ESTE SUPLEMENTO FAZ PARTE INTEGRANTE DO DIÁRIO ECONÓMICO Nº 5825 DE 18 DE DEZEMBRO DE 2013 E NÃO PODE SER VENDIDO SEPARADAMENTE Desafios de Portugal Paulo Alexandre Coelho AS MAIORES EXPORTADORAS De acordo com os dados mais recentes do INE, as exportações de mobiliário cresceram 5,1% em 2012 e 7,6% até Outubro de 2013. As exportações de equipamentos eléctricos também cresceram: 18,1% em 2012. As 100 líderes na exportação Petrogal é a maior exportadora mas importa mais do que vende para fora. IRINA MARCELINO* [email protected] 2 3.128 milhões de euros. Foi este o valor exportado pelas 100 maiores empresas portuguesas em 2012. O ‘ranking’, elaborado pela IGNIOS - Gestão Integrada de Riscos, revela ainda que a Petrogal é, além de maior empresa portuguesa em termos de volume de negócios, também a maior exportadora. No ano passado vendeu ao exterior 3,2 mil milhões de euros. A Petrogal é, também, a maior importadora: de acordo com o ‘ranking’ aqui apresentado, comprou 7.2 41 milhões de euros ao exterior. Entre as 100 Maiores Exportadoras há também casos de multinacionais que procuram em Portugal flexibilidade produtiva, rapidez na entrega e uma relação favorável em termos de custos PUB e qualidade. Os grupos Gabor e a Polopiqué, que fornece a Inditex, fazem parte das 100 Maiores Exportadoras e são exemplos de empresas que aproveitaram estas mais-valias de Portugal. Além desta dimensão mais dependente, existe uma afirmação das exportações baseada na afirmação de marcas próprias, sustentadas em factores de competividade ligados à investigação e desenvolvimento, à inovação e ao design. É o caso dos sectores do calçado ou do actual contributo da cortiça para a fileira moda (a Pelcor – Novacortiça, por exemplo, surge entre as 2000 maiores exportadoras). No entanto, há que ter em conta que a principal fileira responsável pelo crescimento da exportação de bens foi a energia com a refinação de petróleo. Até 31 de Outubro os com- bustíveis lideravam a tabela das exportações, contribuindo em 60,6% para o total do aumento das exportações de bens. As exportações portuguesas de bens não energéticos tiveram um forte incremento, mas estão a desacelerar (1,7% até Outubro) e a exportação de serviços inflectiu a sua quase estagnação de 2012 para um forte incremento em 2013, por via essencialmente do turismo. Em resumo, as 43 mil empresas exportadoras em 2012 continuaram condicionadas pela procura interna em 2/3 (79% no total de Portugal), captaram mercado e ganharam quotas com menores margens, menor rendibilidade e maior risco, apesar da sua relação ser favorável. ■ * com Paulo Deus, analista Analista Económico-financeiro da IGNIOS - Gestão Integrada de Risco Taxa superior à média Entre as 100 maiores exportadoras, a taxa de crescimento das exportações foi superior à média de Portugal, mas a taxa de margem bruta negocial (volume de negócios menos custo de matérias e mercadorias) baixou de 30,1% para 28,8%. O grau de valorização (valor acrescentado / valor produção) caiu de 12,3% para 11,3% e a produtividade (valor acrescentado / valor empregados) teve uma quebra de 1,95 para 1,87 euros, o que revela uma menor valorização confirmada por uma menor rendibilidade e agravada por um maior risco financeiro, com aumento do endividamento e da absorção do valor económico gerado. II Diário Económico Quarta-feira 18 Dezembro 2013 D E S A F I O S D E P O R T U G A L : A S M A I O R E S E X P O R TA D O R A S Ranking 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 Empresa PETRÓLEOS DE PORTUGAL - PETROGAL, S.A. TRANSPORTES AÉREOS