Publicação da Associação Portuguesa
da Indústria Farmacêutica
Published by the Portuguese Association
of Pharmaceutical Industry
04
Associação de Doentes News . Abril’10
Editorial
Motivar o doente para melhorar
a adesão à terapêutica
A realidade da prática clínica é hoje já bastante
diferente do que era há não muito tempo atrás.
O acesso à informação leva a que o doente hoje
exprima ao seu médico a referência a diagnósticos e soluções terapêuticas cujo significado,
muitas vezes, não percebe muito bem, mas
esperando que o médico vá de encontro às suas
expectativas.
Assim sendo, qual é, então, a razão para os
doentes portugueses não tomarem os medicamentos prescritos pelo médico? Razões comportamentais como o esquecimento, a preguiça
em tomar medicamentos, não querer ou não
gostar de medicamentos, adormecer antes da
toma, não planear as tomas, e não ter tempo ou
estar ocupado são as razões mais apontadas pelos portugueses no estudo “A Adesão à Terapêutica em Portugal” promovido e apresentado pela
APIFARMA no passado mês de Março.
Esta realidade vem demonstrar a necessidade
indispensável de reforçar a mensagem de que
o sucesso no controlo da doença e a melhoria
da qualidade de vida depende fundamentalmente de uma efectiva adesão à terapêutica. O
não cumprimento tem repercussões directas,
e muitas vezes dramáticas, no estado de saúde
dos doentes, podendo originar o agravamento
da doença, ocasionar erros no diagnóstico e no
tratamento ou levar ao seu fracasso.
O problema da não adesão à terapêutica, não
é só um problema individual, mas também
um problema de saúde pública. Não cumprir
a prescrição médica, não só tem implicações
na nossa saúde individual, como também nos
recursos de saúde do país.
Por tudo isto, o empenho dos agentes da área do
medicamentos, os profissionais de saúde e autoridades no sentido de sensibilizar para os benefícios
da adesão à terapêutica e do cumprimento dos
tratamentos médicos prescritos, será decisivo.
Mas, em última análise, a responsabilidade
pela alteração destes comportamentos e pela
motivação para a adesão à terapêutica depende
do doente, isto é, de cada um de nós!
Rui Santos Ivo
Director Executivo
Estudo
“Adesão
à Terapêutica
em Portugal”
A Apifarma, em conjunto com o Instituto de Ciências Sociais
(ICS), apresentaram, no passado dia 19 de Março, um estudo
inédito sobre a adesão à terapêutica em Portugal. O estudo foi
coordenado pelos sociólogos Manuel Villaverde Cabral e Pedro
Alcântara da Silva e permite traçar em profundidade a realidade das atitudes e comportamentos da população portuguesa
perante as prescrições médicas.
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Comemorações dos
dias internacionais
de doenças
Lançado “Raras com
Sentido - Informar
sem Dramatizar”
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Publicação da Associação Portuguesa
da Indústria Farmacêutica
Published by the Portuguese Association
of Pharmaceutical Industry
04
Associação de Doentes News . Abril’10
APIFARMA associa-se à comemoração
dos Dias Internacionais das Doenças
No âmbito da parceria com
as Associações de Doentes, a
APIFARMA lançou, no início do
ano, um novo projecto com o
objectivo de constituir, através
de factsheets comemorativas
dos dias em que se assinalam
as patologias de que sofrem os
doentes representados pelas
Associações parceiras, um
veículo de informação para uma
melhor e maior informação
sobre as doenças em Portugal.
Conscientes do papel fundamental que os doentes têm
actualmente nas sociedades
actuais, o projecto pretende dar
maior visibilidade às Associações
de Doentes e às suas causas,
através da disponibilização desta
informação às empresas associadas, parceiros, e ao público
em geral.
A Associação Alzheimer Portugal promoveu, no passado dia 24 de
Março, na sede da Associação em Lisboa, o Workshop “Alzheimer
um desafio pessoal – estratégias para cuidadores informais”, destinado a familiares de pessoas com a demência.
