PROGRAMA NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DO TURISMO PRODETUR NACIONAL – RIO DE JANEIRO PROJETO DE REFORMULAÇÃO DO SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO VILA DO ABRAÃO – ILHA GRANDE – ANGRA DOS REIS 1 SUMÁRIO 1. RESUMO ............................................................................................................... 3 2. INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 3 3. JUSTIFICATIVA ..................................................................................................... 5 4. ÁREA DE INTERVENÇÃO ..................................................................................... 7 5. SERVIÇOS TÉCNICOS A SEREM DESENVOLVIDOS ......................................... 8 6. RELAÇÃO DOS DOCUMENTOS DO PROJETO BÁSICO..................................... 9 7. MEMORIAL DESCRITIVO DE REFORMULAÇÃO DO ESGOTAMENTO SANITÁRIO............................................................................................................ 9 7.1 PROJETO EXECUTIVO ......................................................................................... 9 7.2 OBRAS NO SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO ................................... 12 7.3 ASPECTOS GERAIS DAS INTERVENÇÕES ...................................................... 23 8. ORÇAMENTO, PRAZO E CRONOGRAMA FÍSICO-FINANCEIRO ...................... 26 9. NORMAS TÉCNICAS........................................................................................... 27 2 1. RESUMO Este trabalho apresenta os serviços de Reformulação do Sistema de Esgotamento Sanitário na Vila do Abraão, desenvolvidos em nível de projeto básico. Estes serviços fazem parte das intervenções a serem empreendidas na área de abrangência do projeto que, para fins de apresentação, compreendem cinco conjuntos: (I) - Projeto de Urbanização, (II) - Projeto de Drenagem, (III) - Projeto de Reformulação do Sistema de Água, (IV) - Projeto de Reformulação do Sistema de Esgotamento Sanitário e (V) - Projeto de Iluminação Pública/Luminotécnica. Além dos projetos citados fazem parte das atividades necessárias para consecução das obras, como um todo, os projetos executivos e os serviços preliminares. O orçamento dos Serviços Preliminares, que faz parte do conjunto, é apresentado à parte dos demais orçamentos de projetos, apensado aos trabalhos do Projeto de Urbanização, de maior impacto visual dentre as intervenções programadas 2. INTRODUÇÃO O Governo do Estado do Rio de Janeiro, através do Programa criado pelo Governo Federal no âmbito do Ministério do Turismo - PRODETUR NACIONAL - acordou uma pauta de investimentos que passou a compor o PRODETUR NACIONAL - RIO DE JANEIRO, que conta com financiamento do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). O PRODETUR NACIONAL visa contribuir e aumentar a capacidade de competição dos destinos turísticos brasileiros e consolidar a política turística nacional, por meio da gestão pública, descentralizada e cooperativa, nas esferas federal, estadual e municipal. No âmbito do Estado do Rio de Janeiro, o PRODETUR tem como principais objetivos qualificar a infraestrutura, serviços e produtos dos polos turísticos do Estado, promover o desenvolvimento sustentável nos territórios turísticos, ampliar a participação dos destinos turísticos nos mercados nacional e internacional e contribuir para geração de divisas e empregos na atividade turística. As ações necessárias para implantação desses objetivos serão amparadas por recursos provenientes do BID, correspondente a US$ 112 milhões (60%), tendo como contrapartida US$ 75 milhões (40%) do Governo Estadual/Ministério do Turismo, totalizando US$ 187 milhões para o turismo do Estado do Rio de Janeiro. Os critérios preponderantes para a escolha dos municípios que serão contemplados pelo PRODETUR foram: regiões consideradas estratégicas, fluxo de demanda internacional significativo, infraestrutura de acesso, distância da capital, municípios que dispõem de roteiros integrados e oferta turística. Dessa forma, o PRODETUR-RJ contempla 23 (vinte e três) municípios do Estado do Rio de Janeiro, dispostos em dois polos, o Polo Serra e o Polo Litoral, 3 envolvendo seis regiões turísticas. As regiões e municípios estratégicos para os investimentos são: Metropolitana (Rio de Janeiro e Niterói); Costa do Sol (Saquarema, Araruama, São Pedro da Aldeia, Iguaba Grande, Arraial do Cabo, Cabo Frio, Armação de Búzios, Casimiro de Abreu); Costa Verde (Parati, Angra dos Reis, Mangaratiba, Rio Claro); Agulhas Negras (Itatiaia e Resende); Serra Verde Imperial (Petrópolis, Teresópolis, Nova Friburgo e Cachoeiras de Macacu) e Vale do Café (Valença, Vassouras e Piraí), conforme esquema apresentado a seguir. ÁREA DE ABRANGÊNCIA DO PRODETUR NACIONAL - RIO DE JANEIRO Costa Verde Reurbanização de Orlas Acessibilidade Saneamento Aproveitamento do potencial Aquaviário Centro de Eventos Agulhas Negras Acessibilidade Reurbanização de Vilas Sinalização Turística Capacitação e Qualificação Vale do Café Recuperação do patrimônio cultural Reurbanização Sinalização turística Capacitação e qualificação Serra Verde Imperial Centro de Eventos Requalificação urbana Sinalização Turística Capacitação e Qualificação Costa do Sol Aproveitamento do potencial Aquaviário Reurbanização de Orlas Sinalização Turística Capacitação e Qualificação Polo Litoral Região Metropolitana Equipamentos culturais de porte GOVERNO FEDERAL MINISTÉRIO DO TURISMO Polo Serra O Programa prevê investimentos em infraestrutura e serviços, que objetivam melhorar a acessibilidade aos destinos turísticos, prover os serviços públicos adequados aos fluxos turísticos (saneamento ambiental, urbanização de áreas turísticas), e investimentos importantes destinados a desenvolver e valorizar os recursos turísticos (especialmente recuperação e preservação de patrimônio natural e histórico-cultural, sinalização, entre outros). No âmbito do Polo Litoral, na região da Costa Verde, está, entre outras intervenções previstas no componente de infraestrutura do PRODETUR-RJ, a realização de intervenções na localidade de Vila do Abraão, situada no Distrito de Ilha Grande – Município de Angra dos Reis, envolvendo obras de Urbanização (abrangendo serviços de Pavimentação, Recuperação Estrutural e Reformulação de Pontes, Mobiliário Urbano, Sinalização e Paisagismo), Drenagem, Esgotamento Sanitário, Abastecimento de Água e Iluminação Pública/Luminotécnica, reafirmando a importância da área eleita para o fortalecimento e 4 desenvolvimento do turismo não só para a cidade, como também para a região em que o município se insere. 