UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA
CENTRO DE EDUCAÇÃO FÍSICA E DESPORTOS
DEPARTAMENTO DE DESPORTOS INDIVIDUAIS E COLETIVOS
PROJETO DE ENSINO
1. IDENTIFICAÇÃO
1.1. TÍTULO
HANDEBOL - EXERCÍCIOS EDUCATIVOS E APERFEIÇOAMENTO
1.2. CARACTERIZAÇÃO
Elaboração e produção de material didático visando elaborar uma metodologia
própria para ensinar e aperfeiçoar cada técnica/tática específica do handebol, através
de exercícios educativos. O material produzido será destinado a profissionais da área,
acadêmicos do Curso de Licenciatura em Educação Física e Ciência do Esporte,
devendo ser aplicado na escola (ensino fundamental, médio e 3º grau), na iniciação
esportiva e no treinamento de equipes.
Serão elaborados grupos de exercícios para atender, separadamente, cada
técnica/tática do handebol, os quais serão direcionados para jovens iniciantes (aquele
que não tem nenhum domínio sobre o gesto) e jogadores formados ou iniciados.
1.3. PROPONENTE
Prof. Elói Zamberlan
1.4. COORDENADOR
Prof. Elói Zamberlan
1.5. PARTICIPANTES
Andrei Guilherme Lopes
Sidiclei Risso
1.6. LOCAL DE EXECUÇÃO:
Universidade Estadual de Londrina
Centro de Educação Física e Desportos
Departamento de Desportos Individuais e Coletivos
1.7. DURAÇÃO
O projeto será desenvolvido no prazo de 2 (anos), iniciando-se em 01 de julho
de 2.001 e terminando em 30 de junho de 2.003.
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Serão destinadas 12 (doze) horas para o coordenador e 02 (duas) horas para
cada colaborador.
1.8. CONTRIBUIÇÃO ESPERADA
1.8.1. Melhoria da qualidade de ensino-aprendizagem;
1.8.2. Utilização do referido material didático adequado e atualizado às necessidades
do ensino e treinamento do Handebol no curso de Educação Física, de acôrdo com os
objetivos e perfil do aluno que formamos.
1.8.3. Aperfeiçoar e especializar o aluno que buscar no handebol sua área de atuação,
sendo como técnico ou pesquisador na área, contribuindo como suporte técnico-tático
e pedagógico.
1.8.4. Aprofundar, no profissional, os conhecimentos técnicos e táticos a ser aplicado
no treinamento escolar e/ou de alto nível.
1.8.5. Como fonte alternativa de consulta didática
1.8.6. Atender as necessidades na formação do professor e educador, que atuará na
área escolar.
1.878. Com a elaboração deste material didático e consequentemente com a sua
publicação esperamos ser grande valia, não só para handebolistas, mas também para
prosissionais de educação física e até mesmo para atletas.
1.8.8. Esperamos com este trabalho, preencher uma lacuna, que há anos tem
prejudicado a formação e o desenvolvimento de atletas de handebol.
1.9. CUSTO GLOBAL
Estimamos, aproximadamente em R$ 600,00 (seicentos) reais os custos do
projeto
2. DETALHAMENTO
2.1. JUSTIFICATIVA E FUNDAMENTAÇÃO
A falta de informação e atualização de técnicos e dirigentes, causada pela
deficiência de material didático, tanto na teoria do handebol, como na falta de
metodologia para ensinar e aperfeiçoar as técnicas da modalidade, sendo um dos
principais entraves para o desenvolvimento esportivo.
O treinador que não se atualiza, provavelmente por falta de intercâmbio e
subsídios, não tem como evoluir, principalmente que hoje são sistemáticos os avaços
de metodologia para treinamento técnico, tático e físico, não se esquecendo também
da iniciação do esporte que requer metodologia específica.
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Segundo GRECO (2000) o esporte não tem somente o lado da medalha, do
campeão. O esporte se manifesta de diferentes formas, na escola, como agente na
educação física, contribuindo na formação da personalidade do aluno.
O handebol surgiu no Brasil, por volta de 1.950/52. O grande impulso a nível
nacional começou a acelerar em 1.969 quando foi introduzido nos Jogos Estudantis
Brasileiros. Na Europa o handebol (de salão) teve seu inicio e impulso na década de
30, portanto, o Brasil está aproximadamente 40 anos atrás dos países da Europa que
desenvolvem o handebol.
O objetivo principal do handebol é conseguir a marcação de gols. Para se
marcar um gol a equipe deve combinar perfeitamente as técnicas de ataque, iniciando
pelo perfeito domínio dos diversos tipos de passes, recepção e fintas, além de outros
recursos importantes, que colocam um jogador em condições de arremessar, após o
desequilíbrio da defesa.
A defesa tenta evitar que um atacante se posicione ou consiga uma situação
favorável para finalizar, através do arremesso, utilizando técnicas defensivas, tais
como, posição básica, deslocamentos, bloqueio e marcação. Com isto, o handebol
torna-se uma luta entre defensores, que procuram provocar o erro adversário, e os
atacantes que buscam constantemente uma posição ideal para a finalização. A posse
de bola, no ataque, é fundamental para se conseguir a marcação de gols. Uma equipe
deve evitar ao máximo perder um ataque por erro técnico (passe e recepção errada,
duplo drible, mais que três passos, falta de ataque, etc.) já que neste caso o percentual
de gol é zero, sendo que num arremesso, sempre existe uma chance de se marcar o
gol.
Com a evolução técnica e tática da defesa, que cada vez mais procura forçar o
erro adversário, pelas constantes saídas e pressão nos atacantes, hoje é imprescindível
o bom domínio das técnicas de ataque, pois vence o jogo quem cometer menos erros
técnicos (passe e recepção errada, duplo drible, falta de ataque, mais que três passos,
etc.).
Prover o aprofundamento das áreas de conhecimento, de interesse e da aptidão
do aluno, estimulando-o ao aperfeiçoamento continuo é o que determina a resolução
03 de 16 de junho de 87 do Conselho Federal de Educação, tendo em vista o parecer
215/87, homologado pelo Sr. Ministro de Educação em 10/06/87, que fixou os
mínimos de conteúdo e duração a serem observados nos cursos de graduação em
Educação Física.
A disciplina de Handebol no curso de Educação Física desenvolve um
programa apenas voltado para adquirir conhecimentos básicos para aplicar o
Handebol nas escolas de ensino fundamental, médio e superior.
Os Cursos de técnica desportivas, onde o programa era voltado para a
formação do profissional para atuar como técnico especifico deixaram de serem
oferecidos.
O Aprofundamento, constante do currículo do Curso de Educação Física, visa
novos conhecimentos ao aluno (que optou pela disciplina) num nível mais elevado.
A maioria dos textos e livros de handebol editados no país, ainda é de autores
estrangeiros. Existe uma grande dificuldade, hoje, de consulta bibliográfica, pela
carência de uma metodologia própria para o ensino das técnicas do handebol.
