CONHECIMENTO Educação e bons negócios Universidades Corporativas ganham projeção nas organizações ESTILO Existe vida sem chefe? Uma vida sem chefe é possível ou não passa de uma ilusão? Julho/2014 Ano 37 - nº 337 GESTÃO DE RELACIONAMENTOS A comunicação como ferramenta no mundo corporativo GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO METODISTA Estudar Administração na Metodista me permite trabalhar prática e teoria juntas. processoseletivo.metodista.br Transforme sua vida. Transforme a realidade. Para mais informações, acesse: processoseletivo.metodista.br Grande São Paulo: 11 4366 5000 | Outras localidades: 0800 889 2222 Fabiana Aluna do Bacharelado em Administração facebook.com/universidade.metodista / twitter.com/metodista Qualidade | Inovação | Desenvolvimento Regional | Internacionalização INOVAÇÃO DESDE 1938 Conheça a lista de cursos: GRADUAÇÃO CREDENCIADA PELO MEC DESDE 2005 Portaria MEC 244, 31/05/13 Gestão e Negócios • Administração [Presencial e EAD] • Administração – Comércio Exterior [Presencial] INSCREVA-SE: • Ciências Contábeis [Presencial] • Gestão Ambiental [EAD] • Gestão Financeira [EAD] • Gestão Pública [EAD] • Gestão da Qualidade [EAD] • Gestão de Recursos Humanos [EAD] • Gestão da Tecnologia da Informação [Presencial] • Logística [Presencial e EAD] • Marketing [Presencial e EAD] • Processos Gerenciais [Presencial e EAD] PÓS-GRADUAÇÃO – LATO SENSU Gestão e Negócios • Controladoria e Finanças [Presencial e EAD] • Gerenciamento de Projetos de TI com Práticas Alinhadas ao PMI® [EAD] • Gestão da Qualidade [EAD] • Gestão Empresarial [Presencial e EAD] • Gestão Estratégica de Pessoas e Psicologia Organizacional [Presencial e EAD] • Marketing [EAD] • MPA – Gestão Pública [EAD] Editorial Gerir relacionamentos é determinante para os negócios gestores constroem e mantêm bons relacionamentos contribuem na criação de negócios sustentáveis. Saber gerir relacionamentos com a sua equipe não tem importância menor para o líder, pelo contrário. O gestor sem uma comunicação interpessoal eficiente prejudicará sua equipe, pois dele espera-se um exemplo a ser seguido. É dele o papel de mediar e buscar soluções para a boa comunicação. É preciso entender que o relacionamento interpessoal é essencial para uma organização destinada a promover o necessário encontro das referências culturais da empresa com a criatividade para que o capital humano, o ativo maior das empresas, possa se transformar. E continuamente evoluir. É necessário compreender ainda que a gestão do networking é determinante para uma empresa e torna-se uma fonte qualificada para a geração de negócios. E, nesse contexto, há uma constatação importante: ela começa pela liderança, de quem se espera uma comunicação interpessoal eficiente. MARCELO MARQUES A Comunicação de uma empresa é como um mapa que revela a sua geografia e organiza informações e relacionamentos. É fácil constatar quando gera ruídos: começa nos relacionamentos, com mensagens mal interpretadas que interferem nos negócios e, às vezes, vão além. O desafio de consolidar a boa comunicação com o universo dos relacionamentos é decisivo ao êxito das empresas. Não é novidade que vivemos em uma época de dispersão e abundância de informação. Mas a comunicação nem sempre é eficaz. Dessa forma, a gestão do relacionamento é muito mais que relevante, torna-se uma força dominante para o desfecho positivo de estratégias empresariais e práticas cotidianas. Existem fortes razões para o administrador se preocupar com o indispensável networking. No entanto, ter os contatos múltiplos, constantes e necessários ao trabalho, nem sempre significa que uma informação não mudará em um percurso de negociação. Seja por conta de interpretações erradas, de informações que não foram ouvidas ou compreendidas, de feedbacks não dados, de falta de clareza. Ou ainda de dificuldades para ouvir. É algo complexo. Não se pode negar que por trás dos números, dos lucros e dos bons resultados de qualquer organização, estão as pessoas e os relacionamentos. A maneira como se firmam as relações entre as empresas, seus clientes, seus fornecedores, é determinante para o desempenho positivo de qualquer negócio. Daí investir no relacionamento interpessoal. Os líderes devem estabelecer uma relação de confiança mútua com as equipes, e construir bons relacionamentos com os clientes, fornecedores e outros públicos. Organizações cujos Adm. Walter Sígollo Presidente do Conselho Regional de Administração de São Paulo - CRA-SP 3 facebook.com/ twitter.com/ oficial.crasp Presidente Administrador Walter Sigollo Diretoria Adm. José Alfredo Machado de Assis Vice-presidente Administrativo Adm. Milton Luiz Milioni Vice-presidente de Relações Externas cra_sp SÃO JOSÉ DO RIO PRETO RIBEIRÃO PRETO PRESIDENTE PRUDENTE BAURU CAMPINAS SÃO JOSÉ DOS CAMPOS Adm. Alberto Emmanuel de Carvalho Whitaker Vice-presidente de Planejamento SOROCABA Adm. Hamilton Luiz Corrêa Vice-presidente para Assuntos Acadêmicos Adm. Teresinha Covas Lisboa 1ª Secretária GRANDE SÃO PAULO SANTOS Seccionais CRA-SP Adm. Roberto Carvalho Cardoso 2ª Secretário Adm. Antonio Geraldo Wolff 1º Tesoureiro Adm. Álvaro Augusto Araújo Mello 2º Tesoureiro Conselheiros Arlindo Vicente Junior, Carlos Antonio Monteiro, Edgar Kanemoto, Luiz Carlos Marques Ricardo, Luiz Carlos Vendramini, Marco Antônio Sampaio de Jesus, Nelson Reinaldo Pratti, Rogério Góes, e Silvio Pires de Paula (representante do CRA-SP no CFA) Conselho Editorial Coordenador: José Alfredo Machado de Assis. Integrantes: Hamilton Luiz Corrêa, Luiz Carlos Marques Ricardo, Luiz Carlos Vendramini, Milton Luiz Milioni, Roberto Carvalho Cardoso, Teresinha Covas Lisboa e Maria Cecilia Stroka Redação Editora-chefe Maria Cecilia Stroka (Mtb 18.357) Editor Mauricio Duarte Repórter Marcos Yamamoto Estagiários Wanessa Santos Alex Dias Publicidade Publicidade Nominal Representações Diagramação e arte Propagare Comercial Ltda. Impressão Plural Editora e Gráfica Ltda. Tiragem 45.000 exemplares A RAP é uma publicação mensal do Conselho Regional de Administração de São Paulo (CRA-SP), órgão regulamentador da profissão de administrador, sob a responsabilidade do seu Conselho Editorial. As reportagens não refletem necessariamente a opinião do CRA-SP. Rua Estados Unidos, 889 Jd. América – 01427-001 – SP Tel.: (11) 3087-3200 [email protected] www.crasp.gov.br Seccional de Bauru Delegado: Adm. William Lisboa Simas Coordenador Regional: Adm. Carlos Eduardo Sperança Rua Rio Branco, 15-15, sala 31, Centro 17015-311 - Bauru - SP Tel.: (14) 3223-1857 [email protected] Seccional de Campinas Coord. Regional: Adm. Elcio Eidi Itida Rua Maria Monteiro, 830, cj. 53, Cambuí 13025-151 – Campinas – SP Tel.: (19) 3307-8555 [email protected] Seccional de Presidente Prudente Analista: Adm. Manoel Barreto de Souza Assistente: Mônica Costa Rodrigues de Oliveira Av. Cel. José Soares Marcondes, 871, sala 132, Bosque 19010-080 - Presidente Prudente - SP Tel.: (18) 3916-7544 [email protected] Seccional de Ribeirão Preto Delegado: Adm. Marcos Silveira Aguiar Coordenadora Regional: Adm. Fátima Angélica R. Moura Av. Braz Oláia Acosta, 727, cj. 109 - Jardim Califórnia 14026-040 - Ribeirão Preto - SP Tel.: (16) 3621-1061 [email protected] Seccional de Santos (Baixada Santista e Vale do Ribeira) Coordenadora Regional: Adm. Renata Farias Pizarro Busch Av. Ana Costa, 296, sala 14, Campo Grande 11060-000 - Santos - SP Tel.: (13) 3221-9357 [email protected] Seccional de São José do Rio Preto Coordenador Regional: Adm. Eduardo Gomes de Azevedo Junior Rua Imperial, 59, salas 1 e 2, Vila Imperial 15015-610 - São José do Rio Preto - SP Tel.: (17) 3305-1765 [email protected] Seccional de São José dos Campos (Vale do Paraíba e Litoral Norte) Coordenador Regional: Adm. Dejair Dutra de Souza Rua Euclides Miragaia, 700, sala 25, Centro 12245-820 - São José dos Campos - SP Tel.: (12) 3923-9954 [email protected] Seccional de Sorocaba Coordenadora Regional: Adm. Aida Rodrigues Avenida Antônio Carlos Comitre, 510, sala 86, Parque Campolim 18047-620 - Sorocaba - SP Tel.: (15) 3233-8565 [email protected] Existe vida sem chefe? Trabalhar por conta própria requer disciplina para ser chefe de si mesmo GETTY IMAGES Sumário 3 Editorial 6 Perfil Raul Corrêa da Silva conta sua trajetória de administrador multifacetado em Estilo GETTY IMAGES Planejar o sucesso: o Planejamento Estratégico demanda controle constante e revisão de metas para obter sucesso em Na Prática Gestão de Relacionamentos A comunicação como ferramenta de negociação e networking no mundo corporativo 16 Conhecimento Saiba como funcionam e quais as vantagens das Universidades Corporativas getty images Gestão de relacionamentos: a comunicação como ferramenta de negociação em Capa 10 Capa 20 Na Prática Planejamento Estratégico requer atenção constante do administrador 24 Estilo Vida sem chefe: demandas de quem busca essa meta não podem ser subestimadas 28 Dicas Conheça os dez aplicativos indispensáveis ao administrador 30 Notícias Administração lidera escolha de estudantes, Auditoria e mais 34 Opinião Adm. Carlos Antonio Monteiro Perfil Carlos Santos por Mauricio Duarte Um administrador multitarefas Raul Corrêa da Silva, homenageado pelo CRA-SP, conta sua trajetória de vendedor de pipas a presidente da BDO-Auditores Independentes R aul Corrêa da Silva é, acima de tudo, um empreendedor multifacetado. Homenageado com a distinção Administrador Destaque, concedida pelo CRA-SP no último mês de junho, o presidente da empresa