20, 21 e 22 de junho de 2013 ISSN 1984-9354 O ISOMORFISMO ENTRE SERVIDORES PÚBLICOS DE UMA AUTARQUIA DE DIREITO PÚBLICO MUNICIPAL Marcio Alexandre Pitta (Univali) Patricia Cadore de Farias (Univali) Beatriz Marcondes de Azevedo (Ufsc) Resumo A pesquisa teve como objetivo verificar a presença de isomorfismo entre servidores públicos de uma autarquia de direito público municipal, Empresa Municipal de Água e Saneamento de Balneário Camboriú (EMASA). Nesta pesquisa o isomorfismo é visto como um processo que torna homogêneas as atitudes dos servidores públicos. Fizeram parte da pesquisa todos os servidores públicos comissionados e efetivos ativos da empresa. Para sua realização foram analisados quantitativamente dados fornecidos pelo setor de recursos humanos da empresa e qualitativamente dados obtidos com entrevistas realizadas com todos os servidores. A pesquisa concluiu que existe isomorfismo, por vínculo, entre os servidores da EMASA. Palavras-chaves: Isomorfismo. Servidores públicos. EMAS IX CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 20, 21 e 22 de junho de 2013 1 Introdução O objetivo do deste artigo é, através de análise de dados fornecidos pelo setor de recursos humanos da Empresa Municipal de Água e Saneamento de Balneário Camboriú, Santa Catarina (EMASA) e de entrevistas semi-estruturadas com funcionários da empresa, verificar a presença de isomorfismo nos servidores públicos, funcionários que atuam nos cargos comissionados e efetivos, de uma autarquia de direito público municipal. O isomorfismo é a busca das organizações de igualdade de ações, estruturas e processos; “pode ser entendido como uma convergência progressiva das organizações a uma tendência, por meio da imitação, buscando legitimação” (ASSIS; ANDRADE; NETO; TANURE, 2010, p. 2). A escolha de a pesquisa ser realizada na EMASA é o fato de a empresa ser uma autarquia municipal, uma pessoa jurídica de direito público, que tem funcionários de provimento comissionado e efetivo. Os comissionados da EMASA são os contratados e exonerados de acordo com decisão de superior e com troca de prefeito da cidade de Balneário Camboriú/SC (Lei 1069/1991). Os efetivos da EMASA são concursados, que são exonerados apenas em casos de não satisfeitas as condições do estágio probatório, quando, tendo tomado posse, o funcionário não entrar em exercício no prazo estabelecido e quando o funcionário tomar posse em outro cargo inacumulável ou são demitidos em razão de penalidade (Lei 1069/1991). Uma autarquia municipal é criada, por lei, com o objetivo de realizar, de modo descentralizado, as atividades da administração pública. A administração pública é o “conjunto de órgãos e pessoas destinados ao exercício da totalidade da ação executiva do Estado” (SERESUELA, 2002), tem a função de satisfazer as necessidades básicas, água, saneamento, segurança, educação, transporte e saúde da sociedade. O artigo é dividido em 09 (nove) seções, sendo esta, introdução, a primeira. As seguintes são o referencial teórico sobre administração pública e isomorfismo. A quarta descreve o procedimento metodológico da pesquisa, onde informa a metodologia de pesquisa aplicada. Na sequência as seções que descrevem a pesquisa realizada “O isomorfismo na EMASA” – análises quantitativa e qualitativa. As três últimas seções apresentem as considerações finais, recomendações de futuras pesquisas e referências bibliográficas do presente artigo. 2 Administração Pública A administração pública é as atividades, o planejamento, a organização, a direção e o controle dos serviços públicos, onde os tomadores de decisão são as autoridades públicas. É o trabalho exercido pelo governo para o bem estar dos cidadãos, sendo uma atividade que inspira-se nos procedimentos de gestão e de gestão pública, tentando limitar, ao mesmo tempo, a influência da política e da burocracia em seu campo de ação (LEONINA-EMÍLA; IOAN, 2010). Seu objetivo é o bem de todos e a satisfação das necessidades de interesse público. Segundo Meirelles (2006) a administração pública pode ser definida como a gestão de bens e interesses qualificados no âmbito federal ou estadual ou municipal, segundo os preceitos do direito e da moral, tendo como meta o bem comum. 