3. JUSTIFICATIVA O município de Angra dos Reis faz parte da região denominada “Costa Verde”, conhecida por seu potencial turístico. Exibindo um dos cenários mais bonitos e exóticos da costa brasileira, onde a Serra do Mar encontra o Atlântico, a região da Costa Verde, localizada no Estado do Rio de Janeiro, na região da Baía da Ilha Grande, tem mais de 2 mil praias e quase 400 ilhas protegidas pela restinga de Marambaia. Em Angra dos Reis, a Mata Atlântica, que hoje no Brasil possui apenas 8% do seu tamanho original, recobre cerca de 90% do território municipal. Angra dos Reis, localizada a 155 km da cidade do Rio de Janeiro, vem se destacando e crescendo, especialmente nas últimas décadas. Como a região atravessou todos os ciclos concernentes à economia brasileira, ainda estão presentes as estruturas das atividades agrícolas e pesqueira que se processavam como unidades produtivas juntamente com o artesanato para a renda local do distrito. Atualmente a economia local gira em torno das atividades portuárias, principalmente após a instalação de um terminal de desembarque pela Petrobrás e do Terminal Aquaviário da Transpetro da Baía da Ilha Grande (TEBIG), da geração de energia nas Usinas Termonucleares Angra I, Angra II e Angra III (em processo de construção), da indústria, do comércio e serviços, da indústria naval e também do turismo, em suas praias, ilhas e locais de mergulho submarino, principalmente na Ilha Grande. Embora mais lembrada por suas ilhas e pela beleza natural, Angra dos Reis possui um rico acervo patrimonial, com inúmeros prédios tombados pelo IPHAN. O incremento dessas atividades provocou uma explosão demográfica, principalmente nos arredores onde se desenvolvem (Rios Perequê, Bracuí, etc). Com isto a taxa de crescimento do município atingiu 6,53% ao ano, segundo dados do IBGE, que suplanta em muito a taxa média de crescimento verificada para o Estado do Rio de Janeiro, de 1,75% ao ano, agravando a situação sócio-ambiental da região. Após a construção e abertura da Rodovia Rio-Santos (BR-101) na década de 70 e a desativação do presídio Cândido Mendes, em 1994, intensificaram-se a especulação imobiliária com a criação de loteamentos e empreendimentos turísticos, proporcionando ao turismo maior atenção como atividade econômica, se consolidando na década de 90. A atração mais notável e a maior das ilhas do litoral de Angra dos Reis, com uma área de 193 km2, a Ilha Grande, foi eleita uma das 7 (sete) maravilhas do Estado do Rio de Janeiro, com seu relevo montanhoso e exuberante vegetação de floresta tropical ostentando uma rica flora e fauna nativa. Possui um contorno acidentado com trinta e quatro pontas, sete enseadas e 5 cento e seis praias conhecidas internacionalmente por suas belezas naturais. A Ilha Grande abriga o Parque Estadual da Ilha Grande (PEIG), criado pelo Decreto Estadual nº 15.273, de 26/06/1971, sendo subordinado ao Instituto Estadual do Ambiente – INEA, órgão vinculado à Secretaria de Estado do Ambiente – SEA. O PEIG, que abrange atualmente 62,5% da área terrestre da Ilha Grande é composto também pela Reserva Biológica Estadual da Praia do Sul (Decreto Estadual nº 4.972, de 02/12/1981) e pelo Parque Estadual Marinho do Aventureiro (Decreto Estadual nº 15.983, de 27/11/90). Além disso, a Ilha Grande faz parte da APA de Tamoios, é uma Zona de Preservação Permanente de Angra dos Reis e possui historicamente a prática da pesca, da maricultura e a cultura caiçara, sendo que está legalmente preservado por lei de proteção ambiental, que visa garantir a proteção da grande reserva de Mata Atlântica ainda existente lá e da vida marinha existente no entorno da ilha. Em 1991, recebeu status internacional ao ser reconhecida pela UNESCO como Reserva da Biosfera da Mata Atlântica. A região atrai turistas do mundo inteiro de todas as classes sociais e estilos de vida durante todos os períodos do ano. O rápido surgimento do turismo em Ilha Grande resultou na utilização dos recursos naturais e sociais objeto desta atividade sem o devido planejamento, tornando imprescindível a implementação de ações que visem a sua manutenção, preservação e desenvolvimento sustentável. A principal localidade e eixo econômico da Ilha Grande é a Vila do Abraão, centro das unidades de preservação, representações dos órgãos públicos e sociedade civil, constituindo o núcleo populacional com o maior número de habitantes (aproximadamente 4 mil habitantes), assentado frontalmente na enseada de mesmo nome. Como concentra cerca de 80% dos estabelecimentos ligados ao turismo, a sua população aumenta substancialmente no período da alta temporada. A leitura do Plano Estratégico realizado sobre a Ilha Grande, em particular àquelas referentes às análises e recomendações concernentes a Vila do Abraão, detêm-se sobre demandas básicas, na melhoria da infraestrutura e serviços públicos. A questão do turismo vai além e acaba por envolver a infraestrutura básica da região. O saneamento parece ser uma grande questão em toda a Ilha. O esgotamento sanitário da região, baseado em sistemas de fossas e sumidouros, se torna insuficiente em épocas de grande concentração de turistas. Não só o esgoto, mas também a produção de lixo sofre flutuação sazonal resultante do turismo. A produção média diária de lixo dobra durante os três meses de verão. Como consequência, durante a estação do turismo há maior pressão antrópica sobre os recursos naturais locais, principalmente com relação aos recursos hídricos que são muito explorados e recebem maiores cargas de poluentes orgânicos. Considerando o cenário acima, o PRODETUR-RJ selecionou a localidade da Vila do Abraão, situada no Distrito de Ilha Grande, Município de Angra dos Reis, para execução de obras de 6 urbanização, incluindo intervenções de pavimentação, drenagem, recuperação estrutural e construção de pontes, abastecimento de água e saneamento, de forma a refletir diretamente na qualidade de vida das comunidades locais e no potencial turístico. A presente ação busca consolidar o turismo na localidade, atraindo oportunidades de novos negócios, incrementando o comércio local e gerando empregos, estimulando e complementando a economia municipal tendo como foco principal a preservação ambiental aliada ao crescimento sustentável do local envolvido. 4. ÁREA DE INTERVENÇÃO A área de intervenção proposta compreende o núcleo central da Vila do Abraão, delimitado, na sua parte frontal, pela Av. Beira Mar, também conhecida como Rua da Praia; aos fundos pela Rua Getúlio Vargas, na lateral esquerda pela servidão/prédio do INEA e na lateral direita pela Rua do Chalé, também conhecida como Rua de Acesso à Praia. 7 5. SERVIÇOS TÉCNICOS A SEREM DESENVOLVIDOS Para fins de apresentação, os serviços técnicos a serem desenvolvidos na Vila do Abraão foram desmembrados em cinco conjuntos de projeto: (I) - Projeto de Urbanização, (II) - Projeto de Drenagem, (III) - Projeto de Reformulação do Sistema de Abastecimento de Água, (IV) Projeto de Reformulação do Sistema de Esgotamento Sanitário e (V) - Projeto de Reformulação da Iluminação Pública/Luminotécnica. O Projeto de Reformulação do Sistema de Esgotamento Sanitário, objeto do presente relatório, é apresentado em um único volume e visa a implementação de melhorias no Sistema de Esgotamento Sanitário. Serviços propostos Os serviços propostos no sistema de esgotamento sanitário compreendem a instalação de geradores de energia para garantia de funcionamento das estações elevatórias; a reforma das estações elevatórias de esgoto existentes, a construção de abrigos para os painéis e para os geradores de energia e a construção de uma Estação de Tratamento de Esgotos (ETE) com capacidade para tratar o esgoto gerado por uma população de 15.000 pessoas, atendendo a grande demanda no verão. Dessa forma, além dos capítulos de introdução, justificativa da escolha do local, área de interesse do projeto e de descrição dos serviços técnicos a serem desenvolvidos, este relatório apresenta os seguintes capítulos: - capítulo 6 com a relação dos documentos do Projeto Básico, propriamente dito, como Planta de Localização das Elevatórias de Esgoto, Detalhes Construtivos da Cabine de Medidores e de Geradores, Rede Elétrica Subterrânea para as Elevatórias, ETE – Planta Baixa e Tamponamento e ETE – Corte Longitudinal. - capítulo 7 contendo o memorial descritivo dos serviços de esgotamento sanitário com a conceituação, etapas e produtos esperados neste empreendimento; - capítulo 8 contendo informações sobre o orçamento, prazo de execução das obras e o cronograma físico-financeiro dos serviços específicos de Reforma do Sistema de Esgotamento Sanitário elaborados com os elementos do projeto básico, e cujas planilhas encontram-se na Seção IX do presente Edital; - capítulo 9 contendo a relação das normas técnicas para desenvolvimento dos trabalhos. 