3
Região Centro-Oeste
A atividade econômica no Centro-Oeste moderou
o ritmo de crescimento nos meses recentes, com perda de
dinamismo das vendas varejistas e da produção industrial.
Nesse contexto, o IBCR-CO aumentou 0,4% no trimestre
encerrado em fevereiro, em relação ao finalizado em
novembro, quando crescera 0,6%, na mesma base de
comparação. Considerados períodos de doze meses, o
indicador elevou 1,0% em fevereiro (1,8% em novembro).
Gráfico 3.1 – Índice de Atividade Econômica do Banco
Central – Brasil e Região Centro-Oeste
Dados dessazonalizados
2002 = 100
155
150
145
140
135
Fev Mai
2012
Ago Nov Fev Mai
2013
Ago Nov Fev Mai
2014
IBC-Br
Ago Nov Fev
2015
IBCR-CO
Gráfico 3.2 – Comércio varejista – Centro-Oeste
Dados dessazonalizados
2004 = 100
230
215
200
185
170
155
Fev Mai
2012
Ago Nov Fev Mai Ago Nov Fev Mai Ago Nov Fev
2013
2014
2015
Comércio varejista
Comércio ampliado
Fonte: IBGE
Tabela 3.1 – Índice de vendas no varejo – Agregação
1/
para GO e DF
Geral e setores selecionados
Variação % no período
Setores
2014
Ano
Comércio varejista
Combustíveis e lubrificantes
Hiper e supermercados
Tecidos, vestuário e calçados
2015
2/
Nov
2/
12 meses
-1,4
Fev
0,9
2,7
-6,4
3,2
7,8
-4,0
2,1
-2,5
1,5
-4,9
-4,8
-2,3
0,2
-1,3
-2,8
Móveis e eletrodomésticos
-1,6
4,6
-10,1
-4,8
Outros art. de uso pessoal/dom.
14,6
2,8
-5,2
12,9
Comércio varejista ampliado
-1,6
2,3
-6,0
-4,3
Veículos e motos, partes e peças
-4,9
3,1
-6,0
-8,5
Material de construção
-0,9
2,7
-3,0
-3,3
Fonte: IBGE
1/ GO e DF são os únicos entes federados da região estratificados pelo IBGE.
As vendas do comércio varejista no Centro-Oeste
recuaram 4,2% no trimestre finalizado em fevereiro,
relativamente ao encerrado em novembro, quando
aumentaram 2,5%, conforme dados dessazonalizados da
PMC do IBGE. Esse desempenho resultou das retrações
de 7,5% em Goiás, 4% no Mato Grosso, 2,9% no Distrito
Federal, e 1,5% no Mato Grosso do Sul. No conceito
ampliado, que incorpora as variações nas vendas de veículos,
motos, partes e peças e de material de construção, as vendas
diminuíram 5,3% (crescimento de 2,7% em novembro),
com retrações em todas as unidades da federação da região
(Goiás, 9,5%, Mato Grosso, 5,6%; Distrito Federal, 2,7%;
e Mato Grosso do Sul, 0,6%).
Considerados períodos de doze meses, as vendas no
varejo declinaram 0,2% em fevereiro (+2,7% em novembro).
Esse resultado refletiu as variações de 3,1% no Mato Grosso
do Sul, 0,6% no Mato Grosso, -1,2% em Goiás, e -1,8%
no Distrito Federal. No comércio ampliado, as vendas
diminuíram 3,2% no período (-0,4% em novembro).
Estatísticas agregadas do Distrito Federal e de
Goiás, únicas unidades federativas da região para as
quais são disponibilizados dados por ramo de atividade,
indicam reduções de 10,1% nas vendas de móveis e
eletrodomésticos, de 4,9% no ramo de hipermercados,
supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, de
4% em combustíveis e lubrificantes, e de 6% em veículos,
no trimestre findo em fevereiro, na série dessazonalizada.