Existem algumas normas essenciais que o professor deve adquirir para fazer
com que a criança aprenda e aperfeiçoe as técnicas específicas do handebol como: o
conceito, o objetivo, a situação em que cada técnica é aplciada, descrever na teoria e
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na prática, mas, para conseguir o obejtivo com o aluno, há necessidade da aplicação
de uma metodologia adequada que leve a criança a aprender as técnicas com
facilidade.
Segundo JACQUIM (1963), podemos notar que a criança sofre uma eclipse
parcial entre os nove e treze anos, devido a grande parte dos exercícios escolares
serem tradicionais. Por outro lado, os exercícios não oferecem suficiente material,
para que o aprendiz possa servir-se dele e criar algo de novo e, por outro lado, não dão
imagem à fantasia, na medida em que impedem a liberdade pessoal e forçam todas as
crianças a entrar numa mesma forma. Assim, os métodos passivos utilizados na escola
sufocam a espontaneidade.
JOLIBOIS (1977) observa que a idade escolar, ou seja, a idade da escola
primária, é o período adequado para a iniciação desportiva.
O mesmo autor relata ainda que com cerca de dez anos praticamente todos os
desportos podem ser iniciados com êxito. A faixa etária dos dez aos doze anos
compreende a idade de ouro da iniciação desportiva, devendo permitir à criança
adquirir os automatismos elementares que lhe servirão durante a vida.
Para desenvolver este trabalho, foi necessário realizar um estudo bibliográfico
sobre o desenvolvimento da criança, uma análise do jogo de handebol, suas
características e aspectos metodológicos.
O problema de planejar uma eficaz abordagem de ensino-aprendizagem dos
arremessos do handebol e um programa que possa atingir os objetivos educacionais,
desafia a imaginação do Profissional de Educação Física e requer um estudo profundo
da área.
A aprendizagem, conforme MAGIL (1984) é o centro de toda educação. Para
tanto, partimos do pressuposto que a mesma ocorre em três domínios do
comportamento, segundo BLOOM et alli (1979): domínio cognitivo, domínio
afetivo e domínio psicomotor.
Para MAGILL (1984) essa classificação pode ser considerada como
mutuamente exclusiva, pois ela constitui um meio conveniente de organizar os
comportamentos humanos.
TANI (1988), concorda com os autores acima citados, quando relata que tal
comportamento classificado como sendo pertencente a um dos três domínios.
Embora um determinado comportamento possa ser classificado num destes
três domínios, convém esclarecer que na maioria dos comportamentos existe a
participação de todos os três domínios.
TANI et alli (1988), relatam que quando estudamos o comportamento humano,
dois princípios devem ser considerados: o da totalidade e da especificidade. O
primeiro sugere que em qualquer comportamento há a participação de todos os
domínios. O segundo propõe que, embora todos os domínios estejam envolvidos, cada
domínio precisa ser analisado especificamente, dada a importância de uns sobre os
outros.
2.1. Domínio Cognitivo
O domínio cognitivo abrange as habilidades e capacidades intelectuais do
aluno, assim como seu conhecimento e sua capacidade de demonstrar esse
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conhecimento. Para SINGER & DICK (1980) o verbo mais descritivo da cognação é
saber.
Para PIAGET apud PIKUNAS (1979) saber é modificar, transformar o objeto
e entender desta transformação e, em consequência compreender, a
maneira pela qual o objeto é constituído.
PIKUNAS (1979) relata que, através da percepção o indivíduo passa a
conhecer o mundo e a si próprio. Segundo PIAGET, citado por este autor, o perceber é
egocêntrico sob todos os pontos de vista, já que se vincula à posição do perceber em
relação ao objeto.
GUILFORD (1959) apud MAGILL (1984), sugeriu que pode haver até cento e
vinte capacidades humanas no domínio cognitivo. A característica comum dessas
capacidades é aquilo que o organismo faz com a informação de que dispõe.
Segundo BORSARI et alii (80) os objetivos específicos a serem atingidos no
aspecto cognitivo deve ser observado nas várias faixas etárias. Entre 5 e 6 anos,
identificar os locais de prática esportiva. Identificar os materiais usados nas aulas. Ter
noção de higiene pessoal, postura, alimentação, vestuário, ordem e disciplina.
Identificar diferentes ritmos.
7 e 8 anos, identificação e execução das formas de movimentação utilizadas para
jogos e atividades naturais. Compreensão de instruções coletivas e normas e normas
disciplinares da área.
9 e 10 anos, conhecimento das regras, movimentação e lances dos jogos praticados.
Realização das capacidades, possibilidades e interesse próprio dos alunos.
11 e 12 anos, conhecimentos das técnicas e táticas em nível elementar.
13 e 14 anos, conhecer a relação entre dois ou mais exercícios ou modalidades
esportivas, fazer sequências entre dois o mais exercícios.
2.2. Domínio Afetivo
O ser humano nasce com capacidade para experiência e comportamento
emocionais (PIKUNAS, 1979).
SULLIVAN (1953) apud STROMMEN et alli (1983), argumentam que à
medida que as crianças se aproximam da idade escolar, começam a sentir necessidade
de companheiros de sua própria idade e a procurá-los. Muitas crianças começam a
inventar companheiros por volta dessa idade, e SULLIVAN relata que as crianças que
assim o fazem são aquelas que tem menos contato com outras crianças e, portanto,
inventam um companheiro de modo a atender a essa nova necessidade social.
ENDERLE (1985) relata que as crianças aos seis anos são petulantes,
individualistas e incapazes de autocrítica, enquanto que as crianças de sete anos
mostram-se mais preocupadas, independentes e autocríticas. A partir dos oito anos, as
crianças fazem grandes progressos no plano social e afetivo, assim como nas
habilidades recreativas e escolares. O jogo passa a ser cooperativo e o campo de
interesse se amplia.
Aos nove anos, conforme JACQUIM (1963), surgem os primeiros bandos. Aos
dez, onze e doze anos, a melhor idade para os grupos, com uma cabeça com reais
qualidades de liderança.
Em termos de convívio social, ENDERLE (1985), ressalta que na idade de dez
a doze anos há dificuldade de relacionamento com o sexo oposto.
