INTERAÇÃO FUNDAÇÃOESTRUTURA NOS PROJETOS ESTRUTURAIS Moacir Hissayassu Inoue 1. ELASTICIDADE • É o fenômeno de aparecimento de deformações imediatas e reversíveis. • Entendem-se por deformações imediatas aquelas que aparecem simultaneamente com as tensões correspondentes e que permanecem constantes ao longo do tempo se as tensões correspondes permanecerem também constantes • Entendem-se por deformações reversíveis aquelas que se anulam ao se anularem as tensões correspondentes, ou seja, aquelas que desaparecem integralmente no descarregamento. Diagrama tensão/deformação A A (A) B No caso geral da elasticidade, teremos uma relação entre tensões e deformações do seguinte tipo: x d11 x d12 y d13 z d14 xy d15 xz d16 yz y d 21 x d 22 y d 23 z d 24 xy d 25 xz d 26 yz z d31 x d32 y d33 z d34 xy d35 xz d36 yz xy d 41 x d 42 y d 43 z d 44 xy d 45 xz d 46 yz xz d51 x d52 y d53 z d54 xy d55 xz d56 yz yz d 61 x d 62 y d 63 z d 64 xy d 65 xz d 66 yz D. A matriz abaixo é simétrica e pelo princípio da reciprocidade, na realidade não são 36 constantes devido à dependência entre elas e sim 21. d11 d 21 d31 D d 41 d51 d 61 d12 d 22 d13 d 23 d14 d 24 d15 d 25 d32 d33 d34 d 35 d 42 d52 d 43 d53 d 44 d54 d 45 d 55 d 62 d 63 d 64 d 65 d16 d 26 d 36 d 46 d 56 d 66 Nos casos de materiais que apresentam simetria em relação aos três planos normais entre si, o número de constantes diferentes cai para 9 e esses materiais são denominados ortotrópicos. d11 d 21 d31 D 0 0 0 d12 d 22 d13 d 23 0 0 0 0 d32 d33 0 0 0 0 0 0 d 44 0 0 d55 0 0 0 0 0 0 0 0 0 d 66 Nos casos de materiais isotrópicos a matriz abaixo se simplifica nos parâmetros módulo de elasticidade E e coeficiente de Poisson . 1 1 1 0 E 0 0 D (1 )(1 2 ) 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 2 2 0 0 1 2 2 0 0 0 0 0 0 0 1 2 2 Formulação geral da Teoria da Elasticidade Três equações de equilíbrio x xy xz fx 0 x y z yx y yz fy 0 x y z zx zy z fz 0 x y z Seis relações de deformaçõesdeslocamentos u x x v y y w z z u v xy y x u w xz z x v w yz z y Seis relações de tensão-deformação 1 x [ x ( y z )] E 1 y [ y ( x z )] E 1 z [ z ( x y )] E 1 xy xy G 1 xz xz G 1 yz yz G As condições de contorno serão: • Vínculos ou deslocamentos impostos. u u ( x, y , z ) v v ( x, y , z ) w w( x, y, z ) • Esforços externos conhecidos. s T (n ) Equacionado o problema, e conhecidos os parâmetros acima referidos, a solução do problema é obtida pelos processos numéricos aproximados como o Método das Diferenças Finitas, Método dos Elementos Finitos, Método do Elemento de Contorno, etc. • Por enquanto o grande problema é a determinação em laboratórios dos parâmetros que representem de maneira satisfatória o modelo físico real, para podermos solucioná-los com o modelo matemático aproximado. • Softwares: Ansys, Civil-FEM, SAP-2000, TQS, etc 2. MODELAGEM ESTRUTURAL 2.1 Seja uma estaca isolada de concreto armado cravada no solo cujos parâmetros são conhecidos, isto é, o módulo de elasticidade E e o coeficiente de Poisson ν de ambos os materiais, isto é, concreto e solo. 2.2 O mesmo raciocínio se aplica a grupo de estacas. 2.3 Sapata apoiada no solo 2.3 Bloco sobre estaca Simulando com modelo de molas 3. EXEMPLOS 3.1. CHAMINÉ DE EQUILÍBRIO DE HIDRELÉTRICA • 100m DE ALTURA • DIÂMETRO INTERNO 12,0m • ARENITO 3.2. Base de Equipamento 3.3. ETE 4. RECALQUE DIFERENCIAL 5. NECESSIDADE DE ENSAIOS DE PROVA DE CARGA 6. CONCLUSÃO • Maior confiabilidade dos resultados dos cálculos e dimensionamento; • Minimizar patologias; • Projeto com maior racionalidade e economia; • Contemplar efeito de grupo de estacas – superestrutura; • Geração de pesquisa de Campo para obtenção de parâmetros do solo/rocha; • Mais ensaios de P.C. para a garantia da fundação; Moacir Hissayassu Inoue [email protected] (41) 3224-9339