FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS E TECNOLÓGICAS - FACITEC
Instituto de Ensino Superior Social e Tecnológico - IESST
CURSO DE ADMINISTRAÇÃO
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
MODALIDADE: ARTIGO EMPÍRICO
MANUAL DE ORIENTAÇÕES
Elaboração: Lore Manica Ribeiro
Revisão Técnica: Nanete Ribeiro de Oliveira
TAGUATINGA, JULHO DE 2012
CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Conforme definido pela RESOLUÇÃO CONSU Nº. 003/2008, de 18 de
fevereiro de 2008, em seu artigo 3º, o Trabalho de Conclusão de Curso – TCC - é
uma disciplina obrigatória do curso de Administração com 120 horas/aula e tem
como objetivo a integração dos conhecimentos acadêmicos adquiridos, a
aplicação
dos
conceitos
básicos
de
pesquisa
em
Administração
e
o
desenvolvimento da competência de estabelecer relações entre teoria e prática. É
entendido como uma produção intelectual pessoal do aluno concluinte e
caracteriza-se como uma fase de consolidação dos fundamentos científicos,
técnicos e culturais do profissional da Administração.
Em seu artigo 4º, a Resolução 003/2008 define que o Trabalho de
Conclusão de Curso - TCC - constitui-se numa atividade acadêmica de
sistematização do conhecimento sobre um objeto de estudo pertinente à
profissão, desenvolvida mediante controle, orientação e avaliação docente, cuja
exigência é um requisito essencial e obrigatório para a integralização curricular.
Estabelece em seu artigo. 5º que a produção Acadêmico-Científica
referente ao TCC será apresentada na modalidade de Artigo Completo de
Natureza Empírica com relatos completos de estudos ou pesquisas concluídas,
revisões de literatura e colaborações assemelhadas, tudo isso deve ser
apresentado, a partir de temas relacionados à Administração, seguindo as normas
definidas pelo Núcleo de Pesquisa da Facitec.
Ao entregar o seu trabalho de pesquisa, o graduando concede à Facitec a
licença de utilização do produto da pesquisa e autoriza sua publicação, com os
devidos créditos de autoria, e a utilização por outros graduandos no
desenvolvimento de suas pesquisas. Para tanto, os artigos anteriores estão
organizados de acordo com o semestre e a linha de pesquisa e encontram-se à
disposição na biblioteca como obra de referência e consulta.
O Artigo 6º da referida Resolução estabelece as linhas de pesquisas para o
curso de Administração cujos objetivos são: Gestão de Pessoas: identificar a
percepção dos entes envolvidos nos processos de gestão de pessoas nas
organizações em relação a todos os processos e subprocessos de gestão.
Gestão de Clientes: identificar a relação de satisfação de clientes com empresas
de diferentes setores e entre empresas fornecedoras e seus clientes. Gestão de
2
Logística: identificar junto às organizações pesquisadas fatores que interferem
na logística empresarial e como esses fatores são percebidos pelos entes
envolvidos. Gestão de Mercado: identificar nas empresas pesquisadas fatores
que interferem nos processos administrativos de planejamento, organização,
comando, coordenação e controle e como são percebidos pelos entes envolvidos.
Os artigos, independentemente da linha de pesquisa escolhida, devem ter
como parâmetros: enfatizar temas relevantes e atuais; primar por um referencial
teórico atualizado; definir o problema de pesquisa de forma clara, observando
sempre que o problema definido deve ser tangível; utilizar amostra representativa
da população escolhida; apresentar uma conclusão clara, apontando as
contribuições da pesquisa para a comunidade acadêmica; e adotar preceitos
metodológicos (delineamento, procedimentos e instrumentos) sólidos.
O presente Manual de Orientações tem como objetivo apresentar de
maneira didático-pedagógica cada etapa do trabalho, desde a escolha da linha de
pesquisa, da definição do tema e fixação do problema a ser pesquisado,
passando pela construção do referencial teórico, pela construção de instrumento
e pela coleta de dados, bem como pela análise dos resultados e montagem do
artigo, concluindo com a preparação de um painel para apresentação aos
avaliadores.
Para tanto, o Manual foi construído em linguagem simples, buscando, por
meio de exemplos, facilitar o entendimento do aluno e a orientação pelo
professor. Não tem a pretensão de esgotar o assunto, mas de padronizar, diante
das definições da Resolução CONSU 003/008, o trabalho de TCC e criação dos
artigos acadêmicos baseados em pesquisa empírica.
Esta apostila foi inicialmente criada em módulos os quais foram utilizados
durante três semestres (1º e 2º de 2008 e 1º de 2009), que contaram com as
contribuições, sugestões e críticas dos professores orientadores: Waldir Santos
de Lima Filho, Alexandre de Paula e Silva e Arnaldo Cerqueira. As discussões
aconteceram também com o coordenador do Curso, à época, professor Everton
Ibargoyen Ribeiro, com o Coordenador Geral de TCC, professor Fernando Rego e
com o Coordenador do Núcleo de Pesquisas professor Alexandre Magno Silvino.
Todas as contribuições são muito bem vindas para que este trabalho seja
constantemente atualizado e melhorado. E, neste sentido, registramos também as
contribuições dos orientadores que atuaram e dos que vêm atuando junto aos
3
alunos do curso nos últimos semestres, professores Alexandre Domanico da
Cunha, Arnaldo Cerqueira, Carlos Eduardo Marinho Diniz, Elaine Aparecida
Teixeira Gonçalves, Jorge Luiz da Silva Viana, José Eduardo Gomides, José
Péricles Freire Barroncas, Karl Marx de Medeiros e Waldir Santos de Lima Filho.
Conte com seu orientador.
Ele estará todos os sábados pela manhã à sua disposição na FACITEC.
4
ÍNDICE
MÓDULO 1 – PROJETO ......................................................................................................................... 6 1. PLANEJAMENTO DA PESQUISA ................................................................................................................ 6 FICHA 1 -­‐ DESCRIÇÃO DO MÓDULO 1 -­‐ PROJETO ................................................................................ 10 MÓDULO 2 – REFERENCIAL TEÓRICO .................................................................................................. 11 2. CONSTRUINDO O REFERENCIAL TEÓRICO ............................................................................................... 11 2.1 Definições ............................................................................................................................................. 11 2.2 Importância .......................................................................................................................................... 11 2.3 Pontos Importantes a Serem Observados ............................................................................................ 12 2.4 Forma e Tamanho do Referencial Teórico ............................................................................................ 13 2.4.1 Citação Direta -­‐ Transcrição com até três linhas .................................................................................................. 13 2.4.2 Citação Direta -­‐ Transcrição com mais de três linhas .......................................................................................... 14 2.4.3 Citação Indireta -­‐ Paráfrase (citação interpretativa): ........................................................................................... 14 2.4.4 Citação de citação ................................................................................................................................................ 14 2.4.5 Dados obtidos em informação oral (palestras, debates etc.) .............................................................................. 15 2.4.6 Regras Gerais ....................................................................................................................................................... 15 2.5 Lista de Sites de Pesquisa ..................................................................................................................... 15 FICHA 2 – DESCRIÇÃO DO MÓDULO 2 -­‐ REFERENCIAL TEÓRICO .......................................................... 16 MÓDULO 3 – METODOLOGIA DA PESQUISA ....................................................................................... 17 3. CONSTRUINDO O INSTRUMENTO E COLETANDO DADOS ....................................................................... 17 3.1 Coleta de Dados ................................................................................................................................... 17 3.2 Elaborando um Questionário ou um Roteiro de Entrevista .................................................................. 18 3.3 Avaliação e Validação do Questionário ou Roteiro de Entrevista ........................................................ 19 FICHA 3 -­‐ METODOLOGIA ................................................................................................................... 23 MÓDULO 4 -­‐ ANÁLISE DE DADOS E FORMATAÇÃO DO ARTIGO .......................................................... 24 4. ANÁLISE DE DADOS – NASCE O ARTIGO .................................................................................................. 24 4.1 Formatação do Artigo .......................................................................................................................... 25 4.2 Modelo de Artigo .................................................................................................................................. 27 MÓDULO 5 – CONSTRUINDO O PAINEL E APRESENTANDO SEU ARTIGO ............................................. 31 REFERÊNCIAS ..................................................................................................................................... 33 5
MÓDULO 1 – PROJETO
Neste módulo você vai fazer o planejamento de sua pesquisa.
Esta fase é extremamente importante para que você possa trabalhar de
forma adequada, construindo seu artigo empírico a partir de uma pesquisa
com todos os cuidados metodológicos necessários.
1. PLANEJAMENTO DA PESQUISA
Tudo o que se começa precisa de definições sobre o que fazer, como
fazer, onde se pretende chegar, enfim, quais os objetivos que se busca alcançar.
Leia atentamente cada um dos itens abaixo, siga as orientações neles descritas e,
em seguida, preencha a ficha, que se encontra no final deste módulo, com suas
definições.