8 6. RELAÇÃO DOS DOCUMENTOS DO PROJETO BÁSICO O Projeto de Urbanização e Qualificação Turística e Ambiental da Vila do Abraão possui os seguintes documentos técnicos referentes aos serviços de Reformulação do Sistema de Esgotamento Sanitário: - Plantas e desenhos: PRO-1-PAR-C414-RIG-K011-DE PRO-1-PAR-C414-RIG-K012-DE PRO-1-PAR-C414-RIG-K013-DE PRO-1-PAR-C414-RIG-K014-DE PRO-1-PAR-C414-RIG-K015-DE PRO-1-PAR-C414-RIG-K016-DE Planta de Localização das Elevatórias de Esgotos Detalhes Construtivos da Cabine de Medidores Detalhes Construtivos das Cabines de Geradores Rede Elétrica Subterrânea para as Elevatórias ETE – Planta Baixa e Tamponamento ETE – Corte Longitudinal 7. MEMORIAL DESCRITIVO DE REFORMULAÇÃO DO ESGOTAMENTO SANITÁRIO 7.1 PROJETO EXECUTIVO Conjunto de informações técnicas necessárias e suficientes para a realização do objeto, contendo de forma clara, precisa e completa todas as indicações e detalhes construtivos para a perfeita instalação, montagem e execução da obra, de acordo com as normas pertinentes da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT e em conformidade com a Lei 8.666/1993. As revisões, complementações e detalhamentos completos dos sistemas do empreendimento e de suas interfaces, apresentados no Projeto Executivo, devem ser elaborados tendo como base as informações e elementos técnicos definidos no Projeto Básico. O Projeto Executivo de Esgotamento Sanitário, compreende uma Estação de Tratamento de Esgotos e reforma das Estações Elevatórias de Esgoto, complementando e compatibilizando os elementos produzidos no Projeto Básico. O Projeto Executivo a ser desenvolvido, deverá estabelecer com precisão, através de seus elementos constitutivos, todas as características, dimensões, especificações, quantidades de serviços e de materiais, custo e tempo necessários para a execução da obra, de forma a evitar alterações e adequações durante a realização das obras. Será apresentado através de: Identificação de rede pública de esgotamento sanitário e desenho das readequações ou soluções de interferência; Detalhamento completo do sistema de esgotamento sanitário e suas interfaces; 9 Planta com a indicação das cotas dos patamares e sistema viário, assim como a representação dos taludes e demais informações que venham a contribuir para melhor entendimento do projeto; Plantas de Detalhamento da Estação de Tratamento de Esgotos - ETE; Relação de todos os materiais, componentes e equipamentos adotados em projeto. Em complementação aos produtos acima, devem também ser apresentados como componentes do projeto executivo, os documentos a seguir relacionados: Projetos Complementares: informações necessárias à compreensão das propostas, que serão analisadas e aprovadas nos órgãos e concessionárias competentes, bem como a apresentação dos aspectos tecnológicos, isto é, sistema construtivo, resistência, padrão de acabamento, durabilidade e manutenção dos materiais propostos (revestimento, mobiliário, etc.); Relatórios de remanejamento de elementos físicos - relatório preliminar de gradis, jardineiras, etc., que deverão ser recuados e/ou retirados e/ou modificados nas Estações Elevatória e de Tratamento de Esgotos; Perspectivas ilustrativas realizadas com mídia eletrônica, dos resultados urbanos esperados, referenciando as melhorias e benfeitorias a serem reconfiguradas, no novo cenário local; Maquete Eletrônica constituída por imagens eletrônicas dos aspectos finais dos cenários desejados para o lugar; Memorial descritivo contendo os elementos relativos às técnicas construtivas e especificações adotadas em cada um dos projetos apresentados na forma de textos, quadros, tabelas e croquis, bem como suas justificativas, necessárias ao pleno entendimento do projeto, complementando as informações contidas nos desenhos; Especificações detalhadas de materiais, equipamentos e serviços; Memória de Cálculo do dimensionamento e de quantidades; Orçamento detalhado do custo global da obra, fundamentando em quantitativos de serviços e fornecimentos definidos com base nos Projetos Executivos. Os preços dos serviços terão por base o Catálogo de Preços da EMOP. No caso de itens de serviços cuja execução difira de forma significativa da prevista no Sistema EMOP, deverão ser utilizados metodologia e valores de outro sistema de referência de largo emprego em obras de engenharia, como o SINAPI, SICRO ou SCO-RJ. Na falta destes, no caso de item cuja 10 formulação executiva difira das previstas nesses sistemas de referência, o procedimento a ser adotado será a composição de custos específica para cada item de serviço. Essa composição será efetuada utilizando-se de forma prioritária os insumos e produtividades da EMOP ou de outro sistema de referência adotado e, na falta destes, pela adoção do menor preço resultante de pesquisa de preços de mercado – no mínimo propostas de 03 (três) empresas - para cada insumo, que deverão ser anexadas ao orçamento. Além da planilha orçamentária, o orçamento terá que conter a Memória de Cálculo correspondente. São consideradas inadmissíveis apropriações genéricas ou imprecisas, bem como inclusão de materiais e serviços sem previsão de quantidades. Cronograma Físico-Financeiro: previsão de gastos mensais e percentual mensal de execução de cada etapa de obra. Apresentação dos projetos: os documentos textuais e planilhas serão elaborados em softwares Microsoft Word 2007 Profissional e Excel 2007 Profissional e entregues impressos em papel, no formato A4 ou A3, em 03 (três) vias encadernadas, acompanhados de mapas temáticos, desenhos, etc.; Os desenhos técnicos serão desenvolvidos em AutoCAD 2007, em escala adequada, contendo todos os elementos técnicos indicados para a formatação do PROJETO EXECUTIVO e impressos no formato A1. As técnicas utilizadas para desenho seguirão as normas da prática profissional e aquelas preconizadas pela ABNT; As peças gráficas terão que conter todas as informações necessárias a clara compreensão das intervenções indicadas através de plantas baixas, cortes, elevações e outras informações adicionais; Os elementos que irão compor o Projeto Executivo deverão ser elaborados por profissional legalmente habilitado, sendo indispensável, no caso de engenheiro, o registro da respectiva ART - Anotação de Responsabilidade Técnica junto ao CREA ou, no caso de arquiteto, o RRT – Registro de Responsabilidade Técnica junto ao CAU, a identificação do autor e sua assinatura em cada uma das peças gráficas e rubrica em todas as páginas dos textos produzidos. No caderno de textos, a última página sempre será uma cópia da ART e/ou RRT recolhida junto ao CREA ou CAU pelo responsável técnico; O conjunto de documentos e peças gráficas também será entregue em arquivos digitais (03 cópias) em CD 700 MB com embalagens e discos perfeitamente identificados; 11 A maquete eletrônica obedecerá ao mesmo padrão gráfico anteriormente analisado pela Unidade Executiva Estadual de forma a se obter uma identidade de apresentação das peças, observando que além do produto maquete, deverá ser obtido, do trabalho, imagens fixas que ajudem a compreender o