Universidade Federal de Santa Catarina Campus Blumenau Física II Experiência: Lei dos Gases Ideais Objetivo O objetivo dessa experiência é verificar experimentalmente a lei dos gases ideais e calcular o número de moles do ar atmosférico. Teoria A equação que descreve as relações entre temperatura (T), pressão (P), volume (V) e a quantidade de átomos (n em moles) de um gás ideal é: PV =nRT (1) onde R é a constante universal dos gases ideais (R=8,3144 J/(K.mol)). Em processos isotérmicos (onde a temperatura é constante) de um sistema isolado (quantidade de átomos constante), a relação da pressão e volume do sistema em dois estados diferentes é dada por: P1 V 1=P 2 V 2 Lei de Boyle-Mariotte Uma equação mais geral pode ser obtida para um sistema isolado (quantidade de átomos constante): P1 V 1 P V =nR= 2 2 T1 T2 (3) Também podemos escrever uma equação para calcular o volume ocupado por um gás ideal, dado a pressão (P), a temperatura (T) e o número de moles (n) do gás: V =nR T P (4) Material Utilizado 1. Ideal Gas Law Apparatus – TD-8596A 2. PASPORT Quad Temperature Sensor – PS-2143 3. PASPORT Absolute Pressure Sensor – PS-2107 Procedimentos Procedimento A Nesta experiência você irá verificar experimentalmente a lei dos gases ideias. 1. Abra o programa da Pasco e ajuste um gráfico com dois eixos (use o botão para isso). Em um eixo você vai mostrar a pressão absoluta em kilopascal (kPa) e no outro eixo você vai mostrar a temperatura em Kelvin (K). No eixo x você irá mostrar o tempo. 2. Remova o sensor de pressão e ajuste a seringa para um volume de 40 ml (ou 40 cc). 1 Reconecte o sensor de pressão. 3. Comece a gravar, espere 10 segundos e rapidamente comprima a seringa o máximo possível (21 ml). Mantenha a seringa pressionada até que a temperatura retorne para o valor inicial. 4. Solte a seringa e espere até que a temperatura volte pro valor inicial. 5. Anote na tabela 1 os valores do volume inicial e final e anote também a pressão inicial e pressão quando a seringa está comprimida e a temperatura já retornou ao seu valor inicial. 6. Na tabela 2 você vai anotar os volumes inicial, a pressão inicial e a temperatura inicial. Anote também o volume final, a temperatura máxima alcançada durante a compressão e a pressão no mesmo instante que a temperatura alcança seu máximo. 7. Repita todo o procedimento para um volume inicial de 60 ml. Procedimento B Nesta experiência você irá verificar experimentalmente a lei dos gases ideias. 1. Remova o sensor de pressão e ajuste a seringa para um volume de 60 ml (ou 60 cc). Reconecte o sensor de pressão. 2. Comece a gravar, espere 10 segundos e rapidamente comprima a seringa até 55 ml. Mantenha a seringa comprimida até que a temperatura retorne para o valor inicial. 3. Mantendo a seringa comprimida, comprima a seringa até 50 ml e mantenha a seringa comprimida até que a temperatura retorne para o valor inicial. 4. Continue o procedimento 3 para os volumes indicados na tabela 3. 5. Após o último valor de volume, pause a gravação e anote na tabela 3 o valor de pressão e temperatura referente a cada volume. Lembrando que você deve anotar o valor de pressão e temperatura no momento que a temperatura estiver estabilizada, próxima da temperatura inicial. 6. Repita o procedimento para os volumes iniciais de 50 ml e 40 ml. 2 Tabela 1 V P V P 1 2 1 2 Tabela 2 V P T Vcorrigido V P T Vcorrigido 1 2 1 2 Tabela 3 V (ml) P T T/P V (ml) P 60 55 50 50 45 45 40 40 35 35 30 30 25 25 V (ml) P T T/P 40 35 30 25 21 3 T T/P Relatório Procedimento A 1. Apresente o gráfico da pressão e da temperatura em função do tempo e explique: 1. Quando você reduz o volume na metade a pressão, momentaneamente, sobe mais que o dobro (primeiro pico no gráfico da pressão). Por que? 2. Por que a temperatura retorna para o seu valor inicial e a pressão não? 3. Quando você libera a seringa, o que acontece com a temperatura e a pressão? Por que? 2. Para temperatura constante, a lei dos gases ideais diz que casos, calcule essas grandezas e mostra que P1 V 1=P 2 V 2 . Para os dois 3. Um dos motivos da lei dos gases ideais não ter sido respeitada é que há um volume V0 que não foi levado em conta. Esse volume corresponde ao volume do sistema que está fora da seringa. Utilizando a fórmula P1 (V 1 +V 0)=P2 (V 2 +V 0 ) calcule V0 para os dois casos. Os volumes nos dois casos são parecidos? Por que? 4. Corrija o volume medido na tabela 2 (ou seja, adicione o valor de V0 calculado na questão anterior). P1 V 1 P2 V 2 e para os dois casos. Eles são iguais? Calcule a T1 T2 diferença percentual entre eles. 5. Calcule o valor de Procedimento B 1. Complete a tabela 3 calculando a grandeza T/P (NÃO ESQUEÇA DOS ERROS!). Apresente a tabela. 2. Faça um gráfico de V (eixo y) contra T/P (eixo x). Coloque as 3 curvas, uma para cada tabela, no mesmo gráfico. 3. Faça o ajuste linear de cada curva do gráfico acima e apresente as equações da reta. 4. Qual o significado físico do coeficiente angular e linear? 5. Calcule o número de moles referente a cada volume inicial. Mostre que esse número é proporcional ao volume. 4