Através do método expositivo e interrogativo, pretendeu-se definir
estratégias para melhorar a qualidade de vida do prestador de cuidados à pessoa com doença de Alzheimer, promovendo a consciencialização e aceitação da mudança na vida do cuidador.
CALENDÁRIO 2010
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Associação Alzheimer Portugal
promove Workshop “Alzheimer
um desafio pessoal - estratégias
para cuidadores informais”
15-Fev
Dia Internacional da Criança com Cancro
Fundação Rui Osório de Castro
18-Fev
Dia Internacional do Asperger
Associação Portuguesa de Síndrome de Asperger (APSA)
19-Fev
Dia das Doenças Raras
Raríssimas
11-03-2009
(2ª quinta feira
mês Março)
Dia Mundial do Rim
Associação Portuguesa de Insuficientes Renais (APIR)
05-Abr
Dia Nacional do Doente com Artrite Reumatóide
Associação Nacional dos Doentes com Artrite Reumatóide (ANDAR)
11-Abr
Dia Mundial da doença de Parkinson
Associação Portuguesa de Doentes de Parkinson (APDPk)
MAIO
Mês do Coração
Associação de Protecção e Apoio à Criança com Doença Cardíaca
12-Mai
Dia Mundial da Fibromialgia
Associação Nacional Contra a Fibromialgia e Síndrome de Fadiga Crónica (Myos)
17-Mai
Dia Mundial da Hipertensão
Associação dos Hipertensos de Portugal
26-Mai
Dia Mundial da Esclerose Múltipla
Sociedade Portuguesa de Esclerose Múltipla;
Associação Nacional de Esclerose Múltipla (ANEM)
21-Jun
Dia Internacional da Esclerose Lateral Amiotrófica
Associação Portuguesa de Esclerose Lateral Amiotrófica (APELA)
15-Set
Dia Europeu das Doenças da Próstata
Associação Portuguesa dos Doentes da Próstata (APDP)
15-Set
Dia Mundial do Linfoma
Associação Portuguesa de Leucemias e Linfomas (APLL)
21-Set
Dia Mundial da pessoa com doença de Alzheimer
Associação Portuguesa de Familiares e Amigos de Doentes de Alzheimer (APFADA)
08-Out
Dia Mundial da Visão
Associação de Retinopatias de Portugal (ARP)
10-Out
Dia Mundial da Saúde Mental
Associação de Apoio aos Doentes Depressivos e Bipolares (ADEB)
29-Out
Dia Mundial do Psoríase
Associação Portuguesa da Psoríase (PSOPortugal)
03-Nov
Dia Europeu da Luta Contra o Cancro do Intestino
Europacolon Portugal (Associação de Luta contra o Cancro do Intestino)
11-Nov
Encontro Nacional da Espondilite Anquilosante
Associação Nacional de Espondilite Anquilosante (ANEA)
14-Nov
Dia Mundial da Diabetes
Associação Protectora de Diabéticos de Portugal (APDP)
16-Nov
Dia Mundial da Doença Pulmonar
Obstrutiva Crónica (DPOC)
Associação Portuguesa de Pessoas com DPOC
e outras Doenças Respiratórias Crónicas (Respira)
03-Dez
Dia Mundial do Deficiente
Associação de Pais e Amigos dos Deficientes Profundos;
Associação Nacional de Famílias para a Integração da Pessoa Deficiente (AFID)
04-Dez
Dia Nacional da Pessoa com Esclerose Múltipla
Sociedade Portuguesa de Esclerose Múltipla;
Associação Nacional de Esclerose Múltipla (ANEM)
A formação, prestada por Henrique Fernandes Silva (cuidador com
vários anos de experiência), permitiu aos participantes, durante
três horas, explorar formas de melhorar a gestão das emoções, do
tempo e da informação com que têm de lidar.