projeto e sirvam de eventuais peças de divulgação do mesmo. Paralelamente ao desenvolvimento dos Projetos Executivos, deverão ser providenciadas as necessárias licenças junto às concessionárias e órgãos públicos, quando aplicáveis, dentro de um processo perfeitamente integrado. Todos os elementos do projeto devem ser complementares entre si, abrangendo todas as informações necessárias de forma articulada e objetiva. As eventuais dúvidas serão resolvidas em campo e esclarecidas pela fiscalização e projetistas. Deve ser ainda considerado que os dados para a execução dos projetos devem ser obtidos a partir das plantas topográficas planimétricas fornecidas pela Prefeitura Municipal de Angra dos Reis, e pontos altimétricos cotados. Os eventuais conflitos, vinculados a ocupação de áreas de vias públicas ou de áreas de conservação, serão resolvidos junto à Prefeitura Municipal de Angra dos Reis e ao Instituto Estadual do Ambiente – INEA. 7.2 OBRAS NO SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO Sistema atual Como a maioria dos municípios do Estado do Rio de Janeiro, Angra dos Reis e, particularmente, a localidade de Vila do Abraão, não conta com sistema de esgotamento sanitário eficiente. A maior parte dos residentes utiliza fossa séptica como tratamento primário do esgoto residencial. Este tipo de tratamento foi herdado de épocas em que não existia rede ou tratamento de esgoto local, que seguia por valas diretamente para os córregos e mar. Atualmente, já existe uma infraestrutura pública de coleta do esgoto doméstico (Serviço Autônomo de Água e Esgoto - SAAE), sendo que mais da metade das residências está conectada a essa rede pública de esgoto. Entretanto, o tratamento do esgoto captado pelo sistema local (SAAE) é considerado subdimensionado e ultrapassado, resultando em extravasamento de esgoto e formação de valas negras em direção ao mar. Somado a este resultado, uma parcela das residências e empreendimentos localizados nas proximidades dos córregos e barras despejam seu esgoto “in natura” diretamente nos cursos d’água que desaguam na enseada, sem haver ligação com a rede pública. 12 O sistema de esgotamento sanitário na Vila do Abraão é composto de uma rede coletora, interligada por caixas de inspeção e 6 unidades de recalque (Estações Elevatórias) que conduzem os efluentes de esgoto a uma ETE (estação de Tratamento de Esgoto), além de um emissário submarino de 800m que dá a destinação final ao efluente tratado. A ETE existente é do tipo RAFA (Reator Anaeróbio de Fluxo Ascendente). Este foi construído há, aproximadamente, 10 anos e, para os dias de hoje, encontra-se subdimensionado. É relevante, neste momento, mencionar que o principal problema da rede de esgoto existente é a entrada de águas pluviais nesta, ocasionando nos dias de chuva, a interrupção de seu funcionamento devido à sobrecarga nas estações elevatórias. Para minimizar tal problema, o próprio Município, através da Secretaria de Obras, está desenvolvendo um trabalho, também em cumprimento ao TAC da Ilha Grande, propondo a implantação de rede de águas pluviais, separando-as do esgoto. Melhorias previstas O objeto do presente projeto visa a implementação das seguintes melhorias no Sistema de Esgotamento Sanitário: Instalação de geradores de energia para garantia de funcionamento das Estações Elevatórias e de Tratamento pertencentes ao sistema de esgotamento sanitário, em razão da vulnerabilidade e constantes quedas no fornecimento de energia da Ilha, fornecida pela concessionária local. Com isso, busca-se evitar nestes momentos de interrupção de energia, o lançamento in natura do esgoto – em função do transbordamento das estações, nas barras que cortam a Vila do Abraão; Reformulação das estações elevatórias existentes, com adequação de novos dispositivos, novas bombas, painéis, construção de abrigos para os painéis, dentre outros, com a finalidade de melhorar o sistema de bombeamento do esgotamento sanitário; Construção de abrigos para os geradores de energia; Reformulação da Estação de Tratamento de Esgoto, com adequação da eficiência do tratamento aos normativos ambientais vigentes com a construção de uma nova ETE, atingindo uma eficiência superior a 90% na redução da carga orgânica e com capacidade para tratar o esgoto gerado por uma população de 15.000 pessoas, atendendo a grande demanda no verão, gerada pelo turismo local. 13 7.2.1 Melhorias nas Estações Elevatórias Em função do grande fluxo de turistas na Vila do Abraão, as bombas das Estações Elevatórias não estão dimensionadas para atender a demanda na alta temporada. Este projeto consiste na recuperação das unidades, inclusive com a adequação de novos dispositivos, novas bombas, painéis, tubo-guia, pedestal, substituição de tampas avariadas e construção de abrigos para os painéis, a fim de se melhorar o sistema de bombeamento do sistema de esgotamento sanitário do local. O sistema de bombeamento proposto adota o uso de conjunto moto-bomba centrífuga submersível para esgoto, cujas especificações são: 2 CV, 5 CV e 7,5 CV, tensão de enrolamento 220/380/440 V, tensão de ligação 220 V, 60 HZ com pedestal completo com curva de recalque 90º em ferro fundido com 2 tubos guias em aço galvanizado com 6,00 m cada e corrente aço galvanizado Æ 5/16” com 6,00 m, manilhas e abraçadeiras em aço inoxidável e demais elementos como especificado em planilha de custos ou projeto. 7.2.2 Instalação de Geradores nas Estações Elevatórias Em função das constantes quedas de energia elétrica na Ilha Grande como um todo e, consequentemente, na Vila do Abraão, o funcionamento do sistema de esgotamento sanitário fica comprometido, uma vez que não são acionados os dispositivos automáticos que necessitam de energia. Estas quedas ou falta da disponibilidade de energia elétrica são constantes em razão da vulnerabilidade da alimentação à Ilha, seja na travessia pelo mar por meio de cabo submarino (que pode ser danificado ou mesmo rompido pelo movimento de embarcações), seja na rede de distribuição da própria Ilha, que passando por posteamento junto à vegetação, pode sofrer danos e rompimentos pela ação mecânica quando há ocorrência de ventos fortes. Essa última situação ocorre principalmente na travessia entre localidades, muitas vezes em áreas praticamente fechadas pela vegetação. Com a interrupção do fornecimento de energia elétrica, as bombas das Estações Elevatórias e da Estação de Tratamento não trabalham e os efluentes começam a extravasar “in natura” para as barras que cortam a Vila do Abraão, as quais se direcionam para a praia do local, formando línguas negras e comprometendo a saúde da população residente e flutuante. A implantação dos geradores permitirá a estabilização da rede de energia em casos de oscilações ou mesmo queda total do fornecimento, para que as bombas, responsáveis por elevar o nível do esgotamento, direcionando o material coletado para a Estação de Tratamento de Esgoto, possam funcionar adequadamente. 14 Características Técnicas do Projeto Em linhas gerais, consiste na implantação de um sistema alternativo de energia por meio da implantação de grupos geradores e seus componentes interligados às Estações Elevatórias e Estação de Tratamento. Visando uma melhor distribuição e otimização desse sistema alternativo de energia, o mesmo foi concebido em 3 (três) grupos de geradores distintos, sendo 2 (dois) deles para atuarem na rede de coleta (EE) e 1 (um) especificamente para a unidade de tratamento (ETE). Com isso, otimizou-se o funcionamento dos mesmos, evitando queda de tensões desnecessárias em função de grandes distâncias, além da economia dos cabeamentos necessários. Ressalta-se que os cabos que interligarão os geradores aos devidos equipamentos serão conduzidos por meio subterrâneo, não causando impactos visuais ao local e não dependendo do uso de posteamento da concessionária local de energia. Estão previstas cabines para acondicionar tais equipamentos, visando uma minimização do ruído gerado, bem como a segurança e integridade dos mesmos contra ações do tempo e de terceiros. 