FICHAS DE INFORMAÇÃO TÉCNICA FENOL Sinónimos: Ácido fénico. Hidroxibenzeno. Álcool fenílico. Oxibenzol. Ácido carbólico. Benzofenol. Hidroxibenzol. Hidrato de fenilo. Fórmula Molecular: C6H6O Peso Molecular: 94,11 Dados Físico-Químicos: Cristais ou massas cristalinas, de cor rosa ou ligeiramente amarelada, deliquescentes. Solúveis em água, altamente solúveis em etanol a 96%, em glicerol e em cloreto de metileno. Ponto de fusão: 40,85 °C. Propriedades e usos: O fenol é um anti-séptico e desinfectante efectivo contra bactérias Gram+ e Gram-, certos vírus e alguns fungos, embora pouco activo contra esporos. A sua actividade é máxima em meios ácidos. As soluções aquosas até 1% são bacteriostáticas; em concentrações superiores são bactericidas. É usado por via tópica na desinfecção da pele e como antipruriginoso, assim como no tratamento das unhas encravadas dos pés. Por via bucal para a dor e irritação da boca e garganta, assim como para o tratamento de odontalgias como anestésico. Também é usado como esclerosante de hemorróidas e hidroceles. Finalmente, tem propriedades desodorizantes e cáusticas. Dosagem: -Por via tópica, a 0,2 – 1 % como anti-séptico e antipruriginoso. A 3 % como desinfectante cirúrgico. A 20 % para o tratamento da alopecia areata. -Por via bucal, a 0,5 – 1,4 %. -Por via subcutânea, a 5 % como esclerosante. -Por via inalatória, a 5 – 20 %. Efeitos secundários: O fenol é rapidamente absorvido através da pele e pelo estômago e pulmões. Pode ocorrer toxicidade sistémica por ingestão, inalação e absorção cutânea de soluções concentradas ou de vapor. Esta caracteriza-se por uma fase de excitação inicial, que progride rapidamente para uma depressão do SNC e coma. Também pode ocasionar efeitos adversos como corrosão local com dor, náuseas, vómitos, exsudação e diarreia, acidose, ocasionalmente hemólise e meta-hemoglobinemia com cianose, e até mesmo falha cardíaca, respiratória e hepática. Cuidados: Não aplicar soluções que contenham fenol sobre áreas extensas da pele ou feridas, dado que poderia ser absorvida uma quantidade suficiente para provocar toxicidade sistémica. O fenol não deve ser utilizado em sprays para a garganta em doentes com epiglotite ou crianças com idades inferiores a 6 anos. FICHAS DE INFORMAÇÃO TÉCNICA Incompatibilidades: Sais alcalinos e meios alcalinos em geral, detergentes não iónicos, sangue e outras matérias orgânicas, lidocaína, sais de ferro, albumina, colódio elástico, permanganato de potássio. Forma misturas eutécticas (liquefaz-se) com mentol, cânfora, timol e resorcina. Observações: É corrosivo. É oxidável e fotossensível. Caso se encontre na embalagem em forma de massa cristalina, pode-se pôr a embalagem aberta em banho-maria a uma temperatura não muito alta e durante o mais curto espaço de tempo possível, com todos os cuidados para se evitar a inalação dos vapores. Conservação: Em embalagens bem fechadas. PROTEGER DA LUZ E DA HUMIDADE. Recomendado a < 15 °C. Exemplos de formulação: Creme W/O com fenol Fenol …………………………………………………..….. 0,2 % Mentol …………………………………………………….. 0,5 % Cold cream q.s.p. ………………………………….…….. 100 g Modus operandi: Misturar o fenol e o mentol em almofariz (liquidificar-se-ão), adicionar algumas gotas de vaselina líquida formando uma massa, e finalmente incorporar o cold cream homogeneizando bem com o pilão. Vaselina fenicada Fenol …………………………………………………..….. 4 g Vaselina viscosa q.s.p. ………………………………… 100 g Fenol liquefeito ou aquoso Fenol …………………………………………………….. 80 g Água purificada q.s.p. ……………………...………… 100 g Solução para a alopecia areata Fenol …………………………………………………….. 15 g Álcool de alecrim q.s.p. ………………….…….…… 100 ml Modus operandi: Pulverizar o fenol e dissolvê-lo no álcool de alecrim. Solução de Castelhani FICHAS DE INFORMAÇÃO TÉCNICA Fenol …………………………………………………….... 4 g Resorcina ………………………………………………… 8 g Ácido bórico ………………………….………….….. 800 mg Fucsina básica ……………………………………… 400 mg Acetona …………………………………………………. 4 ml Álcool etílico 90 % …………………………………..…. 9 ml Água purificada q.s.p. ………………………………. 100 ml Pós com fenol Fenol ………………………………………………...….. 0,5 g Óxido de zinco ………………………………………….. 20 g Talco q.s.p. ………………………….…………………. 100 g Modus operandi: Misturar bem o talco e o óxido de zinco, e sobre a mistura incorporar o fenol pré-dissolvido no mesmo peso de álcool etílico. Peneirar por crivo do nº 60. Bibliografia: - Martindale, Guía completa de consulta farmacoterapéutica, 1ª ed. (2003). - The Merck Index, 13ª ed. (2001). - Formulación magistral de medicamentos, COF da Biscaia, 5ª ed. (2004). - Monografías Farmacéuticas, C.O.F. de Alicante (1998). - Formulario básico de medicamentos magistrales, Mª. José Llopis Clavijo e Vicent Baixauli Comes (2007). - Formulario Magistral del C.O.F. de Múrcia (1997).