Segundo BORSARI et alii (80) os objetivos específicos a serem atingidos no
aspecto afetivo deve ser observado nas várias faixas etárias. Entre 5 e 6 anos a criança
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tem interesse no conhecimento do próprio corpo, parado e em movimento. Respeito a
si e aos outros, sociabilidade e participação, satisfação pela prática das atividades
físicas e da recreação. Entre 7 e 8 anos, integrar socialmente os dois sexos,
participação expontânea nos jogos competitivos, contribuição com a equipe
cooperando e incentivando os colegas. 9 e 10 anos, respeito às regras do jogo, aos
adversários, árbitros e demais participantes nas atividades esportivas, organização e
iniciativa no grupo de trabalho de forma produtiva ao grupo e a si próprio. 11 e 12
anos, aceitação de si mesmo, d suas medidas e qualidades, assim como dos outros,
possibilitando a prática das atividades com prazer, harmonia e evolução do
aprendizado, respeito às normas disciplinares individualmente e em grupo, disposição
para cooperação e a responsabilidade na prática das atividades, disposição e aceitação
da liderança. 13 e 14 anos, disposição para receber as instruções do professor,
adequação da segurança emocional e física na realização dos trabalhos e na
participação nas atividades, cooperação, organização e iniciativa para a realização das
atividades, participação com lealdade, espírito esportivo, tolerância, honestidade e
coragem nas atividades de grupo ou jogos. 15 a 17 anos, assumir seu papel em
atividades individuais ou em equipes, segurança e interesse na realização e
participação nas atividades, tomar iniciativa e liderar, se for o caso, em situações de
jogos, recreação ou outras atividades, expressar
qualidades morais e esportivas sob comportamento qualitativo: pontualidade,
assiduidade, esportividade, respeito, etc. 18 anos em diante, responsabilizar-se pela
autoconservação física e orgânica e a especialização esportiva, procurando o
desenvolvimento das qualidades físicas e morais, assim como por sua aplicação
adequada, tomar iniciativa e liderar com segurança.
2.3. Domínio Psicomotor
O desenvolvimento é um processo contínuo que acontece ao longo da vida do
ser humano. Atualmente, o domínio psicomotor tem recebido tanta atenção quanto o
desenvolvimento dos outros domínios do comportamento humano.
SINGER & DICK (1980), afirmam que o domínio psicomotor diz respeito a
movimentos corporais onde os comportamentos podem ser caracterizados pelo verbo
fazer.
Para TANI et alli (1988), o desenvolvimento motor é um processo contínuo e
demorado e, pelo fato das mudanças bem mais acentuadas ocorrerem nos primeiros
anos de vida, existe a tendência em se considerar o estudo do desenvolvimento motor
como sendo apenas o estudo da criança.
Segundo LE BULCH (1983) a criança passa por grandes fases do
desenvolvimento motor. O primeiro nível é a etapa do corpo submisso, onde os
movimentos são estritamente automáticos, passando para etapa do corpo vivido.
Nessa fase o corpo traduz a expressão de uma necessidade fundamental e básica de
movimento. O terceiro nível é a etapa do corpo descoberto, onde o lado prático do
comportamento está bastante refinado no plano global e, o lado gnóstico, por sua vez,
vai ser submetido a uma evolução rápida, chegando no quarto nível do corpo
representado.
Segundo BORSARI et alii (1980) os objetivos específicos a serem atingidos
no aspecto psicomotor deve ser observado nas várias faixas etárias. Entre 5 e 6 anos,
expressar-se naturalmente por movimentos, tendo como ponto de referência o próprio
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corpo, usando o próprio corpo, materiais, objetos, pessoas e coisas da natureza ou
fazer imitações.
7 e 8 anos, desenvolvimento das qualidades físicas e técnicas necessárias à
participação nas atividades, esportes e recreação coletiva. Coordenação geral e
agilidade simples.
9 e 10 anos, prática natural das formas dinâmicas da movimentação, deslocamentos,
mudanças de direção, ritmos, giros, saltos com e sem elementos e em aparelhos.
Utilização correta dos fundamentos, em função do seu deslocamento em campo, dos
colegas e adversários, em situações de jogos e na iniciação pré-desportiva. Manejo
natural, com os pés e com as mãos, de bolas e outros elementos.
11 e 12 anos, prática da forma natural e correta dos movimentos, gestos e
deslocamentos individuais e em grupo, com ou sem material. Aplicação com destreza
dos movimentos, gestos e deslocamentos nas atividades esportivas. Desenvolvimento
de habilidades no manejo de bola e outros materiais.
13 e 14 anos, movimentar-se e localizar-se em espaços adequados em relação à bola,
ao parceiro, ao adversário e ao objetivo, nas situações de jogos e atividades esportivas
individuais. Aplicar os fundamentos corretamente. Aplicar coletivamente a técnica
com proveito tático nos jogos.
15 a 17 anos, localizar-se em espaços adequados taticamente nos jogos coletivos.
Aplicar os fundamentos segundo técnica e tática apuradas, ao nível dos praticantes nas
atividades esportivas. Ajuste físico e tático frente a situações criadas em aula, nas
atividades ou pelo professor.
3. Iniciação do Handebol para Crianças
Segundo NAGY-KUNSAGI (1983), existe só uma maneira para se conseguir vida
longa a uma equipe, é preparando as crianças de 8 a 10 anos de idade, para as
atividades esportivas.
Um trabalho esportivo com as crianças deve ser consistente e significativo,
para preparar futuros jogadores de alto nível.
A criança não é miniatura de adulto, diz o ditado popular com muita
frequência. Os interesses da criança diferem dos do adulto e também o seu
desenvolvimento fisiológico e psíquico, razão pela qual a preparação da criança é
diferente da preparação do adulto.
O preparo da criança, deve ser simplificado por sua melhor assimilação até a
categoria infantil.
Como em todas as modalidades esportivas, no Handebol também, as pesquisas
procuram despertar o interesse da criança pela modalidade.
O trabalho com as crianças pode se iniciar já com pouca idade, observando
porém, a relação de estudo e a aprendizagem esportiva, cuidando em não prejudicar
um ao outro.
Na pouca idade da criança podemos observar que ela não tem auto-controle
para seguir certas normas exigidas pelo aprendizado. O professor deve saber o tempo
exato em que a criança mostra interesse pela prática do esporte, sem ser forçado a
fazê-lo e não prejudicando a sua parte físico-psiquica.
As pesquisas feitas sobre o assunto provam que, no inicio deve ser levado em
conta o aspecto psicológico e não o cronológico.
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Já no inicio do trabalho, a criança deve demonstrar coordenação motora e
funcional para os fundamentos exigidos pela modalidade.
Ela deve ser capaz de combinar as formas básicas de correr e saltar. Na idade
de 5 anos, já tem habilidade de tomar impulso para a elevação e amortecer a queda
para continuar a correr.
Nesta idade há ainda a capacidade de pegar e devolver a bola em movimento,
mas, algumas crianças fazem, porém, com muita incerteza. Nesta idade haverá o
aparecimento da coordenação do movimento dos braços, pernas e tronco, já
conseguindo fazê-lo de forma harmônica.
A explicação de nesta idade ser muito incerta a devolução de uma bola em
movimento, é que não existe uma perfeita coordenação.
Já com 7 a 8 anos tem um grande avanço neste sentido.
Aos 8 a 9 anos já se movimenta bem com a bola de categoria infantil. Mostra
dificuldade ainda em realizar um arremesso em movimento. Em geral, pára com o
movimento de arremessar, continuando a correr após livrar-se da bola. Não possui
ainda força para arremessar e colocar a bola em direção desejável.
Entre 9 a 10 anos, ela sente grande satisfação na realização de movimentos
generalizados, já demonstrando capacidade de aumentar a produção.
Há falha ainda, nesta idade, na capacidade de se concentrar por longo tempo.