Em doze meses até fevereiro, destacaram-se as variações
2/ Variação relativa aos trimestres encerrados em t e t-3. Dados dessazonalizados.
Abril 2015
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Boletim Regional do Banco Central do Brasil
| 35
nos segmentos de outros artigos de uso pessoal e doméstico,
12,9%, artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de
perfumaria e cosméticos, 8,6%, móveis e eletrodomésticos,
e hipermercados, supermercados, produtos alimentícios,
bebidas e fumo, ambos com -4,8%, e veículos, -8,5%.
Tabela 3.2 – Receita nominal de serviços – Agregação
1/
para GO e DF
Serv. empresariais não financeiros, exceto saúde e educação
Var. %
Segmentos
2014
2015
2/
Ano Nov
Total
2/
Fev 12 meses
13,2
9,9
1,7
9,9
7,2
3,1
4,4
7,2
Serviços de informação e comunicação
12,4
7,4
-1,4
7,9
Serviços profissionais e administrativos
9,5
7,2
-2,1
6,1
Transportes e correio
13,7 10,7
1,0
10,5
Outros serviços
22,4 22,2
17,9
20,7
Serviços prestados às famílias
Fonte: IBGE
A receita nominal do setor de serviços no CentroOeste cresceu 0,5% no trimestre encerrado em fevereiro
(6,7% no finalizado em novembro), em relação a igual
período de 2014, segundo a PMS, do IBGE. Ressalte-se
os aumentos no Mato Grosso do Sul (3,3%) e no Distrito
Federal (2,0%). Em Goiás e no Distrito Federal, unidades
da federação com informações estratificadas por segmentos,
destacaram-se as elevações da receita nominal em outros
serviços (17,9%) e em serviços prestados às famílias
(4,4%). Considerados intervalos de doze meses, a receita
nominal expandiu 7,8% em fevereiro (11,9% em novembro),
assinalando-se o aumento de 12,4% no Distrito Federal.
1/ Goiás e DF são as unidades da região com dados estratificados pelo IBGE.
2/ Variação relativa ao trimestre encerrado no mês assinalado e o mesmo período
do ano anterior.
Gráfico 3.3 – Evolução do saldo das operações de
crédito – Centro-Oeste1/
Variação em 12 meses – %
30
25
20
As operações de crédito superiores a R$1 mil
contratadas no Centro-Oeste somaram R$309 bilhões em
fevereiro, com elevações de 3,3% no trimestre e de 16,7%
em doze meses. Nas mesmas bases de comparação, os
empréstimos com recursos direcionados cresceram, na
ordem, 3,5% e 26,4%, e os com recursos livres, 3,2% e
5,6%, respectivamente.
15
10
5
0
Nov
2012
Fev
2013
Mai
Ago
Nov
PF
Fev
2014
PJ
Mai
Ago
Nov
Total
Fev
2015
1/ Operações com saldo superior a R$1 mil.
A carteira de crédito a pessoas físicas atingiu
R$174,4 bilhões em fevereiro, com aumentos de 4% no
trimestre, estimulado pelo financiamento imobiliário, crédito
rural e crédito consignado, e de 16,4% em doze meses. O
estoque de operações no segmento de pessoas jurídicas
totalizou R$134,6 bilhões (aumentos respectivos de 2,5%
e 17%), com destaque no trimestre para as operações com
empresas do setor elétrico, administração pública, agricultura
e indústrias de papel e papelão.
A taxa de inadimplência das operações de crédito
superiores a R$1 mil situou-se em 2,56% em fevereiro,
avançando 0,04 p.p. no trimestre e 0,10 p.p. em doze
meses. O desempenho no trimestre repercutiu aumento
de 0,08 p.p. no segmento de pessoas físicas, parcialmente
compensado por uma redução de 0,03 p.p. no de pessoas
jurídicas, nos quais a inadimplência atingiu 3,02% e 1,96%,
respectivamente.