de auditoria BDO Brazil tem uma personalidade que o permite tran6 sitar em diferentes áreas com uma característica comum em todas elas: a paixão. “Quando você faz o que gosta, fica tudo tão mais fácil”, conta, ao comentar seus diferentes projetos. Além da BDO, Raul foi diretor financeiro do Corinthians- justamente na época em que o clube viveu uma explosão em termos de arrecadação, com a chegada de Ronaldo e os títulos subsequentes – é sócio de um restaurante e possui uma empresa de cosméticos. Além disso, é presidente do Conselho Fiscal da AACD (Associação de Assistência à Criança Deficiente) desde 1999. Os cargos no clube alvinegro e na instituição beneficente, obviamente, não são remunerados. “Porque a vida não é só trabalhar, ganhar e se preocupar com sua família. Por mais que esse seja seu problema primário, não é só isso. No que tiver condições de ajudar, é importante. Ajudo dentro do que conheço. Não sou médico, mas conheço números. Acho que tem que ajudar as pessoas a crescerem, e não dando dinheiro”, explica. Atualmente, a BDO é a quinta maior companhia de auditoria e consultoria dentre as que operam no Brasil, atrás do denominado Big Four, as quatro maiores do planeta: PwC, Deloitte Touche Tohmatsu, Ernst & Young e KPMG. A meta, segundo Raul, é ter “50% da número quatro do país até 2019”. O grupo foca em pequenas e médias empresas, fazendo com que esse seja um diferencial em relação aos concorrentes gigantes. Com 20 filiais espalhadas pelo Brasil e cerca de mil profissionais, a companhia segue sob o pulso do presidente que fundou sua primeira empresa aos 23 anos de idade. Depois, trabalhou na antiga Arthur Andersen em 1976, em um departamento chamado “Small Business”, justamente focado nas pequenas empresas. De seu escritório, em um prédio do centro de São Paulo de vários andares ocupado pela empresa, Raul concedeu uma entrevista a esta edição da RAP. Nela, ele fala sobre o mercado, sobre a profissão do administrador e, claro, sobre sua paixão alvinegra, o Corinthians. RAP: Como você iniciou sua carreira? Raul Corrêa da Silva: Eu comecei tudo muito cedo. Desde moleque, sempre tive ideia de fazer coisas. Quando era menino, vendia papagaio. Montei uma linha de produção de pipas com as minhas irmãs. Coloquei todas elas para trabalhar comigo. Vendia para lojas. Comecei com oito anos. Iniciou com amigos, mas depois sempre tem uma mercearia, alguém para comprar. E comecei a trabalhar por causa do Corinthians mesmo. Eu frequentei muito o clube de 67 a 69, a política lá era bem eferves- cente. Em 69 eu ajudei a fundar a Gaviões da Fiel. Teve uma briga política lá e meu nome saiu no jornal como vítima. Meu pai falou que não financiava mais viagens atrás do Corinthians. E com isso eu fui trabalhar. Entrei na faculdade com 17 anos, fiz Contábeis e em seguida Administração. RAP: E essa entrada no mundo corporativo, como foi? Raul Corrêa da Silva: Com 20 anos fui para a Arthur Andersen. Em 1982, eu fundei com um amigo uma empresa de auditorias, que chamava Terco. Fiquei junto até 2001 e vendi minha metade. Fiquei fora do negócio de auditoria até o final de 2004. Nesse meio tempo fazia serviços voltados à administração mesmo, finanças corporativas, análise de sustentabilidade. A partir de 2005 voltei para o mercado de auditoria e foi quando começamos a crescer. Em 2005 devíamos ter 40 ou 50 pessoas, começamos aqui do zero, pela não competição. E fomos crescendo. Desde 2001 somos BDO. RAP: Como você avalia o cenário do país para atingir suas metas de crescimento nos próximos anos? Raul Corrêa da Silva: No fundo você vive de riqueza e não de pobreza. Precisamos manter a estabilidade política, não pode ter muita variação. Precisa ter um país com foco e estratégia de crescimento. Temos que ter, talvez, menos política envolvendo a economia. Você avalie algumas coisas que temos visto com empresas estatais, por exemplo. Ter o nome de uma empresa dessas envolvida em problemas, não ajuda. Não estou entrando no mérito de certo ou errado, apenas dizendo que não ajuda. Porque o capital é covarde. Você precisa demonstrar uma estabilidade econômica e política muito claras para ser atrativo. O Brasil perdeu uma grande oportunidade de ter os olhos do mundo investindo na gente. Estamos há um ano com esses protestos, passeatas, que chega uma hora que também não ajuda. Assusta. Estamos em ano eleitoral. Não importa quem vença. Pode ver que quando o Lula entrou, a economia traçada pelo Fernando Henrique Cardoso não mudou. Então você pode fazer um ajuste, mas não pode perder o foco. RAP: Você confia em um crescimento? Raul Corrêa da Silva: Quando você é um player 7 Perfil De certa forma, conseguimos nos safar das crises dos EUA e da Europa. Com o PIB crescendo 1%, tudo bem. Mas cresceu 1%, não caiu. O Brasil tem uma capacidade de sobrevivência e de se firmar muito grande. Acabamos de ter o exemplo da Copa do Mundo agora. Carlos Santos RAP: Qual sua avaliação da Copa, como empresário e como personalidade envolvida no mundo do futebol? Raul Corrêa da Silva: Eu acho que a Copa foi um grande exemplo. O povo a gente já sabia que se mistura com todo mundo. A Copa vai dar legado. Fala-se muito em estádios, mas tem que lembrar que fomos obrigados a investir de verdade em aeroportos, por exemplo. Coisa que não se fazia há muito tempo. Isso foi feito. O estádio é a menor parte de uma Copa. Você está pegando um país que tem uma caraterística real de trazer turista e está ampliando isso. Mesmo o que não está pronto, vai ficar. Porque as obras começaram e estão em um processo irreversível. Acredito que foi bom, assim como as Olimpíadas também serão. Raul Corrêa da Silva ao lado de sua esposa, Vera mundial, tem que seguir a regra do jogo. Do contrário, é excluído. No momento em que tem uma estratégia mundial, você pode ter ajustes de características, mas dentro do dia a dia não pode fugir muito. Por isso não podemos correr riscos de perder as oportunidades. Mas eu sou otimista. Não tem como o Brasil não continuar crescendo. Podemos patinar um ou dois anos. Existem coisas que não se mantêm por muito tempo. Existe o DNA, seja das empresas, dos países ou das pessoas. A China tem o dela, a Índia tem o dela, a Rússia também. Mas dessas empresas que estão dentro do BRIC, quem mais tem o DNA próximo ao mundo ocidental efetivamente somos nós. Nossas regras são assim, o sistema bancário, o judiciário etc. Em um determinado momento, o capital pode até migrar para outro país, mas tem uma durabilidade curta. 8 RAP: Sua atividade é sempre muito diversificada, seja como diretor do Corinthians, como presidente da empresa. Que característica você acha que o conduziu para o sucesso em todas elas? Raul Corrêa da Silva: Atitude. Não adianta filosofar muito. Eu procuro ter muita agilidade no planejamento e na execução. E maior agilidade ainda em consertar o que faço errado. Eu não tenho nenhum medo de fazer e também não possuo vergonha nenhuma de consertar o que fiz de errado. Quando fui fazer administração, um professor contou uma história de um filósofo que era apaixonado por uma moça. Ele criou coragem e a pediu em casamento. A moça aceitou. Ele voltou para casa e ficou pensando se tinha feito bem ou não. Oito anos depois decidiu que sim e foi procurá-la. Ela já estava casada e com dois filhos. Ele ficou muito tempo pensando. Precisa ter um timing de planejamento, mas precisa ter um deadline. O planejamento é democrático e a execução é ditatorial. A minha principal característica é a da ação. O empreendedorismo sempre fez parte de mim. Não consigo ficar em uma coisa só. É como quando era criança, que eu vendia pipa, vendia revista na feira. Eu precisava disso? Não, sou classe média normal. Meu pai teve escritório de contabilidade. Nunca me faltou nada. É questão de natureza mesmo. RAP: Vocês buscam muitos profissionais nas universidades. Como avalia a relação entre formação e o mercado de trabalho? Raul Corrêa da Silva: Apesar de nossas faculdades estarem procurando se desenvolver, ainda tem muita distância entre o diálogo da universidade e o mercado de trabalho. Nós contratamos pessoas de praticamente quatro formações: administração, contabilidade, direito e economia. Nós temos que colocar todos em sala de aula para dar treinamento. Pegamos no início do curso e é raro contratarmos alguém formado, porque o limite de idade para contratação é de 24 anos. Não é uma profissão de universidade de ponta. Se pegarmos formados em uma universidade de ponta, não dá 5% da nossa equipe. Pela característica da profissão, em que você cresce muito, a empresa investe em você, precisa dar um sangue. É devagar e sempre. Investimos 13% das nossas horas treinando gente. Isso é bastante. Nós vamos em muitas universidades. Nosso último processo seletivo teve 23 mil pessoas, para contratar 150. No Brasil todo. É uma situação em que acreditamos. As faculdades que não se desenvolvem, o mercado vai eliminar também. A gente acredita muito nesse trabalho de universidade junto com a empresa. É a grande fonte que você tem para montar sua equipe. RAP: Qual foi o impacto que a tecnologia teve nos negócios para vocês, no trabalho diário? Raul Corrêa da Silva: A tecnologia mudou tudo. Vivemos em uma época sem papel. Temos um departamento de tecnologia. O sistema e as formas de trabalho se modificaram. A forma de trabalho aqui é exatamente igual a da BDO da Indonésia. Os sistemas são globalizados e você precisa estar dentro disso. Nosso investimento em tecnologia talvez