Por isso o trabalho programado para esta idade tem que ser simplificado, realizar
certas
adaptações às regras para facilitar a aprendizagem. Nessa idade da criança, já
podemos observar as tendências esportivas.
O professor deve observar, em primeiro plano, a boa saúde e o
desenvolvimento físico. Deve despertar o gosto pela prática de jogar handebol. Uma
criança, na faixa de idade para o ingresso na escola, não gosta de sentir-se limitada,
por isso devemos deixá-la mais à vontade. As regras do jogo tembém tem que ser
simplificadas afim de evitar as complicações.
Podemos notar coisas muito interessantes em uma criança de 10 anos.
Primeiramente, aparece o instinto de competição. Ela quer sentir-se e provar que é
melhor do que os outros, faz questão de demonstrar todas as técnicas que já conhece.
Com este comportamento inicia-se o individualismo. Somente mais tarde conclui que
não é capaz de fazer tudo sozinha e procura a ajuda dos demais. Mais tarde, começa o
espírito de coletividade, procurando então, colaborar com os outros.
Nesta época, o ideal é incentivar e orientar a criança no sentido de melhorar a
parte técnica, aumentar a velocidade e evitar movimentos supérfluos.
Os movimentos devem ser simplificados na realização combinada para o
conjunto, aumentando cada vez mais, dentro do limite.
Escolher táticas simples e freqüentes é muito importante para manter a
continuação do interesse. Após um determinado tempo de bom trabalho, aparece um
nível de desenvolvimento físico, que é fundamental para um futuro nível técnico.
É muito importante saber que um bom jogador aparece através de um trabalho
perfeito na época de criança. Por esse motivo o trabalho deve ser feito com muito
carinho e paciência, pois dele depende o futuro bom jogador.
Os fundamentos introduzidos na iniciação são assimilados pela criança, e ela
os carrega já como jogador.
É aconselhável levar as crianças para assistir jogos de alto nível,
principalmente jogos internacionais, onde a criança aprende muito. Temos que cuidar
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em escolher jogos com disciplina, pois a criança imita os adultos em todos os
sentidos.
O professor precisa de muito cuidado, devendo manter a intensidade do
trabalho, pois, nessa idade, há alterações estruturais no corpo, como o aumento do
peso, crescimento da força muscular e da velocidade. É preciso melhorar o reflexo
também.
A coordenação motora está em fase rápida de consolidação, porém, ainda está
longe de seu ponto definitivo, inclusive o nível não é constante.
É preciso observar com muita atenção as características individuais das
crianças, principalmente, sob o ponto de vista anatômico, biológico e de assimilação.
Encontrando-se em perfeita ordem os itens acima citados, somente após podemos
aplicar novos esquemas técnicos e táticos.
Temos que cuidar para que os jogos das crianças não tenham um caráter
brusco. Nota-se que a criança faz jogo ríspido quando não consegue acompanhar o
progresso técnico dos seus companheiros.
Os estudos da biomedicina atestam que os exercícios de força devem iniciar
entre 14 a 15 anos. Os exercícios globais são básicos em todas as idades.
O professor deve aperfeiçoar-se o melhor possível para a realização dos
movimentos das crianças com ambos os segmentos (esquerdo e direito).
A escolha de um sistema de preparação física deve ser cuidadosa e ater-se às
necessidades de saúde e modalidade esportiva. Os pesquisadores de handebol não
encontram um método específico para maior rendimento, mas sim, uma mescla dos
diversos métodos.
É indispensável dar atenção à idade, capacidade e ao temperamento das
crianças. A quantidade de repetição dos exercícios depende disso. Quando uma
criança já alcançou um certo nível, onde ela é capaz de realizar certos movimentos
com perfeição, imediatamente pode iniciar os próximos estágios de desenvolvimento.
Se os estágios não forem iniciados imediatamente, acontecerá um avanço mais lento.
Isso não é aplicado no Handebol, aplica-se também às demais modalidades esportivas
e as outras situações da vida cotidiana. Por exemplo: um adulto tem mais dificuldade
para aprender a nadar do que uma criança, isto porque quanto menor, mais facilmente
adquiri conhecimentos.
Para iniciar a criança no Handebol é preciso começar pelos fundamentos mais
simples, baseando-se neles, para ajudar no amadurecimento do corpo.
Os exercícios especiais devem ser aplicados progressivamente. A natureza,
automaticamente, aumenta movimentos fundamentais, pelo crescimento das crianças.
Após os movimentos fundamentais e os exercícios combinados, deve-se
aplicar um método planejado ou idealizado. O aperfeiçoamento das formas básicas
como: correr, saltar e arremessar, baseados, rigorosamente, no atletismo.
Estes movimentos básicos são indispensáveis nos jogos de Handebol.
Não podemos exigir o mesmo nível de exercícios que aplicamos para o
masculino no conjunto feminino. Temos que respeitar as suas naturezas distintas que
englobam as diferenças fisiológicas.
Não é aconselhável iniciar a prática muito cedo com as meninas, pois, dificulta
o andamento pedagógico.
Exercícios mais complexos e que exigem maior uso da força devem ser
empregados na fase da adolescência feminina, pois a lei do crescimento deve ser
levada em consideração.
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Não se pode acelerar o aprendizado, quando se nota que ainda não está em
tempo, pois isto limita a criança, provocando seu desinteresse. O ensino, então, deve
ser feito com base no desenvolvimento físico de cada um.
Observando rigorosamente os itens acima citados, podemos iniciar o trabalho
de preparar os futuros jogadores.
Chamamos criança talentosa as que tem as seguintes capacidades:
- capacidade de se integrar com certa continuidade;
- capacidade de conseguir suportar o ritmo de trabalho;
- capacidade de adquirir rapidamente o aprendizado técnico, unindo-o com
suas experiências individuais;
- capacidade de aumentar o rendimento sem demonstrar dificuldade na
continuação do ritmo;
- capacidade de suportar os próprios problemas, com boa vontade e
persistência
É preciso cuidar da criança para que não leve nenhum ressentimento da
infância quando se tornar adulta, em relação aos treinamentos. Por isso, o seu preparo
deverá ser gradativo e respeitada a sua lei de crescimento físico e psíquico. Deve-se
dosar o trabalho para não exagerar e não diminuir sua aplicação, pois assim, estaremos
impedindo o seu desenvolvimento natural.
Devemos observar que:
1) A matéria não poderá ser muito complexa, e o preparo técnico e físico
deverá ser de forma competitiva. É por isso que deverá ser aumentado e
complexado gradativamente, de acordo com o aumento da idade e da
capacidade.
2) A exigência deverá ser, rigorosamente, de acordo com a capacidade da
criança, além de não podermos nunca menosprezá-lo ou desmoralizá-lo,
pois ela se sentirá diminuída.
3) É preciso observar sempre o crescimento físico que faz aumentar,
automaticamente, a capacidade. Por isso, deve-se aplicar e aumentar as
nossas exigências visando sempre o interesse da criança.
4) Na seqüência da formação do futuro jogador, existem dois itens para o
professor observar:
a) o seu trabalho deverá ser organizado para disciplinar a criança no
máximo de sua capacidade.
b) O professor deverá ter conhecimento profundo do regulamento do jogo.