2 IX CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 20, 21 e 22 de junho de 2013 Os princípios da administração pública brasileira são: legitimidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência, todos previstos na Constituição Federal Brasileira de 1988. A Constituição Federal Brasileira de 1988 apresenta a divisão administrativa brasileira, objetivando atender os anseios de sua população. Com esta divisão a administração pública é exercida em três níveis: federal, estadual e municipal. A administração pública federal é a realizada pela União, que é a pessoa jurídica de direito público que representa o governo federal. A administração pública estadual é a realizada pelos Estados e o Distrito Federal, que são pessoas jurídicas de direito público que representam governo estadual. A administração pública municipal é a administração pública realizada pelos poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, composta nos Municípios que representam o governo municipal. A administração pública, ainda, pode ser classificada como: direta, também dita centralizada, e indireta, também chamada descentralizada. A direta é aquela exercida pela administração por meio dos seus órgãos internos: presidência e ministros (DECRETO-LEI 200, 2012). A indireta é a atividade estatal efetuada por outras pessoas jurídicas (autarquia, empresas públicas, sociedades de economia mista e fundações públicas), que foram surgindo através do aumento da atuação do Estado (DECRETO-LEI 200, 2012). A administração direta são as efetuadas diretamente pela estrutura do governo, que possuem autonomia política, financeira e administrativa nos âmbitos nacional, estadual e Distrito Federal e municipal. No nacional é submetida à supervisão direta do presidente da república auxiliado pelos ministros de estado. No estadual e no Distrito Federal do governador auxiliado pelas secretarias de estado. No municipal do prefeito auxiliado secretarias municipais. A administração indireta é criada por uma Lei, na qual a administração direta incube competências à uma pessoa jurídica que é vinculada à administração direta que a criou e que tem autonomia financeira e administrativa. São as que dependem de autorização da administração direta para a realização de suas atividades. Servidor público é um funcionário que trabalha num cargo público, com denominação própria, que foi criado por lei e tem seu vencimento pago pelo cofre público. O portal do servidor público estadual de Santa Catarina (2012) o define como “pessoa legalmente investida em cargo público criado por lei, de provimento efetivo ou em comissão, com denominação, função e vencimentos próprios, previsto no plano de cargos/carreira e vencimentos”. Todos brasileiros que atendam os pré-requisitos da lei de criação do cargo podem trabalhar como servidor público, sendo que para isto é preciso ser aprovado num concurso público e se tornar um funcionário efetivo ou ser nomeado de um agente público e se tornar um funcionário comissionado. 3 Isomorfismo Organizações que atuam num mesmo campo organizacional tendem a dirigir que tenham comportamento similar em resposta a pressões externas e internas. Estas pressões conduzem ao isomorfismo, que “constitui um processo de restrição que força uma unidade em uma população a se assemelhar a outras unidades que enfrentam o mesmo conjunto de condições ambientais” (HAWLEY, 1968, apud DIMAGGIO; POWELL, 2005). Freitas e Guimarães (2007) descrevem o isomorfismo como a busca da homogeneidade, uma organização assemelhar-se, em estrutura e/ou ação, a outras que enfrentam as mesmas condições ambientais, de estruturas, processos e ações no âmbito das 3 IX CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 20, 21 e 22 de junho de 2013 organizações. Rossetto e Rossetto (2000 e 2005) definem isomorfismo como “um conjunto de restrições que forçam uma unidade de uma população a parecer-se com outras unidades que se colocam em um mesmo conjunto de condições ambientais.” Esta abordagem propõe que as particularidades de uma