1.1 Definição da linha de pesquisa e do tema
Para escolher uma linha de pesquisa e um tema, você deve primeiramente
ler obras de referência sobre o assunto que está pensando pesquisar.
Obras de referência são publicações feitas em livros por autores estudados
durante a graduação e outros de reconhecida importância para o assunto que se
pretende pesquisar. Podem também ser consultados artigos sobre o assunto,
publicados em revistas científicas. Com certeza, essas primeiras leituras vão
fornecer caminhos, autores e linhas de raciocínio que serão úteis ao longo de seu
trabalho, especialmente para o levantamento do problema, para a delimitação do
tema e para a definição dos objetivos da sua pesquisa.
A escolha do tema deve recair sobre algo que realmente tenha importância
pessoal para você, afinal, isso fará com que você tenha prazer em ler, buscar,
pesquisar e descobrir novidades sobre o assunto, seja em bibliotecas, em livrarias
ou pela internet. Um tema com significado pessoal é sempre melhor de ser
trabalhado.
Nesse momento, a definição é feita de maneira mais ampla sobre o campo
do assunto que será estudado. Por exemplo, se a linha de pesquisa escolhida foi
“Gestão de Pessoas” o tema poderá ser: “treinamento e desenvolvimento”.
1.2 Definição do problema de pesquisa
Guimarães (informação verbal)1, ao prestar sua valiosa orientação no
trabalho de dissertação de mestrado em administração da UnB, dizia: “Um
problema bem definido não garante sozinho seu sucesso, mas um problema mal
definido garante, com certeza, o seu fracasso”.
Aqui está concentrada grande parte da ação desse primeiro módulo. Definir
adequadamente um problema consiste em delimitá-lo de forma que se possa
gerar objetivos tangíveis, hipóteses adequadas, orientar a linha de raciocínio do
referencial teórico, bem como dar o norte do instrumento de pesquisa ou dos
1
Professor Dr. Tomás de Aquino Guimarães nas aulas de orientação à Dissertação de Mestrado
de Administração, UnB, 1999.
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dados a serem coletados e permitir uma conclusão que responda efetivamente a
questão levantada.
Percebe-se pela afirmação acima que, a partir da definição do problema,
todas as outras etapas do trabalho são impactadas de alguma forma. Nesse
contexto, utilize as referências, leia artigos publicados sobre o tema, faça
perguntas a pessoas que trabalham na área de interesse para a pesquisa, discuta
com seu orientador e, a partir desses dados, defina o problema ou o tema que
será o foco do seu trabalho e que irá direcionar a sua pesquisa.
Continuando o exemplo que foi citado no item anterior, o problema poderia
ser:
“Qual a percepção dos funcionários da empresa X sobre as ações de treinamento e
desenvolvimento executadas nos anos de 2005 e 2006?”
1.3 Objetivo Geral e Objetivos Específicos
O objetivo geral do seu trabalho deverá estar diretamente relacionado ao
problema por você identificado, ou seja, é a ação (verbo) que buscará resposta.
Está diretamente relacionado à principal variável de sua questão (problema),
chamada de variável dependente.
A explicitação desse objetivo deve ser precedida de um verbo de ação,
como: identificar, reconhecer, perceber, que são mais generalistas. Ou ainda, de
verbos como: analisar, comparar, estabelecer causa e efeito, que são mais
complexos. Tudo depende da profundidade que se quer dar ao trabalho de
pesquisa e consequentemente, ao artigo.
Exemplificando, um objetivo poderia ser:
“Identificar a percepção dos funcionários da empresa X sobre as ações de
treinamento e desenvolvimento executadas nos anos de 2005 e 2006.”
Os objetivos específicos estão relacionados aos ganhos agregados, isto é,
àquelas informações ou resultados que poderão ser gerados, a partir do objetivo
geral. Relacionam-se às chamadas variáveis independentes, isto é, àquilo que, de
alguma forma, pode interferir no problema levantado, ou na situação problema
identificada. Na sequência do exemplo acima, os objetivos específicos poderiam
ser:
1. Identificar ações de treinamento que precisam ser reformuladas.
2. Identificar novas demandas de treinamento.
3. Identificar pontos fracos e pontos fortes das ações desenvolvidas.
1.4 Hipóteses - Questões a serem respondidas
Pode-se dizer que a hipótese é uma suposta resposta ao problema
suscitado, isto é, uma espécie de solução antecipada para o problema levantado.
Para estabelecer as hipóteses é necessário que se tenha lido sobre o assunto e
que a possível solução tenha fundamentação teórica, caso contrário, não se
conseguirá confirmá-la ou refutá-la.
As hipóteses podem ser estabelecidas a partir do conhecimento cotidiano
do ambiente da pesquisa. Após a formulação do problema, (que deve ter sido
feita em forma de pergunta) torna-se possível ao acadêmico construir as
hipóteses que orientarão seu trabalho investigativo. Essas hipóteses serão
testadas ao longo do trabalho, comprovando ou não a suposição feita. Elas
devem ser diretas e conter apenas um conceito. Não se pode, por exemplo,
definir que a falta de treinamento e sua má qualidade determinam a percepção
7
negativa. Nesse caso, um dos itens poderia ser verdadeiro e o outro não, o que
faria com que a hipótese fosse “meio refutada, meio confirmada”, situação
academicamente equivocada.
Quando se quantifica as hipóteses, fica mais fácil, depois refutá-las ou
confirmá-las, pois será uma questão de matemática ou de estatística simples, em
que se trabalha com percentuais, ou mesmo com maioria simples.
As hipóteses devem guardar coerência direta com a escala do instrumento
de pesquisa, não podendo, por exemplo, a escala ser definida de uma maneira e
as hipóteses de outra.
Deve-se ter cuidado ainda, com as ciladas conceituais. Satisfação, por
exemplo, não é a mesma coisa que percepção de qualidade. Pode-se perceber
qualidade e não, necessariamente, estar satisfeito. O mesmo vale para
motivação, que tem conceito de grande complexidade na área da psicologia.
No exemplo que vem sendo trabalhado poderiam ser hipóteses:
H1 - Mais de 80% dos empregados reconhece como excelentes, muito bons e
bons os cursos ministrados.
H2 - Menos de 80% dos empregados reconhece como excelentes, muito bons e
bons os cursos ministrados.
H3 - Mais de 60% dos empregados reconhece como ruins ou péssimos os cursos
ministrados.
1.5 Levantamento Bibliográfico
No primeiro item deste módulo, foi citado: “Para escolher uma linha de
pesquisa e um tema, você deve primeiramente ler obras de referência sobre o
que está pensando em pesquisar”. Nessa busca foram identificados autores,
livros, artigos e mesmos sites da internet que diante do problema estabelecido
trazem sustentação teórica ao objeto de estudo.
A ordem que será utilizada para construir o referencial é apenas um
primeiro esboço, podendo ser alterado durante o módulo dois, quando será
construído o referencial teórico.
Tanto a linha de raciocínio preestabelecida para o referencial, quanto a
bibliografia inicialmente localizada são listadas e, no exemplo, que estamos
trabalhando, poderiam ser:
Exemplo de linha de raciocínio preliminar para o referencial teórico:
1. Administração – contexto e evolução
2. Administração de Pessoas
3. Treinamento e desenvolvimento
3.1 diagnóstico
3.2 planejamento
3.3 execução
3.4 avaliação
Exemplo de Bibliografia Provisória:
FLEURY, M.T.L FLEURY, A.C. Estratégias
competências. São Paulo: Atlas, 2007.
Empresariais
e
formação
de
LACERDA, E. R. M.; ABBAD, G. Impacto do treinamento no trabalho: investigando
variáveis motivacionais e organizacionais como suas preditoras. Revista de
Administração Contemporânea, v. 7, n. 4, p. 77-96, 2003.
8
MEISTER, J.C. A gestão do capital intelectual através das Universidades
Corporativas. Markon Books, São Paulo, 1999.
ROBBINS, S.P. Administração: mudanças e perspectivas. São Paulo: Saraiva, 2005.
______________ Comportamento Organizacional. Rio de Janeiro. Ed. Prentice Hall.
9.ed., 2001.
STEWART, Thomas A. Capital Intelectual: a nova vantagem competitiva das
empresas. 5. ed., Rio de Janeiro:Campus, 1998.
WOOD JÚNIOR, T. (Coord). Gestão Empresarial – Comportamento Organizacional.
