADO Os bens do Ativo Imobilizado estão demonstrados pelo custo de aquisição, corrigidos monetariamente até 31 de dezembro de 1995, deduzido de depreciações calculadas pelo método linear com base na vida útil dos bens, às taxas admitidas pela legislação. F - CRÉDITO E DÍVIDAS DE LONGO PRAZO Os valores realizáveis ou exigíveis, posteriormente ao próximo exercício social, estão classificados como longo prazo. H - FÉRIAS E ENCARGOS SOCIAIS A provisão para férias e encargos foi constituída para cobertura daquelas vencidas e a vencer até a data do balanço, e estão incluídas nos custos operacionais correspondentes, conforme artigo 9, do Decreto Lei n.º 1.730/79. I - IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL O Imposto de Renda é calculado à alíquota de 15% sobre o lucro real, acrescida do adicional de 10% sobre o lucro excedente de R$240.000.00, e a Contribuição Social calculada à alíquota de 9% tendo como base de cálculo o lucro do exercício devidamente ajustado com as adições e exclusões previstas na legislação tributária. 50 J - OPERAÇÕES ENTRE EMPRESAS DO GRUPO As operações entre empresas do grupo são realizadas nas condições normais de mercado. 4 – DIFERIDO A empresa no ano de 2.005 e 2.006 efetuou vários pagamentos referente ao projeto de reestruturação com previsão de ficar pronto em 36 meses. 5 - COBERTURA DE SEGUROS A Companhia mantém cobertura de seguros em valores considerados suficientes para atender a eventuais sinistros e riscos. 6 - CAPITAL SOCIAL O Capital Social é de R$ 1.800.000,00 (hum milhão e oitocentos mil reais), divididos em 1.800.000 (hum milhão e oitocentas) ações ordinárias nominativas, totalmente realizado de propriedade de residentes no país, sendo o capital inteiramente nacional. A empresa em 31/03/2006 aumentou seu capital de R$ 1.100.000,00 (hum milhão e cem mil reais) para R$ 1.800.000,00 (hum milhão e oitocentos mil reais), com aproveitamento de Reservas de Lucros. 7 - PARTICIPAÇÃO DOS EMPREGADOS NOS LUCROS/RESULTADOS DA EMPRESA - LEI 10.101/2000 A participação dos empregados nos lucros ou resultados, conforme disposto na legislação em vigor, pode ocorrer baseada em programas espontâneos mantidos pela empresa ou em acordos com os empregados ou com as entidades sindicais. 51 ANÁLISE DA GESTÃO DE CAIXA REFERENTES AOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2.006 E 2.005 A Empresa TEX S/A nos anos de 2.005 e 2006 melhorou suas estratégias de administração promovendo suas vendas através de incentivos promocionais, preços competitivos, novos produtos e descontos, e em função disso trabalhou com menores prazos de pagamentos, o que possibilitou num aumento dos circulantes financeiros. As negociações com fornecedores melhoram postergando os prazos de pagamentos de acordo com os novos contratos, fato este explicado pela agregação de novos produtos a serem comercializados, o que aumenta o poder de barganha da empresa nas negociações. Essa estratégia resultou em uma queda no prazo de renovação dos estoques, devido ao aumento no giro das vendas. TEX S/A operou seu Ciclo Financeiro baixo o que exigiu uma baixa NCG e principalmente a possibilidade de aplicar no mercado e gerar receitas financeiras com as sobras de caixa. 52