Obs: sem esses dois itens o professor nunca formará jogadores perfeitos,
nem após longos anos de trabalho.
5) Importante, ainda, observar a formação física, moral e psíquica que
envolvem paralelamente.
6) É preciso incentivar e ajudar a criança que demonstra pequeno atraso em
relação aos outros. O auxílio deverá ser carinhoso, pois somente assim,
podemos notar o interesse da criança.
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7) Para o aprendizado de certos movimentos, deve-se levar a criança a assistir
jogos de alto nível. Ela terá mais experiência por Ter visto, facilitando
muito a sua aprendizagem.
8) É preciso estar atento aos jogos das crianças para que não aconteça
individualismo, pois ela, em geral, tende a isso o que não pode acontecer.
Futuramente, dará muito trabalho para o professor retirar esse mau hábito.
Nunca se deve cometer erro em colocar duas equipes para jogar, uma com a
idade mais avançada que a outra. Sempre formar as duas equipes com a mesma idade.
Trabalhar com as crianças é muita responsabilidade para o professor. Não é
suficiente ter profundo conhecimento teórico e prático da modalidade; o importante,
no caso, é um preparo elevado e experiência de alto nível, em trabalhar com as
crianças.
Entendemos que o processo ensino-aprendizagem-treinamento com crianças e
adolescentes deve ser “uma orientação e controle do desenvolvimento das suas
capacidades; de acordo com uma qualidade, variada e criativa, de experiências de
movimentos em todas as áreas sem a especificidade do esporte, para a qual elas devem
ser preparadas. Através de formas jogadas e jogos deverão ser incorporadas
experiências motoras, que permitem uma integração e cooperação de técnicas para
todos os esportes” (Oerter Apud Grecco, 2000 : 24)
O objetivo principal é a expansão de todas as capacidades motoras em uma
base ampla que sirva de reserva, para facilitar, futuramente, o aprendizado de técnicas
específicas. O objetivo, portanto, “não deve ser o rápido rendimento, o qual,
geralmente, tem uma curta duração, pois logo aparece uma saturação do esporte”.
(martin Apud Greco, 2000 : 24)
Treinamento com crianças é treinamento de formação, preparação para o alto
nível, e não treinamento de alto nível, para adultos como um aspecto importante no
seu contexto. Então, só então, pode-se começar um longo caminho para o produto
final, com a formação das crianças e adolescentes (Orter Apud Greco, 2000 : 24).
Segundo GRECO (2000) o sistema de formação esportiva inicia-se com a
denominada fase pré-escolar (0 a 6-7 anos), a universal (6-7 a 12-13 anos), a de
orientação (12-13 a 14-15 anos), a de direção (14-15 a 16-17 anos). A partir desta
idade podemos diferenciar duas linhas com alternativas de tomada de decisão por
parte do indivíduo: conforme os objetivos e interesses, uma destas volta-se para o
esporte de rendimento, a outra para o esporte como um meio de manutenção da saúde,
dee ocupação do tempo livre, etc.
No caso do esporte de rendimento, três momentos serão importantes na
sequência; nos referimo-nos às fases de especialização (15-16 a 18-19 anos), de
aproximação ( 18-19 a 21-22 anos) e a fase de alto nível de rendimento que deveria
iniciar-se aos 21-22 anos.
Assim podemos concordar com Ramon Seco (...) Apud Greco, 2000 : 32 quando no
texto pergunta: iniciação sim, porém, até quando? E responde que o momento
adequado a iniciação específica deve acontecer aproximadamente aos 12-13 anos e ter
sequência evolutiva a partir desse momento.
2.2. OBJETIVOS
Elaborar uma forma de trabalho (metodologia) para ser aplicado no handebol;
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Elaborar sequências de exercícios pedagógicos e educativos para as técnicas
específicas;
Elaborar exercícios educativos para desenvolver as ações táticas individuais e
coletivas do handebol;
Elaborar material didático para que o aluno e profissionais da área tenham
acesso ao referido material para acompanhamento e estudo.
Preencher uma lacuna pela falta de bibliografia adequada sobre o Handebol,
iniciação, treinamento em escolas.
Levar ao conhecimento do meio esportivo (especificamente aos profissionais
da área de Handebol) estudos e teorias sobre o assunto em pauta,
2.3. METODOLOGIA
A metodologia a ser adotada para a elaboração do material didático (texto) consistirá
de:
1º - Revisão bibliográfica dos textos de autores nacionais e estrangeiros que tenham
abrangencia sobre a obra;
2º - Revisão das normas da ABNT para documentação e editoração de textos e livros;
3º Elaboração do sumário;
4º Elaboração dos textos teóricos de cada capítulo proposto no sumário e dos
problemas dos exercícios pertinentes ao assunto - parte 1
5º Elaboração dos textos teóricos de cada capítulo proposto no sumário e dos
problemas dos exercícios pertinentes ao assunto - parte 2
6º Elaboração dos textos teóricos de cada capítulo proposto no sumário e dos
problemas dos exercícios pertinentes ao assunto - parte 3
7º Elaboração de gráficos e desenhos necessários;
8º Elaboração de tabelas de símbolos e abreviaturas;
9º Elaboração de fotografias;
10º Edição (relatório) final dos textos através de impressora de micro-computador.
13
2.4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Stein, Hans-Gert. Handbol, Técnica, tática, entrenamiento, Editorial Stadiun,
Buenos Aires.
Ferreira, Pedro. Handebol de Salão, Editora Brasipal Ltda, São Paulo.
Falkowski, M.M., Enriquez, Ernesto, Táctica y Sistemas de Juego, Libreria
Desportiva Esteban Sans Martinez, Madrid, 1979.
Falkowski, M.M., Fernandez, E.E., Estudio Monográfico de los Jugadores de
Campo, Libreria Desportiva Esteban Sans Martinez, Madrid 1982.
Falkowski, M.M., Fernandez, E.E., Tática Ofensiva Individual, Libreria
Desportiva Esteban Sans Martinez, Madrid 1979.
Facca, F.B., Borsari, J.R., Neves, F.P., Manual de Educação Física, Editora
Pedagógica Universitária, São Paulo 1975.
Miri, A.O., Introduccion al Handbol, Ministério de Cultura y Educación, Buenos
Aires 1971.
Cuadra, L.G., El Balonmano, Editorial Hispano Europeia, Barcelona 1971.
Falkowski, M.M., Fernandez, E.E., Estudio Monográfico del Portero, Libreria
Esteban Sans Martinez, Madrid 1979.
Greco, P.J., Maluf, E., Handebol de la Escuela al Club, Ediciones Lidiun,
Buenos Aires 1984.
Altabas, M., Didáctica del Desporte Infantil, Ministério de Cultura y Educacion
Física do Andebol, Porto.
Nagy-Kunsagi, Paulo, Handebol, Palestra Edições Desportivas, São Paulo
1973.
Hrvoje, Debic, Técnica e Condição Física do Andebol, Porto.