7.2.3 Melhorias na Rede de Esgotos Aspectos Gerais A rede coletora de esgotos está concebida de modo a possibilitar a recepção da contribuição dos efluentes domésticos, sendo o sistema separador absoluto, que não permite o lançamento de águas pluviais na rede coletora de esgotos. Os efluentes de qualquer fonte poluidora não poderão ser lançados no sistema de coleta, transporte e tratamento de esgotos caso não atendam às condições estabelecidas no Item de Efluentes que não atendam às características indicadas neste Item devem ser, primeiramente, tratados antes do lançamento na rede coletora. A rede coletora de esgotos possui um único ponto de lançamento de seus efluentes. Neste local está prevista a implantação da Estação de Tratamento de Esgotos que lançará o efluente tratado e desinfetado na baía da Vila do Abraão. Os critérios de qualidade para lançamento do efluente tratado foram estabelecidos a partir das Resoluções nº 357, de 17/03/2005 e nº 430 de 11/05/2011, do Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA do Ministério do Meio Ambiente – BRASIL. 15 Condições para Lançamento na Rede Coletora A Vila do Abraão gera efluentes de despejos domésticos decorrentes da atividade humana (sanitários e restaurantes), de natureza predominantemente orgânica. O sistema de coleta de águas pluviais da Vila do Abraão não deverá receber nenhum tipo de esgoto sanitário. Os efluentes de qualquer natureza somente poderão ser lançados no sistema de esgotos da Vila do Abraão caso atendam às seguintes condições: I. pH entre 6,0 e 10,0; II. Temperatura inferior a 40º C; III. Materiais sedimentáveis até 20 ml/l em teste de 1 (uma) hora em <cone Imhoff>; IV. Ausência de óleo e graxas visíveis e concentração máxima de 150 mg/l de substâncias solúveis em hexano; V. Ausência de solventes, gasolina, óleos leves e substâncias explosivas ou inflamáveis em geral; VI. Ausência de despejos que causem ou possam causar obstrução das canalizações ou qualquer interferência na operação do sistema de esgotos; VII. Ausência de qualquer substância em concentrações potencialmente tóxicas a processos biológicos de tratamento de esgotos; VIII. Concentrações máximas dos seguintes elementos, conjuntos de elementos ou substâncias: a. Arsênico, cádmio, chumbo, cobre, cromo hexavalente, mercúrio, prata e selênio – 1,5 mg/l de cada elemento sujeitas à restrição da alínea e deste inciso; b. Cromo total e zinco 5,0 mg/l de cada elemento, sujeitas ainda à restrição da alínea e deste inciso; c. Estanho – 4,0 mg/l sujeita ainda à restrição da alínea e deste inciso; d. Níquel – 2,0 mg/l sujeita ainda à restrição da alínea e deste inciso; e. Todos os elementos constantes das alíneas “a” a “d” , exceto o cromo hexavalente – total de 5,0 mg/l; IX. f. Cianeto – 0,2 mg/l; g. Fenol – 5,0 mg/l; h. Ferro solúvel – (Fe² +) – 15,0 mg/l; i. Fluoreto – 10,0 mg/l; j. Sulfeto – 1,0 mg/l; k. Sulfato – 1.000 mg/l; Regime de lançamento contínuo de 24 (vinte e quatro) horas por dia, com vazão máxima de até 1,5 a vazão média diária; X. Ausência de águas pluviais em qualquer quantidade. 16 A operação do sistema de tratamento será precedida por uma campanha de educação ambiental dirigida à população da Vila do Abraão, a ser realizada pela SAE, com a finalidade de orientar os usuários quanto à forma de utilização do sistema de coleta e tratamento de esgoto. 7.2.4 Estação de Tratamento de Esgotos - ETE A ETE Vila do Abraão faz parte dos serviços da infraestrutura oferecidos aos usuários e residentes na Ilha. O processo adotado para a nova ETE proporciona um tratamento em nível terciário com eficiência de remoção de DBO e de sólidos suspensos totais de, no mínimo, 90%. Torna-se necessário também, para estabilidade do processo e garantia de desempenho regular, sem flutuações da qualidade, que a cadeia do tratamento agregue um estágio de desnitrificação. Isso porque a temperatura local torna favorável a nitrificação, que tende a acarretar a perda de sólidos na decantação secundária. Sistema de Tratamento Adotado para a nova ETE O processo de tratamento adotado para a nova ETE da Vila do Abraão consiste de um tratamento anaeróbio prévio UASB (Upflow Anaerobis Sludge Blanket Reactor), que no Brasil é conhecido como RAFA (reator anaeróbio de fluxo ascendente), seguindo-se uma etapa de tratamento aeróbio com capacidade para nitrificação, incluindo-se ainda na cadeia do processo uma câmara anóxica para desnitrificação. A associação do processo aeróbio com o tratamento anaeróbio permitiu reduzir o nível de mecanização do tratamento, proporciona o arranjo compacto do sistema de tratamento e, além disso, propicia a redução do custo operacional do tratamento, em função da diminuição do consumo de energia e redução da quantidade de lodo descartado. O tratamento aeróbio é precedido de um tratamento preliminar realizado através de gradeamento e desarenação. O lodo excedente do processo aeróbio, extraído dos decantadores, é recirculado ao reator UASB, para digestão anaeróbia, em conjunto com o lodo sintetizado no processo anaeróbio. De resto, o lodo digerido descartado do UASB é desidratado antes de seu transporte para aterro sanitário controlado. O tratamento aeróbio ocorre em um tanque segmentado com duas câmaras, onde o primeiro segmento abriga uma câmara anóxica e a segunda câmara é ocupada pelo sistema de aeração mantido por meio de ar comprimido fornecido a partir do prédio dos sopradores. 17 Vazões e Cargas Poluidoras de Projeto Vazão média (l/s) ............................................................................................. 24 – DBO5 (mg/l) ............................................................................................. 280 – SST (mg/l) ................................................................................................ 240 – SSV (mg/l) ............................................................................................... 180 Qualidade do Efluente Final Após a implantação do Sistema de Tratamento, o efluente tratado nas unidades da nova ETE será lançado diretamente na Baía da Vila do Abraão: Sólidos em Suspensão Totais (SST) – Concentração máxima (mg/l) ..................................................................... 24 – Remoção mínima (%) ................................................................................ 90 Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO5) – Concentração máxima (mg/l) ..................................................................... 28 – Remoção mínima (%) ................................................................................ 