São Paulo: Atlas, 2005
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FICHA 1 - DESCRIÇÃO DO MÓDULO 1 - PROJETO
Aluno(a): _____________________________________________________
Professor Orientador:___________________________________________
1. LINHA DE PESQUISA:
( ) GESTÃO DE PESSOAS
( ) GESTÃO DE CLIENTES
(
(
) GESTÃO DE MERCADO
) GESTÃO DE LOGÍSTICA
2. TEMA: ____________________________________________________________
3. PROBLEMA:
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
4. OBJETIVO GERAL:
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
5. OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
6. HIPÓTESES:
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
7. LINHA DE RACIOCÍNIO PRELIMINAR PARA O REFERENCIAL TEÓRICO E
BIBLIOGRAFIA PROVISÓRIA
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
OBS.: A FICHA 1 – DESCRIÇÃO DO MÓDULO 1 – PROJETO DEVERÁ SER
ENTREGUE AO ORIENTADOR CONFORME CRONOGRAMA DE ATIVIDADES E
CONSTARÁ DA DOCUMENTAÇÃO A SER REPASSADA À COORDENAÇÃO DO
CURSO.
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MÓDULO 2 – REFERENCIAL TEÓRICO
Após a definição da linha de pesquisa, do tema, a delimitação do
problema de pesquisa, o estabelecimento dos objetivos geral e
específicos e a identificação das hipóteses possíveis; inicia-se a
construção do REFERENCIAL TEÓRICO.
2. CONSTRUINDO O REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 Definições
Para Vergara (2004), o referencial teórico apresenta os estudos e
conceitos sobre o tema, ou mais detalhadamente, sobre o problema constante
em obras de diversos autores. No mesmo sentido, Cruz e Ribeiro (2004, p.117)
destacam que “o referencial teórico constitui-se no embasamento que dá
sustentação ao objeto de estudo”, sendo resultante de pesquisas bibliográficas
a autores que relatam o tema e o problema em questão.
Para fins da pesquisa e do artigo de TCC, o referencial teórico deve
mostrar o “estado da arte”, ou seja, as últimas pesquisas e conceitos sobre o
assunto apresentadas em publicações recentes. A partir das publicações de
pesquisadores, professores e estudiosos da área, torna-se possível definir
conceitos, estabelecer parâmetros comparativos, fazer análises e tirar
conclusões a respeito do problema que está sendo pesquisado.
A Resolução CONSU 003/008 estabelece, em seu artigo 22, que, se
houver constatação de que o trabalho apresentado constitui-se em cópia de
outro apresentado por outro autor, ou seja, confirmado se for confirmado o
plágio, o(a) graduando(a) será sumariamente reprovado(a).
2.2 Importância
O Referencial Teórico permeia todo o trabalho de pesquisa e a
construção do artigo, conforme abaixo descrito:
1. No primeiro módulo a leitura de artigos e de outras fontes de
referencial facilita a definição do tema e do problema da pesquisa e
possibilita que essa primeira parte seja feita de forma clara e precisa, bem
como permite estabelecer objetivos factíveis e hipóteses prováveis.
Possibilita ainda, a construção da linha de raciocínio preliminar do próprio
referencial e a identificação da bibliografia inicial.
2. No módulo dois é efetuada a construção específica do referencial
teórico, permitindo um aprofundamento nas definições, fatores de interferência
e aspectos significativos para a questão central da pesquisa.
3. No módulo três, ao construir o instrumento, o referencial teórico
deve dar a sustentação necessária para que nenhum conceito importante
dentro da questão da pesquisa fique fora do instrumento. Também permite a
qualificação adequada dos itens que serão pesquisados de acordo com os
objetivos propostos e as possíveis respostas às hipóteses.
4. No módulo quatro, quando da análise dos resultados da pesquisa,
o referencial deve permitir a comparação desses com a teoria. Deve subsidiar a
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identificação de resultados anteriores, apresentados em outras publicações,
que retifiquem ou ratifiquem o problema pesquisado. Caso não exista, no
levantamento feito e no trabalho que está sendo preparado, respaldo teórico
para análise dos dados coletados, será necessário retornar às fontes
bibliográficas e acrescentar, no capítulo do referencial teórico, os conceitos e
as definições que permitam essa análise e uma argumentação sustentável das
respostas aos problemas levantados.
Pelo acima exposto, verifica-se que a construção do referencial teórico é
a base para o desenvolvimento de um conhecimento empírico com valor
acadêmico.
2.3 Pontos Importantes a Serem Observados
O referencial teórico deve apresentar a evolução dos conceitos, partindo
do geral para o particular, relacionando-os, interpretando-os e estabelecendo
nexo com o problema da pesquisa.
No modulo 1, você propôs uma linha de raciocínio, a qual deve servir de
norte para suas leituras e anotações, o que não significa que não possa ser
alterada durante a pesquisa se você entender que existe uma forma melhor de
expor os conceitos pesquisados.
Busque literatura recente, autores com trabalhos publicados há mais de
cinco anos só se justificam num referencial de artigo quando são clássicos –
Como falar de administração, por exemplo, sem falar de Taylor, Fayol ou de
Drucker com suas obras que datam de 1950? – ou ainda, quando você quer
demonstrar a evolução/mudança de um conceito.
Conforme descrito no módulo 1, inicia-se com a leitura e atenta à obras
de referência como enciclopédias, dicionários ou artigos já publicados sobre o
assunto. Com certeza, essas primeiras leituras vão fornecer caminhos, autores
e linhas de raciocínio que serão úteis em seu trabalho.
Estabelecida a linha de raciocínio, busca-se ler periódicos, livros,
acessar sites de pesquisa (veja item 2.5) e inicia-se o registro por meio de
anotações em cada um dos itens definidos, de acordo com as normas de
citações descritas no item: 2.4 Forma e tamanho.
Nesse cenário, é possível criar uma pasta no word, com o título
“Referencial Teórico” a qual deve possuir subpastas com todos os
itens/subitens estabelecidos (que provavelmente seguirão dessa forma no
momento de construir o artigo) e a partir daí, os registros devem ser transcritos,
com todas as informações necessárias (autor, livro, página) os quais serão
posteriormente analisados e organizados de acordo com semelhanças e/ou
diferenças de posição conceitual.
Ao redigir o referencial, deve-se alternar citações transcritas com
citações interpretativas, criando sempre um “fio condutor” que possibilite ao
leitor entender sua linha de raciocínio.
Uma citação deve ser transcrita quando realmente apontar um
conceito/conhecimento importante e diferente, o qual vale a pena ser
destacado, sem interpretações, mas na sua totalidade. Nesse contexto, devese evitar citações transcritas extensas. O referencial teórico não é uma “colcha
de retalhos”, mas, uma fundamentação teórica para a pesquisa, análise e
discussões de resultados, assim, deve ter sustentação em sua linha de
raciocínio e robustez de conceitos e definições.
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Inicia-se o Referencial Teórico com um parágrafo de contexto, que
explica o objetivo do trabalho, sua relação com o que vai ser apresentado e as
partes que o compõe, podendo-se explicar de maneira generalista o que será
descrito em cada um dos itens.
2.4 Forma e Tamanho do Referencial Teórico
O referencial teórico deve ser constituído de citações transcritas ou
parafraseadas e deverá ter, no mínimo, seis e, no máximo, oito páginas,
considerando que todo o artigo, conforme definido na Resolução CONSU
003/2008, deve ter no mínimo 10 e no máximo 15 páginas, guardando
proporção entre o referencial e o tamanho do artigo. Dessa forma, se o artigo
tiver 10 páginas o referencial não poderá ultrapassar 06 páginas.
As citações devem seguir as normas da ABNT. A NBR 10520/2002que
trata da: Informação e documentação – Citação em documentos –
Apresentação, de agosto de 2002, tem por objetivo apresentar as condições
para apresentação de citações em documentos e destina-se a orientar autores
e editores.
Por citação, entende-se uma menção no texto, de uma informação
obtida em outra fonte. Conforme a NBR 10520 (2002, p. 1-2) podem ser assim
conceituadas:
Para os efeitos desta Norma, aplicam-se as seguintes definições:
3.1 citação: Menção de uma informação extraída de outra fonte.
3.2 citação de citação: Citação direta ou indireta de um texto em que
não se teve acesso ao original.
3.3 citação direta: Transcrição textual de parte da obra do autor
consultado.
3.4 citação indireta: Texto baseado na obra do autor consultado.[...]
3.6 notas de rodapé: Indicações, observações ou aditamentos ao
texto feitos pelo autor, tradutor ou editor, podendo também aparecer
na margem esquerda ou direita da mancha gráfica.
3.7 notas explicativas: Notas usadas para comentários,
esclarecimentos ou explanações, que não possam ser incluídos no
texto.
Na sequência, serão apresentados os tipos de citação, a fim de enfatizar
que a riqueza de um referencial está na análise e interpretação dos autores,
criando os elos necessários à fundamentação de um raciocínio.
2.4.1 Citação Direta - Transcrição com até três linhas
As transcrições curtas, ou seja, a reprodução das palavras do autor em
até três linhas, devem ser citadas entre aspas.
É imprescindível, também informar o nome do autor (último
sobrenome), o ano da publicação e página da citação.
Exemplo 1 – quando o nome do autor faz parte do texto (com letra maiúscula
somente na primeira letra): Ainda sobre pesquisa salarial, Resende (1991, p.31)
destaca a necessidade em mudar a forma de operacionalizar a pesquisa salarial, para
melhorar a confiabilidade dos dados. “É preciso insistir no aprimoramento da
caracterização e identificação dos cargos a fim de que a comparação dos salários
venha a ser mais precisa”.