Os desembolsos do BNDES para o Centro-Oeste
totalizaram R$6 bilhões no trimestre encerrado em dezembro
e R$21,6 bilhões em 2014 (variações respectivas de -10,1%
e 3,5% em relação a iguais períodos de 2013).
36 |
Boletim Regional do Banco Central do Brasil
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Abril 2015
Tabela 3.3 – Evolução do emprego formal – Centro-Oeste
Novos postos de trabalho
1/
Acumulado no trimestre (em mil)
Discriminação
2014
2015
Fev
Total
Mai
Ago
Nov
Fev
-6,6
22,8
21,9
-18,0
-57,8
Indústria de transformação
-7,1
10,0
1,1
-8,7
-12,4
Comércio
-0,6
-3,1
2,2
9,8
-10,4
Serviços
4,9
12,7
13,5
6,5
-11,3
-5,4
4,0
-2,4
-17,0
-21,7
2,3
-1,4
7,2
-8,3
-1,2
-0,6
0,5
0,1
-0,7
-0,7
-0,0
0,1
0,1
0,3
-0,1
Construção civil
Agropecuária
Indústria extrativa mineral
2/
Outros
Fonte: MTE
1/ Refere-se ao trimestre encerrado no mês assinalado.
2/ Inclui serviços industriais de utilidade pública e administração pública.
Tabela 3.4 – Necessidades de financiamento –
Centro-Oeste1/
R$ milhões
Discriminação
Resultado primário
Juros nominais
2013
2014
2013
2014
Jan-dez
Jan-dez
Jan-dez
Jan-dez
Total
-1 590
-185
2 568
2 565
Governos estaduais
-1 358
-165
2 604
2 597
-154
31
-3
8
-78
-52
-33
-40
Capitais
Demais municípios
1/ Inclui informações dos governos estaduais e de seus principais municípios.
Dados preliminares.
Tabela 3.5 – Dívida líquida e necessidades de
financiamento – Centro-Oeste1/
R$ milhões
Discriminação
Dívida
2013
Dez
Total
Dívida
3/
Outros
Primário Juros Total
4/
2014
Dez
26 565
-185 2 565
2 380
-349
28 596
Governos estaduais 28 019
-165 2 597
2 432
-365
30 086
Capitais
Demais municípios
O superavit primário dos governos dos estados, das
capitais e dos principais municípios do Centro-Oeste somou
R$185 milhões em 2014. Houve recuo de R$1,4 bilhão em
relação ao superavit de 2013, refletindo, principalmente, a
redução do resultado dos governos estaduais. A arrecadação
do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços
(ICMS) variou 9,3%, no período.
Os juros nominais, apropriados por competência,
consolidados para as três esferas, somaram R$2,6 bilhões,
enquanto o deficit nominal atingiu R$2,4 bilhões no período
(R$979 milhões em 2013).
A dívida líquida totalizou R$28,6 bilhões em
2014 (4,4% da dívida total das regiões), aumentando 7,6%
relativamente a 2013. As dívidas renegociadas/reestruturadas
pela União representaram 68,8% do endividamento
líquido ao final do ano, e as dívidas bancária e externa,
42,8% e 10,4%, respectivamente. A posição credora em
disponibilidades líquidas representava 22,0% da dívida
líquida da região, no período.
2/
Fluxos acumulados no ano
Nominal
O mercado de trabalho no Centro-Oeste eliminou
57,8 mil empregos formais no trimestre encerrado em
fevereiro (-6,6 mil no mesmo trimestre em 2014), de acordo
com o Caged/MTE. A construção civil respondeu pela
redução de 21,7 mil postos e a indústria de transformação
suprimiu 12,4 mil. Considerando a série com ajuste sazonal,
o nível do emprego formal recuou 0,6% no período,
comparativamente ao trimestre anterior, quando houve
estabilidade.
