CARROS E MOTOS
CORREIO DO POVO
QUINTA-FEIRA, 9 de setembro de 2004 — 11
Audi completa 10 anos de Brasil
Montadora alemã se impôs no mercado brasileiro como uma marca de elevado prestígio e valor
FOTOS DIVULGAÇÃO / CP
Renato Rossi
ão 10 anos da Audi no Brasil. Uma parceria iniciada
em 1994, com um aperto de mão entre o tricampeão
mundial da Fórmula 1, Ayrton Senna, e o então presidente da Audi AG, na Alemanha, F. J. Kortum. Dez anos
se passaram e Ayrton Senna é uma sofrida lembrança
para os brasileiros que acreditam, como todo o mundo,
que jamais haverá um piloto com seu talento. F. J. Kortum, há muito, deixou a direção da Audi AG. E a própria
marca saiu do relativo ostracismo do início dos anos 90
para se tornar uma força global, produtora de automóveis de alta performance, com uma trajetória sólida no
mercado brasileiro. Onde o sucesso do grupo Audi Senna
reflete-se, segundo o diretor da Audi Star – concessionária da marca em Porto Alegre –, Roger Russowski, no continuado sucesso do A3 e na identificação da Audi como
uma marca de alto prestígio e valor.
Segundo o executivo, se nos momentos iniciais da trajetória da Audi no mercado brasileiro o carisma e o sucesso do mito Senna ajudaram, nos anos seguintes “foi a
qualidade sempre em evolução da marca e o marketing
agressivo e criativo do grupo Audi Senna que consolidaram a Audi no Brasil”. Em 1995, diante de uma platéia
de jornalistas e convidados, em São Paulo, um Audi A6
S
O belo Le Mans, um dos destaques do portfólio mundial da montadora Audi
foi lançado contra um contêiner de 100 toneladas, reproduzindo uma colisão a quase 100 km/h. Após a checagem dos técnicos, a conclusão: o habitáculo do A6 estava
praticamente intacto. “Era necessária uma dose maior de
ousadia em nossa comunicação com o público em 1995
porque a Audi era quase uma desconhecida no país. Por
exemplo, para impulsionarmos as vendas do Audi A3, recém-chegado ao Brasil em 1996, realizamos o Audi Fashion. Em pleno salão do Automóvel, as mais belas e requisitadas modelos do país desfilaram ao lado do A3. O sucesso foi instantâneo”, lembra Russowski. Mas só lances
promocionais não resolveriam se não houvesse por trás
da marca o que o diretor de vendas da Audi Senna, Jaroslav Sussland, define como a “esplêndida tecnologia e
total seriedade do grupo Audi Senna”, que desde o início
estabeleceu rígido controle de qualidade sobre os revendedores e sobre a assistência técnica da marca. São padrões que permanecem e que hoje unem-se à nova geração de veículos da Audi, como o belo Le Mans. “É este investimento bilionário em pesquisa e desenvolvimento que
pode ser vislumbrado nos laboratórios da unidade industrial de São José dos Pinhais (PR), onde é produzido o A3,
que garante o sucesso da marca e abre novas perspectivas para a Audi no Brasil e no mundo”, diz Russowski.
Toyota opta por tecnologia híbrida com o Prius
Com mais de 200 mil unidades comercializadas no primeiro semestre deste ano somente no mercado norte-americano, o carro híbrido Prius, da Toyota, é um sucesso de vendas. Mais do que isso, o fato marca a posição da segunda
marca global em relação ao futuro do automóvel, na opção
por motores elétricos e à combustão interna que trabalham
simultaneamente ou em separado. O apelo econômico e ecológico do Prius nos mercados primeiro-mundistas é irrefreável, diante das oscilações do preço do barril do petróleo. O
carro faz mais de 25 quilômetros com um litro de gasolina,
graças ao sofisticado sistema de gerenciamento eletrônico
do sistema híbrido. No uso urbano, entram em funcionamento dois motores elétricos que movem as rodas dianteiras. Na rodovia, quando há exigência de maior potência, é
utilizado o motor com quatro cilindros à gasolina. Em situações extremas, como numa ultrapassagem, os motores elé-
tricos e à combustão interna são utilizados em conjunto.
Outro ponto de atração do Prius diz respeito à redução de
43% na emissão de monóxido de carbono, algo desejável em
relação às legislações ambientais cada vez mais rígidas que
vigoram no Primeiro Mundo. A preocupação ambiental estende-se, também, aos sistemas do Prius. Na eliminação do
cloridato de vinil, altamente tóxico, que era utilizado na cobertura de fios e guarnições. A utilização do chumbo também foi reduzida em um décimo em relação ao que a Toyota
utilizava em seus veículos em 1996. E os materiais recicláveis no Prius são da ordem de 90%. No Salão de Genebra
deste ano, o engenheiro Soichiro Katsuo, da Toyota Motor
Corporation, explicou aos jornalistas que as tecnologias disponíveis hoje podem eliminar completamente o uso dos derivados de petróleo. Mas que esse é um processo cultural
lento, que demandará ainda alguns anos para se afirmar. Veículo é equipado com motores elétricos e à combustão interna
Kia apresenta nova van Besta
A Kia Motors do Brasil aproveitou a Expointer para anunciar que
está viva no mercado e com boas
perspectivas para o segundo semestre. “Aproveitamos uma das maiores
feiras de agronegócios da América
Latina para mostrarmos a nova Besta, que sempre foi nosso carro-chefe
em vendas no Brasil. Mas a grande
novidade será apresentada em outubro no Salão do Automóvel, em São
Paulo, que é a nova Sportage, totalmente reformulada”, explicou o presidente da KMB, José Luis Gandini.
A nova Besta, que já está sendo
comercializada pela rede de concessionários, incorpora algumas novidades, segundo o executivo. “A principal mudança no design se refere à
nova frente, protuberante, que gera
uma área maior de absorção de impacto e amplia a segurança ativa”,
disse. “Também a introdução do aro
15 propiciou a inserção de discos de
freios de maior diâmetro, o que significa maior capacidade de frena-
gem, essencial a um veículo utilitário.” Já a motorização, segundo José
Luis Gandini, não sofreu modificações, permanecendo o propulsor 3.0
movido a diesel com 85hp e ampla
faixa de torque, o que facilita a operacionalidade da van.
A apresentação da nova Besta foi
prestigiada pelo executivo M. Cho,
que dirige as operações da Kia Motors Corporation para o Caribe e
Américas Central e Latina. Ele comentou “o interesse constante da
Kia no mercado brasileiro, que, ao
lado dos mercados chinês e asiático,
é prioritário para a montadora. “Temos intenção de instalar uma fábrica no Brasil, o que facilitaria nossas
operações em toda a América Latina. Neste momento, procuramos um
local para a instalação da fábrica e
analisamos os investimentos necessários em relação à infra-estrutura,
mão-de-obra e relação dessa fábrica
com o mercado interno, que começa
a dar sinais de recuperação”, disse.
Design da Besta traz nova frente, que aumenta a segurança ativa do veículo
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