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Exemplo 2 – quando o nome do autor não faz parte, deve ser citado no final do
texto (com letra maiúscula em todo o nome): Alguns autores ressaltam a distância
entre a teoria e a prática na gestão de pessoas no Brasil, como as empresas
continuam na era do “[...] departamento de pessoal em que somente 4% estão
realmente sintonizadas com práticas modernas de gestão, voltadas para o
desenvolvimento da organização e das pessoas”. (COOPERS & LYBRAND,1997,
p.70).
2.4.2 Citação Direta - Transcrição com mais de três linhas
As transcrições longas, ou seja, a reprodução das palavras do autor,
com mais de três linhas, devem ser apresentadas sem aspas, em fonte 10,
espaço simples, com recuo de margem de 4 cm à esquerda.
O nome do autor deve ser citado no final do texto, com letra maiúscula
em todo o nome e deve ser seguido pelo ano da publicação e página em que
se encontra a citação – todas essas informações aparecerão entre parênteses.
Exemplo:
Sob este novo paradigma a função RH deve ser vista não da
perspectiva do profissional dessa área, mas da perspectiva dos
empregados e clientes: do que os empregados necessitam para
ajudá-los a se tornar ativos organizacionais mais produtivos e
valiosos? Do que os clientes – frequentemente gerentes de linha –
necessitam para ajudá-los a liderar e utilizar esses importantes ativos
humanos com mais eficácia? (FLANNERY et al., 1997, p.225).
2.4.3 Citação Indireta - Paráfrase (citação interpretativa)
Quando se interpreta o pensamento do autor, deve-se fazer uma
citação interpretativa, parafraseando o que foi dito, ou seja, comentando com
outras palavras a mesma abordagem do autor.
Deve-se citar o sobrenome do autor e o ano da publicação, que pode
localizar-se no início, no meio ou no final do parágrafo. Nesse tipo de citação,
não é necessário indicar a página. Evite repetir uma sequência com o nome do
autor no início do parágrafo, pois isso torna a leitura cansativa e dificulta o
encadeamento do assunto.
Exemplo 1: Nesse contexto, a avaliação torna-se um instrumento de reprodução da
sociedade capitalista. (LUCKESI, 1999).
Exemplo 2: Flannery et al. (1997) sugerem que o Departamento de Recursos
Humanos é frequentemente uma barreira para desenvolver novas formas de gestão.
Exemplo 3: As mudanças no mundo do trabalho são uma realidade com a qual se
convive. Pode-se dizer que a mudança faz parte do senso comum e não indica,
segundo Legge (1995), nenhuma novidade. Conforme essa autora, a troca das
indústrias tradicionais, para indústrias que fabricam com alta tecnologia e o
crescimento do setor de serviços refletiram na estrutura e nas relações da chamada
administração de pessoal.
2.4.4 Citação de citação
Conforme definido pela NBR 10520 (2002, p.2) “Citação direta ou
14
indireta de um texto em que não se teve acesso ao original”, devem ser
evitadas. Sempre que possível, busca-se a fonte original. Caso seja necessário
recorrer à citação de citação, deve-se usar a expressão apud, que significa
"citado por".
As outras normas referentes à citação direta ou indireta devem ser
seguidas normalmente.
Exemplo: Skinner (1975 apud FRANÇA, 1997) critica o uso da punição em situação
escolar.
2.4.5 Dados obtidos em informação oral (palestras, debates etc)
O item 5.5 da NBR 10520 (2002, p.2) descreve que “Quando se tratar de
dados obtidos por informação verbal (palestras, debates, comunicações etc.),
indicar, entre parênteses, a expressão informação verbal, mencionando-se os
dados disponíveis, em nota de rodapé.”
2.4.6 Regras Gerais
Na citação de trabalhos não publicados ou em fase de elaboração, esse
fato deve ser mencionado.
Em caso de citações com destaque (sublinhados, negritos), deve-se
indicar a autoria do grifo:
Exemplo: Em relação ao comportamento humano, “fica a ideia de que uns homens
são livres, são capazes de condicionar, enquanto outros são manipuláveis, não
autônomos, mas com comportamento modelado” (ALVITE, 1987, p. 113, grifo nosso).
2.5 Lista de Sites de Pesquisa
Nos sites abaixo, você poderá encontrar artigos, referências e fontes
bibliográficas de pesquisa.
Ø Google Acadêmico
http://scholar.google.com.br
Ø Scielo Br
http://www.scielo.br
Ø IBICT Revistas Brasileiras
http://www.ibict.br
Ø Biblioteca Digital de Teses e Dissertações
http://bdtd.ibict.br
Ø Biblioteca Nacional Digital
http://www.bn.br/bndigital
Ø Links de Revistas Científicas da Administração
http://www.cfh.ufsc.br
Ø Rae Eletrônica
http://www.rae.com.br/
Ø Portal de Periódicos Científicos UFRGS
http://www.periodicos.ufrgs.br
15
FICHA 2 – DESCRIÇÃO DO MÓDULO 2 - REFERENCIAL TEÓRICO
Aluno(a): ______________________________________________________
Professor Orientador: ___________________________________________
Objetivo Geral:
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
Objetivos específicos:
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
Referencial Teórico (de 6 a 8 páginas)
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
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_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
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_______________________________________________________________
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_______________________________________________________________
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_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
A FICHA 2 – DESCRIÇÃO DO MÓDULO 2 – REFERENCIAL TEÓRICO
DEVERÁ SER ENTREGUE AO ORIENTADOR, CONFORME CRONOGRAMA
DE ATIVIDADES E CONSTARÁ DA DOCUMENTAÇÃO A SER REPASSADA
À COORDENAÇÃO DO CURSO.
16
MÓDULO 3 – METODOLOGIA DA PESQUISA
3. CONSTRUINDO O INSTRUMENTO E COLETANDO DADOS
Este módulo tem como objetivo definir a metodologia que será utilizada
na pesquisa, como os dados serão obtidos e quais as fontes primárias
(pesquisas de campo) ou secundárias (análise de dados já existentes) serão
consultadas. Caso a opção seja por dados primários, orienta-se a criação e a
validação do instrumento de pesquisa, bem como os cuidados que se deve ter
na coleta de dados.
3.1 Coleta de Dados
A Coleta de dados é o processo pelo qual se obtém as informações que
irão buscar a resposta ao problema levantado e testar as hipóteses
estabelecidas. De acordo com o problema e os objetivos da pesquisa, você irá
identificar a forma adequada de coletar as informações.
Existem problemas que são respondidos com pesquisas em documentos
públicos ou em documentos da empresa pesquisada. Essa situação torna-se
válida para embasar o trabalho científico, se o pesquisador tomar por base
fontes de dados confiáveis com credibilidade na coleta de dados, como: IBGE,
balanços publicados por organizações públicas ou privadas, informações de
conhecimento público, etc.
No caso do problema exemplificado abaixo, os dados serão coletados
em documentos da União que relatem gastos públicos com saneamento básico
e saúde pública no período evidenciado.
Exemplo: Existe relação entre investimentos em saneamento básico e gastos com
saúde pública realizados durante o período de 1994 a 2002?
Quando o problema a ser pesquisado envolve pesquisa de opinião,
percepção, grau de satisfação, etc., faz-se necessário um instrumento de
pesquisa. No exemplo abaixo, será necessário coletar dados de forma primária,
isto é, ir a campo identificar a percepção dos clientes.
Exemplo: Qual a percepção dos clientes da empresa X sobre a qualidade do
atendimento oferecido?
Essa coleta de informações poderá ser feita por meio de instrumentos de
pesquisa, que são os formulários utilizados com o objetivo de levantar
informações válidas e úteis para elaboração do artigo.
Os instrumentos de pesquisa mais comuns são:
§ Questionário;
§ Roteiro de entrevistas;
§ Formulário de avaliação.
Na definição do instrumento a ser utilizado, o acadêmico pode optar por:
17
1. Utilizar, na íntegra, um instrumento já utilizado e validado. Nesse
caso, deverá ser citada a fonte e o autor.
2. Utilizar, em parte, o instrumento existente. Nesse caso, faz-se
necessário citar a fonte, o autor e as alterações efetuadas.
3. Construir um instrumento, tendo como subsídio o referencial teórico
e o conhecimento prévio do público a ser pesquisado, o que pode
ser feito por meio de uma enquete ou observação exploratória.
3.2 Elaborando um Questionário ou um Roteiro de Entrevista
Caso esteja elaborando um questionário pela primeira vez, fique atento a
algumas regras básicas, como por exemplo: não partir logo para as perguntas.
O mais importante é determinar quais informações serão necessárias para a
sua pesquisa.