PORTUGUESES, S.A. VOLKSWAGEN AUTOEUROPA, LDA GALP - GÁS NATURAL, S.A. CONTINENTAL MABOR - INDUSTRIA DE PNEUS, S.A. REPSOL POLÍMEROS, S.A. ZAGOPE - CONSTRUÇÕES E ENGENHARIA, S.A + texto sectorial construção MOTA - ENGIL - ENGENHARIA E CONSTRUÇÃO, S.A. DELPHI AUTOMOTIVE SYSTEMS - PORTUGAL, S.A PEUGEOT CITROEN AUTOMÓVEIS PORTUGAL, S.A. SOMINCOR - SOCIEDADE MINEIRA DE NEVES - CORVO, S.A. SOCIEDADE DE CONSTRUÇÕES SOARES DA COSTA, S.A. SN MAIA - SIDERÚRGIA NACIONAL, S.A. TEIXEIRA DUARTE - ENGENHARIA E CONSTRUÇÕES, S.A. EDP - ENERGIAS DE PORTUGAL, S.A CELULOSE BEIRA INDUSTRIAL (CELBI), S.A. RENAULT CACIA, S.A. GOLDROPA - COMÉRCIO DE METAIS PRECIOSOS, LDA. FAURÉCIA - SISTEMAS DE ESCAPE PORTUGAL, LDA JP SÁ COUTO, S.A S Número de países para onde exporta Valor total das exportações (€) Taxa de exportação em 2012 Variação do valor das exportações 2011/2012 Valor das importações (€) 59 26 16 1 59 55 13 6 37 28 11 3 22 5 1 21 11 3 12 58 3.256.128.578 2.225.087.397 1.464.832.713 969.683.987 776.938.563 480.993.988 466.871.530 446.595.444 429.112.929 388.773.225 361.829.028 355.383.559 350.256.520 345.612.488 325.960.996 274.279.764 266.052.278 253.516.086 249.443.235 238.438.920 31,28% 93,55% 75,49% 39,64% 97,56% 88,88% 85,63% 47,70% 99,87% 94,88% 99,91% 68,34% 80,30% 67,37% 14,88% 77,92% 99,45% 96,44% 99,21% 66,92% 36,18% 7,53% -24,81% 215,64% 7,26% -35,75% 52,25% -5,25% 119,97% 2,67% -10,26% -4,62% 0,95% 22,97% 4,69% 5,02% -3,02% 49,95% -20,42% -4,13% 7.241.883.752 715.328.311 916.190.605 01 07 PETRÓLEOS DE PORTUGAL - PETROGAL ZAGOPE - CONSTRUÇÕES E ENGENHARIA A Petrogal é a maior exportadora nacional. O ano passado, as vendas para o exterior atingiram os 3,2 mil milhões de euros, com a empresa a facturar mais de dez mil milhões. Este ano, os mercados externos mantém-se como fulcrais no crescimento da empresa. “Mais de 50% do EBIDTA nos primeiros nove meses de 2013 foi gerado no exterior”, explica fonte oficial da empresa. A fonte esclarece que “o volume de vendas ao exterior foi de cerca de 3,1 mil milhões de euros, nesse período. Um número que representa perto de 9% do total das exportações nacionais”. Em relação a período homólogo de 2012, a evolução “é bastante positiva, verificando-se um aumento de cerca de 25%”, informa, revelando que “Espanha, EUA, Gibraltar e Marrocos são os principais destinos ”. Porém, é no Brasil e em Angola que a empresa tem, actualmente, as obras mais representativas e com maior impacto. ■ R.C. 20 JP Sá Couto Magalhães vai chegar a África em 2014 As vendas para o exterior da JP Sá Couto representaram em 2012, 67% das vendas da empresa que produz e comercializa o Magalhães, atingindo mais de 238 milhões de euros. O ano passado o volume de negócios ultrapassou os 356 milhões de euros. Jorge Sá Couto, presidente, prevê que as vendas este ano vão “passar a barreira dos 400 milhões”, sendo que “em Novembro ascendiam a 382 milhões”, informa. Nesse mês, as exportações “correspondiam já a 266 milhões, ou seja, 69% da facturação”, frisa, dizendo esperar fechar o ano “com exportações de 280 milhões, ou seja, 70% da facturação”. A empresa vendeu em 2013, sobretudo para a Venezuela, Argentina, México, Panamá, Uruguaiu, Egipto, Brasil, Gabão, Reino Unido, Paraguai, Uruguai e Nigéria, estando presente em mais de 60 países. Jorge Já Couto revela como novidade para 2014, “uma forte aposta em África”. ■ R.C. A taxa de crescimento médio das construtoras nos mercados externos é de quase 30% ao ano desde 2000. Paulo Alexandre Coelho O peso pesado das exportações portuguesas 290.336.781 324.935.897 321.389.509 458.576.395 