esteja em 4% da receita. É o tempo inteiro. Um investimento continuado. RAP: Como você vê a questão tributária no Brasil, já que está diretamente ligada aos negócios da BDO, como auditoria e consultoria? Raul Corrêa da Silva: O Brasil tem uma carga tributária alta e complexa. Demanda, e muito, uma reforma. Tem que ser uma pauta permanente. Carecemos disso. Uma reforma real. RAP: Fale um pouco do trabalho realizado no Corinthians. Raul Corrêa da Silva: Era uma diretoria sem remuneração. Quando entramos, tivemos que encarar uma dívida muito grande. Tínhamos faturado R$ 56 milhões e a dívida era de R$ 100 milhões. Viajei às minhas custas para Barcelona, porque o clube lá tinha passado por uma coisa similar e havia se tornado o maior do mundo. Eles me falaram da importância de ter o estádio e tudo o mais. Pedi que eles viessem a São Paulo contar a história deles para a diretoria. Eles vieram. Eles disseram que estádio e time de ponta eram os fatores mais importantes. A partir daí construímos um trabalho vitorioso com a vinda do Ronaldo e todo o resto. RAP: A exposição em um cargo desses contribuiu com sua carreira? Raul Corrêa da Silva: A exposição, quando você tem um ambiente político, é para o bem e para o mal. Precisa tomar cuidado. Mas sem sombra de dúvida é importante. Tanto que evito fazer misturas. Fiquei muitos anos sem colocar no meu currículo da empresa que eu era diretor de finanças do Corinthians. Mas começaram a falar no mercado que eu não contava, meio parecendo que eu queria esconder. Aí coloquei de uma vez. RAP: Como dividir o tempo entre tantas tarefas que você realiza? Raul Corrêa da Silva: Eu não tenho receios de ter sócios e gerentes. Isso facilita. Além disso, precisa de um calendário bem regrado, planejar seu tempo. Evitar o que não precisa fazer. Tem que saber delegar e controlar. É isso o tempo inteiro. Foco meu timing na criação, na ação e nas decisões. 9 Capa por Mauricio Duarte Falando a mesma língua GETTY IMAGE Gestão de relacionamentos: A comunicação como ferramenta no mundo corporativo 10 R elações humanas se dão por meio da comunicação. Em todas as esferas da complexa sociedade em que vivemos, afinar o conceito de ser compreendido pelo outro pode ser determinante para o sucesso. O mesmo vale no mundo corporativo, tanto para profissionais quanto para organizações. Falhas no diálogo podem gerar ruídos que comprometem os resultados de empresas e de indivíduos. Uma comunicação eficiente está diretamente ligada à gestão de relacionamentos dentro de uma organização, bem como a manutenção de uma saudável rede de contatos e o diálogo contínuo entre líderes e suas equipes, com constantes feedbacks e troca de informações claras e precisas. Além disso, é determinante para a capacidade de negociação de um indivíduo. A comunicação deve ser objetiva, curta e organizada. Isso implica em pensar antes de falar. Em muitas ocasiões, produzimos um efeito negativo que é difícil de desfazer. Para não incorrer em erro, precisamos segurar a ansiedade e o nervosismo. “Quando somos muito afoitos, dizemos coisas de mau jeito. E tudo aquilo que a gente fala, não tem jeito de apagar”, afirma José Augusto Minarelli, fundador e presidente da Lens & Minarelli Associados, consultoria especializada em carreira. Quem desenvolve a capacidade de comunicação, aumenta o poder pessoal de influenciar, persuadir, envolver, ensinar e cativar. Mas não adianta ter esse poder se não vier atrelado com princípios éticos de deixar o mundo melhor do que encontrou, segundo o administrador Reinaldo Passadori, especialista em comunicação ver- bal e CEO do Instituto Passadori de Educação Corporativa. Existem duas forças poderosas na comunicação: a forma e o conteúdo. Mesmo quando o conteúdo é bom, a forma pode ser equivocada e o problema se instaura nos relacionamentos pessoais e profissionais "A informação deve ser com qualidade, o que pressupõe conhecimento do mundo e autoconhecimento. As pessoas que estão em uma estrutura antiga, ligadas ao 'manda quem pode, obedece quem tem juízo', deixam de existir em um mundo em que as pessoas são respeitadas e a comunicação flui", diz. Para a gerente de liderança da DMRH, Sirley Almeida, a comunicação está no centro da gestão de relacionamentos e de um bom Adm. Reinaldo Passadori, especialista em comunicação verbal e CEO do Instituto Passadori de Educação Corporativa 11 Capa José Augusto Minarelli diz que a boa comunicação é objetiva, curta e organizada networking. A desenvoltura na comunicação ajuda de uma maneira geral. Seja no feedback, na condução de reuniões ou na hora de fazer apresentações. “Se eu aprender a me comunicar com mais clareza, precisão, adequando a linguagem ao público, a comunicação ficará mais uniforme. Faz parte da missão do líder também checar se aquilo que ele passou foi entendido”, conta. A questão do entendimento, inclusive, torna-se fundamental para não gerar ruídos. As consequências ocasionadas por falhas na comunicação podem ser graves dentro de uma organização. Se o colaborador não entender algo e continuar agindo da mesma maneira ou repassando uma informação equivocada, uma bola de neve pode se formar e impactar negativamente nos resultados. O nível do problema poderá evoluir e se tornar quase ou totalmente irreversível. A estratégia da empresa pode ser comprometida se a comuni12 cação não for bem sucedida. Em uma rede de contatos, uma mesma informação pode sofrer alterações ao longo do caminho de uma negociação por conta de interpretações erradas. “Até mesmo a falta de criação é ocasionada pela comunicação ruim. Se você não tiver liberdade e clareza para trocar informação, fica complicado”, exemplifica Sirley. Do contrário, criam-se feudos e as pessoas começam a trabalhar olhando somente para seus objetivos, e a organização fica em segundo plano. Em um ambiente onde a comunicação não funciona bem, falta direcionamento para onde se deve seguir e os problemas que vão surgindo no meio do caminho não são resolvidos. “Essas falhas causam desentendimento. Perda de trabalho, perda de tempo, gastos desnecessários, rusgas entre as pessoas. Tudo fruto de uma comunicação incompleta, inadequada ou apressada”, diz Minarelli. Uma regra simples para ter sucesso nessa situação é ajustar nossa fala ao interlocutor. Comunicar-se com o outro do mesmo modo com que gostaria que ele se comunicasse com você. Flávio Souza, Trainer Couch e consultor da Você Vencedor Soluções Empresariais, ressalta também o aspecto negocial dos relacionamentos. Vivemos um cotidiano de negociação intermitente e nem sempre nos damos conta disso. Os resultados que obtemos nas diferentes esferas de nossa vida podem ser ligados diretamente ao sucesso ou fracasso dessas relações. “A negociação é o aspecto central do processo de tomada de decisão e é utilizada o tempo todo, mesmo que inconscientemente”, comenta. O Administrador Luiz Carlos Marques Ricardo, conselheiro do CRA-SP e coordenador do Grupo de Excelência de Estudos de Mediação e Arbitragem do Conselho, também enxerga a relação interpessoal como facilitador para o networking e, por conseguinte, para negociações e relacionamentos corporativos. “Quanto melhor for a rede de contatos na atual sociedade da informação, maior será a possibilidade de sucesso comercial, considerando as dimensões de futuro, presente e passado e as constantes mudanças dos mercados”, avalia. O papel do gestor O gestor, ou o líder, tem papel determinante dentro de uma organização também quando pensamos em relacionamentos. Uma boa e eficiente comunicação interpessoal requer um exemplo a ser seguido. É justamente a figura que desempenha papel de liderança quem Administrador Luiz Carlos Marques Ricardo, conselheiro do CRA-SP autoeducar e preparar a equipe também. Relações transparentes, clareza na comunicação, cuidado com a forma – tudo conta. Porque às vezes o conteúdo é muito bom nas relações, mas a forma da comunicação não é tão adequada, não estimula o outro a querer se desenvolver”, afirma. Portanto, na função de gestor de relacionamentos o papel do administrador dentro de uma organização é fundamental, pois as empresas necessitam da ajuda de gestores para realizar o processo de administrar e ser eficaz. Nesse contexto, administração é o processo de planejar, organizar, liderar e controlar os esforços realizados pelos membros da equipe e o uso de todos os outros recursos organizacionais para alcançar os objetivos estabelecidos. Desta maneira, a gestão de pessoas e relacionamentos é parte integrante e incondicional de seu trabalho, incluindo aí o potencial de comunicação e da realização de uma rede negocial de contatos. “Na verdade, os objetivos das organizações geralmente só podem ser alcançados através da ação coordenada de pessoas. As organizações criam valor para seus proprietários, clientes e funcionários e a motivação destes é na maior parte das vezes pautada pelos relacionamentos. Portanto, gerir pessoas e relacionamentos é condição indispensável no papel do gestor”, comenta Souza. está diretamente ligado ao fato de que as pessoas pensam em falar antes de ouvir de verdade o que o outro tem a dizer. É necessário se colocar no lugar do outro para captar a mensagem completa, avalia Marques. “Raramente alguém é elogiado por sua capacidade de escutar. Poucas pessoas crescem em um ambiente familiar tendo um bom ouvinte como exemplo. Escutamos o outro passivamente porque nossa atenção é voltada para nós mesmos. Disponibilizamos pouca atenção à