A iniciativa insere-se num conjunto de Acções de Formação e
Workshops que a Associação Alzheimer Portugal programou para
2010 e têm como objectivo apoiar Técnicos (nas áreas da Psicologia,
Serviço Social, Enfermagem e Terapia Ocupacional), Auxilares de
Acção Directa e Cuidadores Informais (familiares) na sua relação
diária com pessoas com Doença de Alzheimer.
Fórum Europeu
dos Doentes
lança novo site
APIR
lança “Mais e
Melhores Anos”
No Dia Mundial do Rim,
a Associação Portuguesa
de Insuficientes Renais
(APIR) lançou o livro “Mais
e Melhores Anos”, numa
cerimónia que decorreu no
passado dia 11 de Março,
em Lisboa.
Esta publicação, dedicada ao
tratamento da Insuficiência
Renal Crónica, conta com
o testemunho de muitos
doentes renais e familiares e
pretende, através de vivências
pessoais, transmitir uma
mensagem de esperança para
“os mais e melhores anos”
que a vida reserva.
28 Fev.
Associação Portuguesa de
Psoríase completa 5 anos
A Associação Portuguesa de Psoriase (Psoportugal) completou 5 anos no passado dia 28 de Fevereiro. Com o objectivo
de melhorar a qualidade de vida dos doentes de psoríase,
a Psoportugal compromete-se a lutar contra o preconceito
sentido pela maioria dos doentes na sua vida quotidiana sob
o lema “Sentimos muito, mas não contagiamos. Contagioso
é o preconceito.”
O Fórum Europeu dos Doentes
(EPF) apresentou, no passado
mês de Fevereiro, o seu novo
site www.eu-patient.eu, que
oferece um olhar renovado
com melhorias significativas de
navegação e de acessibilidade
para usuários com deficiência,
como uma ferramenta de comunicação indispensável ao serviço
dos doentes.
Para o Presidente da EPF
Anders Olauson, “o acesso
à informação atempada e de
qualidade é cada vez mais importante para os doentes
e organizações”.
O Presidente do EPF diz ainda
que “o lançamento do nosso novo
site marca uma nova direcção
para a EPF, que vem reforçar a
nossa posição como uma fonte
de informações credível para os
doentes e para as associações
de doentes na Europa.”
O EPF é uma organização líder
que agrega as associações de
doentes pan-europeias e nacionais que actuam no campo da
saúde pública e de defesa da
saúde.
Desde a sua criação em 2003,
o EPF tem experimentado
um crescimento excepcional,
ao nível da sua influência na
política e na sociedade. Hoje,
o novo site reflecte a extensão
e o dinamismo do EPF, traçando
o seu progresso nos principais
processos de saúde e programas
da União Europeia.
e participa no 3º Fórum Nacional de Saúde
De 8 a 9 de Março de 2010, sob o lema “Para
um futuro com saúde”, um grupo de alunos
da Escola Secundária José Afonso de Loures
participou no 3º Fórum Nacional de Saúde com
a apresentação de um poster e de uma apresentação com o tema: “Psoríase: vítimas da doença
ou da sociedade?!”
Esta participação teve o apoio da PSOPortugal e
contou com a presença do Presidente da Direcção.
Foi aprovado no passado dia 12 de Março, o
projecto-lei que autoriza a comparticipação a 95%
dos medicamentos essenciais para o tratamento
da Psoríase e que vigorará no Orçamento de
Estado de 2010.
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medicamentos (6,6%), adormecer antes da toma (4,3%),
não planear as tomas (2,5%) e
não ter tempo ou estar ocupado (2,4%) temos a maioria das
razões apontadas pelos inquiridos. No seu conjunto, estes
factores representam 70%
dos motivos apontados para
a não adesão à terapêutica.
O factor económico (18,3%) é
também um dos motivos apresentados, representando, no
entanto, pouco mais de 1/4 do
conjunto das razões de natureza
comportamental.
Estudo do Instituto de Ciências Sociais da
Universidade de Lisboa para a APIFARMA conclui
Aspectos comportamentais
são os motivos mais apontados
pelos portugueses para a falta
de Adesão à Terapêutica
Perto de metade dos portugueses (46,7%) acredita que
o esquecimento é o principal
motivo que pode levar as pessoas a não seguir totalmente as
indicações dadas pelos médicos.