-264
31
8
40
15
-209
-1 190
-52
-40
-92
0
-1 282
1/ Inclui inform. dos governos estaduais e de seus principais municípios. Dados
preliminares.
2/ A dívida líquida no momento t+1 é a dívida no momento t, mais o resultado
nominal e o resultado de outros fluxos.
3/ Inclui ajustes decorrentes de variação cambial, reconhec. de dívidas e privatiz.
4/ O resultado nominal é a soma dos juros com o resultado primário.
Os governos dos estados, capitais e principais
municípios do Centro-Oeste acumularam deficit primário
de R$667 milhões no período de doze meses até fevereiro
de 2015, com destaque para o deficit de R$880 milhões
do Distrito Federal e o superavit de R$712 milhões de
Goiás. Os juros nominais, apropriados por competência,
alcançaram R$2,6 bilhões e o deficit nominal, R$3,3 bilhões.
O endividamento líquido alcançou R$28,7 bilhões em
fevereiro (R$28,6 bilhões em dezembro de 2013), mantendo
a participação de 4,4% no total da dívida dos estados, capitais
e principais municípios do país.
A safra de grãos da região Centro-Oeste deverá
totalizar 80,6 milhões de toneladas em 2015, recuo de 2,9%
em relação à de 2014, de acordo com o LSPA de março,
do IBGE. Esse resultado reflete as diminuições de 8,4%
na produção de milho, de 10,2% na colheita de feijão; e de
13,8% na cultura de algodão. O crescimento da lavoura de
Abril 2015
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Boletim Regional do Banco Central do Brasil
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Tabela 3.6 – Dívida líquida e necessidades de
1/
financiamento – Centro-Oeste
R$ milhões
UF
Dezembro de 2014
Dívida
Fevereiro de 2015
2/
Fluxos 12 meses
Fluxos 12 meses
Dívida
Primário Nominal
3/
Primário Nominal3/
DF
2 142
479
605
2 461
880
1 020
GO
16 021
-849
541
16 040
-712
689
MS
6 780
80
735
6 732
253
913
MT
3 653
104
498
3 425
245
653
28 596
-185
2 380
28 658
667
3 275
4/
Brasil (B) 655 704
10 713
67 433
651 710
8 161
65 749
-1,7
3,5
4,4
8,2
5,0
Total (A)
(A/B) (%)
4,4
1/ Por UF, totalizando gov. estadual, capital e principais municípios. Dados
preliminares.
2/ A dívida líquida no momento t+1 é a dívida no momento t, mais o resultado
nominal e o resultado de outros fluxos.
3/ O resultado nominal é a soma dos juros com o resultado primário.
4/ Refere-se à soma de todas as regiões.
Tabela 3.7 – Produção agrícola – Centro-Oeste
Itens selecionados
Em mil toneladas
Discriminação
1/
2/
Pesos
Algodão (caroço)
Variação %
Produção
2014
Grãos
2015
2015/2014
80,2
82 975
80 553
-2,9
7,2
1 766
1 521
-13,8
Feijão
2,4
690
619
-10,2
Milho
16,4
36 156
33 105
-8,4
Soja
52,6
41 864
43 026
2,8
13,8
131 054
125 924
-3,9
2,0
1 097
828
-24,5
Outras lavouras
Cana-de-açúcar
Tomate
Fonte: IBGE
1/ Por valor da produção – PAM 2013.
2/ Estimativa segundo o LSPA de março de 2015.
Gráfico 3.4 – Abates de animais – Centro-Oeste
Média móvel trimestral
2012 = 100
120
110
100
90
80
Fev Mai
2012
soja foi estimado em 2,8%. Em referência às demais culturas,
ressalta-se a diminuição anual de 3,9% para a produção de
cana-de-açúcar.