conversa, interrompendo, ouvindo só o suficiente para termos chance de falar. Fingindo dar atenção ou pensando em outra coisa enquanto ouvimos. No mundo corporativo, é importante escutar e é uma atividade intelectual necessária para interpretar, avaliar e reagir à mensagem”, acrescenta. Muitas vezes nos esquecemos de algo que deveria ser uma obPara Flávio Souza, a comunicação correta é essencial para podermos negociar Ouvir mais do que falar Saber ouvir é um requisito indispensável para uma boa gestão de relacionamentos. Muito do engano que ocorre em uma negociação, uma conversa de trabalho e mesmo um feedback, DIVULGAÇÃO tem que mediar e buscar soluções para que seus subordinados se comuniquem de modo efetivo tanto dentro quanto fora da organização, seja com colegas ou clientes. Esse exemplo é pautado pelo desenvolvimento da equipe. Preocupado com a evolução de seus subordinados, ele tem a função de avaliar e ensinar visando uma melhora. “O gestor, o líder de uma equipe, educa e desenvolve as pessoas, em primeiro lugar, pelo exemplo. À medida em que ele é um bom comunicador, ele dá o exemplo de como se faz”, conta Minarelli. A função do gestor de relacionamentos, no entanto, abarca outros aspectos e competências. Tem muito a ver com postura, conforme explica Marques. “Gestores bem sucedidos têm Inteligência Interpessoal bem desenvolvida. Seus resultados são alcançados pela qualidade da comunicação e do relacionamento humano”, diz. A habilidade de reconhecer as emoções nos outros, usando essas informações como um guia para o comportamento e para a construção e manutenção dos relacionamentos. “Esses gestores necessitam desenvolver as habilidades de olhar nos olhos, cumprimentar, apertar a mão com firmeza e ter postura positiva. Conseguindo, com essas atitudes e habilidades, agregar pessoas em torno de um objetivo comum e estimular o espírito de cooperação exercendo o papel de líder”, complementa ele. Sirley concorda com a mesma linha de raciocínio. Para ela, a gestão de relacionamentos e, por consequência, as diretrizes de uma boa comunicação, são funções da liderança. “O gestor precisa se 13 Capa viedade: “o mercado de trabalho é constituído de gente”. Logo, é natural que todos tenham o que dizer. Para que isso se organize, escutar atentamente é a melhor solução. “Eu percebo que todos nós recebemos treinamento para comunicação, para falar em público, fazer apresentações, negociar, mas poucas pessoas ou organizações treinam para ouvir e fazer perguntas para entender melhor. Precisa ouvir e perguntar para fazer uma devolutiva adequada”, afirma Minarelli. Mais do que isso, escutar da maneira correta é uma ferramenta valiosa de liderança. As novas gerações, principalmente, exigem ser ouvidas. Logo, cada vez mais nas organizações a figura do gestor que ouve seus funcionários é requisitada. “Essa atribuição é cada vez mais importante. Porque nos modelos de liderança do passado, o líder tinha o papel de sempre oferecer diretrizes e caminhos. Hoje já se entende que é preciso compreender as ideias, opiniões, sentimentos e percepções das pessoas. Para isso, o líder precisa desenvolver a habilidade de escutar”, opina Sirley. Porém, para nos enquadrarmos corretamente nesse perfil de manter uma comunicação produtiva, é preciso ter disciplina. Souza atenta para o enorme número de distrações que a vida moderna nos impõe, tornando mais difícil ouvir. “Saber falar é muito importante, mas saber escutar ativamente é onde começa o estado de arte da comunicação. Escutar ativamente vai além de ouvir, pois qualquer pessoa com o sistema auditivo saudável pode ouvir, mas escutar ativamente é uma ação pró-ativa de colocar toda a atenção no interlocutor em sua comunicação verbal e não verbal sem distrações, afastar o computador, sem ficar com o olho no smartphone enquanto está conversando”, finaliza. AS SEIS PALAVRAS MÁGICAS DO NETWORKING Com QUEM eu devo falar so- bre isso? Todo mundo. É sempre possível achar uma pessoa que saiba algo que você ainda não sabe. O QUE eu falo? Fale sobre o que as outras pessoas querem saber. Deixe que os outros guiem a conversa. QUANDO é a hora mais apropriada? Qualquer horário. As pessoas adoram falar sobre si mesmas, então elas irão fornecer M o máximo de informação possí- Y vel se você demonstrar interesse CM em suas vidas. MY CY ONDE são os melhores luga- res? Todos os locais, mas mais especificamente onde você possa OS CINCO C’S DA BOA COMUNICAÇÃO melhorar a sua carreira, como em Ser claro, coerente, conciso, correto e cortês eventos de networking e confe- Os cinco C’s, são cinco características que definem a forma com que um bom profissional fala com seus superiores, pares e subordinados. rências de trabalho. POR QUE isso é uma es- tratégia tão efetiva? A cada pergunta você leva a conversação a Ser claro, conciso e correto, é a arte da objetividade, assim não desperdiça o tempo de ninguém. Ser coerente é equilibrar o que diz com o que faz e pensa, isso desperta confiança. Usar as palavras com sabedoria, não atrasar as reuniões com brincadeiras desnecessárias ou deixar ambiguidade em suas comunicações. Ser cortês é indiscutivelmente essencial em qualquer ambiente profissional, não importa o grau de formalidade do seu trabalho. Fonte: Flávio de Souza 14 C outro nível e constrói confiança. COMO eu lembro de todas as questões? Ouça atentamente. Foque no momento e você irá absorver o que a pessoa diz e conseguir responder de um jeito inteligente. Fonte: Business Insider CMY K 15 Conhecimento por Marcos Yamamoto Exemplos de educação e bons negócios Investimento de empresas em Sistemas de Educação Corporativa gera retornos e fomenta a inovação Com um número estimado de 600 organizações que possuem um sistema de educação corporativa em todo o país, as Universidades Corporativas, instituições de ensino vinculadas a empresas públicas e privadas, se consolidaram dentro do universo empresarial brasileiro como uma poderosa ferramenta de atração, retenção, aprimoramento e qualificação dos colaboradores de todos os níveis. “Anos atrás, se pensava a Universidade Corporativa como um modismo ou que iria salvar tudo da empresa. Houve um amadurecimento das lideranças empresariais, cientes de que a educação é um fator de competitividade, pois, 16 GETTY IMAGE Universidades Corporativas: sem mão-de-obra qualificada, não há ganho de produtividade. O investimento em educação passou a ser estratégico”, atesta Marisa Eboli, autora do livro “Educação Corporativa no Brasil: Mitos e Verdades” (Editora Gente). “A Universidade Corporativa ajuda a garantir a formação de pessoas com o que é estratégico para a organização, sendo indissociável da gestão conhecimento. Um dos princípios do sucesso de um Sistema de Educação Corporativa é a conectividade, justamente para que compartilhem os conhecimentos estratégicos, dissemine-os e gerem novos conhecimentos e inovem”, explica ainda Marisa, doutora em Administração e professora de Educação Corporativa do programa de pós-graduação do Departamento de Administração da FEA-USP. Ela enfatiza a importância da alta direção em direcionar e manter uma atenção especial com os andamentos da universidade. “A área de Recursos Humanos coordena o processo, com a alta administração participando das discussões estratégicas sobre o futuro da empresa, definindo os diferenciais e traduzindo em necessidades de formação. A direção será fundamental também em todo o processo de governança, nas revisões e decisões, ela deve participar como patrocinador das escolas, para que mantenham o olhar do negócio no andamento dos programas”. A Rodobens, voltada a atividades dos ramos automotivos e financeiros, fundou em 2013 a sua Universidade Corporativa com expectativas de aumentar a produtividade e desempenho dos colaboradores, frente ao desafio de ter pessoal capacitado para as17 A alta direção deve participar das decisões estratégicas acerca da Universidade, defende Marisa sumir diferentes níveis de responsabilidades. Segundo o diretor de Desenvolvimento Organizacional da companhia, Anderson Cleyton da Silva, após uma pesquisa de clima, foram definidos os direcionamentos de treinamentos e cursos para cada unidade de negócio. “Enquanto o pessoal do banco, por exemplo, precisa de um treinamento ligado ao crédito, o consórcio deve passar por um de pós-venda”, afirma. Segundo ele, cerca de 2.300 funcionários participaram de alguma atividade durante o primeiro semestre deste ano – presencial ou online. “Temos um MBA voltado para pessoas que estão se preparando para assumir posições de superintendência, gerência geral e direção. Outro treinamento é o Plano de Desenvolvimento Individual dos Potenciais Sucessores. A meta é que, no mínimo, 80% das vagas executivas em aberto sejam preenchidas internamente, e a Universidade será a base para atingir 18 isso”, relata o executivo formado em Administração. No caso do portal de e-commerce Netshoes com a Universidade Corporativa Formação Netshoes, são identificadas as competências a serem aprimoradas de cada colaborador dentro de um Plano de Desenvolvimento Individual, elaborado a partir da avaliação de desempenho e da “Trilha de Aprendizagem”. “Oferecemos medidas para o desenvolvimento dos colaboradores de forma antecipada e o aperfeiçoamento das competências essenciais. Para isso, damos cursos abertos, onde os próprios colaboradores podem se inscrever para participar, além de ser uma forma de disseminar a cultura da empresa”, informa Carolina Caldeira, gerente de Talent