90 O efluente final também passará, antes do lançamento, por processo de desinfecção por raios ultravioleta. Características das Unidades da nova ETE A ETE foi concebida para tratar a vazão média de 24 l/s. A seguir estão apresentadas as características das unidades de tratamento da nova ETE. Tratamento Preliminar As principais unidades que fazem parte do tratamento primário estão apresentadas a seguir: – Tanque de Equalização; – Elevatória de Esgoto Bruto; – Canal de Grades Finas; – Caixas de Areia. a) Tanque de Equalização As vazões de contribuição para ETE variam ao longo do dia e para amenizar esta oscilação, que prejudicaria o processo, está prevista a implantação de uma unidade que tem a finalidade de amortecer os picos de contribuição, equalizando a vazão de chegada na ETE. 18 b) Elevatória de Esgoto Bruto A elevatória possui dois conjuntos motobombas, do tipo submersível, sendo um de reserva, tendo cada conjunto a capacidade para recalcar 24 l/s. O lançamento do efluente da elevatória será feito numa caixa individual provida de “stop log”, situada a montante do Canal de Grades Finas. c) Canal de Grades Finas O canal de grades finas terá dois segmentos paralelos, com comportas deslizantes operadas manualmente (volante), localizadas a montante e a jusante de cada peneira, possibilitando a utilização alternadamente das grades finas tipo peneira mecanizada. O espaçamento entre as barras é de 3 mm e o material gradeado será conduzido às caçambas estacionárias. d) Caixas de Areia O sistema de remoção de areia é feito por 2 (duas) caixas mecanizadas e quadradas, que deverá remover partículas de diâmetro inferior a 0,2 mm. O material sedimentado no fundo das caixas será conduzido por raspadores a um poço localizado na periferia da caixa e, a partir deste poço, o material será removido por um parafuso classificador e lançado em caçambas para ser conduzido a aterro sanitário. A montante das Caixas de Areia está prevista a medição dos esgotos afluentes à ETE por meio de uma calha Parshall. Poderão ser utilizadas unidades compactas com grades e caixa de areia em uma única unidade de tratamento. Reator Anaeróbio de Fluxo Ascendente (RAFA) Esta unidade é um reator anaeróbio no qual estão reunidos os compartimentos de decantação e de digestão. As águas residuais pré-tratadas, ao saírem da caixa de areia, serão encaminhadas ao RAFA por meio de uma tubulação de ferro fundido. Em operação normal, o lodo em processo de digestão se encontra na parte inferior da unidade. Na região intermediária, o lodo está em alta atividade metanogênica e de sedimentabilidade e, finalmente, na parte superior temos o compartimento de decantação e a acumulação de gás. As bolhas de gás do processo de digestão do lodo se acumulam na parte superior da unidade e em seguida são captadas por um sistema de dutos que as direcionam ao sistema de queima de gás. 19 Esta unidade receberá o excesso de lodo proveniente do sistema de retorno do lodo do tratamento secundário. Está prevista a remoção de 80% dos sólidos em suspensão totais (SST) e da DBO afluente ao RAFA. O lodo digerido gerado no UASB será retirado através de bombas de cavidade progressiva, que ficam localizadas junto ao RAFA, e em seguida encaminhado ao sistema de desidratação. Tratamento Secundário O tratamento biológico se fará através de um tanque de aeração. O efluente líquido do UASB será conduzido às unidades de aeração e de decantação secundária. As principais unidades do tratamento secundário são: – Tanque de Aeração; – Prédio dos Sopradores; – Decantadores Secundários; – Elevatória de Retorno de Lodo. a) Biofiltro Aerado Submerso com Peças Plásticas O efluente líquido do tratamento anaeróbio é conduzido por uma tubulação de ferro fundido a um tanque segmentado em duas câmaras. No primeiro segmento, anóxico, ocorre a desnitrificação, isto é, os nitratos são reduzidos a nitrogênio gasoso com liberação de oxigênio, que garante uma redução na utilização de oxigênio no reator biológico. A segunda câmara é ocupada pelo sistema de aeração e pelos elementos plásticos. O ar é colocado em contato com o meio líquido, que lança bolhas de ar do tipo grossas. Nesta câmara ocorre a nitrificação, que é a formação de nitratos a partir da amônia existente nas águas residuais brutas. Como descrito anteriormente, os nitratos são utilizados na câmara anóxica, desta forma é necessário que haja uma recirculação interna, no sentido da câmara aerada para a câmara anóxica, de 100% da vazão de projeto, feita através de 1 (uma) bomba submersível. b) Prédio dos Sopradores Os sopradores serão instalados adjacentes aos tanques de aeração, num prédio, protegidos de intempéries. Está previsto um soprador para cada módulo e um de reserva. 20 c) Decantador Secundário O efluente do Tanque de Aeração será conduzido ao decantador secundário, onde os sólidos do efluente biológico serão separados. O lodo sedimentado no fundo do decantador será conduzido à elevatória de retorno, por meio de aspiração. O material flutuante será removido por raspadores superficiais e conduzido para um poço situado na periferia do decantador junto à face interna da parede do tanque. O efluente líquido será conduzido ao sistema de desinfecção por ultravioleta. d) Elevatórias de Retorno e Excesso de Lodo Está prevista uma estação de elevatórias de retorno de lodo. O lodo que será retirado do fundo de cada decantador para recirculação será bombeado para câmara anóxica situada no tanque de aeração, enquanto que o excesso de lodo será bombeado ao RAFA. O excesso de lodo será retirado através de uma bomba centrífuga e encaminhado ao RAFA. Cada bomba de recirculação e de retirada de excesso de lodo será equipada com um variador de velocidade, para ajuste da vazão de recalque. Medidores magnéticos de vazão estão previstos na descarga do sistema de recirculação e descarte de lodos. Tratamento de Lodo O lodo digerido e as escumas extraídas do RAFA e do decantador secundário serão encaminhados para desidratação. Este sistema deverá levar o lodo até uma concentração de sólidos de 25%. Este será acondicionado em contêineres/caçambas com tampa vedada para transporte até um aterro sanitário controlado. Produtos Químicos Para operação da ETE poderá ser necessária a utilização dos seguintes produtos químicos: – Soda cáustica, aplicada no esgoto bruto no tanque de equalização ou na caixa de distribuição aos reatores anaeróbios com a finalidade de inibição de odores e ajuste de pH; – Polieletrólito, aplicado no lodo da fase sólida com a finalidade de aumentar a eficiência na desidratação do lodo. Sistema de Desinfecção por Ultravioleta Após o tratamento secundário, o efluente líquido será encaminhado ao sistema de desinfecção por ultravioleta antes do lançamento através do emissário submarino existente. 