A definição dos objetivos da pesquisa permite planejar as informações
que deverão ser levantadas, direcionando a elaboração do questionário. Um
bom questionário combina perguntas abertas e fechadas de maneira
equilibrada, toma o menor tempo possível do entrevistado e atende aos
objetivos da pesquisa.
Quando se possui uma grande quantidade de entrevistados, é
necessário realizar uma pesquisa estruturada. Nesse caso, o questionário deve
ser construído com questões precisas e objetivas, de fácil e rápida aplicação (o
tempo da entrevista não deve passar de 10 minutos), facilitando a
padronização e a interpretação dos dados. Em caso de mais questões abertas,
o número de entrevistados deve ser limitado e a duração da entrevista poderá
ser maior.
Ao preparar um questionário ou um roteiro de entrevista, algumas
regras muito importantes devem ser observadas, tais como:
Ø Elabore questões curtas, de fácil entendimento, de forma clara, simples e
objetiva;
Ø Evite distorções e tome cuidado com questões óbvias, muito abrangentes
ou que induzem a uma determinada resposta.
Ø Forneça instruções ao respondente e não o obrigue a fazer cálculos.
Ø Considere as habilidades dos participantes em responder as perguntas.
Evite termos técnicos e palavras em outros idiomas.
Ø Comece com uma pergunta que capte o interesse do respondente. Faça
perguntas mais gerais no início e mais específicas no meio do questionário.
No caso de entrevista, começar com perguntas sobre renda ou idade pode
ser desastroso.
Ø Em caso de perguntas embaraçosas, faça-as na terceira pessoa. Ex.: "O Sr.
acredita que os idosos estão mais conscientes da importância de se fazer
exames de próstata?”.
Ø É sempre melhor perguntar o que o respondente faz e o que ele pensa.
Caso pretenda analisar uma empresa de roupas esportivas, é necessário
descobrir se os respondentes praticam ou se gostam de algum esporte.
Ø Deixe para o final as perguntas que possam causar constrangimento ao
respondente. Algumas perguntas embaraçosas, como idade, podem ser
minimizadas por meio de uma tabela de graduação, com faixas etárias, do
tipo: menor que 21; de 21 a 30; de 31 a 40; de 41 a 50; acima de 50. No
caso da renda, é possível definir faixas de renda, e assim por diante, com
classe econômica, tempo de serviço, localização da moradia, etc.
18
Ø Observe a sequência lógica das questões, facilitando a resposta do
participante.
Ø As perguntas e alternativas de respostas irão variar conforme o meio de
aplicação da pesquisa.
3.3 Avaliação e Validação do Questionário ou Roteiro de Entrevista
Nessa fase, os seguintes itens devem ser levados em consideração:
Ø Se as perguntas são necessárias para cumprir os objetivos da pesquisa.
Ø Se o questionário é longo demais e se o tempo médio que será gasto pelo
respondente é razoável, considerando a sua disponibilidade e motivação
para responder.
Ø Se há espaço suficiente para respostas nas perguntas abertas.
Ø Se o visual do questionário é agradável a se sua utilização é prática.
Ø Se as hipóteses previstas encontram respaldo para refutar ou confirmar as
perguntas feitas e as hipóteses levantadas.
Para facilitar a tabulação dos dados, não utilize apenas parênteses para
marcação das respostas do entrevistado. Você pode utilizar os parênteses,
juntamente com numeração ou letras.
Quando o questionário estiver finalizado, ele deve passar por uma
validação, que consiste em um pequeno teste a ser realizado com alguns
entrevistados. Esse teste e consequente revisão ajudam a evitar o retrabalho e
proporciona maior qualidade à pesquisa.
Se o teste resultar em alterações extensas, é recomendável que ele seja
repetido, pois alterações extensas caracterizam, praticamente, um novo
questionário.
Ao realizar o teste, selecione entrevistados com o mesmo perfil da
amostra. Não faça teste com familiares ou pessoas que tenham participado da
sua elaboração, pois eles não representam a amostra e sua validação poderá
ficar comprometida.
Outro ponto importante é o fato de que sua percepção não é o foco da
pesquisa. Não existem respostas certas ou erradas, existe a percepção e a
opinião de quem está sendo pesquisado. O pesquisador deve saber respeitar
esse princípio básico em qualquer pesquisa.
Veja abaixo, um modelo de roteiro, com resumo de todos os dados
importantes do trabalho, que nortearão a elaboração do instrumento de
pesquisa, seja questionário ou roteiro de entrevista.
A seguir será apresentado um modelo de roteiro para entrevista.
EXEMPLO DE RESUMO DOS DADOS DA PESQUISA QUE NORTEARÃO A ELABORAÇÃO
DO INSTRUMENTO DE PESQUISA
DESTACA-SE O OBJETIVO E O PROBLEMA,
POIS, ELES DEVEM PERMEAR TODA A CONSTRUÇÃO DO TRABALHO,
SEM JAMAIS, PERDER O FOCO.
19
1.Objetivo da Pesquisa
Identificar as competências comuns e diferenciadoras entre os empreendedores das empresas
incubadas e graduadas da Incubadora de Empresas do Centro de Apoio ao Desenvolvimento
Tecnológico da Universidade de Brasília – CDT/UnB.
2. Problema
Quais as competências essenciais em um comportamento empreendedor, segundo a
percepção dos empresários que tiveram suas empresas incubadas pela Incubadora de
Empresas do Centro de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Universidade de Brasília CDT/UnB?
3. Público a ser pesquisado
Estão sendo entrevistados todos os empresários participantes nos últimos quatro anos,
incluindo os graduados, desligados ou que estão sendo incubados.
4. Metodologia
A pesquisa será feita por meio de um roteiro de entrevista semi-estruturado, em entrevistas
individuais, a serem desenvolvidas com a participação dos alunos da disciplina de
Administração Empreendedora, com os empreendedores de todas as empresas incubadas e
graduadas pela Incubadora do CDT/UnB.
4.1 Universo
Todas as empresas incubadas e graduadas pela Incubadora do CDT/UnB, desde sua criação,
totalizando 45 empresas, independente do sucesso ou fracasso do empreendimento.
4.2 Instrumento de Coleta de Dados
O instrumento de entrevista semi-estruturada contém uma parte estimulada (listagem de
competências que a literatura ressalta como importantes para o sucesso do empreendedor) e
uma parte em aberto, com o objetivo de conhecer as opiniões dos respondentes. Também
serão necessários dados de caracterização da amostra, para que possam ser efetuadas
análises correlacionais.
4.3 Análise dos dados
Os dados fechados serão analisados através do SPSS, versão 7.5.1. Os dados em aberto
serão catalogados e analisados pelas características comuns, pela semântica e pelo índice de
frequência desses dados.
5. Instrumento
A equipe responsável pela pesquisa optou por construir um roteiro de entrevista a partir do
Marco Teórico.
6. Exemplo de Instrumento
COMPETÊNCIAS ESSENCIAIS AO EMPREENDEDORISMO
PERCEPÇÃO DOS EMPRESÁRIOS DA INCUBADORA DE EMPRESAS DO CENTRO DE
APOIO AO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO DA UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA CDT/UnB
ROTEIRO DE ENTREVISTA
1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Esta pesquisa tem o objetivo de IDENTIFICAR AS COMPETÊNCIAS que, segundo a
percepção dos empresários que tiveram suas empresas incubadas pela Incubadora de
Empresas do Centro de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Universidade de BrasíliaCDT/UnB, são essenciais a um comportamento empreendedor.
Estão sendo entrevistados todos os empresários participantes nos últimos quatro anos,
incluindo os graduados, desligados ou que ainda estão sendo incubados.
As entrevistas, gravadas e editadas, estão sendo efetuadas pelos alunos da disciplina de
Administração Empreendedora do curso de Administração de Empresas da UnB e
coordenadas pela Professora Lore Mânica Ribeiro – Mestranda em Administração na UnB.
20
A participação de todos os empresários é muito importante, uma vez que não se está
trabalhando com amostra, mas com o universo de empresas.
A pesquisa vai permitir traçar um perfil ideal do empresário-empreendedor da Incubadora de
Empresas do CDT/UnB, bem como contribuir para a construção de conhecimento sobre
empreendedorismo no Brasil, cuja literatura e resultados de pesquisa são ainda, pouco
expressivos no âmbito da administração de empresas.
Lembre-se de que não existem respostas certas ou erradas, o que importa é a percepção
do entrevistado.
2. COMPETÊNCIAS REQUERIDAS (no caso específico deste trabalho, não precisam
necessariamente existir)
2.1 Pergunte ao Empresário entrevistado qual ou quais as competências que ele possui e que
considera importantes ou muito importantes.
2.2 Pergunte se existe alguma competência que ele considera importante ou muito importante,
mas que reconhece não possuir.
2.3 Pedir ao entrevistado que fale sobre si, suas características pessoais e se isso é positivo ou
negativo para o empreendimento.
2.4 Pergunte ao entrevistado se existe ou existiu uma pessoa que serviu de “modelo” para sua
decisão de empreender.