Management da companhia. De acordo com ela, os projetos educacionais ajudam a motivar e passar adiante os objetivos do grupo. “Essas iniciativas refletem na entrega e dedicação dos colaboradores no dia-a-dia. É uma forma de alinhar cada vez mais o time à estratégia da loja virtual”, completa. Eros Jantsch, diretor de Canais e Operações da Bematech, conta que a UC da corporação procura atender pontos importantes aos negócios em áreas ligadas à Administração. “Vivemos em um mundo dinâmico e bastante competitivo, e isso faz com que os gestores e colaboradores de todas as empresas precisem estar cada vez mais capacitados. Foi com este objetivo que criamos uma série de cursos como gestão financeira, planejamento estratégico, aspectos tributários, entre outros”, conta. Apesar de todas as possibilidades a favor das corporações e da sociedade, na visão de Marisa, um Sistema de Educação Corporativa não deve ser visto como uma salvação para as deficiências do ensino brasileiro em instituições de ensino públicas e privadas desde o nível fundamental. “A Universidade Corporativa não nasceu para suprir lacunas do sistema educacional formal, mas, no Brasil, ela passa a ter esse duplo papel. Hoje temos um apagão de mão-de-obra e uma carência do sistema formal de educação, isso obriga as empresas a investir na complementação da mão-de-obra. Como ainda temos um analfabetismo funcional alto, é necessário dar a alguns funcionários operacionais a capacidade do aprendizado contínuo com um maior domínio da linguagem e da matemática”. As diversas áreas de atuação podem demandar diferentes prioridades de cursos, explica Silva divulgação divulgação Conhecimento Fatores críticos para uma empresa implantar uma Universidade Corporativa 1 Envolvimento da liderança: se os líderes não “comprarem a ideia” e não se envolverem enquanto projeto, o Sistema de Educação Corporativa não “decolará”; 2 Gestão geral do Sistema de Educação Corporativa: só quem sabe e faz bem pode ensinar. Logo, a gestão dos processos deve ser um exemplo para obter credibilidade na organização; 3 Integração com modelo de gestão de pessoas: isolando-se dos demais processos e ferramentas de Gestão de Pessoas, o Sistema de Educação Corporativa (SEC) perderá seu potencial de contribuição para a organização; 4 Comunicação: é fundamental saber trabalhar a marca do SEC e se comunicar adequadamente com os públicos-alvo mostrando a proposta de valor para indivíduos e organização. Sem isso, difícil obter reconhecimento e valorização do SEC. 5 Estrutura organizacional e física: fazer mais com a mesmo estrutura do antigo Centro de Treinamento & Desenvolvimento, nem sempre funciona. É preciso investir para alcançar resultados ambiciosos; 6 Tecnologia: sozinha ela não fará milagre; só bem utilizada alavancará qualquer ação ou solução de aprendizagem, com abrangência, capilaridade e baixo custo marginal; 7 Recursos pedagógicos: gestão é bom, mas não é tudo; a essência da aprendizagem e sua correta aplicação devem ser seguidas; 8 Sistema de avaliação de resultados: é preciso exibir resultados e o retorno do investimento para garantir dotação orçamentária e atenção da organização. Fonte: Marisa Eboli (doutora em Administração e professora de Educação Corporativa do programa de pós-graduação do Departamento de Administração da FEA-USP) Assim, diante da necessidade estratégica em capacitar e difundir a cultura empresarial sobre seus quadros, vale lembrar a máxima de Peter Drucker, pai da Administração moderna, no livro “Desafios gerenciais para o século XXI”: “Somente a organização pode oferecer a continuidade básica de que os trabalhadores do conhecimento precisam para serem eficazes. Apenas a organização pode transformar o conhecimento especializado do trabalhador do conhecimento em desempenho”. Diante da complexidade e do olhar de negócio sobre as Universidades Corporativas, o conhecimento de processos de Administração se torna fundamental para o bom funcionamento de qualquer instituição. Desde a sua concepção, em 2000, a Universidade Empresarial Sabesp – UES adota práticas de gestão de Recursos Humanos em quatro núcleos principais: Competências; Funcional; Gestão do Conhecimento; e Cultura e Estratégia e Responsabilidade Social. Todos os cursos da UES devem atender aos critérios de relevância, consistência de conteúdos, estratégias organizacionais colaborativas e estimulantes. Já as avaliações de educação passam pela reação de satisfação e pertinência, aprendizagem e resultados de cada competência. O objetivo é fortalecer o conceito de sustentabilidade empresarial, além de possibilitar a capacitação contínua, sem esquecer a aplicação prática. 19 Na NaPrática Prática por Marcos Yamamoto e Mauricio Duarte Planejar o GETTY IMAGES sucesso 20 O Planejamento Estratégico demanda controle constante e revisão de metas para obter sucesso e não cair no esquecimento inovadora e diferenciada. “Normalmente de responsabilidade dos níveis mais altos da empresa, o planejamento estratégico diz respeito tanto à formulação de objetivos quanto à seleção dos cursos de ação a serem seguidos para sua consolidação, levando em conta as condições externas e internas à companhia e sua evolução esperada”, explica. Contudo, apesar da nítida importância para a sobrevivência Ana Carolina, do Sebrae: “o empreendedor começa o negócio de maneira intuitiva, mas o mercado vai exigir dele posições as quais ele não avaliou” DIVULGAÇÃO GETTY IMAGES P ensar antes de agir é um conceito quase tão antigo quanto o próprio homem. Assim que tomou consciência das consequências de seus atos, o ser humano passou a ponderar sobre suas atitudes. Esse conceito pode ser considerado como a semente do que hoje é o planejamento estratégico, visceral para o profissional de administração e, obviamente, para a boa gestão de uma organização. As empresas buscam tomar decisões no presente com os olhos voltados para o futuro e, até mesmo, levando em conta lições do passado. O objetivo é buscar estratégias que possam diminuir os riscos em determinados cenários e, dessa forma, aproveitar melhor as oportunidades. Podem ser considerados os aspectos econômicos, políticos, sociais, tecnológicos e até mesmo ambientais. O conceito de Planejamento Estratégico pode ser aplicado como fio condutor nos âmbitos profissional e pessoal, conforme demonstra e detalha o administrador Djalma Rebouças, autor do livro “Planejamento Estratégico” (Editora Atlas). De acordo com ele, o planejamento proporciona sustentação metodológica para que se estabeleça a melhor direção a ser seguida pela empresa, visando um otimizado grau de interação com os fatores externos (não controláveis) e atuando de forma 21 Segundo Rebouças, o Planejamento Estratégico fornece uma metodologia para a empresa de qualquer empresa, muitas delas ainda não estão conscientes de sua relevância, enquanto outras sequer organizam os itens básicos, como análise SWOT – ferramenta utilizada para fazer análise de cenário – e definição de missão, visão e valores. “Existem casos com diretorias nomeadas de planejamento estratégico, mas sem exercê-lo. A existência do órgão não teve significado. Outras não possuem um planejamento formal e tem somente 50% do conteúdo já pronto e em prática”, constata Rebouças. Com isso, ele quer dizer que empresas que não fazem o planejamento, acabam passando por ele mesmo que inconscientemente, mas de maneira equivocada e incompleta. 22 Segundo Carlos Eduardo Gondim, diretor da Strategy&, empresa especializada em desenvolver planejamento estratégico, duas coisas são fundamentais para se obter sucesso: acompanhamento e capacidade de escolha. “É preciso definir para quem e como eu vou atuar. Isso implica em várias escolhas. Achar as oportunidades de mercado. Tenho que cruzar essas oportunidades com o meu desenvolvimento. Tenho que olhar para fora e para dentro. Entender o ambiente. Essas escolhas são orientadas não só por aspectos externos, mas também preciso entender, como empresa, o que eu posso fazer, onde eu me diferencio”, explica. Também para Rebouças, a elaboração, operação e controle do Planejamento Estratégico deve levar em conta a previsão dos futuros interno e externo e definir os cenários. Depois, se for o caso, readaptar os itens. “Não adianta ver apenas as oportunidades e ameaças do momento. É igualmente impor- Diretor da Strategy&, Carlos Eduardo Gondim diz que administrador não pode delegar o PE DIVULGAÇÃO DIVULGAÇÃO Na Prática tante visualizar os cenários, o futuro. O cenário é pessoal e subjetivo, mas deve ter embasamento e justificativas”, diz. “O planejamento requer monitoramento, pois não basta definir um conjunto de ações, planos e políticas. É necessário saber aplicá-lo e de tempos em tempos avaliar o processo que está direcionando o futuro da empresa. É preciso monitorar o Planejamento Estratégico no ambiente externo e interno. E entender que ele serve de referência para a ação organizacional, é como uma bússola para as equipes”, explica o vice-presidente de Planejamento Estratégico do CRA-SP, Adm. Alberto Whitaker. Gondim atenta ainda para o papel do administrador na criação estratégica. “Ele tem que liderar o processo e dar orientação. Tanto da formulação da estratégia, quanto da execução. E ele não está sozinho nisso. Muitas vezes os acionistas têm que ajudar também. Acho que a condução da estratégia não pode ser delegada”, diz. Segundo os especialistas, o Planejamento Estratégico não deve ser olhado apenas como um protocolo destinado