21 Elevatória do Efluente Tratado Após o tratamento e a desinfecção, o efluente tratado será bombeado e encaminhado ao emissário submarino. Obras Civis Previstas Para a implantação da nova ETE será necessária a construção de edificações de apoio e para abrigo de alguns sistemas do processo. A estação geradora de emergência deve ser localizada dentro dos limites da ETE e sua implantação está seguindo o estabelecido neste projeto. As principais edificações são: – Casa do operador: edificação térrea com copa/banheiro/sala/vestiário – 40 m2; – Laboratório – 20 m2; – Guarita; – Fechamento da área da ETE; – Fundações para as unidades de processo (laje de apoio para os equipamentos); – Pátios e vias de acesso; – Almoxarifado para produtos químicos – 20 m2; – Oficina – 25 m2. Operação Assistida Após a conclusão da implantação da estação de tratamento de esgotos, deverá ser realizada a pré-operação das novas instalações da ETE (operação assistida), informando previamente aos órgãos de controle/INEA a data de início. Durante o período da operação assistida será realizado o acompanhamento do efluente da ETE, obtendo as medidas de vazão de entrada e saída da ETE, as análises de DBO5 e RNFT no afluente e efluente da estação, e de óleos e graxas, detergentes, material sedimentável e pH no efluente, nas frequências determinadas na DZ-942. R-7 (Diretriz do Programa de Autocontrole de Efluentes Líquidos PROCON-ÁGUA) A operação assistida inclui, além da partida da ETE até sua operação dentro dos padrões previstos no projeto, todos os produtos químicos necessários à operação da geração de emergências e a mão de obra necessária para a operação e manutenção. O período de operação assistida será de quatro meses. Por ocasião do requerimento de LO da ETE apresentar, além dos documentos gerais: 22 – Relatório de Acompanhamento de Efluente – RAE; – Manual de operação e manutenção da estação de tratamento de esgotos, conforme item 2.4.6 da IT-1835. R1 do INEA; – Planta com detalhes de instalação das caixas de visita na entrada e saída do sistema, para avaliação da eficiência do tratamento; – Informações sobre o local e a forma de disposição final dos resíduos gerados; – Indicação do responsável técnico pela operação do sistema de tratamento, acompanhado de cópia do registro no Conselho Profissional de Classe e da ART. 7.3 ASPECTOS GERAIS DAS INTERVENÇÕES As obras serão realizadas em áreas habitadas e, na maior parte, em áreas de comércio turístico, restaurantes e pousadas. Esta implantação certamente oferecerá desconforto à população, sendo importante prever no planejamento das obras e adotar durante a sua execução todas as medidas possíveis e cabíveis, visando a minimização dos problemas e impactos decorrentes das intervenções implementadas. Um canal adequado de comunicação com a população e os comerciantes, placas e avisos, sinalizações, barreiras e rapidez na execução dos serviços serão importantes na condução das obras, devendo haver comunicação prévia aos habitantes quando do início das obras. É igualmente importante que a contratação dos operários priorize o aproveitamento dos residentes no local, diminuindo a movimentação de pessoas estranhas a comunidade e gerando novos empregos. As ações voltadas para a reformulação do sistema de água, em especial a execução / complementação de redes adutora e de abastecimento de água devem anteceder à intervenção urbana. Preparação da questão ambiental com a respectiva licença ambiental prévia, quando for o caso (art. 12, VII da Lei nº 8.666/93; Resolução CONAMA nº 237/97). Uma parte considerável dos implementos para a execução das obras - maquinário, material e outros (devidamente condicionados), chegarão à ilha por meio de transporte hidroviário, sendo necessária a sua remoção imediata do píer para o canteiro de obras, de forma a não interromper o fluxo dos trabalhos, havendo a necessidade de estabelecimento de horários específicos para o translado. A empresa executora deverá prever um local no continente como entreposto administrativo para recebimento e estocagem provisório dos materiais, máquinas, equipamentos até o 23 oportuno translado marítimo para a localidade das obras, situadas no Distrito de Ilha Grande (Vila do Abraão). A empresa executora será responsável pela colocação de todos os materiais envolvidos nas obras, nos respectivos locais de execução de cada frente de serviço, assim como a retirada, de todo entulho e material excedente, os quais serão transportados manualmente moro acima e/ ou abaixo. Posteriormente o entulho será removido de forma apropriada para o local de despejo certificado. As obras e as suas instalações provisórias deverão ser executadas de forma a minimizar os impactos sobre a comunidade e sobre o ambiente. As etapas deverão ser obrigatoriamente planejadas, dando solução acabada a uma parte da reformulação do sistema de esgotamento sanitário antes de começar outra etapa. Também deverão ser planejados os acessos, a circulação e o funcionamento das atividades. Deverão ser instaladas nos acessos ao empreendimento, em locais visíveis, placas informativas das obras, inclusive indicando o número e a validade da licença ambiental específica; O(s) empreendedor(es) deverão manter seus dados cadastrais atualizados junto ao INEA e aos demais órgãos de controle; Qualquer alteração no projeto deverá ser, para análise e parecer, previamente submetida aos órgãos de controle responsáveis pela fiscalização da intervenção de sua atribuição específica. Recomenda-se um severo controle em relação aos seguintes itens: Utilização de material ambiental adequado, na construção de canteiros e barracos de obras, ou seja, com telhas ecológicas, tapamentos de prensados, caixas d’águas plásticas. Proibição do uso do amianto em qualquer etapa dos serviços de implantação dos canteiros, Guarda de máquinas e equipamentos, inclusive veículos, em espaços próprios após cada jornada de trabalho, sendo terminantemente proibido a esses equipamentos – tratores e semelhantes – pernoitarem em logradouros públicos; Recolhimento de excedentes das obras, em sacos plásticos e embalagens de modo geral, com destinação adequada segundo as recomendações contida nos instrumentos gerais de ações vinculadas à Região; Solução/obtenção de materiais de escavação e aterro no perímetro da intervenção, sendo que o excedente, previstos para complementação de aterros ou botas-fora, serão depositados fora dos perímetros das Unidades de Conservação; 24 Aquisição de areia, terra e seixos não poderá ser oriunda do perímetro da Unidade de Conservação e deverá ter origem comprovada, licenciada e com nota fiscal; Queima de qualquer material oriundo das obras ao ar livre não será permitida; Métodos de trabalhos e ambientes propícios à proliferação de vetores (insetos e roedores nocivos) deverão ser identificados e eliminados; Todas as formas de acúmulo de água que possam propiciar a proliferação do mosquito Aedes aegypti (transmissor da dengue) deverão ser evitadas ou eliminadas; Manter vedados quaisquer recipientes de armazenamento de água; Armazenamento em local coberto e fora do caminho natural da água de todo material que possa acumular água de chuva; Manter os ralos limpos e cobertos com tela. No sentido de oferecer segurança, a obra deverá obedecer aos seguintes padrões: Deverão ser colocados avisos e barreiras em obstáculos – cavaletes, cones, placas, cercas e fitas – nas áreas onde existam cavas, buracos e valetas, sinalizando claramente o perigo, inclusive no período noturno de modo a minimizar o risco de ocorrência de acidentes durante a realização das obras; O acesso aos canteiros, para transporte de material, equipamentos e pessoal, deve ser feito cuidadosamente em baixa velocidade, por caminhos sinalizados e de menor risco; Não utilizar explosivos para remoção dos matacões, blocos e/ou antigas estruturas de concreto que estejam na área de intervenção; Demolições de meios fios, peças de concretos e tubulações devem ser feitos de forma cuidadosa, observando: - A remoção imediata da via pública; - A terra e material extraído aproveitável em aterros e fundações devem ser guardados em área segura para posterior utilização; - Os materiais inservíveis oriundos das demolições serão ensacados e removidos até o cais para embarques e transporte para o continente e daí para o bota-fora, sendo estes serviços de inteira responsabilidade da Contratada. - O material reunido considerado ecologicamente correto – como seixos rolados, abundantes na região – serão repostos em córregos e rios. Excedentes de granitos e madeiras serão removidos para o canteiro de obras para posterior reaproveitamento; Medidas