Prof. Dr. Armando Cirilo de Souza Curso : Fí Física / UEMSUEMS-DF Movimento em Duas e em Três Dimensões Curso Física – Prof. Dr. Armando Cirilo de Souza Vetor deslocamento r O movimento de uma partícula num plano xy é localizado pelo vetor posição r. O deslocamento da partícula do ponto A para o ponto B, é dado no intervalo de tempo entre os dois pontos considerado. 4.1 t = t1 + t2 Vetor velocidade média Nós definimos o vetor velocidade média da partícula durante um intervalo t, como sendo a razão entre o deslocamento e o intervalo de tempo. Observamos que a velocidade média não depende da trajetória da partícula, depende apenas do vetor posição inicial e final. Podemos verificar que o deslocamento é uma quantidade vetorial e o intervalo de tempo é uma quantidade escalar, logo concluímos que o vetor velocidade média está ao longo da direção do vetor deslocamento. 4.2 Vetor velocidade instantânea O vetor velocidade instantânea é definido como sendo o limite da velocidade média, quando o t tende a zero. 4.3 Módulo da velocidade instantânea Aceleração Escalar A aceleração escalar de uma partícula que se move de um ponto para outro, é definido como sendo a razão entre a variação do vetor velocidade instantânea e o tempo de variação. Podemos verificar que a velocidade é uma quantidade vetorial e o intervalo de tempo é uma quantidade escalar, logo concluímos que o vetor aceleração média está ao longo da direção do vetor velocidade. Aceleração Média 4.4 Aceleração Instantânea 4.5 Movimento em duas dimensões aceleração constante Considerando o movimento de uma partícula em duas dimensões, na qual a aceleração permanecem constante em módulo, direção e sentido. O vetor posição da partícula movendo num plano xy, pode ser escrito da seguinte forma: 4.6 Onde x,y e r move com o tempo, de acordo com o movimento da partícula, na qual i e j permanecem constantes. Conhecendo o vetor posição, a velocidade da partícula pode ser obtida das equações 4.3 e 4.6, logo podemos escrever: 4.7 Portanto podemos aplicar as equações da cinemática usando as componentes x e y, no vetor velocidade. Substituindo: e na equação 4.7, para determinar o vetor velocidade final num tempo t, nos temos: 4.8 Da mesma forma, considerando a aceleração constante, podemos usar as equações abaixo: Substituindo na eq. 4.6, temos: 4.9 Representação do vetor e suas componentes a) deslocamento; b) velocidade. Logo podemos escrever as componentes dos vetores r e v. Movimento de Projéteis Conhecendo o movimento do lançamento de uma bola de beisebol, podemos analisar duas condições: Primeira aceleração constante direcionada para baixo = g Segundo o efeito da resistência do ar. Mostrando que a trajetória de um projétil é uma parábola, escolhemos a direção do eixo y positiva para cima. Logo, as componentes da aceleração são: ay = -g e ax=0. Considerando que em t=0 , o projétil parte de xi = yi = 0 com velocidade vi, conforme a figura. O vetor v faz um ângulo i com a horizontal, onde i é o ângulo que o projétil faz com a origem. Logo , podemos escrever as definições de seno e cosseno: cos i = vxi / vi e sen i = vyi / vi Portanto, podemos escrever as componente do vetor velocidade como: vxi = vi cos i e vi = vi sen i Substituindo a componente x na equação 4.9a, com xi=0 e ax=0 nós encontramos: Repetindo o procedimento para a componente y, com yi=0 e ay=-g, nós encontramos: Isolando t na eq.4.10 e substituindo na eq.4.11, temos: Caminho parabólico de um projétil Vetor posição r como função do tempo, com ri=0 e a=g. Plotando a equação, temos o seguinte gráfico: Grá Gráfico:O vetor posiç posição r de um projé projétil cuja velocidade inicial à origem é vi. O vetor vit seria o deslocamento do projé projétil se gravidade estivesse ausente, e o vetor ½gt2 é seu deslocamento vertical devido a sua aceleraç aceleração gravitacional descendente. Deslocamento Máximo Horizontal e Vertical de um Projétil Assumindo que o projétil é lançado na origem, quando ti = 0, na qual a componente vyi é positiva conforme a figura abaixo. Dois pontos são interessante para uma análise: O ponto A, com as coordenadas cartesianas (R/2, h) e o ponto B, com as coordenadas (R, 0). Podemos encontrar h e R em termos de vi , i e g. Determinando h, notando que vyA = 0. Usando a equação 4.8a, podemos encontrar tA : Substituindo tA na equação 4.9a, fazendo yf = yA podemos encontrar h (altura máxima) em termos do módulo e direção do vetor velocidade v. A distância horizontal R que o projétil alcança. Alcance R quando tB = 2tA. Usando a variável x da equação 4.9a, observando que: Considerando que R=xB e tB = 2tA, podemos encontrar: Usando: Temos: Ângulo de maior alcance para mesma velocidade