Ago Nov Fev Mai
2013
Bovinos
Ago Nov Fev Mai
2014
Aves
Ago Nov Fev
2015
Suínos
Os abates de bovinos em estabelecimentos
fiscalizados pelo SIF (cerca de 95% do total na região)
recuaram 17,8% no primeiro bimestre do ano, na comparação
com o mesmo intervalo de 2014, repercutindo contrações de
21,1% no Mato Grosso, 25,7% em Goiás e 6,9% no Mato
Grosso do Sul. Restrições do lado da oferta, especialmente
associadas a fatores climáticos, pressionaram as cotações
da arroba do boi gordo, que variaram 23,4% ante o mesmo
período de 2014. Os abates de aves aumentaram 10%,
enquanto os de suínos decresceram 2,5%. As exportações de
carne de bovinos reduziram 32,4%, no período, influenciadas
pelas menores vendas para Rússia, Irã e Venezuela, e as
relacionadas a frangos e suínos variaram -27,4% e -36,4%,
respectivamente.
A produção industrial no Centro-Oeste, considerando
o agregado de Goiás e Mato Grosso, únicos estados da
região divulgados pela PIM-PF do IBGE, recuou 3,3% no
trimestre encerrado em fevereiro, em relação ao finalizado
em novembro, quando havia aumentado 1,6%, nesse tipo
de comparação na série dessazonalizada. A produção da
indústria de transformação diminuiu 4,2%, destacando-se
a retração de 9,4% na fabricação de produtos de minerais
não metálicos. Na comparação interanual, no trimestre
encerrado em fevereiro a indústria da região retraiu 2,5%,
influenciada pelos recuos de 4,8% na extrativa e de 2,4%
na de transformação, ressaltando-se o crescimento de 64,4%
da indústria de coque e derivados de petróleo e a queda de
36,8% na fabricação de produtos farmacêuticos.
Em doze meses até fevereiro, a produção da
indústria da região aumentou 1,6% na comparação com
igual intervalo de 2014 (3,4% em novembro). A indústria
extrativa avançou 0,8% e a de transformação, 1,7%,
impulsionada pelos crescimentos no segmento de coque,
derivados de petróleo e biocombustíveis, 17%; e indústria
alimentícia, 3,2%. Em contrapartida, houve reduções
significativas nos segmentos de produtos farmacêuticos,
de produtos de metal, e de minerais não-metálicos,
respectivamente de 19,7%, 15,2% e 11%.
Fonte: Mapa
O Icei de Goiás, divulgado pela Federação das
Indústrias do Estado de Goiás (Fieg), atingiu 39,1 pontos em
março (46,7 pontos em dezembro e 57,8 pontos em março
de 2014), mantendo-se na zona de pessimismo pelo nono
mês consecutivo. A trajetória trimestral refletiu a redução
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Abril 2015
de 7,3 pontos no Índice de Condições Atuais e de 8 pontos
no Indicador de Expectativas.
Gráfico 3.5 – Produção industrial – Centro-Oeste
Dados dessazonalizados – Média móvel trimestral
2012 = 100
110
105
100
95
90
Fev Mai
2012
Ago Nov Fev Mai
2013
Brasil
Ago Nov Fev Mai Ago Nov Fev
2014
2015
Centro-Oeste
Fonte: IBGE
Tabela 3.8 – Produção industrial – Agregação para
GO e MT1/
Geral e setores selecionados
Variação % trimestral
2/
Setores
2014
Pesos
2015
3/
3/
Nov
Indústria geral
Ac. 12 meses
Fev
100,0
1,6
-3,3
1,6
94,6
1,4
-4,2
1,7
56,4
3,2
-0,7
3,2
Prod. miner. não-metálicos
4,1
-0,5
-9,4
-11,0
Metalurgia
2,7
9,3
0,5
-0,1
Indústrias de transformação
Produtos alimentícios
Fonte: IBGE
1/ GO e MT são os únicos entes federados da região estratificados pelo IBGE.