de controle serão efetuadas rotineiramente no sentido de evitar a emissão de material particulado para a atmosfera e de reduzir o nível de ruídos provenientes da execução das obras; 25 Medidas de controle serão efetuadas para evitar o carreamento e o transbordamento de material para as vias públicas, redes de drenagem ou cursos de água. Limpeza de Terrenos As obras serão realizadas principalmente em vias públicas. Os novos alinhamentos exigirão demolições, remoção de material e destinação dos mesmos, conforme já recomendados. As obras próximas de APP (Áreas de Proteção Permanente) e de edificações públicas deverão ser igualmente limpas de resíduos, latas, garrafas, plásticos e excedentes das obras, removendose o material até um destino adequado, como já recomendado neste trabalho. Os resíduos sólidos urbanos deverão ser acondicionados em sacos plásticos e conservados em recipientes com tampa até o seu recolhimento por empresa licenciada pelo órgão ambiental estadual. Instalações Provisórias Construção do Barracão de Obras → Estrutura de caibros de madeiras branca e tapamento em chapas de aglomerado de 15 mm, com janelas, pinturas em PVA branca, contendo obrigatoriamente áreas destinadas a administração e a fiscalização. O sanitário será ligado a uma fossa filtro séptico, provisória, ou à rede pública, caso a ETE local esteja em funcionamento e condições de receber a contribuição. A cobertura das instalações será em telhas ecológicas; A localização das instalações provisórias será definida junto com a Fiscalização; Fechamento executado em painéis de aglomerados, certificados; Placas → Serão instaladas Placas de Obras, no padrão definido pelo Governo Federal, referentes ao Programa PRODETUR, ao Governo Estadual, à Prefeitura Municipal de Angra dos Reis, ao agente financiador – BID e à empresa contratada para elaboração do Projeto Executivo e Execução das Obras, fixadas em estrutura de madeira. 8. ORÇAMENTO, PRAZO E CRONOGRAMA FÍSICO-FINANCEIRO O valor estimado para os serviços de Reformulação do Sistema de Esgotamento Sanitário na área de interesse da Vila do Abraão com base no projeto básico é de R$ 5.181.880,23 (cinco milhões, cento e oitenta e um mil e oitocentos e oitenta reais e vinte e três centavos), já incluso o BDI. 26 Os preços dos serviços, referidos a outubro de 2012, têm por base as composições de preços da EMOP. No caso de itens que não constam do Catálogo de Custos da EMOP, utilizou-se outras bases de ampla divulgação, como o sistema de custos da SCO-RJ, SINAPI, SICRO, FGV e Boletim de Custos. A planilha de custos dos serviços de Reformulação do Sistema de Esgotamento Sanitário, apresentada na Seção IX do presente Edital, está fundamentada em quantitativos de serviços e fornecimentos definidos com base nos projetos básicos, compostos por plantas e memoriais descritivos que se encontram apensados a este documento. Não estão inclusos os custos dos serviços preliminares, pois os mesmos são parte do custo da obra que engloba todas atividades, tais como administração, urbanização, drenagem, água, esgoto, Luminotécnica, mobiliário urbano, entre outras, estando esses custos administrativos apensados ao orçamento dos serviços de Urbanização, como dito, de maior impacto visual dentre as intervenções programadas. Prazo de Execução: O prazo máximo para a execução dos trabalhos e entrega da obra é de 480 (quatrocentos e oitenta) dias corridos, sendo 360 (trezentos e sessenta dias) para a obra propriamente dita e 120 (cento e vinte) dias para os trabalhos de operação assistida, e será contado conforme disposto no cronograma físico-financeiro atualizado das intervenções contratadas para a Vila do Abraão. Cronograma Físico-Financeiro: No Anexo I deste volume, têm-se o cronograma físico-financeiro com a previsão de desembolsos mensais e percentual mensal de execução de cada etapa da obra de Reformulação do Sistema de Esgotamento Sanitário, cuja materialização se dará a partir da apropriação dos serviços efetivamente contratados e executados. 9. NORMAS TÉCNICAS No desenvolvimento dos trabalhos, deverão ser observados: O Regulamento Operacional (ROP) do Banco Interamericano de Desenvolvimento – BID, que descreve os objetivos, atividades, componentes, condições e as normas que regem o financiamento do Programa, os processos e procedimentos para sua execução, bem como os critérios de elegibilidade dos participantes e dos projetos de desenvolvimento turístico. 27 As diretrizes para o desenvolvimento das atividades relacionadas a projetos de urbanização contidas no Anexo H e Apêndice H-1 do Regulamento Operacional (ROP) do Programa PRODETUR NACIONAL – RIO DE JANEIRO; As normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT, quando aplicável; As disposições das legislações municipais, quando aplicável. O Regulamento Operacional do Programa PRODETUR NACIONAL – RIO DE JANEIRO encontra-se anexo ao presente Projeto. 28 ANEXO I CRONOGRAMA FÍSICO-FINANCEIRO 29 PRODETUR - VILA DO ABRAÃO CRONOGRAMA FÍSICO - FINANCEIRO ESGOTAMENTO SANITÁRIO Item Planilha 5.1 SERVIÇOS Geral/Inst de Grupo Gerador para interligação das EEEs Recuperação das Estações Elevatórias Fornec. e Assent. Tubos e Conexões Construção de Abrigo de Medidores CUSTO R$ % PRAZO (MESES) 1 2 184.641,08 4,13% 15.690,73 0,35% 293.393,42 6,57% 20.773,03 0,47% 282.366,46 6,32% 70.591,62 70.591,62 6.2 / 6.8 / Limpeza Terreno e Mov. de Terra 6.9 / Urbanização / Serv. Complem. 119.678,25 2,68% 29.919,56 29.919,56 6.3 Transporte 330.348,23 7,40% 27.529,02 27.529,02 6.4 Estação de Tratamento de Esgotos 6.5 Casa de Máquinas 127.840,25 2,86% 6.6 Manutenção e Operação Assistida 218.549,92 4,89% 6.7 Equipamentos 1.721.535,23 38,54% SUBTOTAL BDI 4.467.138,13 100,00% 16% 714.742,10 TOTAL (COM BDI) 5.181.880,23 5.2 5.3 5.4 6.1 Serviços Técnicos V A LO R T O T A L A C UM ULA D O C / B D I 1.961,34 1.961,34 3 1.961,34 70.591,62 27.529,02 1.152.321,53 25,80% 4 1.961,34 5 6 7 8 9 10 46.160,27 46.160,27 46.160,27 46.160,27 11 12 13 14 15 16 QUANTIDADE DE PARCELAS 4 1.961,34 1.961,34 1.961,34 1.961,34 8 73.348,36 73.348,36 73.348,36 73.348,36 4 5.193,26 5.193,26 5.193,26 4 5.193,26 4 70.591,62 29.919,56 29.919,56 - 4 27.529,02 - 12 - 8 - 6 27.529,02 27.529,02 27.529,02 27.529,02 27.529,02 27.529,02 27.529,02 27.529,02 144.040,19 144.040,19 144.040,19 144.040,19 144.040,19 144.040,19 144.040,19 144.040,19 21.306,71 21.306,71 21.306,71 21.306,71 21.306,71 21.306,71 54.637,48 286.922,54 286.922,54 286.922,54 286.922,54 286.922,54 286.922,54 54.637,48 54.637,48 54.637,49 6 130.001,54 130.001,54 100.081,98 244.122,17 268.185,61 555.108,15 606.461,68 606.461,68 531.151,98 531.151,98 488.411,31 57.448,58 54.637,48 54.637,48 54.637,48 20.800,25 20.800,25 16.013,12 39.059,55 42.909,70 88.817,30 97.033,87 97.033,87 84.984,32 84.984,32 78.145,81 9.191,77 8.742,00 8.742,00 8.742,00 8.742,00 150.801,78 150.801,78 116.095,09 283.181,71 311.095,31 643.925,46 703.495,55 703.495,55 616.136,30 616.136,30 566.557,12 66.640,35 63.379,48 63.379,48 63.379,48 63.379,49 54.637,49 150.801,78 301.603,57 417.698,66 700.880,37 1.011.975,68 1.655.901,14 2.359.396,69 3.062.892,23 3.679.028,53 4.295.164,83 4.861.721,95 4.928.362,31 4.991.741,78 5.055.121,26 5.118.500,74 5.18 1.8 8 0 ,2 3 P E R C E N T UA L M E N S A L 2,91% 2,91% 2,24% 5,46% 6,00% 12,43% 13,58% 13,58% 11,89% 11,89% 10,93% 1,29% 1,22% 1,22% 1,22% 1,22% P E R C E N T UA L A C UM ULA D O 2,91% 5,82% 8,06% 13,53% 19,53% 31,96% 45,53% 59,11% 71,00% 82,89% 93,82% 95,11% 96,33% 97,55% 98,78% 10 0 ,0 0 % 30 4