317.880.409 316.383.537 20.953.873 235.005.249 230.902.098 220.974.081 1.147.719.218 76.107.893 200.385.711 253.019 217.061.617 320.915.654 S ECTO R CO N ST RU Ç Ã O Construtoras estão cada vez mais internacionais maioria dos casos, “a internacionalização ser Desde 2000 que o sector da construção tem perspectivada numa lógica de parceria, como vindo a incrementar a sua presença no exterior, complemento das competências empresa“a uma assinalável taxa de crescimento médio riais”, frisa, lembrando que África é o mercado anual de 29,8%”, refere Reis Campos, presipreferencial, representando 62% das empresas dente da Confederação Portuguesa da Construportuguesas nesse continente, “com ção e Imobiliário. particular destaque para Angola, que A construtora Zagope lidera as exportaassegura metade desse valor”. Mas ções no sector, mas grandes empresas fonte da Associação de Empresas de como a Mota-Engil, a Teixeira Duarte Angola é o país e a Soares da Costa, constam também onde a presença é Construção, Obras Públicas e Serviços frisa que “os países da Amérido ranking das 100 maiores exportamais relevante ca Central e do Sul são mercados com doras nacionais. muitas oportunidades. Colômbia, Segundo Reis Campos, “esta realidade Peru, Chile e México têm cerca de 200 midemonstra bem a aposta nos mercados exlhões de consumidores e imensas necessidades ternos, como forma de superar os constrangipor satisfazer”. Além disso, garante haver mentos que internamente o sector enfrenta e o muitas empresas já com sucesso no Médio sucesso que tem vindo a alcançar”. Para este Oriente”. ■ R.C. sucesso, muito tem contribuído o facto de, na 62% Quarta-feira 18 Dezembro 2013 Diário Económico III 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 Empresa Número de países para onde exporta ARTLANT PTA, S.A. AMORIM & IRMÃOS, S.A EDP SERVIÇO UNIVERSAL, S.A ENERCON GMBH - SUCURSAL EM PORTUGAL EFACEC ENERGIA - MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS ELÉCTRICOS, S.A. WAYFIELD - TRADING INTERNACIONAL, S.A. CONDURIL - ENGENHARIA, S.A. BA VIDRO, S.A. OFM, S.A. FAURÉCIA - ASSENTOS DE AUTOMÓVEL, LDA BOSCH TERMOTECNOLOGIA, S.A. UNICER - BEBIDAS, S.A SONAE INDÚSTRIA - PRODUÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO DERIVADOS DE MADEIRA, S.A SAFEBAG - INDÚSTRIA COMPONENTES SEGURANÇA AUTOMÓVEL, S.A. OGMA - INDÚSTRIA AERONÁUTICA DE PORTUGAL, S.A. LENA - ENGENHARIA E CONSTRUÇÕES, S.A. EUROPA&C KRAFT VIANA, S.A REPSOL PORTUGUESA, S.A MOUTINHO & ARAÚJO - JÓIAS LDA PT COMUNICAÇÕES, S.A 22 28 AMORIM & IRMÃOS BA VIDRO A Corticeira Amorim é hoje uma das mais internacionais empresas portuguesas. De cariz eminentemente exportador,o grupo aparece representado por duas vezes no top das 100 Maiores Exportadoras: em 22º com a Amorim & Irmãos e em 75º com a Amorim Revestimentos. No total, o grupo exportou no ano passado 390 milhões de euros através de uma rede de distribuição que abrange mais de 100 países. No total, o grupo possui mais de 80 empresas - das quais 66 fora de Portugal - estando presente com 30 unidades industriais nos principais países produtores de cortiça: Portugal, Espanha, Marrocos, Tunísia e Argélia. Enquanto maior produtor e fornecedor de rolhas de cortiça a nível mundial, a Corticeira Amorim está nos principais países produtores de vinho, da Europa à África do Sul, Austrália e América do Sul. Por outro lado, a “descoberta constante de novas aplicações de cortiça para inúmeras áreas de negócio tem motivado a expansão para mercados menos tradicionais, como são exemplo a Rússia e importantes mercados da Ásia, em que se inclui, claro, a