2/ Ponderação de atividades no VTI, conforme a PIA 2010/IBGE.
3/ Variação relativa aos trimestres encerrados em t e t-3. Dados dessazonalizados.
Tabela 3.9 – Exportação por fator agregado
Janeiro-março
US$ milhões
Discriminação
Centro-Oeste
2014
Total
Básicos
Industrializados
Semimanufaturados
1/
Manufaturados
Brasil
2015
Var. %
Var. %
6 267
5 013
-20,0
-13,7
5 311
4 035
-24,0
-21,2
956
978
2,4
-7,1
817
839
2,7
3,1
139
139
0,2
-10,6
Fonte: MDIC/Secex
1/ Inclui operações especiais.
Tabela 3.10 – Importação por categoria de uso
Janeiro-março
O Icei de Mato Grosso, divulgado pela Federação
das Indústrias do Estado de Mato Grosso (FIEMT), atingiu
36 pontos em março (44,5 pontos em dezembro e 50,5 pontos
em março de 2014) mantendo-se, nos doze últimos meses, na
zona de pessimismo. O desempenho no trimestre repercutiu
a redução de 9,3 pontos no Índice de Condições Atuais e de
9,6 pontos no Indicador de Expectativas.
O indicador de expectativas de demanda da
Sondagem Industrial da CNI para o Centro-Oeste atingiu
50,5 pontos em março (49,6 pontos em dezembro e 61,8
pontos em março de 2014) e o Indicador de Estoques, 47
pontos em fevereiro (50,5 pontos em novembro e 45,8 pontos
em fevereiro de 2014). Embora o nível de atividade da
indústria da região tenha recuado, a percepção da demanda
aumentou em relação a dezembro e se encontra na área de
otimismo enquanto os estoques são percebidos em patamar
adequado, abaixo do que foi planejado pelos empresários.
O superavit da balança comercial do Centro-Oeste
atingiu US$2,5 bilhões no primeiro trimestre de 2015, com
queda de 23,1% em relação ao mesmo período de 2014, de
acordo com o MDIC. As exportações somaram US$5 bilhões
e as importações, US$2,6 bilhões, com recuos respectivos
de 20,0% e de 16,8%.
O desempenho das exportações repercutiu as quedas
de 7,5% no quantum e de 13,5% nos preços. Houve recuo
nas vendas dos produtos básicos, 24% (soja mesmo triturada,
-44,5%; carne bovina, -27,1%; e carne de frango, -28,5%).
As vendas de semimanufaturados aumentaram 2,7% (açúcar
de cana em bruto, 24,3%; e pastas químicas de madeira,
4,2%) e as de manufaturados 0,2% (açúcar refinado, 44,2%;
e papel e cartão para fins gráficos, 55,2%). As exportações
do Centro-Oeste destinadas a China, Indonésia, Holanda,
Vietnã, Irã e Hong Kong representaram, em conjunto, 53%
do total no período.