somente às grandes corporações. “As pequenas e médias empresas, geralmente, nascem por oportunidade ou necessidade, e o empreendedor começa o negócio de maneira intuitiva, mas o mercado vai exigir dele posições que ele não avaliou”, mostra a gerente do Sebrae-SP, Ana Carolina de Oliveira. Ainda de acordo com ela, a maior parte dos empresários procura a entidade com o mesmo problema de falta de rumo na condução dos negócios e sintonia nas metas das equipes. “A partir daí, questionamos a pes- soa sobre a gestão da empresa, se conhece os concorrentes etc. São perguntas que o conduzem a uma análise SWOT e depois encaminhamos para palestras e cursos conforme a sua necessidade”, explica. Para Gondim, muitas vezes o planejamento não é levado adiante porque o “urgente acaba tomando o lugar do importante”. As questões do dia a dia da empresa acabam por soterrar a visão estratégica. “Ter a disciplina para resolver o urgente, mas também para rever seu foco e acompanhar como você está caminhando em direção a ele é essencial. Por isso é importante estabelecer metas. Lá na frente, você poder olhar para trás e ver que atingiu seu objetivo estratégico. Precisa ter metas mensuráveis. Crie ações para atingi-las”, afirma. Além de se ter uma metodologia definida em Planejamento Estratégico, Rebouças chama a atenção para o pensamento estratégico, a capacidade de captar as informações, mesmo que não sejam diretamente relacionadas, e incorporá-las em seus cenários, seja por insights ou pela leitura atenta e crítica de jornais e livros. “O pensamento estratégico incrementa a qualidade das decisões dos profissionais. Se é um dom ou é algo que se constrói, eu não sei, mas se deve exercitar essa capacidade sempre”, conclui. Administrador Faça parte da maior rede de consultoria do Brasil 0800 778 8558 +31 unidades OPORTUNIDADE DE SUCESSO Franquia a partir em todo o país de R$ 90 mil Metodologia Rentabilidade de exclusiva 35% ao mês Produtos padronizados Excelência em qualidade www.franquiadeconsultoria.com.br 23 Estilo Estilo por Marcos Yamamoto Muitos sonham em trabalhar por conta própria de forma autônoma ou com uma pequena empresa, porém as demandas são subestimadas Existe vida 24 sem chefe? chará mais contratos, não terá mais clientes e muito menos empregados. Ser autônomo significa ser chefe de si mesmo e isso exige planejamento, persistência e amadurecimento.” Contudo, muita gente se aventura a trilhar o próprio caminho, mas não vai muito longe por falta da consciência de que o “mandachuva” deixou de ser aquele que dá orientações diretas e passou a ser outros indivíduos envolvidos nos negócios. “Quem não toma ciência dessa interdependência vive sob uma gestão de conflitos. Se não enxergar o colaborador como um parceiro estratégico, ele não vai apresentar todo o seu potencial na execução das tarefas, ficará restrito a normas e procedimentos para continuar sob controle. E, se bater de frente, acaba gerando mais problemas e não aproxima os parceiros”, mostra Davi Jerônimo, consultor do Sebrae-SP e formado em Administração. A consequência da falta de direção é o comprometimento da sobrevivência da experiência da “vida sem chefe”. “É muito complicado largar o emprego convencional apenas para não ter chefe. Ele deveria montar um negócio por considerar válido, por ser uma oportunidade de mostrar o talento, não apenas por deixar de ter um chefe”, reforça Nakagawa. Cerca de um quarto da população brasileira em idade para trabalhar, 23,2%, atua por conta própria. A informação é da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Continuada, feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Porém, de acordo com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – Sebrae, a taxa de mortalidade das empresas com mais de dois anos de funcionamento corresponde a 24,6%. Na prática, uma em cada quatro empresas fecha até dois anos após a criação. Grande parte desse índice pode ser atribuída à má condução administrativa. “O provérbio é antigo, mas vale para qualquer coisa: quem não sabe para onde vai, qualquer lugar serve. Se você não sabe mesmo, nunca saberá se chegou lá. Sem planejamento, o gasto e o sofrimento são maiores que o necessário e, principalmente, prejudica o amadurecimento e consolidação de qualquer negócio”, alerta Mendes. Administrador Nakagawa: “Você precisa criar um chefe interno para te cobrar sempre, impor altas metas e evitar a permanência em uma zona de conforto” Norberto Marques É difundida a idéia de que abrir o próprio negócio pode ser a solução perfeita para quem quer fugir do patrão e, ao mesmo tempo, ajudar a economia por meio da criação de empregos e do aumento da produção. Esse passo, no entanto, requer planejamento e cuidado para não terminar mal. Além disso, há uma linha tênue entre a realidade e a ilusão paradisíaca que pode ser projetada sobre o assunto: afinal, existe realmente vida sem chefe? “O número de empreendedores brasileiros vem se multiplicando consideravelmente nos últimos anos e, por isso, essa atividade já representa grande relevância na economia do país”, analisa o sócio-líder de Mercado Empreendedor da KPMG, administrador Sebastian Soares. A ilusão, no entanto, vem quando abolimos completamente o conceito de chefe. Na realidade, não é bem assim. “Quando você trabalha por conta própria, o seu chefe será o cliente. E ele cobra sempre quando não há a entrega do que é esperado. Você precisa criar um chefe interno para lhe cobrar sempre, impor altas metas e evitar a permanência em uma zona de conforto”, diz o administrador Marcelo Nakagawa, professor de empreendedorismo do Insper. Segundo o administrador Jerônimo Mendes, autor do livro Manual do Empreendedor (Editora Atlas), na falta de um superior formal, os fornecedores, clientes e colaboradores serão o termômetro da atuação de quem trabalha sem um superior hierárquico. “Eles são os fornecedores de feedback do profissional. Se você não está bem, logo não fe- 25 Estilo DIVULGAÇÃO Dicas para ter uma vida sem chefe Seja bem informado sobre a sua área de atuação Para abrir seu próprio negócio, é essencial que você saiba exatamente com o que irá trabalhar. Analise a sua área de mais interesse e estude para ser um bom profissional nela. Pesquise Assim que você tiver certeza que atende os requisitos necessários para abrir seu próprio negócio, pesquise como você vai conseguir fazer isso. Quais são as opções de rentabilidade? Qual vai ser o público alvo? Qual é a meta para vendas e clientes? Faça o orçamento Ter um bom orçamento inicial garante a cobertura de gastos iniciais e possíveis imprevistos: aluguel, contas, manutenção mensal, e, dependendo da sua empresa, os primeiros produtos. Mesmo que, a princípio, esses valores sejam só estimativos, é Guarde dinheiro Saber lidar com o seu dinheiro é a chave para o sucesso. Uma das formas de economizar é utilizar material de segunda mão: compre móveis usados, computadores reformados, etc. Lance sua marca no mercado Comece anunciando a sua marca em meios gratuitos, como redes sociais. Depois, utilize e-mail marketing, panfletos, banners em sites e outras formas de propaganda paga. Analise quais dessas tentativas obteve mais retorno e invista, pois a Para o administrador Jerônimo Mendes, a falta de planejamento compromete o amadurecimento e a consolidação do negócio O papel do administrador A falta de uma gestão profissional põe em risco a sobrevivência de autônomos e micro e pequenas empresas. Segundo o Sebrae-SP, muitos empreendedores deixam de fazer a lição de casa básica – pelo menos aos profissionais de Administração: 55% não elaboram um plano de negócio, 46% não sabem o número de clientes que teriam e os hábitos de consumo deles, 39% não sabiam qual era o capital de giro necessário para abrir o negócio, e 38% desconheciam o número de concorrentes que teriam. “Apesar de muitas pessoas terem algum conhecimento teórico, faltando apenas a vivência específica, a maioria não tem base alguma, abre um negócio 26 Crie seu network Antes mesmo de lançar o seu negócio, crie uma rede de conhecidos e profissionais da área. Ter uma rede profissional ajuda no marketing, a conhecer clientes e evitar erros que foram cometidos por outras empresas. Valorize o serviço ao cliente Clientes que se sentem valorizados por uma marca se fidelizam mais facilmente. Entregar o produto rapidamente, com qualidade e sem erros é o caminho para o sucesso. E nunca deixe de devolver o dinheiro caso a pessoa não fique satisfeita. Fonte: Universia DIVULGAÇÃO Muitas pessoas cometem erros básicos de gestão quando trabalham por conta, afirma Davi, do Sebrae-SP 20% de desconto + frete grátis EDUCAÇÃO CORPORATIVA Muitos Olhares Organizadora: Marisa Eboli 1ª edição (2014) | 264 páginas de R$ 70,00 por R$ 56,00 sem planejamento prévio, sem imaginar aonde quer chegar daqui a um ano, sem controle financeiro, quanto investir, necessidade de estoque. Sem planejamento, acaba-se misturando as prioridades, envolvendo atividades não pertinentes e isso sufoca o profissional ainda mais e sem ter o mesmo retorno”, critica o consultor do Sebrae. “A ideia de que os empreendedores são apenas sortudos apostadores é totalmente equivocada. O sucesso deles é fruto de persistência, autoconhecimento e uma profunda avaliação dos riscos do negócio”, explica Soares. Nakagawa enfatiza a importância da formação em Administração como base a quem pretende ter uma vida autônoma ou com uma pequena empresa. “Se tem alguém com condições de trabalhar por