organização são alteradas na direção “do aumento de compatibilidade com as características ambientais; o número de organizações em uma população é função da capacidade ambiental projetada e a diversidade das formas organizacionais é isomórfica à diversidade ambiental” (ROSSETTO; ROSSETTO, 2000 e 2005). Para Dimaggio e Powell (2005) o isomorfismo é o estímulo que as organizações, de um mesmo ambiente, têm de serem semelhantes nas estruturas, processos e crenças; é a razão de uma organização assumir determinada forma. Dimaggio e Powell (2005) e Maia e Cerra (2006) afirmam existir dois tipos de isomorfismo: o competitivo e o institucional. Segundo Balsini, Silveira e Rambo (2005) no isomorfismo competitivo as mudanças ou adaptações ocorrem pela disponibilidade de recursos: matéria-prima, produtos, serviços, clientes e etc. A seleção ou exclusão competitiva é consequência dos recursos disponíveis e pressões impostas num determinado ambiente organizacional. O competitivo dá ênfase à competição dos mercados, medidas de apropriação e variação de nicho. No isomorfismo institucional a seleção ou exclusão competitiva, em conjunto com a cultura, a luta pelo poder e os arranjos políticos explicam o comportamento e mudanças organizacionais. O institucional “diz que as organizações não competem somente por recursos e clientes, mas por poder político e legitimidade institucional, por adequação social e econômica.” (MAIA; CERRA, 2006, p. 7). Existem três mecanismos através do qual a mudança isomórfica institucional ocorre: isomorfismo coercitivo, que deriva de pressão formal ou informal exercida por organizações em que há dependência, influências políticas e problema da legitimidade; isomorfismo mimético, que resulta de respostas padronizadas à incerteza, onde as organizações se modelam nas percebidas como bem sucedidas; e isomorfismo normativo, associado à profissionalização provocada por profissionais que executam atividades similares em diferentes organizações e veem problemas numa forma similar. (DIMAGGIO; POWELL, 2005). O isomorfismo coercitivo surge em razão das pressões que ocorrem de uma, ou mais, organizações, o sobre a que é sua dependente (BAKER; RENNIE, 2006), pressões estas formais e/ou informais; em razão das crenças, cultura do ambiente organizacional; de normas do Estado. “Decorre de forças impositivas formais ou não formais sobre uma organização impostas por órgãos governamentais” (SAMPAIO; GOMES; BRUNI; FILHO, 2010, p. 4). O isomorfismo coercitivo “implica a adoção ´forçada` de formas pelas quais os processos da organização consolidam sua legitimidade institucional no ambiente” (ASSIS; ANDRADE; NETO; TANURE; CARRIERI, 2010, p. 05). O isomorfismo mimético acontece quando a organização não tem suas metas bem definidas e/ou a incerteza faz parte da organização. Com isso a organização imita outra bem sucedida do seu ramo. “Ocorre quando a incerteza permeia o ambiente ou quando os objetivos organizacionais não estão bem claros. Neste caso a organização tende a se modelar em outra para se manter legitimada.” (ASSIS; ANDRADE; NETO; TANURE; CARRIERI, 2010, p. 05). O isomorfismo normativo “decorre do poder de entidades reguladoras sobre os arranjos nas estruturas das organizações” (SAMPAIO; GOMES; BRUNI; FILHO, 2010, p. 5). Provém da definição de modelos, métodos e condições padronizados e estabelecimento de legitimidade das atividades a serem realizadas na organização que são estabelecidos por informações, normas e conhecimentos compartilhados de colaboradores da mesma atividade 4 IX CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 20, 21 e 22 de junho de 2013 de diferentes organizações que geram uma igualdade entre elas. É o comportamento semelhante de profissionais de grupos distintos de organizações (BAKER; RENNIE, 2006) 4 Procedimentos Metodológicos A fonte de dados foi de campo em razão de os dados terem sido coletados aonde o fato, o fenômeno ou o processo acontecem. Sua natureza é quantitativa e qualitativa. Quantitativa em razão de que na primeira fase da pesquisa dados estatísticos foram utilizados para atingir seu objetivo e qualitativa por verificar uma relação dinâmica entre o mundo real e o sujeito, isto é, um vínculo indissociável entre o mundo objetivo e a subjetividade do sujeito que não pode ser traduzido em números (MINAYO, 2007) na segunda fase da pesquisa. É uma pesquisa de caráter descritivo, visto que descreve a presença ou não do isomorfismo ente os funcionários comissionados e efetivo. “Os planos de pesquisa descritiva em geral são estruturados e especificamente criados para medir as características descritivas em uma questão de pesquisa” (HAIR; BABIN; MONEY; SAMOUEL, 2005, p. 86). 