Esta é uma das conclusões do
estudo Instituto de Ciências
Sociais da Universidade de
Lisboa apresentado, no passado
dia 19 de Março, no Simpósio
“ A Adesão à Terapêutica em
Portugal”, organizado pela
APIFARMA, Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica. Este estudo teve como objectivo traçar um perfil rigoroso ao nível das atitudes e dos
comportamentos relativamente
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à Adesão à Terapêutica em
Portugal, considerando a adesão
à terapêutica como o grau de
correspondência do comportamento que o paciente assume
em relação às indicações dadas
por um profissional de saúde e
ao tratamento prescrito.
conceito apenas a desvios na
aplicação do regime terapêutico tal como foi prescrito,
mas também não seguir as indicações relativas a alterações
nos hábitos e estilos de vida
ou a manutenção de práticas
saudáveis”.
De acordo com o estudo coordenado por Manuel Villaverde
Cabral e Pedro Alcântara da
Silva, “a falta de adesão à
terapêutica ocorre quando o
comportamento do paciente
não coincide com as recomendações do médico ou de outro
profissional de saúde, não se
circunscrevendo a definição do
Quase metade dos portugueses
(46,7%) acredita que o esquecimento é o principal motivo
que pode levar as pessoas a não
seguir totalmente as indicações dadas pelos médicos. Se
ao esquecimento se juntarem
factores como a preguiça em
tomar medicamentos (7,5%),
não querer ou não gostar de
No que respeita ao papel da
relação de confiança entre o médico e o paciente para o êxito da
terapêutica, observa-se que, segundo a generalidade dos inquiridos, o receio dos pacientes em
fazer perguntas e pedir esclarecimentos aos médicos (31,7%),
bem como o facto de não prestar atenção quando estes estão
a explicar o tratamento (28,5%),
são as principais razões que
podem contribuir para as pessoas não aderirem à terapêutica. A
falta de compreensão das vantagens do tratamento (20,5%),
por parte do paciente, é a razão
mais referida a seguir, surgindo
em último a falta de confiança
no médico (12,5%).
Para a generalidade da população, a relação com os profissionais de saúde é um factor determinante para o cumprimento
das indicações terapêuticas,
considerando que os médicos
e também os farmacêuticos
deveriam, segundo os inquiridos, dispor de mais tempo para
dedicar a cada paciente a fim
de explicarem os tratamentos e
fornecerem um plano detalhado
do mesmo.
Cerca de 20% dos inquiridos
admite ter recorrido, nos últimos cinco anos, a medicamentos receitados a outras pessoas,
a maioria deles mais de uma
vez. Os doentes agudos, ao
contrário dos crónicos, são os
que mais recorrem à auto-medicação, chegando este comportamento a atingir mais de 28%
entre os doentes ligeiros.
Enquanto o esquecimento
denota incumprimento por
negligência ou aquilo a que os
autores do estudo chamam
«resistência», o facto de abandonar o tratamento quando a
pessoa se sente melhor pode
denotar um comportamento
autónomo. Os motivos mais
invocados a seguir - adormecer
antes de tomar a medicação e
horários das tomas menos convenientes – pertencem também
à esfera da negligência ou resistência. Finalmente, os efeitos
secundários e o preço dos medicamentos são dois motivos de
natureza diferente mencionados
com alguma expressão.
Segundo a Organização Mundial de Saúde, 50% da população residente nos países desenvolvidos não cumpre a prescrição médica até ao fim. Destes,
6% a 20% dos doentes não
aviam as receitas médicas e 30%
a 50% não cumprem o esquema
de tratamento proposto.
No entender de João Almeida
Lopes, Presidente da APIFARMA, “a adesão à terapêutica
constitui factor modificador
importante para os sistemas
de saúde, uma vez que os custos directos das complicações
atribuídas ao mau controlo
de qualquer doença são claramente superiores, quando
comparadas com um bom e
atempado controlo”.