Martine, Karl, O Andebol, Técnica, Tática, Metodologia, Publicações EuropaAmérica, Portugal.
Barcenas, Domingo, Balonmano, Curso de Especialização, Instituto Nacional
de Educação Física, Madrid 1973.
Gubia, M.S.M., Iniciaccion al Balonmano, Editorial Alhanbra, Madrid 1976.
Gladman, George, Balonmano, Editorial Sintes, S.A., Barcelona 1970.
14
Bakiui, M.L., Balonmano, Curso Internacional de Freiburgo, Imprenta Provincial,
Granada 1982.
Kasler, Horst, Handebol, do Aprendizado ao Jogo Disputado, Veriag Karl
Hofmann, DStutigart 1986.
Simões, A.C., Handebol, Táticas Defensivas e Ofensivas, Cia. Brasil Editora,
São Paulo.
Mechia, J.M. Handebol, da Iniciação ao Treinamento, Litel, Curitiba 1981.
Falkowski, M.M., Fernandez, E.E. Metodologia Lineal, el argumento de una
possibilidad, Editorial Esteban Sans Martinez, Madrid 1987.
Falkowski, M.M., Fernandez, E.E. Aprendiendo a Jugar, Libreria Desportiva
Sans Martinez, Madrid 1980.
Barcenas, Domingo. Tactica Individual Ofensiva del Jugador de Campo,
Federacion Espanhola de Balonmano, Barcelona 1981.
Barcenas, Domingo. Tactica Coletiva Ofensiva, Federacion Espanhola de
Balonmano, Barcelona 1981.
Camargo Netto, F. Handebol, Prodil, Porto Alegre 1982.
Berazategui, Carlos A Procesos Pedagógicos para la Ensenanza y
Entrenamiento. (Apostila)
DANILOV, Aleksandr, Los Matices del tiro. Revista Sportivnye Igry, 16, Nº 3,
1970, pp. 20-21.
WEINECK, Jurgen, Manual de Treinamento Esportivo, Editôra Manole Ltda,
São Paulo, 1996.
HARRE, D; Trainingslehe, Berlin 1976
Freitag, W., M. Steinbach, R. Tholl:Zum Problen der Reaktionszeit. Praxis der
Leibesubungen 8 (1969)
Szmodis, I.: Exercise effects on the tisue of reactions to audoitory simuli. J. of
Appl. Physiol. 37 (1977)
BLOOM, Benjamin S. et alli, Taxionomia de Objetivos Educacionais: Domínio
Afetivo. Porto Alegre, Editôra Globo, 1979.
ENDERLE, Carmem. Psicologia do Desenvolvimento: O Processo Evolutivo da
Criança. Porto alegre, Artes Médicas, 1985.
JACQUIM, Guy. As Grandes Linhas da Psicologia da Criança. 4. Ed., São
15
Paulo, Livraria Editora Flamboyant, 1963.
JOLIBOIS, Robert Pierre. A Iniciação Desportiva da Infância à Adolescência.
São Paulo, Editorial Estampa, 1977.
MAGILL, Richard A. Aprendizagem Motora: Conceitos e Aplicações. São Paulo,
Edgard Blucher, 1984.
SINGER, Robert N. DICK, Walter. Ensinamento da Educação Física:
Abordagem Sistêmica. Porto Alegre, Editora Globo, 1980.
TANI, Go et alli. Educação Física Escolar: Fundamentos de uma Abordagem
Desenvolvimentista. São Paulo, Universidade de São Paulo, 1988.
ZAMBERLAN, E. Handebol: Escolar e de Iniciação. 1ª Edição – 1999. Editora
Treinamento Desportivo - Londrina.
ZAMBERLAN, E. Caderno Técnico de Handebol – Graduação. 1ª Edição – 1977.
Editora Gráfica Imagem – Cambé.
GRECO, J.P. Caderno Técnico de Rendimento do Atleta de Handebol. Editôra
Health, 2000.
16
2.5. ESPECIFICAÇÃO DOS RECURSOS HUMANOS
Serão aproveitados acadêmicos do Curso de Educação Física e Ciência do
Esporte (Bacharelado), considerando-se como atividade acadêmica complementar
para os alunos participantes, registrada em histórico escolar, conforme as disposições
da Resolução Nº 2.802/95.
2.6. MATERIAL DE CONSUMO
- 1 (um) milheiro de papel sulfite
- 2 (dois) cartuchos para impressora (preto)
- 2 (dois) cartuchos para impressora (colorido)
- 1 (uma) caixa com 10 disquetes.
- 5 rolos de filme preto e branco
- 2 (duas) caixas de transparência (100)
2.7. MATERIAL PERMANENTE/EQUIPAMENTO
- Um micro-computador
- Uma impressora
- Scanner
2.8. CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO - PREVISÃO
Execução dos itens estabelecidos no inciso metodologia:
Itens 1, 2 e 3 .................................. Julho à Outubro/2.001
Item 4 ............................................ Novembro/2001 à Janeiro/2002
Item 5............................................. Fevereiro à Junho de 2002
Item 6............................................. Julho à Dezembro de 2002
Itens 7, 8 e 9.................................. Janeiro à Maio de 2003
Item 10.......................................... Junho/2003
2.9. CRONOGRAMA FINANCEIRO - Previsão
NOVEMBRO 2001
500 folhas de papel sulfite
1 Cartucho para impressora (preto)
1 caixa com 10 disquetes
ABRIL 2002
500 folhas de papel sulfite
1 cartucho para impressora (preto)
1 cartucho para impressora (colorido)
JULHO 2002
1 cartucho para impressora (colorido)
4 rolos de filme preto e branco
2 caixas de transparência
17
CRONOGRAMA
01
02
03
04
05
06
07
08
09
10
Revisão Bibliográfica
Revisão das normas da ABNT
Elaboração do sumário
Elaboração dos textos teóricos
por capítulo - parte 1
Elaboração dos textos teóricos
por capítulo - parte 2
Elaboração dos textos teóricos
por capítulo - parte 3
Elaboração dos gráficos
Elaboração de tabelas e
símbolos
Elaboração de fotografias
Edição (relatório) final
J
X
X
X
A
X
X
X
2001
S O N
X X
X X
X X
X
DE
D
J
X
X
EXECU ÇÃO
F
2002
M A M J J A
X
X
X
X
S
O
N
D
X
X
X
X
J
2003
F M A M
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
J
X
X
X
X
18
CURRICULUM VITAE
ELÓI ZAMBERLAN
Professor Adjunto 4
Disciplina - Handebol
Curso – Educação Física
Departamento de Desportos Individuais e Coletivos
Centro de Educação Física e Desportos
Universidade Estadual de Londrina.