China”, revela fonte da empresa ao Diário Económico. Mas é a Europa o principal destino dos produtos da corticeira. Apesar dos Estados Unidos também serem “um mercado relevante”, nomeadamente no caso das rolhas e dos revestimentos, as duas mais importantes unidades de negócio da Corticeira Amorim. “Este é um desenvolvimento significativo dado que é expectável que a importância dos EUA continue a aumentar. Trata-se de um mercado onde a população continua a crescer, com um alto poder de compra e onde a ‘performance’ técnica da cortiça e as suas credenciais ao nível da sustentabilidade são amplamente apreciadas e comercialmente valorizadas”, conta a mesma fonte. ■ I.M. 7 44 3 3 44 2 13 54 41 41 3 32 5 48 3 1 8 Taxa de exportação em 2012 Variação do valor das exportações 2011/2012 Valor das importações (€) 223.318.005 222.187.446 205.028.614 203.577.915 200.218.809 191.180.000 186.845.352 176.245.428 170.262.111 168.709.237 164.739.606 164.484.496 161.657.107 153.505.868 150.991.867 148.755.198 143.907.706 143.446.663 142.039.018 139.494.573 91,59% 94,11% 4,14% 56,36% 72,93% 100,00% 80,80% 59,00% 73,24% 84,54% 79,95% 35,99% 61,16% 99,99% 94,74% 74,08% 73,48% 6,73% 97,89% 7,86% n.a n.a 701,57% 87,25% 29,78% 9,04% 25,32% 21,93% 460,12% -22,88% 0,70% 15,68% 22,81% -11,94% 14,11% 69,48% -1,87% -6,40% -20,55% -4,60% 188.501.993 18.980.946 272.625.034 5.485.254 97.557.388 87.982.225 3.525.857 91.795.858 91.231.979 36.058.809 134.403.883 104.386.322 76.245.349 31.334.630 39.678.258 287.417.187 168.059 184.728.677 A empresa que faz garrafas para o mundo A BA Vidro era Barbosa & Almeida. O presidente é Carlos Moreira da Silva. Paula Nunes Novas aplicações da cortiça têm ajudado Corticeira Amorim a expandir-se 10 Valor total das exportações (€) As exportações já são um suporte das vendas da BA Vidro. Em 2012, as vendas totais do grupo que produz garrafas de vidro para empresas como a Nestlé, a Coca-Cola, para a Sogrape ou para rum em Cuba atingiram 462 milhões de euros, o que representou um crescimento de 30,7% face ao ano anterior. As exportações da BA Vidro, S.A., de acordo com o ranking das 100 Maiores Exportadoras, valeram em 2012 mais de 176 milhões de euros. No relatório e contas de 2012, o grupo presidido por Carlos Moreira da Silva e administrado por Jorge Alexandre Ferreira enumera os principais mercados: França, Itália, Bélgica, Alemanha e os países do “arco do Mediterrâneo”. Em 2012 compraram a Warta Glass, na Polónia, que vai ajudar a empresa a expandir-se para os países bálticos e do Leste da Europa. Em 2012 o grupo exportou para mais de 50 países. ■ I.M. 35 OGMA - INDÚSTRIA AERONÁUTICA DE PORTUGAL Serviços da OGMA voam para 40 países Exportam serviços de manutenção, reparação e modificações de aeronaves, motores e componentes e também produção de estruturas aeronáuticas em metal e material compósito. Hoje, a OGMA vende os seus produtos e serviços para cerca de 40 países em todos os continentes. A internacionalização é base estratégica da empresa que já foi pública. “Dada a natureza do negócio e a dimensão do mercado interno, a estratégia de crescimento da OGMA só pode ser materializada através do crescimento das exportações”, acredita Rodrigo Rosa, presidente da OGMA. Em 2012 a taxa de exportação da empresa era, de acordo com os dados do ‘ranking’ das 100 Maiores Exportadoras, de 94,74%. E em 2013 poderá aumentar. “Estamos confiantes que [os resultados] vão ser bons, mas não podemos nesta altura entrar em detalhes”, afirma o presidente. ■ I.M. Exportações devem subir em 2013. Paula Nunes Ranking IV Diário