4.1 Campo Empírico A pesquisa foi realizada na Empresa Municipal de Água e Saneamento de Balneário Camboriú, Santa Catarina – EMASA. A EMASA é uma autarquia municipal da Prefeitura de Balneário Camboriú criada por lei específica, lei ordinária 2498/2005, aprovada em setembro de 2005 na câmara de vereadores de Balneário Camboriú (LEI 2498/2005, 2012). Seu campo de atuação tem como finalidade a captação, o tratamento e a distribuição de água, a coleta e o tratamento de esgoto (EMASA, 2012) bem como o levantamento de informações referentes à estes serviços. A empresa atua na cidade de Balneário Camboriú – SC. Sua estrutura abrange funcionários comissionados, nomeados de agente público, efetivos, aprovados em concurso público e estagiários. Os comissionados atuam nos seguintes cargos: Diretoria Geral - 1 funcionário, Diretoria Administrativa Financeira - 1 funcionário, Diretoria Técnica – 1 funcionário, Gerência de Operação – 1 funcionário, Gerência de Expansão – 1 funcionário, Gerência de Apoio Administrativo – 1 funcionário, Gerência Comercial e Financeira – 1 funcionário, Assessoria de Gabinete e Comunicação – 1 funcionário, Assessoria Jurídica - 1 funcionário, totalizando 09 funcionários. Os efetivos são os Engenheiros – 2 funcionários, Técnicos Edificação e Saneamento – 2 funcionários, Operadores de Estação – 9 funcionários, Assistentes Administrativos – 2 funcionários, Auxiliares Administrativos – 4 funcionários, Secretárias – 3 funcionárias e Motorista – 1 funcionário, totalizando 23 funcionários. 4.2 Instrumento de Coleta de Dados Coleta de dados foi realizada em duas etapas. Na primeira foram coletados os dados quantitativos através de informações das características demográficas dos servidores fornecidas pelo setor de Recursos Humanos da EMASA no mês de janeiro de 2012. Na seguinte foram obtidos os dados qualitativos, através de entrevistas semi-estruturadas com todos os funcionários efetivos e comissionados da empresa ativos nos meses de janeiro e fevereiro de 2012. Dos funcionários comissionados o Diretor Técnico está atuando interinamente como Diretor Geral, com isso, foram analisados os dados oferecidos e entrevistados 08 (oito) comissionados, mesmo tendo 09 (nove) cargos. Dos efetivos 02 (dois) Operadores de Estação não fizeram parte da pesquisa em razão de estarem licenciados, com isso, dos 09 (nove) 5 IX CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 20, 21 e 22 de junho de 2013 Operadores de Estação da EMASA, 07 (sete) fizeram parte da pesquisa, consequentemente foram analisados os dados oferecidos e entrevistados 19 (vinte e um) efetivos, mesmo tendo 21 (vinte e um) contratados. 4.3 Procedimento para Análise de Dados. Os dados obtidos com a pesquisa quantitativa foram analisados através de gráficos e tabela criados com a tabulação dos seguintes dados: sexo, cargo, anos de empresa e grau de escolaridade de todos comissionados e efetivos e, também, sendo relacionados ao vinculo EMASA. Com as entrevistas da pesquisa qualitativa foi feita uma análise de discurso, tendo como objeto de estudo o discurso dos funcionários. A análise de discurso “ajuda a compreender como as pessoas pensam e agem no mundo concreto” (GONDIM, FISCHER, 2009, p 12) e o mundo, nesta pesquisa, é a EMASA. Em ambas análise foram observados o isomorfismo coercitivo, o isomorfismo mimético e o isomorfismo normativo. 