01. Elói Zamberlan
Endereço:
Rua da Proclamaçao, 300
Jardim Monte Real
Cep nº 86.192-530
Cambé - Paraná
02. Dados Pessoais:
DN
RG
CPF
CT
PIS/PASEP
REG. MEC
TÍTULO
RESERVISTA
- 28/04/48
- Nº 801.541 (Pr)
- 187.802.299-72
- Nº 67.747 Série 00005 Pr
- 10091935404
- “L” - 133.886
- 21199550680 - Zona 78 - Seção 47
- Nº 052697 - Série B - 15ª CSM - 1º RM - 1º BPE
03. Formação Acadêmica
1º Grau
Colégio Estadual de Cambé
Ano - 1.965
2º Grau
Colégio Comercial Estadual “Moraes Júnior” - Cambé Pr.
Ano - 1.971
3º Grau
Universidade Estadual de Londrina
Licenciado em Educação Física
Ano - 1.974
19
VIDA ESPORTIVA
1. NÍVEL MUNICIPAL
1.1. Jogos Universitários de Londrina
Campeão em: 81
1.2. Jogos de Inverno de Londrina
Campeão nos anos: 93 e 94
1.3. Jogos Abertos de Londrina
Campeão em: 93
2. NÍVEL ESTADUAL
2.1. Campeonato Paranaense Adulto Regional
Campeão nos anos: 81 e 85
2.2. Campeonato Paranaense Adulto
Campeão nos anos: 81, 82, 83, 84, 85, 86, 87, 88, 89,
90,91,93, 94
2.3. Campeonato Paranaense Juvenil Regional
Campeão em: 81
2.4. Campeonato Paranaense Juvenil
Campeão em: 93
Vice nos anos: 83 e 84
2.5. Jogos das Escolas de Educação Física do Paraná
Campeão nos anos: 81, 82, 83 e 85
2.6. Jogos Universitários Paranaense
Campeão nos anos: 81, 82, 83, 84, 85 e 86
2.7. Jogos Abertos do Paraná
Campeão nos anos: 83, 85, 86, 87, 88, 89, 90, 91, 93, 94 e 2000
Terceiro em: 82
Vice em: 84
2.8. Jogos Estudantis do Paraná Regional
Campeão em: 83
2.9. Jogos Estudantis do Paraná
Quarto lugar em: 83
2.10. Campeonato Paranaense Infanto Regional
Campeão em: 82
2.11. Jogos Abertos do Estado de São Paulo - Regional
Campeão em 94
3. NÍVEL NACIONAL
3.1. Taça Brasil Juvenil
Campeão em: 83
3.2. Taça Brasil Adulto
Campeão nos anos: 82, 84, 85, 86, 87, 88, 89, 90
Vice em: 91
Quinto lugar em: 94
20
3.3. Jogos Universitários Brasileiros
Campeão nos anos: 82, 83 e 86
Quinto lugar em: 84
3.4. Campeonato Brasileiro de Seleções Regional
Campeão nos anos: 82 e 86
3.5. Campeonato Brasileiro de Seleções
Campeão nos anos: 82, 86 e 88
Vice em: 84
3.6. Campeonato Brasileiro de Clubes Regional
Campeão nos anos: 90 e 91
3.7. Campeonato Brasileiro de Clubes
Campeão nos anos: 87, 88, 90 e 91
Vice em: 94
3.8. Campeonato Brasileiro Juvenil
Terceiro lugar em: 94
3.9. Campeonato Brasileiro da 2ª Divisão Regional
Campeão em 94
3.10. Campeonato Brasileiro da 2ª Divisão
Campeão em 94
3.11. Jogos Abertos Brasileiros
Vice em 94
Quinto lugar em 93
3.12. Torneio Nacional de Handebol
Campeão em 82
3.13. Campeonato Brasileiro de Clubes – 1ª divisão
3º lugar – 2.000
4. NÍVEL INTERNACIONAL
4.1. Campeonato Sul-americano de Clubes
Campeão nos anos: 85 e 86
Vice em 87
4.2. Campeonato Sul-americano de Seleções
Campeão nos anos: 83 e 84
4.3. Torneio Internacional
Vice em 85
4.4. Campeonato Pan-americano
Terceiro lugar nos anos: 89 e 91
4.5. Campeonato Mundial
Décimo quinto lugar em 89
5. ATUAÇÃO COMO TÉCNICO DE EQUIPE
5.1.
5.2.
5.3.
5.4.
5.5.
5.6.
1.981 à 1.983 - Técnico da APUEL (Londrina)
1.981 à 1.983 - Técnico de Londrina
1.981 à 1.986 - Técnico do Curso de Educação Física
1.981 à 1.986 - Técnico da Universidade Estadual de Londrina
1.982 à 1.988 - Técnico da Seleção Paranaense Adulta
1.983 à 1.986 - Técnico da Seleção Universitária do Paraná
21
5.7. 1.983 à 1.984 - Técnico da Seleção Brasileira Adulta
5.8. 1.983 à 1.991 - Técnico da Incolustre (Cambé)
5.9. 1.983 à 1.991 - Técnico de Cambé
5.10. 1.989 à 1.991 - Técnico da Seleção Brasileira Adulta
5.11. 1.993 à 1.994 - Técnico do Grêmio Londrinense
5.12. 1.993 à 1.994 - Técnico de Londrina
5.13. 2.000
- Técnico de Londrina
5.14. 2.000
- Técnico da APUEL
22
PRINCIPAIS ATIVIDADES NA ÁREA ESPORTIVA
01. Tema Livre
1.1. VI Simpósio de Ciências do Esporte. São Caetano do Sul
15/09/78 - Avaliação da Aptidão Física em Atletas Profissionais
02. Artigos Publicados
2.1. Revista Semina - UEL Número 1 - Volume 1
01/04/78 - Avaliação do Rendimento Físico em Universitários
2.2. Revista Semina - UEL - Número 2 - Volume 1
01/07/78 - Avaliação da Aptidão Física em Atletas Profissionais
2.3. Revista da APEF - Número 18 - volume X
30/04/96 - Diagnóstico da Efetividade técnica/tática - Mundial
Handebol
2.4. Revista Brasileira de Ciência e Movimento
1.991 – Parâmetros Antropométricos, Metabólicos e Motores e, Handebolistas
de Alto Nível
2.5. Revista APEF
1.997 – Implantação do Curso de Ciência do Esporte
2.6. Revista Treinamento Desportivo
1.999 – Aprendizagem dos Arremessos do Handebol na Escola do Ensino
Fundamental e Médio
03. Concurso Público
3.1. Universidade Estadual de Londrina
23/09/76 - Desportos Coletivos (Handebol)
3.2. Secretaria de Estado dos Recursos Humanos - Pr.
10/01/80 - Educação Física
04. Função Administrativa
4.1. Presidente da Liga Atlética do DCE
72 à 73 - UEL
4.2. Suplente de Colegiado de Curso de Educação Física
73 à 74 - UEL
4.3. Diretor da Comissão de Recreação e Esportes
1.974 - Cambé - Pr
4.4. Coordenador do Curso de Técnica Desportiva
75 à 76 - Curso de Educação Física
4.5. Sub Coordenador da Prática de Educação Física
1.976 - UEL
4.6. Assessor da UEL Junto a 18ª Inspetoria de Ensino
1.977 - Londrina
4.7. Coordenador da Prática de Educação Física
78 à 80 - UEL
4.8. Presidente da Comissão de Pesquisa do Curso de Ed. Física
1.978 - Universidade Estadual de Londrina
23
4.9. Membro do Laboratório de Fisiologia do Esforço
1.978 - CEF/UEL
4.10. Coordenador de Educação Física do Colégio Marista
80 à 81 - Londrina
4.11. Diretor Técnico da Secretaria de Esportes do Município
83 à 88 - Cambé - Pr.