Económico Quarta-feira 18 Dezembro 2013 D E S A F I O S D E P O R T U G A L : A S M A I O R E S E X P O R TA D O R A S Ranking 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 Empresa Número de países para onde exporta Valor total das exportações (€) Taxa de exportação em 2012 Variação do valor das exportações 2011/2012 Valor das importações (€) 3 2 24 31 16 5 11 41 24 12 137.959.138 135.031.545 134.968.782 131.493.942 129.067.766 128.168.055 127.283.293 122.971.335 122.367.260 116.021.893 115.909.657 113.422.379 112.193.146 111.249.200 110.047.031 108.983.118 108.978.079 106.906.507 103.268.285 102.693.112 89,32% 100,00% 98,37% 89,42% 99,65% 63,99% 96,71% 48,19% 17,92% 96,44% 14,49% 100,00% 99,69% 98,14% 95,39% 25,56% 37,61% 77,97% 100,00% 65,89% 9,98% 8394,94% -0,98% -12,62% 2,51% -35,88% -1,27% 9,26% 17,87% -1,26% n.a 78,67% 30,55% -0,58% -9,72% -45,27% -22,34% 19,40% 181,80% 24,20% 38.902.952 48.198.225 76.960.642 113.468.155 84.201.112 78.765.809 70.390.390 102.565.397 1.327.550 102.068.312 653.257.793 96.331.188 67.380.027 19.727.783 76.050.422 71.567.796 79.147.232 27.654.838 91.142.482 LFP - LOJAS FRANCAS DE PORTUGAL, S.A. WIN ENERGY - ENGENHARIA E DESENVOLVIMENTO, S.A. PREH PORTUGAL, LDA. COFICAB PORTUGAL - COMPANHIA DE FIOS E CABOS, LDA RGVS IBÉRICA - SOC. IBÉRICA PRODUÇÃO DE ARTIGOS DE DESPORTO, UNIP. LDA MSF - ENGENHARIA, S.A. GROHE PORTUGAL - COMPONENTES SANITÁRIOS, LDA ADP FERTILIZANTES, S.A. LACTOGAL - PRODUTOS ALIMENTARES, S.A HI FLY - TRANSPORTES AÉREOS, S.A. ENDESA ENERGIA S.A. SUCURSAL PORTUGAL TDO - INVESTIMENTO E GESTÃO, S.A. ( ZONA FRANCA DA MADEIRA) DOCTRANS - TRANSPORTES RODOVIÁRIOS DE MERCADORIAS, LDA. CONTINENTAL TEVES PORTUGAL - SISTEMAS DE TRAVAGEM, LDA. FISIPE - FIBRAS SINTÉTICAS DE PORTUGAL, S.A. PORTUCEL, S.A. SOVENA PORTUGAL - CONSUMER GOODS, S.A. PROLÓGICA - SISTEMAS INFORMÁTICOS, S.A PORTIANGA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E PARTICIPAÇÕES, S.A. GENERAL CABLE CELCAT - ENERGIA E TELECOMUNICAÇÕES, S.A. 1 13 42 37 36 1 3 19 55 57 FISIPE - FIBRAS SINTÉTICAS DE PORTUGAL SOVENA Fisipe foi adquirida em Setembro de 2012 pelo grupo alemão SGL. Produtora de fibras acrílicas vai manter vendas em 2013 ricano, a Europa e a China. Em 2012, a “Actualmente a Fisispe exporta praticaempresa entrou no mercado russo. mente toda a sua produção para quase De frisar que a Fisipe é um produtor eutodas as regiões do mundo, incluindo ropeu de fibras acrílicas, com fábrica América do Norte, Ásia e Europa”, no Lavradio, Portugal, tendo sido diz fonte oficial da empresa ao constituída em 1973, fruto de um Diário Económico. De facto, ‘joint-venture’ entre a CUF e o e de acordo com o ranking, Empre sa ven grupo japonês Mitsubishi. Em as exportações em 2012 sude 95% p r o d u ç ã Setembro de 2012, o grupo aleperaram os 95%, do total do para 4 2 paíse o s mão SGL, o maior produtor euvolume de negócios, que ropeu de fibras de carbono, conronda os 120 milhões de euros. cluiu a aquisição de 100% do capital No fundo, as vendas ao exterior a da empresa. superarem os 110 milhões de euros em A empresa, liderada por João Dotti, e que 2012, menos 9,7% do que em 2011. Para dá emprego a mais de 300 pessoas, foreste ano, a empresa diz esperar que o vonece à indústria têxtil uma diversidade lume das exportações “se irá manter esde produtos para os clientes mais exitável em todas estas regiões”. gentes, entre fibras especiais e fibras A empresa exporta para 42 países, sendo ‘standard’. ■ R.C. os principais clientes o continente ame- 95% O peso das vendas ao exterior da Sovena é já de 75% e “a