5 Isomorfismo dos servidores EMASA: Análise Quantitativa O Gráfico 01 informa que os servidores da EMASA são, em sua maioria homens, sendo 87,5% dos comissionados, 71,43% dos efetivos e 75,86% de todos os servidores e, do sexo feminino, 12,5% dos comissionados, 28,57% dos efetivos e 24,14% de todos os servidores. Gráfico 01: Distribuição de vínculo por gênero Fonte: Dados da pesquisa Analisando o Gráfico 02 verifica-se que dos cargos comissionados todos os diretores e assessores são homens e dos gerentes 75% são homens e 25% mulher. Dos efetivos 100% dos engenheiros, técnicos, operadores de estação e motorista, são homens e as mulheres são 100% no cargo efetivo secretária, 50% dos cargos assistentes administrativos e auxiliares administrativos. 6 Gráfico 02: Distribuição de cargo por gênero Fonte: Dados da pesquisa Cargo: A- Diretor B – Gerente C – Assessor D – Engenheiro E – Técnico em Saneamento e Edificações F – Operador de Estação G – Assistente Administrativo H – Auxiliar Administrativo I – Secretária J – Motorista Cargo: Com base na Tabela 01 observa-se o seguinte tempo de serviço dos funcionários da EMASA: 17 servidores efetivos, 80,95% entraram na EMASA no ano de 2006, ano em que os primeiros concursados foram nomeados, 1 servidor, 4,76%, em 2007 e 2008 e 2 servidores, 9,52%, em 2009. Dos servidores comissionados 03 servidores, 37,5% entraram em 2009, 01 servidor, 12,5% em 2010 e 4 servidores, 50% em 2011. Ano foi nomeado EMASA COMISSIONADO EFETIVO TOTAL 15 15 2006 1 1 2007 1 1 2008 3 2 5 2009 1 1 2010 4 4 2011 Tabela 1: Tempo de serviço EMASA Fonte: Dados da pesquisa O Gráfico 03 (três) informa que grande parte dos servidores comissionados, 75%, tem graduação, os demais tem ensino médio, 12,50%, e ensino médio profissionalizante, 12,50%. Dos efetivos 42,86% tem ensino médio, 19,05% ensino médio profissionalizante, 33,33% graduação e 3,45% pós-graduação. Dos que trabalham em cargo comissionado e tem faculdade, 83,33%, atuam na área em que tem graduação. O servidor comissionado que tem ensino médio técnico não atua na sua área de formação e o que tem ensino médio informou ter habilitação/carteira para atuar na área em razão do tempo de serviço. Dos efetivos todos que tem graduação e pós graduação trabalham na área em que se formaram, os que tem ensino médio técnico 50% atuam na área em que se formaram. Um ponto a destacar é que dos servidores comissionados 12,5% faz mestrado, dos servidores efetivos 9,52% fazem mestrado e 14,29% fazem graduação, um destes está fazendo seu segundo curso de graduação. Todos os cursos que estão sendo feitos são na área em que o servidor atua. Gráfico 03: Grau de Escolaridade Fonte: Dados da pesquisa 6 Isomorfismo dos servidores EMASA: Análise Qualitativa IX CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 20, 21 e 22 de junho de 2013 A jornada de trabalho é o período o qual o funcionário está a disposição da sua empresa diariamente, trabalhando ou disposto a trabalhar, é tempo que o trabalho consome dos trabalhadores. Três medidas do tempo influenciam a relação entre o homem e seu trabalho: a duração - quantidade de horas por dias, semanas ou anos, a distribuição - forma como o horário se concentra ou dilui em determinados períodos e a intensidade – esforço físico, intelectual e emocional investido no trabalho (DAL ROSSO, 2003). Todos os funcionários comissionados informaram não ter uma jornada de trabalho e Turno fixo e que trabalham mais do que 06 horas, uma média de 08 (oito) horas por dia sendo que: - “Ano passado até no dia 31 de dezembro, chovendo lá estava eu na Avenida Central verificando problemas relacionados a EMASA.” - “Trabalho muito, se a EMASA precisa de mim a noite e finais de semana sempre estou a disposição par cumprir com o meu dever de funcionário da empresa.” Os funcionários efetivos tem jornada de trabalho fixa e grande parte informou cumprir sua jornada de 30 horas semanais e não mais. Apenas 04 (quatro) fazem hora extra, com frequência, em razão da necessidade. Quanto ao turno apenas 02 informaram que muitas vezes precisam alterar seu turno, da manhã para tarde, vice-versa e trabalhar após as 18:00 horas também. - “Cumpro minha jornada de trabalho de 06 horas/dia, de segunda à sexta, do meio dia às seis.” -“Meu horário de trabalho é das 07:00 às 13:00 e é este que sempre