conta é o Administrador. Desde a época de faculdade, ele aprende ou resgata conteúdos nesse sentido. O administrador tende a ter uma visão mais completa”. Aos demais profissionais, Mendes recomenda a busca de suporte de um profissional de Administração capaz de trazer à tona as análises necessárias ao bem estar dos negócios. “Não há como fugir da gestão. Uma coisa é criar algo futurista, tecnológico, outra é fazer com que isso se consolide e produza resultados, dos pontos de vista econômico e financeiro”. CONHECIMENTO QUE SE RENOVA A CADA DIA GESTÃO DA INFORMAÇÃO SOBRE A SATISFAÇÃO DE CONSUMIDORES E CLIENTES GESTÃO DE CARREIRAS E COMPETÊNCIAS EMPRESARIAIS Edmundo Brandão Dantas 1ª edição (2014) | 216 páginas 1ª edição (2014) | 280 páginas de R$ 58,00 por Condição Primordial na Orientação Para o Mercado de R$ 69,00 por R$ 55,20 Marcelo Veras R$ 46,40 RELATÓRIO INTEGRADO Integração Entre as Informações Financeiras, de Sustentabilidade e de Governança em Relatórios Corporativos José Hernandez Perez Junior, Rafael Olivieri Neto e Carlos Alberto dos Santos Silva 1ª edição (2014) | 184 páginas de R$ 55,00 por R$ 44,00 27 Preços sujeitos à alteração sem prévio aviso. Oferta válida até 31/07/2014. Dicas 10 aplicativos que todo administrador deve conhecer Conheça ferramentas que podem ajudar você e sua empresa a melhorar a produtividade e agilizar o trabalho de sua equipe mentícia. Também faz os cálculos de pagamentos via RPA (recibo de pagamento de autônomo). Ele está disponível somente para iOS. 1) Contábil 2) Google Drive O app brasileiro faz cálculos de pagamentos via CLT. Através da remuneração bruta de salário, ele calcula desconto do INSS e Imposto de Renda, além da remuneração líquida e pensão ali- 28 O Google Drive é talvez o mais importante e completo sistema de armazenamento em nuvem disponível hoje na internet. O serviço pode ser sincronizado com o Gmail e demais aplicativos do Google, facilitando o compartilhamento de arquivos, visualização e criação. Quando disponibilizados na nuvem, os arquivos podem ser acessados de qualquer lugar, desde que o usuário esteja conectado à internet. Ele pode ser utilizado por empresas que desejam compartilhar arquivos com funcionários e outras companhias através das funções de compartilhamento público ou privado, escolhido pelo usuário no momento do envio. O aplicativo está disponível para Android, iOS eWindows Phone. 3) When I Work O When I Work foi criado para permitir o compartilhamento de informações da empresa (como compromissos, dados e reuniões) diretamente com seus funcionários. Os membros precisam estar com o aplicativo instalado em seus dispositivos e logados, através de uma conta criada no próprio app, para assim receberem as informações. Por ele é possível criar ou cancelar novos compromissos, divulgar informações de equipes de tarefas em aberto, visualizar requisições de tarefas e adicionar (ou retirar) membros da database. Ele está disponível para Android. 4) Simulador de importação O aplicativo brasileiro foi criado pelo Sebrae-SP para ajudar empreendedores a calcularem os custos de importações de determinadas mercadorias do exterior. É possível ainda exportar resultados e comparações para e-mails ou salvá-los em arquivos .csv, . pdf ou .jpg, para assim facilitar o compartilhamento com sua equipe. Ele está disponível para Android e iOS. 5) Cisco WebEx Meetings O Cisco WebEx foi criado para a realização de videoconferências em alta qualidade. Comparado com outros aplicativos do gênero, ele vence por oferecer maior qualidade nas chamadas com função multiponto, além de vídeo em tela cheia e visualização de conteúdo e vídeos simultaneamente, no iPad. O app também dispõe de uma agenda de reuniões e compartilhamento de arquivos com suporte ao Dropbox, além da possibilidade de criação de espaços personalizados para reuniões e seus arquivos anexados. Ele está disponível para Android e iOS. 6)Evernote O Evernote é um dos aplicativos mais queridos e recomendados pelos gestores de tempo. O app é indicado para quem deseja organizar observações, dados, lembretes e afins no modo off-line, como também arquivos online. O aplicativo disponibiliza blocos de anotações para que sejam salvos qualquer tipo de texto e determinados tipos de mídias (fotos, links), facilitando na hora de lembrar o que deve ser feito na empresa ou na sua vida pessoal. Ele está disponível para dispositivos Android,iOS e Windows Phone. 7) Instapaper O Instapaper é um aplicativo simples e amigável, criado para solucionar um probleminha comum de quem utiliza a internet para leituras. Ele salva artigos que você encontra na rede para ler em outro momento mais apropriado. O aplicativo tira toda a formatação do documento original e sincroniza com outros dispositivos. Ele está disponível para Android e iOS. 8) Neotriad O Neotriad permite que você liste as tarefas diárias e determine um tempo dedicado para cada uma delas. O app foi criado para servir como uma “agenda pessoal” do usuário. Ele dispõe de uma interface simples, que pode ser utilizada para gerenciar o tempo de suas equipes e de seus funcionários. Ele está disponível para Android e iOS. 9) Dropbox O Dropbox é um serviço de armazenamento na nuvem, estilo Google Drive, criado para quem precisa estar conectado em vários gadgets sem portar os arquivos em discos rígidos. Com ele, é possível armazenar e compartilhar arquivos direto na nuvem. Para isso, o usuário precisa apenas mover os arquivos para a pasta do Dropbox no computador ou smartphone. O Dropbox é utilizado por empresas que desejam compartilhar arquivos com seus funcionários em seus mais variados departamentos, facilitando, agilizando e impossibilitando a perda de documentos importantes, já que, uma vez enviado, o arquivo só é apagado com autorização do dono da conta. Ele está disponível para Android, iOS e Windows Phone. 10) Smartr O Smartr foi criado para organizar os contatos espalhados nas mais diversas contas utilizadas pelo usuário. Números nos e-mails, redes sociais e telefones são sincronizadas e colocadas à sua disposição, ganhando tempo e facilitando o processo de identificação de um contato. O Smartr conta com uma interface amigável, colocando todas as informações das pessoas com quem você convive em um só lugar. Além disso, o app mostra o histórico de interações que você teve com o seus contatos, como número de e-mails, números em comum, entre outros. Ele está disponível paraAndroid e iOS. Fonte: Adminstradores.com 29 Notícias Curso de Administração é o mais escolhido por alunos de escolas públicas de SP, aponta pesquisa Um estudo feito com o objetivo de mapear o perfil dos alunos que estão prestes a ingressar em um curso universitário mostrou que a Administração lidera a preferência dos jovens vindos de escolas públicas e ocupa a segunda posição entre os que saem de instituições privadas. A pesquisa foi feita pela Anhembi Morumbi, integrante da rede internacional de universidades Laureate. O levantamento contou com a participação de quase 17 mil jovens do terceiro ano do ensino médio das escolas públicas e privadas da Capital e da Grande São Paulo, que são os centros educacionais do maior polo de ensino superior da América Latina. Entre os entrevistados, 38% são de escolas públicas, contra 62% de escolas privadas. Mas são eles os mais decididos: 62% dos alunos das escolas públicas já escolheram suas áreas de estudo, enquanto 53% dos estudantes de escolas 30 privadas fizeram sua escolha. Assim como ocorreu na pesquisa feita em 2013, Administração manteve o primeiro lugar. Realizado no primeiro trimestre de 2014, a pesquisa serve como referência e aponta que 58% dos estudantes ouvidos já optaram pela profissão que devem seguir, sendo que 47% já tiveram contato com a mesma, o que constata uma certeza maior na escolha. “A pesquisa ajuda a traçar o perfil do futuro universitário brasileiro”, afirma Luciano Romano, coordenador da pesquisa na Anhembi Morumbi. “É também um reflexo da movimentação do mercado e das profissões que mais se destacam e que, muitas vezes, acabam tornando-se a escolha dos alunos”, conclui. Outros dados da pesquisa revelam que são as mulheres as mais decididas: 55% contra 45% dos homens. Do total de alunos ouvidos, 54% são do público feminino e 46% do masculino. CURSOS MAIS PROCURADOS ALUNOS DE alunos de INSTITUIÇÕES PÚBLICAS instituições privadas Administração (Manteve o primeiro lugar em Medicina 2013 e 2014) Engenharia Civil (Saiu do quinto lugar em 2013 e foi para o segundo lugar em Administração 2014) Psicologia Engenharia Civil Medicina Psicologia Gastronomia Jornalismo Pesquisa mostra a posição de Auditoria Interna nas companhias Brasileiras Uma pesquisa realizada pela KPMG com grandes companhias no Brasil mostra a posição que a Auditoria Interna assumiu dentro das empresas. Dentro das organizações, esta tem sido considerada a terceira linha de defesa e as expectativas atribuídas aos auditores têm aumentado desde os impactos da última crise financeira global. Atualmente, um escopo a b r a n g e n t e d e g o ve r n a n ç a corporativa, gerenciamento de riscos, compliance, financeiro, fraude, operacional e estratégico tem sido adicionado às auditorias usuais de processos e à Tecnologia da Informação. A maioria das companhias participantes (43%) possui faturamento acima de R$ 5 bilhões. Os segmentos de atuação são os mais variados, mas destacam-se os setores “Indústria Diversificada” (17%), “Automotivo” (15%), e “Infraestrutura” (10%), correspondendo