tendência é de cresciSovena vende 75% mento”, assume António Simões, CEO. da sua produção para fora. Em 2012, a empresa superou os mil milhões de euros de facturação, mais 10% do que em 2011 e prevê uma ligeira subida em 2013, sendo o produto com maior sucesso de vendas é o azeite. “A Sovena vende aproximadamente 200 mil toneladas de azeite por ano”, diz, revelando que este produto “tem muita procura nos mercados externos”, com a marca Andorinha a ser “já a segunda marca de azeite do Brasil. Em sete anos de presença naquele mercado, o Andorinha registou um aus mento de 450% do volume so da O pe tações de vendas, prevendo alcanr r. expo a cresce çar os 20% de quota de mere d n te cado em 2016 e conquistar a liderança da gama Extra Virgem”, frisa António Simões. A Sovena aposta ainda no crescimento da marca Olivari nos EUA e do Oliveira da Serra, bemimplementado nos PALOP e agora a entrar em novos mercados, registando mesmo “um aumento das vendas ao exterior acima dos 30%”, diz, revelando que “globalmente, as exportações de azeite têm crescido a um ritmo de 10% ao ano”. Além de Brasil e Angola, os principais mercados, o grupo vende para Espanha, Marrocos, EUA, Tunísia e Chile e quer entrar no Leste Europeu. ■ R.C. 75% Mário Proença / Bloomberg Ariana Lindquist/Bloomberg Andorinha já é a segunda marca de azeite no Brasil PUB VI Diário Económico Quarta-feira 18 Dezembro 2013 D E S A F I O S D E P O R T U G A L : A S M A I O R E S E X P O R TA D O R A S Ranking 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 72 73 74 75 76 77 78 79 80 Empresa Número de países para onde exporta Valor total das exportações (€) Taxa de exportação em 2012 Variação do valor das exportações 2011/2012 Valor das importações (€) 13 22 29 97 21 10 5 8 29 24 12 3 1 10 4 30 40 14 7 23 100.591.758 96.482.898 96.156.975 95.881.595 94.729.504 94.471.888 93.595.921 93.250.177 92.837.411 91.994.439 91.762.283 91.759.908 90.930.375 90.025.818 88.993.943 86.543.457 85.955.659 85.439.010 85.179.655 84.330.601 77,35% 61,57% 17,39% 68,33% 38,41% 83,77% 44,25% 97,97% 71,48% 30,97% 77,79% 99,51% 99,44% 98,91% 92,97% 67,37% 78,58% 99,97% 99,90% 99,90% -0,64% -4,12% -18,52% 2,36% 17,22% 14,05% 8,20% 18,74% 35,19% 8,16% 71,52% 20,10% 15,76% 11,25% n.a 37,65% 1,35% 5,49% -13,54% 13,60% 23.086.131 131.378.633 212.364.462 26.017.756 43.858.527 85.805.260 68.343.279 67.825.642 6.868.183 110.478.955 1.563.405 85.391.954 13.192.136 49.691.682 30.585.420 75.560.586 52.407.807 59.020.049 57.387.997 60.509.994 SANTOS BAROSA - VIDROS, S.A. COMPANHIA INDUSTRIAL DE RESINAS SINTÉTICAS CIRES, LDA. BOSCH CAR MULTIMÉDIA PORTUGAL, S.A. SOGRAPE VINHOS, S.A. SECIL - COMPANHIA GERAL DE CAL E CIMENTO, S.A. INTRAPLÁS - INDÚSTRIA TRANSFORMADORA DE PLÁSTICOS, S.A. MONTEADRIANO - ENGENHARIA E CONSTRUÇÃO, S.A COINDU - COMPONENTES PARA A INDÚSTRIA AUTOMÓVEL, S.A. GALLO WORLDWIDE, LDA CUF - QUIMICOS INDUSTRIAIS, S.A. CELTEJO - EMPRESA DE CELULOSE DO TEJO, S.A. MMCWORLD, S.A. TEIXEIRA DUARTE - DISTRIBUIÇÃO, S.A. GABOR PORTUGAL - INDUSTRIA DE CALÇADO, LDA. + texto sectorial AMORIM REVESTIMENTOS, S.A LABESFAL - LABORATÓRIOS ALMIRO, S.A. FAPRICELA - INDÚSTRIA DE TREFILARIA S.A. BORGWARNER EMISSIONS SYSTEMS PORTUGAL, UNIPESSOAL, LDA. DALPHI - METAL PORTUGAL, S.A. HUF PORTUGUESA - FÁBRICA DE COMPONENTES PARA O AUTOMÓVEL, LDA. S 64 74 87 SOGRAPE VINHOS GABOR PORTUGAL - INDUSTRIA DE CALÇADO LISNAVE Estaleiros recebem navios de 20 países O peso das exportações em 2012 atingiu os 70% na Sogrape Vinhos. Tendo em conta as vendas consolidadas de todo o grupo, o negócio internacional já representa