INVESTIGAÇÃO DAS MELHORES CONDIÇÕES DE REAÇÃO DA ENZIMA TIROSINASE NATURALMENTE IMOBILIZADA NO TECIDO DO COGUMELO Agaricus bisporus PARA A FUTURA CONSTRUÇÃO DE UM BIOSSENSOR DE FENOL *L. M. COSTA SILVA1, A. M. SALGADO2, M. A. Z. COELHO2 1 2 Aluno do IB/UFRJ Professor do DEB/UFRJ Departamento de Engenharia Bioquímica - Escola de Química Universidade Federal do Rio de Janeiro 21.941-901 - Rio de Janeiro–RJ e-mail: [email protected] A determinação de fenóis é de extrema importância ambiental, visto que são poluentes tóxicos encontrados em diversos efluentes industriais. Até o presente momento, análises de compostos fenólicos têm sido realizadas, principalmente, por meio de métodos espectrofotométricos e cromatográficos que são técnicas cara e lentas que não permitem um monitoramento contínuo in situ. A fim de viabilizar uma metodologia analítica que permita tal monitoração, o presente trabalho se propõe a utilizar a enzima tirosinase, polifenol oxidase, naturalmente imobilizada no tecido fúngico de Agaricus bisporus, no papel de componente biológico de um futuro biossensor para detecção de fenóis. A metodologia experimental adotada empregou processo de extrações sucessivas da tirosinase e quantificação da sua atividade enzimática (U/mL) por espectrofotometria; utilização de diferentes tamanhos do tecido (0,5 a 1,5cm), temperaturas (23,5ºC a 50ºC) e valores de pH (6 a 8) para a reação com solução padrão de fenol (10 ppm) por três horas e dosagem analítica do fenol residual por colorimetria. Os resultados mostram que o Agaricus bisporus é uma ótima fonte da enzima tirosinase. Dentre as condições testadas as que apresentaram maior eficiência na remoção do fenol foram: tamanho do tecido 1,0 cm, apresentando-se mais estável, com menores interferentes e maior rapidez na degradação do fenol; pH de valor 8,0 e temperatura de 45°C. __________________ *Bolsista PIBIC/CNPq.