A não adesão à terapêutica
prescrita pelo médico tem repercussões directas para o paciente podendo originar o agravamento do estado de saúde e
da sintomatologia da doença,
ocasionar erros no diagnóstico
e no tratamento ou levar ao seu
fracasso, o que se traduz em
efeitos na qualidade de vida e
no aumento da morbilidade.
Por outro lado, há que considerar as repercussões indirectas
em termos sociais e económicos, designadamente a necessidade de se recorrer a novas
prescrições, a realização de
novos procedimentos de diagnóstico ou terapêuticos mais
custosos ou mais complexos, a
ida a mais consultas e a utilização de serviços de urgência.
• 46,7% dos portugueses acreditam que
o Esquecimento é o
principal motivo que
leva as pessoas a não
seguir totalmente as indicações dadas pelos
médicos
Para Etienne Vermeire, Professor na Universidade de
Antuérpia, que participa no
Simpósio promovido pela APIFARMA, com uma conferência
sobre as recomendações resultantes da investigação nesta
área, “a falta de adesão à terapêutica, enquanto problema complexo, leva a que os
benefícios proporcionados
pelos tratamentos médicos
não sejam alcançados na
totalidade”. Salienta, ainda,
que “a não adesão constitui
um problema de saúde pública major que acarreta custos
consideráveis aos actuais
sistemas de saúde.
Estes custos estimam-se em
100 mil milhões de dólares/
ano nos EUA, sendo que, por
exemplo, na área cardiovascular,
a mortalidade resultante da não
adesão se estime em mais de
125 000 mortes por ano.
• Aproximadamente
20% dos inquiridos
admite ter recorrido,
nos últimos cinco anos,
a medicamentos
receitados a outras
pessoas, a maioria
deles mais de uma vez
• Cerca de metade
dos inquiridos (48,3%)
considera que o seu
estado de saúde é bom
ou mesmo excelente
• Falta de Adesão à
Terapêutica compromete a eficácia dos
tratamentos e contribui para o aumento dos
custos em saúde (OMS)
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Breves
Workshop da EuropaColon conclui que
“rastreio do cancro do intestino deve
ser iniciado de imediato”
“O movimento para o rastreio
(do cancro do colo-rectal) deve
ser iniciado de imediato”, envolvendo a população, as estruturas
centrais e os médicos de família.
Esta foi a principal conclusão
do workshop “Como Evoluir no
Rastreio do Cancro Colo-Rectal
em Portugal”, organizado pela
Europacolon-Portugal, Associação de Luta Contra o Cancro do
Intestino, a qual contou com a
presença de diferentes individualidades do sector da Saúde,
como Maria de Belém Roseira
(ex-ministra da Saúde); Luís
Pisco (presidente da Unidade
de Missão para os Cuidados
Primários); Rosa Matos (presidente da ARS do Alentejo);
António Morais (responsável
pelo projecto piloto da região
centro); Jorge Espírito Santo
(presidente do Colégio de Oncologia da Ordem dos Médicos);
Helena Rebelo (deputada e
membro da Comissão de Saúde
da AR), entre muitas outras.
Este encontro que contou,
também, com a presença do
secretário de Estado Adjunto e
da Saúde, Manuel Pizarro, na
sessão de abertura, concluiu
ainda “que o financiamento não
parece representar um problema
imediato” mas que “a capacidade
em Recusos Humanos, meios
logísticos e técnicos deve ser
acautelada”.
Durante a discussão, à porta
fechada, dos respectivos grupos,
foi referido ser necessário e
urgente “criar um grupo de trabalho que ponha em prática um
projecto” capaz de avaliar e gerir
as dificuldades e que, ao mesmo
tempo, avalie os resultados que
forem sendo obtidos.