4.12. Diretor Técnico da Liga de Futebol de Cambé
86 à 89 - Cambé
4.13. Chefe do Departamento de Desportos Individuais e Coletivos
86 à 87 - Curso de Educação Física - UEL
4.14. Membro da Comissão de Ensino do DIC
1.988 - UEL
4.15. Presidente da Comissão de Avaliação Docente
88 - 90 à 94
4.16. Membro do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e
Adololecente.
91 à 92 - Cambé - Pr.
4.17. Presidente da Comissão de Elaboração de Regimento Interno
1.982 - CEF/UEL
4.18. Secretário Municipal de Esportes de Cambé
89 à 92 - Cambé - Pr.
4.19. Coordenador do Colegiado de Curso de Educação Física
92 à 93 - UEL
4.20. Chefe do Departamento de Desportos Individuais e Coletivos
93 à 95 - Curso de Educação Física - UEL
4.21. Presidente da Comissão de Estudo de Bacharelado
1.996 - DIC/CEF/UEL
4.22. Coordenador do Colegiado do Curso de Ciência do Esporte.
98-99-2.000
4.23. Assessor de Esportes da Fundação de Esportes de Londrina
2.000 - Londrina
5. Cursos Ministrados
5.1. Curso de alto nível em handebol
1.989 - Aracaju - SE
5.2. Curso de ciência e técnica do handebol
1.990 - Londrina
5.3. Curso de atualização técnica e tática de handebol
1.990 - Vitória - ES
5.4. Programa de capacitação do magistério - ensino de Iº grau
1.992 - Londrina
5.5. 2ª Londrina Fitness - Handebol (Iniciação e aperfeiçoamento)
1.997 - Londrina - Paraná
6. Palestras Proferidas
6.1. Universidade Estadual de Londrina
1.990 - Campeonato Mundial de Handebol na Dinamarca
6.2. Federação Paranaense de Handebol
1.994 - Encontro de técnicos e atletas
24
6.3. Hubner – Cesulon
1.999 – Perspectiva do Handebol na Universidade Brasileira
7. Livro publicado
7.1. Caderno Técnico de Handebol
1ª edição - 1.997
Gráfica Imagem - Cambé
7.2. Handebol: Escolar e de Iniciação
1ª edição – 1.999
Editora Treinamento Desportivo
PLANO DE TRABALHO DOS PARTICIPANTES
COORDENADOR
* Seleção dos alunos participantes do projeto.
* Treinamento dos alunos participantes.
* Organização das ações relacionadas com o projeto.
* Coordenação das reuniões a serem realizadas comos participantes.
* Divulgação periódica das etapas do projeto.
* Coordenação geral de todas as ações relacionadas com o projeto em andamento.
* Elaboração dos relatórios de acordo com o cronaograma.
* Publicação do material didático.
ALUNOS PARTICIPANTES
* Os participantes atuarão na coletânia de bibliografia específicas do Handebol tais
como: livros, artigos, apostilas, etc.
* Participarão de reuniões periódicas onde serão definidos cada etapa do cronograma.
* Cada participante fará a elaboração dos textos para, em seguida concluir em
conjunto com todos.
* Estudo das normas do projeto
* Divulgação do andamento do projeto junto aos alunos do curso de Educação Física.
* Participação das reuniões periódicas com o coordenador.
* Revisar a bibliografia do Handebol.
* Participar da elaboração dos textos teóricos.
* Participar de grupos de trabalhos.
* Elaborar, com o coordenador, o relatório.
CRITÉRIOS E INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO
* A avaliação do projeto será feito, de acordo com o cronograma de execução, através
de reuniões específicas onde as etapas serão revisadas e concluídas.
MECANISMOS DE DIVULGAÇÃO
* Após o encerramento do projeto, o mesmo será publicado em forma de Livro
Didático.
* Em foruns, jornasdas, seminários específicos da área.
* Alunos do curso (Educação Física e Ciência do Esporte).
25
SUGESTÃO DE CONSULTORES EXTERNOS:
Geancarlos G.P.A. Ramires
Cesulon
Avenida J.K., 1631
Aptº 202
CEP: 86.020-000
Londrina –mParaná
Wanda Cristina Sanches
UNOPAR - e Técnica de Handebol
Rua Izaias Nunes da Silva, 70
Apto 41 - Bloco A1
Jardim Bandeirantes
CEP - 86.065-405
Londrina - Paraná
Júlio César Brevilheri
Handebol - Cesulon
Rua Cambará, 697
Aptº 502
CEP: 86.010-530
Londrina – Paraná
Jayne Maria Gorim
Unopar
Rua Izaias Nunes da Silva, 70
Apto 41 - Bloco A1
Jardim Bandeirantes
CEP - 86.065-405
Londrina - Paraná
Soraya Novaes da Silva
Técnica e Professora Colégio Marista
Rua Waldomiro Fernandes, 460
Bloco A – Apto 101
CEP 86.060-230
Londrina - Paraná
26
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA
COORDENADORIA DE ASSUNTOS DE ENSINO E GRADUAÇÃO
DIRETORIA DE APOIO À AÇÃO PEDAGÓGICA
DIVISÃO DE ESTÁGIOS, PROJETOS E MONITORIA
RELATÓRIO - ALUNO
ALUNO: Denilson Monteiro de Oliveira
CARHA HORÁRIA = 360 horas
NOTA DE PARTICIPAÇÃO = 100,0
CENTRO: CEFD
DEPARTAMENTO: DIC
PROJETO Nº : 200113
TÍTULO: HANDEBOL - EXERCÍCIOS EDUCATIVOS E APERFEIÇOAMENTO
PERÍODO DE PARTICIPAÇÃO: 2003
LOCAL DE EXECUÇÃO: CEFD/UEL
PROF. ORIENTADOR:
Eloi Zamberlan
ATIVIDADES DESENVOLVIDAS:
5º Elaboração dos textos teóricos de cada capítulo proposto no sumário e dos problemas dos
exercícios pertinentes ao assunto - parte 2
6º Elaboração dos textos teóricos de cada capítulo proposto no sumário e dos problemas dos
exercícios pertinentes ao assunto - parte 3
Elaboração de textos teóricos:
- Arremesso
- Drible
- Posição básica
- Deslocamento
- Técnica de Goleiro
- Tática individual: Ofensiva e Defensiva
Londrina, 07 de Julho de 2005
COORDENADOR DO PROJETO
Profº. Eloi Zamberlan
CHEFE DO DEPARTAMENTO
Download

Handebol Exerciciso Educativos