US$ milhões
Discriminação
Centro-Oeste
2014
Total
Brasil
2015
Var. %
Var. %
3 079
2 562
-16,8
-13,2
356
215
-39,6
-10,9
1 055
945
-10,4
-10,0
705
649
-7,8
-11,5
Duráveis
218
130
-40,6
-19,5
Não duráveis
487
520
6,8
-2,3
964
753
-21,9
-26,6
Bens de capital
Matérias-primas
Bens de consumo
Combustíveis e lubrificantes
Fonte: MDIC/Secex
A trajetória das importações refletiu de variações de
-3,4% nos preços e de -13,9% no quantum, evidenciando
recuos nas compras em todas as categorias de uso: -39,6%
nas aquisições de bens de capital (-58,3% nas compras
de maquinaria industrial); -10,4% nas matérias-primas e
produtos intermediários (-35,2% nas compras de acessórios
de equipamentos de transporte); -7,8% nos bens de consumo
(-57,8% nas aquisições de veículos de passageiros); e -21,9%
nos combustíveis e lubrificantes (-21,4% nas importações
Abril 2015
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Boletim Regional do Banco Central do Brasil
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Tabela 3.11 – IPCA – Centro-Oeste
Variação % trimestral
Discriminação
1/
Pesos
2014
II Tri
2015
III Tri
IV Tri
I Tri
IPCA
100,00
1,39
0,82
2,57
3,53
Livres
76,71
1,38
0,80
2,55
1,91
Comercializáveis
34,10
1,51
1,28
1,95
1,64
Não comercializáveis
42,61
1,27
0,41
3,05
2,13
23,29
1,44
0,90
2,62
8,98
Alimentos e bebidas
23,29
1,66
-0,04
4,17
3,53
Habitação
15,37
1,76
2,75
2,03
10,18
Artigos de residência
4,52
1,05
1,79
0,03
0,78
Vestuário
6,05
1,71
0,30
2,65
-0,16
Transportes
20,23
-0,03
-0,29
4,45
2,31
Saúde
10,26
2,79
1,40
0,96
1,18
Despesas pessoais
11,12
2,59
1,29
1,23
2,50
Educação
4,73
0,36
1,17
0,39
6,95
Comunicação
4,43
0,11
0,63
0,03
-1,01
Monitorados
de gás natural). As importações provenientes da Bolívia,
China, Estados Unidos, Alemanha e Japão totalizaram 58%
das compras no período.
Principais itens
Fonte: IBGE
1/ Referentes a março de 2015.
A variação do IPCA no Centro-Oeste, resultado da
agregação dos indicadores de Brasília, Goiânia e Campo
Grande, atingiu 3,53% no primeiro trimestre de 2015 (2,57%
no quarto trimestre de 2014), com desaceleração dos preços
livres, de 2,55% para 1,91%, e aceleração dos monitorados,
de 2,62% para 8,98%. Sobressaíram as variações nos grupos
habitação (10,18%), educação (6,95%) e alimentação e
bebidas (3,53%).
A evolução dos preços livres refletiu as desacelerações
nos preços dos não comercializáveis, de 3,05% para 2,13%
(tubérculos, raízes e legumes, 24,73%; cursos regulares,
9,25%; alimentação fora do domicílio, 3,32%); e dos
comercializáveis, de 1,95% para 1,64% (cigarro, 7,83%;
automóvel novo, 6,28%; e carnes, 2,34%). A maior
variação dos preços monitorados foi influenciada, em parte,
pelas elevações nos preços da energia elétrica residencial
(38,92%), taxa de água e esgoto (9,06%) e gasolina (8,17%).
O índice de difusão atingiu 61,8% no primeiro trimestre de
2015 (61,4% no quarto trimestre de 2014).
Em doze meses até março, o IPCA do Centro-Oeste
variou 8,55% (6,81% em 2014). A aceleração repercutiu, em
especial, o aumento de 6,09% para 14,46% na variação dos
preços monitorados (energia elétrica residencial, 58,59%;
taxa de água e esgoto, 11,99%; ônibus urbano, 11,64% e
gasolina, 11,09%). A variação dos preços livres, por sua vez,
passou de 7,01% para 6,80%, com aceleração dos preços
dos produtos comercializáveis (de 6,11% para 6,53%) e
desaceleração dos preços dos não comercializáveis (de
7,75% para 7,01%).
O arrefecimento da atividade econômica do CentroOeste refletiu, em especial, os desempenhos negativos do
setor exportador – com retração das vendas de produtos
básicos –, e da indústria. Para os próximos trimestres, as
perspectivas são continuidade do crescimento em ritmo
moderado, considerando-se o cenário de incertezas no setor
primário, influenciado pelas menores cotações internacionais
das commodities agrícolas, mas com maior crescimento da
economia mundial e preços competitivos para a pecuária.
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