Este workshop teve a participação de quatro convidados
estrangeiros: Jola Gore Booth
(Europacolon Internacional);
Robert Steele (responsável pelo
rastreio do cancro colo-rectal
na Escócia); Keith Spencer
(Europacolon Internacional)
e JonathanWatson (director
executivo da Health ClusterNET), que apresentaram dados e
estatisticas referentes ao cancro
colo-rectal no Reino Unido e
que ajudaram a perspectivar as
linhas futuras para a implementação do rastreio em Portugal.
Ainda de acordo com as conclusões saídas do encontro, a
principal dificuldade para que o
rastreio seja implementado, no
nosso país, tem por base “a organização e o sistema que, tudo
indica, bloqueiam as acções e as
decisões”. Assim, “é fundamental
criar programas de informação e
sensibilização da população em
risco, bem como disponibiliizar
meios de diagnóstico e tratamento”. Um dos grupos de trabalho referiu ainda a importância de “efectuar uma análise
dos meios e do custo/benefício
do rastreio, bem como do seu
impacto na sociedade” de forma
a acelerar o financiamento.
CONCLUSÕES
GRUPO A
GRUPO B
1. O financiamento não parece representar um
problema imediato.
2. É a organização dos cuidados e do sistema que
parece bloquear as acções e as decisões.
3. É fundamental a implementação de programas de
informação e sensibilização da população em risco,
bem como a disponibilidade de meios de diagnóstico
e de tratamento,
4. A capacidade em Recursos Humanos e meios
logísticos e técnicos, por região, deve ser acautelada.
Igualmente pode ser necesário a contribuição de um
grupo nacional para planeamento e elaboração de
orientações, evitando programas de caracteristicas
top down.
5. Deve ser efectuada uma análise clara dos meios
e do custo/benefício do rastreio, bem como do seu
impacto na sociedade, que prontifique o seu financiamento.
6. É necessário alterar critérios de contratualização
para acolher as acções de rastreio.
7. Deve ser realçado o primado da decisão técnicas e
do envolvimento de todos os stake holders no processo
de decisão, planeamento e monitorização.
1. Avançar com estratégias de Screening em base nacional.
Não justifica, e com base nos dados existentes, continuar a
realizar estudos-piloto. Poder-se-á sentir a necessidade de
implementar estratégias locais.
2. O movimento para o rastreio deve ser iniciado de imediato,
tendo como base o que ja está publicado pela Coordenação
das Doenças Oncológicas e iniciar a PSOF (pesquisa de
sangue oculto nas fezes). Existem, no entanto, dados pendentes sobre a opção pelos vários métodos de rastreio.
3. O envolvimento da população deve ser feito em parceria com
estruturas centrais e com os Médicos de Família. Só assim é possível assegurar uma rede de informação adequada, credível e que
permita chegar a conclusões ajustadas ao nosso País.
4. Há que assegurar a capacidade instituída para dar seguimento aos doentes de rastreio com teste positivo.
5. Este projecto exige financiamento adequado que permita
garantir a continuidade do mesmo.
6. Foi sentida a necessidade de criar um grupo de trabalho,
que permitá colocar em prática o projecto, avaliar e gerir as
dificuldades, bem como os resultados
Associação Alzheimer Portugal implementa
Serviço de Apoio Domiciliário
“Raras
com Sentido Informar sem
Dramatizar”
A Associação Alzheimer Portugal tem a
funcionar, desde 2003, o Serviço de Apoio
Domiciliário no Centro de Dia Prof. Dr. Carlos Garcia vocacionado para apoiar pessoas
com demência.
O Fisioterapeuta realiza exercícios com o
objectivo de retardar o declínio das capacidades físicas, promovendo a independência
do utente nas actividades da vida diária,
com ocupações significativas para a pessoa.
Este serviço aposta na inovação e excelência através do apoio na área da saúde e da
reabilitação.
Manter a força e resistência muscular,
promover a autonomia da marcha e a actividade física, evitando o acamamento, são
outros dos fins da fisioterapia.
