Comunicações Organizacionais Ideia geral Estabelecer diálogos entre diversos níveis hierárquicos a fim de promover o bom funcionamento organizacional. Objetivos Explicitar o que são comunicações organizacionais. Reconhecer os vários estágios da comunicação pelos quais passaram as empresas nas últimas décadas. Entender que comunicação é processo e que, portanto, todos os seus elementos devem ser considerados no ato de comunicação. Habilitar o estudante para compreender as metáforas veiculadas nas mais diversas mensagens que ocorrem no interior das organizações. Habilitar o estudante para compreender que a comunicação empresarial é fator indispensável para o sucesso de qualquer empresa. Exemplo (Denotação x Conotação) Introdução à comunicação empresarial e estudo da denotação e conotação Comunicar já não é apenas transmitir informações, mas imprimir significados. Numa organização, as informações não devem circular desarticuladas e de modo caótico, mas sujeitas a uma hierarquia de cargos e funções. Elas, recebidas ou produzidas, devem caminhar por todo um sistema de redes e fluxos internos e externos. Podem então ser ascendentes, descendentes, horizontais. Nesse complexo sistema de redes e fluxos, quantidades de informação não significa qualidade. Sem as condições básicas de entendimento, persuasão, resposta, a comunicação pode ser seriamente afetada. Há três maneiras de analisar a relação da comunicação com a organização: contenção, produção e equivalência. A contenção considera a comunicação como algo localizado dentro de uma estrutura organizacional material. A produção examina o modo como as organizações produzem comunicação, ou a comunicação produz a organização. A equivalência trata a comunicação e a organização como uma entidade só. História 1920 – 1950: interesse em comunicação empresarial e industrial; 1950 – 1970: interesse pela influência da escola de relações humanas na comunicação organizacional; 1960: deslocamento da perspectiva para o estudo das mensagens que fluem nas organizações e para a forma com o clima organizacional influenciava a adequação e eficiência dessas transmissões; Nos anos de 1980: embora não tenha havido ruptura com o passado, houve reviravolta nos estudos de comunicação organizacional. A comunicação passou a ser definida como o estudo das mensagens, da informação, do significado e da atividade simbólica que constitui as organizações. Metáforas utilizadas nas organizações Sete metáforas são usualmente motivo de pesquisa em comunicação organizacional: conduíte, lente, linkage, performance, símbolo, voz e discurso. As metáforas utilizadas nos discursos organizacionais são mais que meros ornamentos de linguagem. A metáfora constitui-se num modo de ver a realidade. Gareth Morgan (2006), por exemplo, estudou várias metáforas utilizadas para compreender as organizações, que ora são vistas como máquinas, ora como organismos, ora como cérebros, ora como culturas, ora como sistemas políticos, ora como prisões psíquicas, ora como fluxo e transformação, ora como instrumentos de dominação. Se a empresa é vista como máquina: significa que tem metas e objetivos, é planejada como uma estrutura racional de tarefas e atividades. No caso de uma empresa vista como organismo: a metáfora ajuda-nos a entender as organizações como conglomerados de seres humanos. Empresas vistas como cérebro: focalizam a capacidade de aprender e o processo que pode atrofiar ou aumentar a inteligência organizacional. Já as empresas vistas como culturas: permitem perceber como varia o estilo de uma para outra segundo sua nacionalidade. Outra forma de estudar as organizações é vê-las como sistema políticos: identificamos diferentes estilos de governo e verificamos que as organizações se tornam politizadas em virtude de interesses divergentes de indivíduos e grupos. O estudo das organizações, vistas como prisões psíquicas: assim, as organizações têm sempre um significado inconsciente. Há forças psíquicas que atuam ocultamente nas organizações, e essas forças encorajam ou bloqueiam a inovação. Organizações vistas como fluxo e transformação: permitem verificar que forças sistêmicas profundas prendem as organizações as status quo, ou dirigem sua transformação. Organizações vista como instrumento de dominação: levam-nos a pensar na construção das antigas pirâmides ou atividades das empresas modernas. Metáfora do conduíte: A metáfora de conduíte: é relativa ao encaminhamento da comunicação. (Obs: Falar exemplos). Metáfora de lente: A metáfora de lente: trata as organizações como olhos que esquadrinham o ambiente, filtram os dados, distorcem e retardam a informação. Metáfora de linkage: A metáfora de linkage: a organização é vista como redes ou sistemas de indivíduos interconectados. Metáfora de performance: A metáfora de performance: a comunicação é projetada como interação social. Metáfora do símbolo: A metáfora do símbolo: projeta a comunicação como interpretação de formas literárias. Metáfora da voz: A metáfora da voz: engloba vozes distorcidas, vozes de dominação por meio da ideologia e do controle, acesso à voz por meio das práticas participativas. Metáfora do discurso: Na metáfora do discurso, evidencia-se a comunicação como conversação na qual as organizações são vistas como textos.