3. COMPETÊNCIAS ESTIMULADAS
Num primeiro momento, deverá ser apresentada ao entrevistado a definição de competência,
acompanhada da escala de respostas. Após entendido o conceito, iniciar a entrevista.
Para os efeitos desta pesquisa, competência é o conjunto de conhecimentos,
habilidades e atitudes, que permitem à pessoa gerar os resultados planejados pela
empresa.
Abaixo foram listadas algumas competências, que a literatura identifica como importantes para
o empreendedor. O senhor deverá responder, de acordo com a escala adiante, a sua
percepção a respeito da importância de cada uma das referidas competências para o
empreendedor.
ESCALA
1. O empreendedor não necessita desta competência.
2. Esta competência tem pouca importância para o empreendedor.
3. Esta competência é importante para o empreendedor.
4. Esta competência é extremamente importante para o empreendedor.
Quadro de Competências utilizado na entrevista.
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
9.
10.
11.
12.
13.
14.
15.
Ter iniciativa
Ter autonomia
Ser autoconfiante
Ser otimista
Conhecer o negócio da empresa
Ser capaz de captar recursos em condições vantajosas
Saber fixar metas
Saber distinguir ideias de oportunidades
Ser perseverante
Ser tenaz
Ser intuitivo para identificar oportunidades de negócio
Ser capaz de coordenar equipes de pessoas e obter sinergia
Ser um trabalhador incansável
Ser dedicado aos propósitos e objetivos estabelecidos
Ser orientado para resultados
1
1
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1
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1
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1
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4
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21
16.
17.
18.
19.
20.
21.
22.
23.
24.
25.
26.
27.
28.
29.
30.
Ser capaz de estabelecer relações pessoais
Ser criativo
Ser efetivo, isto é, alcançar resultados
Ser autodidata - criar seus próprios métodos
Ser inovador, implementando novas idéias.
Ser capaz de influenciar pessoas
Ser tolerante com os imprevistos
Ter consciência social
Saber identificar oportunidades e ameaças do ambiente
Saber planejar objetivos e metas
Ter visão central e bem definida do produto ou serviço da empresa
Ser capaz de gerenciar recursos financeiros e materiais
Ser organizado
Saber exercer controle sobre o negócio e as pessoas
Ser sensível às pessoas e ao ambiente.
1
1
1
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3
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3
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3
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3
4
4
4
4
4
4
4
4
4
4
4
4
4
4
4
4. ESPAÇO EM ABERTO
Além das perguntas aqui realizadas, o senhor gostaria de acrescentar mais algum
conhecimento, habilidade ou mesmo atitude que o empreendedor deveria possuir?
5. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
Para analisarmos estatisticamente os dados desta entrevista, gostaríamos de registrar alguns
dos seus dados pessoais e da empresa.
ENTREVISTADO
SEXO
Feminino
Masculino
IDADE
_______ anos
ESCOLARIDADE
2º Grau
Superior
Especialização
Mestrado
Doutorado
TEMPO QUE CONHECE O
PRODUTO/SERVIÇO
______ meses
EMPRESA:
SITUAÇÃO ATUAL
RESIDENTE
GRADUADA
DESLIGADA
ASSOCIADA
TEM SÓCIOS
NÃO
SIM – Quantos_____
FATURAMENTO
ANUAL
___________________
TEMPO DE EXISTÊNCIA DO
EMPREENDIMENTO OU
TEMPO QUE DUROU
(Para Empresas já fechadas)
______ meses
TEVE SÓCIOS
NÃO
SIM – QuantoTempo? ____
22
FICHA 3 - METODOLOGIA
Aluno(a): ____________________________________________________
Professor Orientador : _________________________________________
(
(
) Pesquisa Tipo 1: Dados Primários
) Pesquisa Tipo 2: Dados Secundários
Para pesquisas do tipo 2, deverão ser informadas: as fontes de consulta,
a descrição dos procedimentos que serão adotados para levantamento
dos dados, bem como os mecanismos de garantia da qualidade das
informações coletadas.
Para pesquisa do tipo 1, deverão ser informados: os procedimentos que
serão adotados para levantamento dos dados, bem como três cópias do
instrumento de pesquisa validado, que será utilizado na coleta de dados.
Obs.: Não perca de vista o problema, os objetivos e as hipóteses de sua
pesquisa.
A FICHA 3 – DESCRIÇÃO DO MÓDULO 3 – METODOLOGIA DEVERÁ SER
ENTREGUE AO ORIENTADOR, CONFORME CRONOGRAMA DE
ATIVIDADES E CONSTARÁ DA DOCUMENTAÇÃO A SER REPASSADA À
COORDENAÇÃO DO CURSO.
23
MÓDULO 4 - ANÁLISE DE DADOS E FORMATAÇÃO DO ARTIGO
4. ANÁLISE DE DADOS – NASCE O ARTIGO
Uma coleta de dados bem feita, seguindo todos os cuidados
recomendados no Módulo 3, torna possível a análise dos dados, momento em
que efetivamente “nasce” o artigo.
Caso você tenha construído um instrumento com escala, deverá utilizar
uma planilha em Excel, ou outro software que permita o tratamento matemático
e estatístico das respostas. Essa planilha deverá permitir a visualização e a
análise dos dados.
Todos os questionários devem ser numerados, garantindo sua
identificação, e lançados na planilha, garantindo a integridade e fidedignidade
dos dados.
A análise de dados não deve ser simplesmente “um arquivo do word
criado a partir de um arquivo de excel apresentado”, ou seja, não deve ser
uma simples descrição textual dos números e percentuais que estão na tabela.
A riqueza de sua análise está em interpretar o que o número contido na tabela
significa, seja em relação ao referencial teórico, aos dados cadastrais, à
realidade da empresa/setor que está sendo pesquisado, bem como em relação
a outras pesquisas já efetuadas sobre o assunto.
Por exemplo: Se 90% dos respondentes posicionaram-se em um lado da
escala e 10% estão em outro, pode-se verificar quais as características demográficas
desses 10% de respondentes. Se existe algum traço comum, como se posicionaram
os mais jovens, aqueles que têm mais tempo de empresa e assim por diante.
Se você optar por relacionar respostas dadas em itens diferentes, tome
cuidado para que exista uma relação provável de causa e efeito.
Observe o exemplo de análise com relação de itens:
O percentual de 67,8% de respondentes que afirmaram não estar estudando
no momento, pode estar refletindo o excesso de carga de trabalho existente hoje na
empresa, citado por vários respondentes, na pergunta em aberto, como fator
impeditivo para o auto-desenvolvimento do empregado que ocupa cargo gerencial. Ao
efetuar-se o cruzamento dessa variável com a variável: cargo gerencial, percebe-se
que o maior percentual de gerentes que não estão estudando, trabalham na “linha de
frente”, isto é, nos Escritórios de Negócio e nos Pontos de Venda. (RIBEIRO, 1999,
pg 79)
No caso de relacionar resultado da pesquisa de campo ao referencial
pesquisado, tome cuidado para que o resultado tenha realmente relação com o
assunto da citação. Pode ser que a teoria ratifique ou contrarie o que você
encontrou na pesquisa de campo, mas é importante que o resultado e o
referencial estejam diretamente relacionados.
Exemplo de análise relacionando a resposta encontrada ao referencial
teórico pesquisado:
As expectativas dos respondentes, em relação a ter seu esforço
pessoal recompensado, são demonstradas pelos altos índices de
concordância (92,40%) com o fato de que a remuneração por
competências proporcionará o crescimento profissional dos gerentes
pelos seus méritos; 90,90% dos respondentes concordam que
remunerar por competência é mais justo, pois premia o empenho e
24
desempenho do empregado. 72,10% entendem que esse tipo de
remuneração proporcionará o reconhecimento do trabalho individual.
Quanto a esse sentimento de justiça, Dutra (1998) também identificou
uma concordância de 3,98 numa escala de 5 pontos, de que um
sistema de remuneração por competências possibilita mais justiça nas
diferenciações salariais internas, e 4,47 de concordância de que
possibilita justiça e coerência no trato com as pessoas.
(RIBEIRO,1999, p.83)
No caso de relacionar os resultados quantitativos com as respostas
abertas, não se esqueça que se trata de um tipo de citação em que o número
do questionário e o ano da pesquisa compõem a fonte a ser colocada entre
parênteses.
Diferentemente da monografia que exibia muitos gráficos e tabelas, o
artigo traz somente aqueles essenciais ao entendimento do que se quer
explicar. Sugerem-se tabelas concentradas, totalizando os itens pesquisados
ou agregando esses itens por fatores (pontos comuns de análise). Por
exemplo: Numa análise de dados da qualidade de atendimento de determinada
empresa, os itens poderão vir todos juntos ou agrupados pelos fatores relacionados
aos processos, às pessoas e ao ambiente da empresa.