faço.” - “Trabalho das 12:00 às 18:00 horas, porém sempre chego antes ou saio depois, visto que sempre tenho muito serviço.” As férias são um período de descanso que trabalhadores têm direito, após 01 (um) ano de trabalho. Os servidores públicos de Balneário Camboriú têm este direito deferido na lei 1069/1991 do município. Com relação às férias dos servidores comissionados os 04 (quatro) que entraram em 2011 ainda não tinham o direito até a data da entrevista e dos 04 (quatro) que entraram em 2009 e 2010 apenas 01 (um) gozou e informou que: - “Não esqueceram de mim nestas férias, me ligaram diversas vezes, precisei vir até a empresa.” Os 03 (três) servidores comissionados que não gozaram suas férias, e têm direito, informaram não ter o como tirar férias em razão de que farão muita falta na empresa. Todos os servidores efetivos já gozaram férias sendo que dos 04 (quatro) que trabalham mais que 30 (trinta) horas semanais 03 informaram que “fazem falta” nestes dias. Dos demais, 02 (dois) informaram ter período do mês em que é difícil, para a empresa os liberar para férias. - “Deixo tudo organizado e tenho sempre meus dias de férias sem que alguém da empresa me ligue em razão de alguma dúvida ou solicite minha presença na empresa.” - “Sempre me ligam. . . ” - “Semana passada estava de férias, e... eu estava na empresa em razão de reunião que queriam a minha presença.” - “Trabalho no setor financeiro e, com isso, não posso pegar férias no inicio e fim de mês.” - “Não pego férias no final do mês, período em que faço a todos as atividades relacionadas a folha de pagamento.” Um funcionário deve ter seu tempo livre para se dedicar à sua vida pessoal. Se dedicar e pensar nas coisas não relacionadas ao trabalho, e que gosta. Em 1980 Evans e Bartolomé informavam existir um “desequilíbrio no uso do tempo do executivo para viver e aproveitar as 9 IX CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 20, 21 e 22 de junho de 2013 outras dimensões de sua vida fora do trabalho” (ASSIS; ANDRADE; NETO; TANURE, 2010, p. 10). Todos os servidores comissionados informaram pensar no trabalho fora do horário do serviço, mas que isso não interfere, atrapalha sua vida fora do trabalho. - “Quando eu não estou pensado no serviço tem alguém que me liga ou me pergunta sobre algo relacionado à ele.” - “Trabalho de manhã e de tarde durante a semana e nos finais de semana sempre passo por obras que a EMASA esta fazendo e lembro da EMASA.” - “O setor que gerencio está com muito serviço, não tem como esquecer a EMASA.” Os servidores efetivos nos cargos secretária e motorista informaram que é raro pensar na EMASA fora do horário de trabalho, bem como 50% dos assistentes administrativos e auxiliares administrativos e 71,42% dos operadores de estação. Já os engenheiros e técnicos dizem pensar no trabalho fora da empresa. - “Meu serviço é receber documentos, cartas e etc. e os protocolar, não tem o que pensar sobre ele for da EMASA.” - “Trabalho verificando e acompanhando o serviço das Estações de Recalque de Água Bruta – ERAB, quando saio de lá fica alguém no meu lugar. Não tenho com o que me preocupar, visto que sempre tem alguém “cuidando” da ERAB.” - “Meu setor, Serviços Gerais, só funciona se eu estou na empresa, nada mais. Não tenho o que pensar nele fora da empresa visto que atendo os pedidos quando estou na EMASA, se não estou não tem como as pessoas da empresa me pedirem algo.” - “Quando não estou pensando na empresa, me ligam, com isso, acabo pensando nela!” - “Penso nas licitações que tenho que acompanhar a criação do edital, nas obras que serão e estão sendo realizadas.” As empresas têm diversos setores, que realizam as atividades correlacionadas com o próprio setor. Exemplos são o setor de compras que faz pesquisa de mercado, compra de produtos e serviços, o de licitações que faz todas atividades necessárias para que ocorra uma licitação, bem como o setor de Pregão, o Setor de Recursos Humanos que é responsável pela admissão, folha de pagamento e diversas outras atividades correlacionadas ao setor. A EMASA tem os seguintes setores: Diretoria Geral, Assessoria de Gabinete e