a 42% dos participantes. A atuação das auditorias internas também abrange diferentes áreas dentro das companhias. As Auditorias de Operacionais e de Processos são realizadas por mais de 90% das companhias pesquisadas, seguidas de 48% de compliance. Os outros 32% correspondem à atuação em Gerenciamento de Riscos (ERM), 30% em Auditoria Financeira e 28% em SOX, respectivamente. A quant idade de pessoas de Auditoria Interna voltadas ao gerenciamento de riscos é muito baixa. Pode-se observar que há uma tendência de que quanto maior a receita operacional da empresa, maior a estrutura de pessoas dedicadas a ERM (Enterprise Risk Management) / Gerenciamento de Riscos. A terceirização das funções de Auditoria Interna ocorre quase que frequentemente nas empresas: 47% das companhias possuem algum tipo de terceirização, grande parte devido a projetos especiais que não possuem a qualificação específica por parte dos colaboradores da companhia. Das companhias pesquisadas, a presença de especialistas nas áreas de Contabilidade e Tecnologia da Informação são maiores, seguidas das áreas financeiras. SEGMENTOS DE ATUAÇÃO R$ 17% BILHÕES 15% 10% A MAIORIA DAS COMPANHIAS PARTICIPANTES (43%) POSSUI FATURAMENTO ACIMA DE R$ 5 BILHÕES INDÚSTRIA DIVERSIFICADA AUTOMOTIVO INFRAESTRUTURA ATUAÇÃO DAS AUDITORIAS 90% 48% 32% 30% OPERACIONAIS COM- GERENCIAMENTO FINANE PROCESSOS PLIANCE DE RISCOS CEIRA 47% DAS COMPANHIAS POSSUEM ALGUM TIPO DE TERCEIRIZAÇÃO 31 Notícias A visão dos executivos de Recursos Humanos quanto aos benefícios e expectativas 32 FORMAÇÃO REMUNERAÇÃO 100% ABAIXO 40,2% PROPORCIONAL 52,6% ACIMA 4,1% 81% 77 76% % VARIA 3,1% GER 45% DIR GER DIR GRADUADO GER DIR GER PROPORCIONAL 31,2% DIR PÓS GRADUADO INGLÊS AVANÇADO BENEFÍCIOS VARIA 37,5% ABAIXO 31,3% CARREIRA POSSUEM AÇÕES DA CIA. BOLSA DE ESTUDO GERENTES RECEBEM 14º SALÁRIO A Michael Page Human Resources realizou um mapeamento de benefícios e expectativas do executivo de Recursos Humanos com mais de 6.500 executivos de diversos setores e cargos, dos níveis de média e alta gerência. A pesquisa contou com participantes de praticamente todos os estados brasileiros, apresentando as maiores concentrações nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Paraná, nesta ordem. Os setores que mais responderam ao mapeamento foram o de serviços, comércio, indústria, mineração, energia e agronegócio. No que se refere à formação a pesquisa revela que, entre gerentes e diretores 100% são graduados e 77% e 76% respectivamente tem pós-graduação na área. O estudo ainda mostra que 45% dos gerentes contemplam o inglês a níveis avançados e fluentes, contra 81% dos diretores. Dos gerentes entrevistados, 52,6% acham que a remuneração está proporcional ao cargo ocupado e as horas trabalhadas e 40,2% disseram que está abaixo do mercado, 4,1% está acima do esperado com base no mercado e 3,1% variam de acordo com a produção. Quanto aos diretores 37,5% dizem variar conforme sua produção, 31,3% disseram estar abaixo do mercado e 31,2% acreditam ser compatível em relação à posição ocupada e das horas trabalhadas. Os mesmos diretores e geren- 50% ESTÃO DISPOSTOS A MUDAR DE COMPANHIA GERENTES DESEJAM 37% MUDARIAM SOB CONDIÇÕES GERENTES POSSUEM 29,0% DIRETORES 6,2% GERENTES 82,4% 47,4% 28,8% DIRETORES ESTÃO DISPOSTOS A MUDAR DE COMPANHIA 14,4% DIRETORES 14,5% GERENTES tes revelaram sua percepção sobre os benefícios e a importância que os mesmos têm. Metade dos gerentes acredita ser importante uma bolsa de estudos, mas apenas 37% possuem. Já 29% dos diretores possuem ações nas companhias em que trabalham, contra 6,2% dos gerentes. Quanto ao 14º salário 14,4% e 14,5% dos gerentes e diretores de Recursos Humanos possuem. Quanto à carreira, 82,4% dos ge- MUDARIAM SOB CONDIÇÕES NÃO PRETENDEM SAIR DA COMPANHIA 71,2% 49,9% NÃO PRETENDEM SAIR DA COMPANHIA 15,5% rentes estão dispostos, em até um ano, mudar de companhia. 71,2% dos diretores pensam da mesma forma. Contudo, os executivos mostraram algumas observações para a mudança: 49,9% dos diretores só deixariam a companhia atual dependendo da oportunidade/projeto, assim como 47,4% dos gerentes. Dos que não pretendem sair da companhia dentro desse período, 28,8% são diretores e 15,5%, gerentes. 33 Opinião O Negócio Educação: Fusões & Aquisições & Ipo’s 34 agressivo e empreendedor, que é o segundo estágio (Escala). O terceiro estágio (Foco) caracateriza-se pela realização de mega negócios (exemplos: aquisições da Unopar, Uniban), pelo avanço de novos formatos de ensino (EaD, Moocs) e pela articulação das pequenas redes (exemplo Unibr) visando fazer frente à pressão competitiva pautada pelas grandes companhias consolidadoras de capital aberto. Esté é o estágio atual em que acreditamos que o mercado se encontra e estimamos que se mantenha até por volta de 2015, culminando com o quarto estágio. Assim, o quarto e último estágio (Equilíbrio e Alianças) se caracterizará essencialmente pela forte liderança centrada em poucos players (exemplos: Anhanguera+Kroton, Estácio, Grupo Laureate). O mercado é muito dinâmico. Assim, temos possibilidades de ver negócios acontecendo ainda no segundo e principalmente no terceiro estágio. A chegada ao quarto estágio é representada pela fusão Kroton-Anhanguera. Algumas situações merecem reflexão: As grandes redes estão crescendo também, de forma orgânica, criando cursos e polos. Aliás, espera-se nos próximos dois anos um crescimento grande da base de alunos, pela liberação de uma quantidade expressiva de polos pelo MEC. Alguns movimentos singulares estão acontecendo com a utilização do conceito de rede e suas características por IES confessionais e comunitárias. Todas as IES de sucesso, utilizam-se do conceito de Escola-Empresa, aplicando as mais modernas técnicas de gestão empresarial ao seu negócio (Planejamento Estratégico, BSC, Governança Corporativa, Centro de Serviços Compartilhados etc). Por fim, a lamentar apenas, o fato das IES não conseguirem com sucesso reverter as altíssimas taxas de evasão no ensino presencial e principalmente no EaD. DIVULGAÇÃO No período de 2007 a 2.014 (primeiro semestre), as fusões e aquisições no segmento do ensino superior brasileiro alcançaram um total de 138 transações (R$ 11,013 bilhões), conforme acompanhamento de mercado realizado pela CM Consultoria. Certamente ainda tem espaço para novos negócios. Como exemplos de algumas operações que poderão “surpreender” o setor, podemos citar uma possível fusão ou mesmo aquisição promovida pelo Grupo Laureate pelo segmento de educação da Abril Educação ou até mesmo uma associação das operações Laureate e Estácio. Além disso, o mercado tem aguardado já há algum tempo os IPO’s do Sistema Positivo e até mesmo da Unicsul. Por outro lado, a partir do livro “Winning the Merger Endgame: A Playbook for Profiting from Industry Consolidation (McGraw Hill, 2002)”, podemos ter uma melhor compreensão deste segmento quando analisamos a evolução do mercado em basicamente quatro estágios (Abertura, Escala, Foco e Equlíbrio e Alianças). No primeiro estágio (Abertura), o mercado educacional se caracterizou pela ausência de barreiras de entrada, facilitando o aparecimento de novos players até meados de 2005. A partir de então, o mercado se expandiu, IES isoladas passaram a integrar novas IES mais complexas e maiores, o que representa um período de crescimento Adm. Carlos Antonio Monteiro CRA-SP nº 004236 Fundador e Presidente da CM Consultoria, conselheiro do CRA-SP, Especialista em Gestão Universitária pela Michigan University, com MBA em Marketing pela Madia Marketing School. É co-autor do livro Planejamento Estratégico para Instituições de Ensino. Colaborações para esta seção podem ser enviadas para o e-mail [email protected] Os textos devem conter no máximo 3.000 caracteres (com espaços), nome completo do autor, foto em alta resolução e o registro no CRA-SP. → Este artigo reflete, exclusivamente, a opinião de seu autor. O CRA-SP não se responsabiliza pelas ideias nele contidas. Administrador: o que você está esperando para ter acesso ao melhor da medicina por até metade do preço? Só a parceria do SAESP com a Qualicorp proporciona acesso aos melhores planos de saúde, com inúmeras vantagens para você, Administrador. • Rede com os melhores hospitais, laboratórios e médicos do Brasil.1 • Livre escolha de prestadores médico-hospitalares com reembolso.2 • Confira as possibilidades de redução de carências.3 Ligue e aproveite: 0800 799 3003 Parceria: Apoio: De segunda a sexta, das 9 às 21h, e aos sábados, das 10 às 16h. www.economizecomaqualicorp.com.br Metade do preço: em comparação a produtos similares no mercado de planos de saúde individuais (tabela de abril/2014 – Omint). ¹ De acordo com a disponibilidade da rede médica da operadora escolhida e do plano contratado. ² Conforme condições contratuais. 3 A disponibilidade e as características desse benefício especial podem variar conforme a operadora escolhida e o plano contratado. Planos de saúde coletivos por adesão, conforme as regras da ANS. Informações resumidas. A comercialização dos planos respeita a área de abrangência das respectivas operadoras. Os preços e as redes estão sujeitos a alterações, por parte das respectivas operadoras, respeitadas as disposições contratuais e legais (Lei no 9.656/98). Condições contratuais disponíveis para análise. Abril/2014. Amil: ANS nº 326305 Bradesco Saúde: ANS nº 005711 Omint: ANS nº 359661 SulAmérica: Qualicorp Adm. de Benefícios: ANS nº 417173