A Alzheimer Portugal tem vindo a diversificar a oferta dos seus serviços, criando
cada vez mais actividades individualizadas
e adaptadas às reais necessidades da pessoa
com demência e do cuidador.
A Aliança Portuguesa de Associações das Doenças Raras apresentou, no dia 26 de Fevereiro,
em Lisboa, o programa nacional
de educação e sensibilização
“Raras com Sentido – Informar
sem Dramatizar”.
Hoje em dia, o apoio domiciliário de Lisboa
conta com a intervenção de Técnicos de
Terapia Ocupacional e de Fisioterapia. A
Terapeuta Ocupacional realiza actividades
que contribuem para a estimulação e
manutenção das capacidades cognitivas e
motoras, prestando, ainda, conselhos para
Este evento contou com a presença de dezenas de crianças
(uma delas portadora de uma
doença rara), encarregados de
educação, especialistas médicos
e figuras públicas, nas vésperas
do Dia Mundial da Doença Rara,
que se assinalou no dia 28 de
Fevereiro.
adaptações do espaço físico do domicílio e
na selecção das ajudas técnicas mais apropriadas.
Este projecto pedagógico pretende levar a diversas escolas
do 2º ciclo, de norte ao sul do
país, um conjunto de palestras
que visam alertar e sensibilizar
os jovens para o problema das
doenças raras. O objectivo é o
de desconstruir alguns mitos
e diminuir o desconhecimento
actual sobre o tema para que os
jovens não estigmatizem os seus
pares de forma injusta.
Fórum da Europacolon
Portugal
O serviço de Apoio Domiciliário funciona
de segunda a sexta-feira, nos dias úteis das
9h00 às 21h00, sendo a sua área geográfica de intervenção as freguesias da Ajuda,
Alcântara, Campolide, Lapa Prazeres, Sto.
Condestável e Santos -O -Velho.
A Associação de Luta contra o Cancro do
Intestino (Europacolon) tem a funcionar,
desde o início do ano, no seu site www.
europacolon.pt um fórum para partilha de
opiniões e experiências entre a população
portuguesa sobre os tópicos “Estou Salvo!
Fiquei colostomizado!” e “Requisitos para a
prestação de cuidados em Oncologia”.
Para obter mais informações sobre este
serviço deverá contactar o Centro de Dia da
Alzheimer Portugal pelo tel. 21 360 93 00|
Fax: 21 360 93 09.
RESPIRA
recebe prémio anual da
Fundação Portuguesa
do Pulmão
A Associação Portuguesa de Pessoas com
DPOC e outras Doenças Respiratórias
Crónicas recebeu o prémio anual da
Fundação Portuguesa do Pulmão (FPP) que
foi entregue numa cerimónia pública que se
realizou no passado dia 26 de Fevereiro, em
Coimbra.
De acordo com os mais recentes
dados disponíveis, 600 a 800
mil pessoas em Portugal são
portadoras de uma doença rara
e a maioria tem uma patologia
com menos de 100 casos no
país. Uma doença é considerada
rara quando afecta uma em cada
duas mil pessoas. São conhecidas cerca de sete mil doenças raras, mas estima-se que existam
mais e que afectem entre 24 e
36 milhões de pessoas na União
Europeia.
O prémio foi recebido pela Drª Luisa Soares
Branco, presidente da Respira, associação
de doentes insuficientes respiratórios
crónicos, que muito se tem distinguido na
defesa dos direitos e interesses dos doentes
respiratórios, trabalho que a Fundação
reconhece como exemplar, muito útil e
meritório.
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Todos estes serviços estão, igualmente,
disponíveis para os cuidadores formais e
informais, sob a forma de aconselhamento
e formação.
Associação de Doentes News . Janeiro’10
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Telf.: 21 303 17 80 . Fax: 21 303 17 98 . [email protected] PAGINAÇÃO E PRODUÇÃO GRÁFICA alphadesign DISTRIBUIÇÃO Gratuíta TIRAGEM 0000 exemplares REGISTO 000000
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Estudo “Adesão à Terapêutica em Portugal”