Comunicação, Assessoria Jurídica, Operação, Expansão, Comercial, Financeira, Administrativa, Licitação, Pregão, Recursos Humanos, Serviço Geral, Patrimonial e Contabilidade. Todos os servidores comissionados e efetivos informaram não ter interesse de mudar de setor na empresa. Sendo que dos comissionados um Gerente já mudou de Gerência, era Gerente de Expansão e agora é de Apoio Administrativo e o Diretor Geral acumula o cargo de Diretor Técnico. Dos efetivos todos os assistentes administrativos, 66,67% das secretárias, 50% dos auxiliares administrativos e 14% dos operadores de estação já mudaram de setor. Todos os que mudaram de setor gostaram da mudança. - “Gostei da mudança.” - “É muito mais responsabilidade para mim.” - “Minha mudança de setor foi no primeiro ano que entrei na EMASA, sou da primeira chamada dos efetivos. Foi numa época de adaptação das atividades e no setor que estava trabalhava com outro funcionário, que ficou sozinho, e sabe fazer sua função muito bem sozinho.” - “Mudei de setor em razão de que o que fazia tinha uma empresa contratada para fazer.” - “Mudei de setor em razão de que fui solicitada no setor que estou atualmente e um gerente assumiu minhas responsabilidades anteriores”. - “Nestes 05 anos de trabalho na EMASA sempre trabalhei neste setor e gosto.” 10 IX CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 20, 21 e 22 de junho de 2013 - “Desde que entrei na EMASA trabalho neste setor, que tem muito trabalho!” Trabalhar com o que se gosta de fazer causa maior rentabilidade em razão da vontade de que as pessoas tem de trabalhar, de dar novas ideias, ajudar os companheiros e dedicar-se com garra para atingir seu objetivo diário. Todos os servidores comissionados e efetivos informaram gostar do que fazem. Os comissionados informaram que sairiam da EMASA apenas se fossem exonerados e os efetivos apenas se fossem trabalhar num lugar de melhor remuneração. - “Trabalho com o público e gosto de lidar com o público. Pode ser estressante mas gosto disso fazer.” - “Gosto do que faço, mas estou estudando, fazendo curso preparatório, para ver se passo num outro concurso, que tenha melhor remuneração.” - “Trabalho numa área que gosto, mas faço mestrado e quero dar aula, agora, se irei me dedicar apenas a lecionar, o futuro dirá!” Conciliar a família e o trabalho é difícil, ambos são muito importante na vida de um trabalhador. A família é apontada como elemento-chave não apenas para a "sobrevivência" dos indivíduos, mas também para a proteção e a socialização de seus componentes, transmissão do capital cultural, do capital econômico e da propriedade do grupo, bem como das relações de gênero e de solidariedade entre gerações (CARVALHO; ALMEIDA, 2003, p. 109). O trabalho também ajuda na sobrevivência do trabalhador e sua família. Com relação a trabalho e família os comissionados 25% informaram que os familiares questionam o por que de tantas horas dedicadas ao serviço e não à eles. Dos efetivos 01 (um) informou que é questionado de o por que não ter um horário fixo de trabalho e outro de o por que tantas horas dedicadas ao serviço. - “Minha família reclama que penso mais na EMASA do que em mim e neles.” - “Minha esposa fala que eu trabalho demais.” - “Trabalho mais do que 06 horas diárias, mas, minha esposa nada pode falar, visto que ela também trabalha! Bastante.” - “Trabalho bastante, mas moro sozinho e não tenho parentes que moram em Balneário Camboriú, mas, quando algum parente vem me visitar, quase sempre trabalho as 06 horas diárias. Já solicitei folga para levar ou buscar parente no aeroporto em horário de trabalho e me liberaram em razão de minha dedicação nos demais dias.” - “Minha família não reclama do meu serviço e sim acha ótimo.” 