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Relatório de revisão sobre as demonstrações contábeis intermediárias
Aos Administradores e Acionista da
Caixa Econômica Federal - CAIXA
Introdução
Revisamos as demonstrações contábeis intermediárias individuais da Caixa Econômica Federal –
CAIXA (“CAIXA” ou “Instituição”) e as demonstrações contábeis intermediárias consolidadas da Caixa
Econômica Federal - CAIXA e sua controlada (“Consolidado”), que compreendem os balanços
patrimoniais individual e consolidado em 31 de março de 2014 e as respectivas demonstrações
individuais e consolidadas do resultado, das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa
para o período de três meses findo naquela data, incluindo as notas explicativas.
A administração é responsável pela elaboração e adequada apresentação dessas demonstrações
contábeis intermediárias individuais e consolidadas de acordo com as práticas contábeis adotadas no
Brasil aplicáveis às instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil – BACEN na
elaboração de demonstrações contábeis intermediárias. Nossa responsabilidade é a de expressar
uma conclusão sobre essas demonstrações contábeis intermediárias com base em nossa revisão.
Alcance da revisão
Conduzimos nossa revisão de acordo com as normas brasileiras e internacionais de revisão de
informações intermediárias (NBC TR 2410 - Revisão de Informações Intermediárias Executada pelo
Auditor da Entidade e ISRE 2410 - Review of Interim Financial Information Performed by the
Independent Auditor of the Entity, respectivamente). Uma revisão de informações intermediárias
consiste na realização de indagações, principalmente às pessoas responsáveis pelos assuntos
financeiros e contábeis e na aplicação de procedimentos analíticos e de outros procedimentos de
revisão. O alcance de uma revisão é significativamente menor do que o de uma auditoria conduzida
de acordo com as normas de auditoria e, consequentemente, não nos permitiu obter segurança de
que tomamos conhecimento de todos os assuntos significativos que poderiam ser identificados em
uma auditoria. Portanto, não expressamos uma opinião de auditoria.
Conclusão
Com base em nossa revisão, não temos conhecimento de nenhum fato que nos leve a acreditar que
as demonstrações contábeis intermediárias individuais e consolidadas acima referidas não foram
elaboradas, em todos os aspectos relevantes, de acordo com as práticas contábeis adotadas no
Brasil aplicáveis às instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil.
Uma empresa-membro da Ernst & Young Global Limited
Ênfases
Créditos com FCVS
Chamamos a atenção para a nota 7(b) às demonstrações contábeis intermediárias, que descreve que
em 31 de março de 2014 a CAIXA (individual e consolidado) possui créditos junto ao Fundo de
Compensação de Variações Salariais – FCVS no montante líquido de R$ 21.025 milhões. Os
financiamentos habitacionais encerrados com cobertura do FCVS, ainda não homologados, montam
R$ 8.598 milhões e a sua efetiva realização depende da aderência a um conjunto de normas e
procedimentos definidos em regulamentação emitida pelo FCVS. A CAIXA estabeleceu critérios
estatísticos para estimar as perdas decorrentes de operações que não venham a atender a essas
normas, para as quais constituiu provisão no valor de R$ 3.221 milhões. A realização dos créditos
relacionados a financiamentos habitacionais já homologados pelo FCVS, no montante de R$ 15.648
milhões, em 31 de março de 2014, segue um processo de securitização, conforme previsto na Lei
10.150 de 2000. Nossa conclusão não está modificada em função desse assunto.
Créditos tributários
Chamamos a atenção para a nota 20 às demonstrações contábeis intermediárias, que descreve que,
em 31 de março de 2014, a CAIXA (individual e consolidado) possui R$ 23.234 milhões de créditos
tributários de imposto de renda, contribuição social, PASEP e COFINS apurados sobre prejuízos
fiscais, diferenças temporárias e contribuição social a compensar, deduzidos de provisão para
realização desses créditos no valor de R$ 2.679 milhões. O valor líquido de R$ 20.555 milhões,
registrado no ativo, refere-se à estimativa da administração considerando a realização prevista para
os próximos dez exercícios sociais. A realização desses créditos tributários está diretamente
relacionada à geração de lucros tributáveis futuros, a qual pode variar da atual estimativa da
administração. Nossa conclusão não está modificada em função desse assunto.
Créditos tributários em controlada em conjunto
Em 31 de março de 2014, a controlada em conjunto Banco Panamericano S.A. possui créditos
tributários de imposto de renda e contribuição social, no montante de R$ 2.732 milhões, reconhecidos
substancialmente com base em estudo do cenário atual e futuro efetuado em dezembro de 2013,
cujas premissas principais utilizadas foram os indicadores macroeconômicos, de produção, custo de
captação, o ingresso de recursos por meio do reforço de capital e realização de ativos. A realização
desses créditos tributários depende da materialização dessas projeções e do plano de negócios na
forma como aprovados pelos órgãos da Administração do Banco Panamericano S.A. Nossa
conclusão não está modificada em função desse assunto.
Outros assuntos
Demonstrações do valor adicionado
Revisamos, também, as demonstrações intermediárias do valor adicionado (DVA), individual e
consolidado, referentes ao período de três meses findo em 31 de março de 2014, preparadas sob a
responsabilidade da administração da CAIXA, cuja apresentação está sendo efetuada de forma
voluntária pela CAIXA. Essas demonstrações foram submetidas aos mesmos procedimentos de
revisão descritos anteriormente e, com base em nossa revisão, não temos conhecimento de nenhum
fato que nos leve a acreditar que não foram elaboradas, em todos os seus aspectos relevantes, de
acordo com as demonstrações contábeis intermediárias individuais e consolidadas tomadas em
conjunto.
Revisão dos valores correspondentes a períodos anteriores
Os valores correspondentes aos balanços patrimoniais individuais e consolidados em 31 de março de
2013, e às demonstrações individuais e consolidadas do resultado, das mutações do patrimônio
líquido, dos fluxos de caixa e dos valores adicionados referentes ao período de três meses findo em
31 de março de 2013, apresentados para fins de comparação, ora reapresentados em decorrência
dos assuntos descritos na nota 3(t), foram revisados por outros auditores independentes que
emitiram relatório datado em 7 de julho de 2014, que não conteve qualquer modificação, contendo
ênfases sobre os créditos com FCVS e créditos tributários.
Reemissão do relatório dos auditores independentes
Em 20 de maio de 2014 emitimos relatório de revisão, sem modificação, contendo as mesmas
ênfases acima descritas, sobre as demonstrações contábeis intermediárias individuais e consolidadas
da CAIXA referentes ao período de três meses findo em 31 de março de 2014. Posteriormente à
emissão do nosso relatório, o auditor antecessor foi recontratado para revisar os assuntos descritos
na nota 3(t) e emitir relatório sobre as informações correspondentes alteradas, que estão sendo
apresentadas juntamente com as demonstrações contábeis intermediárias individuais e consolidadas
do período corrente. Consequentemente, estamos reemitindo nesta data, o nosso relatório de
revisão, fazendo referência à revisão efetuada por outros auditores independentes sobre os saldos
comparativos ajustados referentes ao trimestre findo em 31 de março de 2013.
São Paulo, 7 de julho de 2014
ERNST & YOUNG
Auditores Independentes S.S.
CRC - 2SP 015.199/O-6
Eduardo Braga Perdigão
Contador CRC-1CE013803/O-8
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