4.1 Formatação do Artigo
A resolução CONSU 003/2008 prevê em seu capítulo V as normas
gerais de formatação, abaixo transcritas:
Art. 12 – Os artigos deverão ter no mínimo 10 e no máximo 15
páginas, sendo escritos com as seguintes características:
§ 1º. - Da Formatação:
1. Folha: A4;
2. Editor de texto: Word for Windows 6.0 ou posterior;
3. Margens: esquerda e superior (3 cm); direita e inferior de 2 cm;
4. Fonte: Arial, tamanho 12;
5. Parágrafo: espaçamento entre parágrafos: 0; entre linhas: simples;
alinhamento justificado; recuo especial da primeira linha: 1,30.
§ 2º. - A primeira página do artigo deve conter:
1. Título com oito palavras no máximo, em maiúsculas e negrito
(português e inglês);
2. Resumo em português, com cerca de 150 palavras, alinhamento à
esquerda, contendo campo de estudo, objetivo, método, resultado e
conclusões, sem parágrafo, espaçamento entre parágrafos 0 (zero) e
entre linhas “simples”;
3. Cinco palavras-chave, alinhamento à esquerda, em português;
4. Resumo em inglês (Abstract), com cerca de 150 palavras,
alinhamento à esquerda, contendo campo de estudo, objetivo,
método, resultado e conclusões, sem parágrafo, espaçamento entre
parágrafos 0 (zero) e entre linhas “simples”;
5. Cinco palavras-chave, alinhamento à esquerda, em inglês;
6. Citações: devem ser feitas no corpo do texto com indicação do
sobrenome e ano. No caso de citações diretas, inserir a página da
publicação;
7. Referências: as referências bibliográficas completas deverão ser
apresentadas em ordem alfabética no final do texto, de acordo com
as normas da ABNT (NBR-6023);
8. Ilustrações e tabelas: devem apresentar título e fonte;
25
9. Corpo: os artigos de natureza empírica devem conter introdução,
Referencial Teórico, Metodologia, Resultados e Discussão/
Conclusão;
10. A apresentação escrita dos artigos dar-se-á em modelo
padronizado pela Facitec.
26
4.2 Modelo de Artigo
COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR: FATORES QUE INFLUENCIAM A
TOMADA DE DECISÃO DO CLIENTE NO MOMENTO DA COMPRA
CONSUMER BEHAVIOR: FACTORS OF INFLUENCE IN YOUR DECISION
OF THE CLIENT IN MOMENT OF PURCHASE
Linha de Pesquisa: GESTÃO DE CLIENTES
Autor(a): Fulana de Tal
Orientador(a): Prof. MSc. Fulano de Tal
FACITEC – Curso de Administração
Período Letivo: 1º(ou 2º) semestre de 2012
RESUMO
A NBR 6028:2003 fixa em “regras gerais de apresentação” que os resumos
devem ressaltar o objetivo, o método, os resultados e as conclusões do
documento. Deve ser composto de uma sequência de frases concisas,
afirmativas e não de enumeração de tópicos. É recomendado o uso de apenas
um parágrafo. A primeira frase deve ser significativa, explicando o tema
principal do documento. A seguir, deve-se informar sobre a categoria do
tratamento dado ao problema pesquisado (memória, estudo de caso, análise
da situação etc.). Deve-se usar o verbo na voz ativa e na terceira pessoa do
singular. Quanto à extensão do texto, deve ter entre 100 e 250 palavras.
PALAVRAS CHAVE: Indicar 3 palavras que sirvam de busca aos assuntos do
texto.
ABSTRACT
The NBR 6028:2003 sets the “general rules for submitting abstracts” should
emphasize that the purpose, method, results and conclusions of the document.
It must consist of a sequence of sentences concise, positive and not a list of
topics. It is recommended the use of single paragraph. The first sentence
should be significant, explaining the main theme of the document. Next, you
must indicate the category of information processing to problems researched
(memory, case study, analysis of the situation etc). You should use the verb in
the active voice and third person singular. As the extension of text should be
100 to 250 words.
KEY WORDS: Showed three words that serve as the subjects of the search
text.
27
1. INTRODUÇÃO
Os dois ou três primeiros parágrafos devem contextualizar o assunto,
introduzir o leitor no problema central da pesquisa. Inicie sempre com uma
amplitude maior e delimite o assunto ao problema pesquisado. Por exemplo,
inicie escrevendo algo genérico sobre o tema do trabalho, considerando o
material consultado que permitiu a elaboração do artigo e direcione o foco dos
comentários para o assunto relacionado à pesquisa que resultou no seu
trabalho.
Esses parágrafos de contexto serão seguidos de um parágrafo que
justifica a importância do tema de sua pesquisa e, na sequência, deve-se
apresentar a descrição de seus objetivos, geral e específicos, suas hipóteses e
a metodologia utilizada na pesquisa.
Finalizar a introdução com um parágrafo que explique como está
estruturado o artigo, a ordem de apresentação com breve comentário sobre o
conteúdo de cada capítulo.
A introdução não deve ser extensa, preferencialmente deve ser escrita
em apenas uma página.
2. REFERENCIAL TEÓRICO
O referencial é a parte de seu trabalho que vai receber ajustes até o
final. Inicialmente ele vai servir de base para a definição de seu tema,
problema, objetivos e hipóteses. No caso de criação de um instrumento de
pesquisa, também vai servir de base para isso. Depois da pesquisa feita é
possível que você necessite fazer ajustes, incluindo pontos que sentiu falta
para análise dos dados, ou mesmo, retirando pontos que acabaram não tendo
uma relação direta com seus objetivos de pesquisa.
Caso os pontos principais dos objetivos e das hipóteses, ou ainda, os
itens do instrumento de pesquisa não estejam no referencial teórico, ele não
poderá servir de base de sustentação para análises e conclusões.
Para Vergara (2004), o referencial teórico apresenta os estudos e
conceitos sobre o tema ou, mais detalhadamente, sobre o problema constante
em obras de diversos autores. No mesmo sentido, Cruz e Ribeiro (2004, p.117)
destacam que “o referencial teórico constitui-se no embasamento que dá
sustentação ao objeto de estudo”, sendo resultante de pesquisas bibliográficas
em autores que relatam o tema e o problema em questão.
O referencial teórico deve conter o “estado da arte” (últimas pesquisas e
conceitos) do assunto, quer dizer, a partir do trabalho de outros pesquisadores
da área, define conceitos, estabelecendo análises entre as convergências e
divergências de posição, buscando possíveis respostas ao problema. Tem uma
relação direta com os objetivos da pesquisa e com o instrumento que será
utilizado. Nem tudo o que consta do referencial teórico fez parte do instrumento
de pesquisa, mas, necessariamente, tudo o que constar do instrumento deve
ter referencial teórico que o suporte.
O referencial teórico deve apresentar a evolução dos conceitos, partindo
do geral para o particular, relacionando-os, interpretando-os e estabelecendo
nexo com o problema da pesquisa.
28
Diante disso, busque literatura recente, autores com mais de cinco anos
só se justificam num referencial de artigo quando são clássicos (Por exemplo:
como falar de administração sem falar de Taylor, Fayol ou de Peter Drucker
com suas obras que datam de 1950?), ou quando você quer demonstrar a
evolução ou mudança de um conceito.
Ao escrever seu referencial, você deve alternar citações transcritas
(cópias do autor) com citações interpretativas (interpretação do autor), criando
sempre um “fio condutor” que possibilite ao leitor entender sua linha de
raciocínio.
Uma citação deve ser transcrita quando realmente apontar um
conceito/conhecimento importante e diferente, o qual vale a pena ser
destacado, sem interpretações, mas na sua totalidade. Seguindo esse
raciocínio, evite citações transcritas extensas. Lembre que seu referencial
teórico não é uma “colcha de retalhos”, mas uma fundamentação teórica para a
pesquisa, análise e discussões de resultados.
Inicie o Marco Teórico, com um parágrafo de contexto que explique o
objetivo do trabalho e as partes que a compõe. Caso considere importante, há
possibilidade de explicar um pouco de cada item que será abordado.
Finalize o referencial com um parágrafo de ligação ao próximo item que
é a metodologia ou método utilizado para a pesquisa.
Esta parte do seu artigo deve conter no mínimo, seis e no máximo, oito
páginas.
3. METODOLOGIA
A metodologia deve ser descrita de forma clara, especificando os pontos
necessários para o entendimento de COMO foi efetuada a pesquisa, a análise
de dados, etc., sempre com o verbo no passado, afinal, a pesquisa já foi
efetuada.
A classificação da pesquisa deve ser feita de acordo com o conceito
de um autor, especificando, segundo esse conceito, como a pesquisa pode ser
classificada e porque você assim a classificou.
Após a classificação da pesquisa é hora de relatar qual o universo e
sua amostra (inclusive qual o critério para escolha da amostra), também
devem ser relatados aqui os resultados cadastrais da pesquisa (exceto quando
esses forem o objeto da pesquisa. Ex: perfil de consumidores).