7 Considerações Finais Averiguando as informações obtidas com os dados fornecidos com o setor de recursos humanos da empresa verificou-se que o gênero dos funcionários da empresa é predominantemente masculino. O serviço prestado pela EMASA tem no seu mercado de trabalho atual a predominância de mais homens do que mulheres atuando. Homens trabalhando como engenheiros civil e sanitarista, técnicos em edificação e saneamento, operadores de estação e motorista. Não é algo exclusivo da EMASA. O tempo de serviço na empresa é maior nos efetivos, desde 2006, visto que foi neste ano que foram realizadas a primeiras nomeações de efetivos, os quais continuam na empresa. Os servidores comissionados estão menos tempo na empresa, dentre eles os de mais tempo estão desde 2009, isto em razão de que este foi o ano em que houve troca de prefeito que os nomeou. O ano de 2011 foi o ano em que mais servidores comissionados foram nomeados. 11 IX CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 20, 21 e 22 de junho de 2013 Observou-se um grande rodízio de servidores comissionados, algo que não ocorre entre os servidores efetivos. O grau de escolaridade dos servidores comissionados é predominantemente o de graduação, já o dos efetivos é ensino médio. Não existe pré-requisito de escolaridade para os servidores comissionados, já para os efetivos os engenheiros devem ter graduação, os técnicos devem ter ensino médio profissionalizante e os demais cargos ensino médio. Com análise das entrevistas verificou-se que a jornada de trabalho, as férias e o pensar no trabalho fora do horário de serviço são temas vistos diferentemente entre os servidores comissionados e os efetivos. Os servidores comissionados tem um grau maior de ligação quanto a isto, uma maior jornada de trabalho, é difícil terem férias e pensam muito sobre a EMASA, ou são lembrados sobre a empresa quando não estão trabalhando. Com relação ao interesse de mudar de setor, nenhum servidor tem. Relacionando família e trabalho os servidores comissionados são os que informaram que a família pergunta sobre a dedicação deles ao serviço e o tempo deles para se dedicar à família. Dos efetivos todos informaram que a família não reclama do trabalho deles e que eles têm tempo para se dedicar a família, sem estar pensando na empresa. Por fim verificou-se a não presença de um mesmo isomorfismo em todos os servidores da EMASA, porém existe um mesmo isomorfismo por vínculo, servidor comissionado e servidor efetivo. Verificou-se, também, que entre os funcionários comissionados existe isomorfismo normativo, em razão de que eles regulamentam, impõe e negociam normas e regras de acordo com sua atividade e entre os servidores efetivos existe isomorfismo coercitivo, visto que os mesmos trabalham de acordo com o que deve ser feito relacionado ao seu cargo e comissão a qual fazem parte, eles são dependentes das recomendações e/ou prescrições legais do município e de seu superior, servidor público comissionado. A pesquisa contribui nos estudos sobre isomorfismo em servidores comissionados e efetivos de autarquias de direito público, mostrando sua existência por vínculo. 8 Recomendações Futuras Pesquisas O isomorfismo a partir de pessoas é um tema muito interessante e pouco estudado. Indica-se mais pesquisas sobre este tema estudando o isomorfismo em outras administrações públicas, diretas ou indiretas, para ser feita uma análise de que existe a predominância de isomorfismo por vínculo nos órgão públicos. Indica-se, também pesquisas tendo como indivíduos a serem estudados servidores públicos e seus funcionários terceirizados, professores de universidades públicas e privadas tendo como objetivo verificar se existe isomorfismo entre estes indivíduos. 9 Referências Bibliográficas ASSIS, Lilian Bambirra; ANDRADE, Juliana Oliveira; NETO, Antônio Carvalho; TANURE, Betânia. Homogeneização do Executivo Brasileiro: O Isomorfismo do Indivíduo nas Maiores Empresas Brasileiras. In: XXXIV Encontro Nacional da ANPAD, 2010. Disponível em <www.anpad.org.br> Acesso em: 20 out. 2011. BAKER, Ron; RENNIE, Morina D. Forces Leading to the Adoption of Accrual Accounting by the Canadian Federal Government: An Institutional Perspective. Canadian Accounting Perspectives. V. 5, Issue 1, May 2006, p. 83-112. BALSINI, Cristina Pereira Vecchio; SILVEIRA, Ricardo Boeing da; RAMBO, Jairo. Desafio do Terceiro Setor: uma Análise Baseada na Perspectiva Institucional, Dependência de Recursos e Ecologia das Populações. 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