Depois, você descreverá a coleta de dados, ou seja, como você
construiu o instrumento, como ele foi validado, em que dias foi aplicado.
Finaliza-se, relatando como foi feita a tabulação e a análise dos dados.
Nesse ponto, deve-se apontar prováveis limitadores do método, isto é, pontos
que podem gerar distorções entre o resultado e o universo pesquisado.
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Depois da pesquisa feita, é hora de analisar os dados e retratar o que
você encontrou. Para tanto, apresenta-se os resultados discutindo-os, à luz da
teoria, dos resultados de outras pesquisas, das características da empresa
pesquisada, etc.
Neste capítulo são feitas análises das respostas encontradas, com
gráficos e tabelas. Não perca de vista o objetivo da pesquisa e as hipóteses
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levantadas. Esse é o coração de seu artigo. Nele constam suas descobertas as
quais devem ser cuidadosamente relatadas.
Inicie contextualizando o resultado, resgatando o objetivo da pesquisa.
Se for necessário, explique ao leitor como você vai apresentar os resultados,
se vai reunir em fatores, se vai usar a base conceitual de algum autor, enfim:
lembre-se que quem lê seu artigo não necessariamente conhece do assunto.
A análise de dados não deve ser simplesmente “um documento de
Word feito a partir da tabela do Excel apresentada”, isto é, não se deve
apenas descrever em texto o que a tabela do Excel está demonstrando. A
riqueza de sua análise está em interpretar o que o número explicitado na tabela
possui quanto ao significado, em relação ao marco teórico, aos dados
cadastrais, à realidade da empresa/setor que está sendo pesquisado, bem
como a outras pesquisas já efetuadas sobre o assunto; ou mesmo, em relação
aos dados entre si, isto é, o resultado de um item em relação a outro, ou a um
conjunto de itens.
Diferentemente da monografia que exibia muitos gráficos e tabelas, o
artigo traz somente os essenciais ao entendimento. Sugere-se que se utilize
tabelas concentradas, totalizando os itens pesquisados ou agregando esses
por fatores (pontos comuns de análise). Por exemplo: numa análise de dados
da qualidade de atendimento de determinada empresa, os itens poderão vir
todos juntos ou agrupados pelos fatores relacionados aos processos, às
pessoas e ao ambiente da empresa.
5. CONCLUSÕES
A conclusão resgata objetivos gerais e específicos, avaliando se foram
atingidos ou não, justificando sua avaliação com dados e/ou fatos da pesquisa.
Apresentam-se os principais resultados que podem envolver tanto a
questão da pesquisa bibliográfica quanto à pesquisa de campo. Resultados de
pesquisa de campo têm de ser apresentados com números. Não se
menciona “maioria”, se demonstra maioria com números. Apresentam-se os
principais resultados, ou seja, itens de maior e menor resultado em relação à
questão da pesquisa.
Na sequência, refutam-se ou confirmam-se as hipóteses, justificando
essa decisão de forma quantitativa ou qualitativa e que realmente deixe claro o
nexo entre sua análise e o ato de refutar ou confirmar.
Apresentam-se sugestões à empresa pesquisada, normalmente
considerando as questões que apresentaram maior diferença entre o resultado
da pesquisa e aquilo que a teoria entende como necessário ou correto.
6. REFERÊNCIAS
Lista, conforme as regras da ABNT, a bibliografia utilizada. Você deve
conferir se todos os autores citados no artigo estão listados. O contrário
também é importante, não pode existir bibliografia citada nas referências que
não faça parte de seu artigo.
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MÓDULO 5 – CONSTRUINDO O PAINEL E APRESENTANDO SEU ARTIGO
O artigo está escrito e o professor orientador já autorizou a sua
apresentação. Isso significa que foram cumpridas as exigências previstas na
Resolução CONSU 003/2008.
Conforme prevê o artigo 18, da referida Resolução, a primeira
divulgação deverá ocorrer, por meio da apresentação dos artigos em painéis
acadêmicos desenvolvidos por linha de pesquisa e em datas/locais
previamente definidos pela Coordenação de TCC. Nessa ocasião, o aluno tem
a oportunidade de conviver com ambiente semelhante aos que são vivenciados
por pesquisadores nos eventos científicos. Essa fase do trabalho também
possibilita a participação da comunidade e dos alunos egressos.
O modelo para impressão do Painel está disponível
na área de download do sítio da Facitec.
O PAINEL deve ter 90 cm de largura e 115 cm de altura. As margens
laterais devem ter 2 cm e entre colunas 1cm, sendo que toda essa
configuração de impressão é automática no modelo que você irá levar para a
gráfica.
Seu texto deve ser escrito no Word ou no Power point, sendo que
quando a gráfica executar a transferência do texto para o painel, ele assumirá a
formatação prevista de fonte ARIAL 25 para texto e 40 para os títulos.
A INTRODUÇÃO deve conter apenas os objetivos, geral e específico,
com cerca de sete linhas apenas.
O REFERENCIAL TEÓRICO deve trazer algumas citações que
ofereçam sustentação aos resultados apresentados no PAINEL. Apresente
somente as citações que apresentem maior relação com objetivos e com os
resultados, em cerca de, 32 linhas.
A METODOLOGIA é parte fundamental do PAINEL, pois durante a
leitura do trabalho, deve ser possível entender como ele foi executado e,
principalmente, quais os cuidados que você teve quanto ao método utilizado
com a intenção de dar credibilidade e sustentabilidade à sua pesquisa. Você
deve necessariamente informar: o tipo da pesquisa utilizado (importante citar
de acordo com que autor essa classificação foi feita e por que você assim
classificou), o universo da pesquisa, tamanho e caracterização da amostra
(idade, grau de instrução, etc.), o instrumento da pesquisa (como foi
construído, como foi sua validação), o período e a forma de coleta de dados
utilizados para efetuar a pesquisa e, finalmente, como foi efetuada a análise
desses dados. No caso de estudo de caso, deve-se dedicar um parágrafo para
situar o leitor sobre a empresa pesquisada. Utilize, cerca de, 48 linhas.
Os RESULTADOS E DISCUSSÕES apresentam os resultados e os
discute, à luz da teoria, dos resultados de outras pesquisas, das características
da amostra e da empresa pesquisada. Nesse capítulo, são feitas as análises
das respostas encontradas, com gráficos e tabelas (cuidado para não poluir
demais o painel). Não perca de vista o objetivo da pesquisa e as hipóteses
levantadas. Este é o coração do artigo. Nele constam as descobertas que
devem ser cuidadosamente relatadas. Pela importância desse capítulo, foi
reservado a ele uma coluna inteira do painel, com cerca de, 91 linhas.
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A CONCLUSÃO tem dois momentos. O primeiro diz respeito às
principais conclusões, e é onde você deve resgatar os objetivos do artigo,
apresentar os principais resultados obtidos em sua pesquisa como um todo,
destacando aqueles de maior importância, em relação aos objetivos propostos,
refutar ou confirmar as hipóteses (as quais deverão ser citadas). O segundo
momento diz respeito às recomendações que devem ser feitas à empresa ou
segmento pesquisado. Utilize, cerca de, 70 linhas para esse fim.
As REFERÊNCIAS listam, conforme as regras da ABNT, a bibliografia
utilizada no PAINEL. Você deve conferir para que todos e somente os autores
citados no PAINEL estejam listados. Utilize, cerca de, 17 linhas.
NÃO ESQUEÇA QUE ESTE MOMENTO É ESPECIAL!!!!
ESTE TRABALHO FAZ PARTE DE SUA FORMAÇÃO COMO
ADMINISTRADOR.
PLANEJAR, EXECUTAR, RELATAR E APRESENTAR RESULTADOS
FAZEM PARTE DA ROTINA DE SUA PROFISSÃO.
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REFERÊNCIAS
ALMEIDA, M.I.R., TEIXEIRA, M.L.M., MARTINELLI, D. P. Por que
administrar estrategicamente recursos humanos. Revista de Administração
de Empresas, v.33, n 2, mar./abr. 1993.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6023: informação
e documentação - referências - elaboração. Rio de Janeiro: ABNT, 2002.
___________. NBR 10520: informação e documentação – citações em
documentos - apresentação. Rio de Janeiro: ABNT, 2002.
BARNARD, C. As Funções do Executivo. São Paulo, Atlas, 1979.
CRUZ, C e RIBEIRO, Uirá. Metodologia Científica – Teoria e Prática. 2ª
edição, Rio de Janeiro,2004.
FRANÇA, A. C. C. Como elaborar referências – ABNT. 2002. Belém: Não
publicado.
TEIXEIRA, E. As três preocupações com os trabalhos acadêmicos.
Disponível em: <http://www.astresmetodologias.com.br>. Acesso em: 29 de
setembro 2006.
VERGARA, S. C. Projetos e relatórios de pesquisa em administração. São
Paulo, Atlas, 2004.
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TCC - Manual de Orientações