mais de 80% do volume de negócios que, o ano passado, superou os 203 milhões de euros, mais 13,6% em valor face a 2011. Fonte do grupo diz antever que este ano a ‘performance’ se mantenha em linha com o ano anterior. A mesma fonte esclarece que a estratégia de internacionalização da empresa “assenta na consolidação da sua presença nos mercados maduros e numa forte aposta nos mercados emergentes”, sendo fundamental, para isso, “a contribuição das estruturas de distribuição própria que, para além dos vinhos da Sogrape Vinhos, desenvolvem também as nossas marcas produzidas na Argentina, Nova Zelândia, Chile e Espanha (LAN). Actualmente, os mercados onde o grupo está presente com estas estruturas de distribuição própria são Portugal, Estados Unidos, Reino Unido, Angola, Ásia-Pacífico (Hong Kong e Shangai), e mais recentemente, Brasil. De frisar que os principais mercados da Sogrape são Portugal (20%), EUA (14%), Espanha (8%), Reino Unido (7%), Bélgica (6%) e França (6%) e que o produto que mais vende no estrangeiro é o Mateus Rosé. ■ R.C. Mais de 96% da produção da Lisnave tem hoje como destino o mercado internacional. Só até Setembro deste ano os estaleiros na Mitrena, em Setúbal, recuperaram 73 navios de 48 proprietários vindos de 20 países. Entre estes estão empresas de Singapura, Grécia, Alemanha e Noruega. A maioria (70%) das reparações feitas nos estaleiros são repetidas. “São clientes que vêm sempre há muitos anos”, conta ao Diário Económico fonte da empresa, que acredita que o facto de haver clientes fixos “dá estabilidade à empresa”. No questionário que fazem aos seus clientes, a Lisnave tem uma pontuação de 7,5 numa escala de 1 a 10, resultado que a empresa considera muito positivo. Pelas mãos dos operários da Lisnave passam petroleiros, porta-contentores ou navios de transporte a granel. A empresa tem também vindo a dedicar-se ao mercado de reparação de navios ‘offshore’. Um dos navios reparados desta forma foi o navio de pesquisa sísmica PGS Geophysical’s, construído em 2008 in Langsten, Noruega. A reparação durou 26 dias. Entre as empresas clientes da Lisnave este ano estão a Maerskou a Eagle Ship Management, companhia de Singapura que em 2012 trouxe 10 navios face a 12 no ano anterior. ■ I.M. Bruno Barbosa Negócio externo vale 80% dos negócios O calçado português foi distinguido como um dos melhores exemplos na utilização de apoios comunitários na promoção empresarial, pelos prémios europeus de promoção empresarial. S ECTO R CA L Ç A D O 95% Sector vende para 135 países, 95% do que produz Meta é ganhar quota à Itália através da qualidade “Em três anos, o sector do calçado cresceu 30% as exportações, prevendo que cresçam 5% este ano, e o preço médio aumentou 25%”, disse Paulo Gonçalves, porta-voz da Associação Portuguesa dos Industriais de Calçado, Componentes, Artigos de Pele e seus Sucedâneos (APICCAPS), ao Diário Económico. “Somos o país com o segundo maior preço médio em exportações a nível internacional, atrás de Itália e à frente da França”, destaca, garantindo que a meta é “continuar a ganhar quota de mercado à Itália”. O sector exporta 95% do que produz, vendendo para 135 países e o objectivo é continuar a aumentar as exportações, sem seguir uma política de salários baixos. Para tal, seguirá até 2020, um novo plano estratégico elaborado pelo Centro de Estudos de Gestão e Economia Aplicada da Faculdade de Economia e Gestão da Católica Porto coordenado por Alberto Castro e Vasco Rodrigues. De acordo com Alberto Castro o plano visa “colocar o sector na agenda de emprego dos jovens mais qualificados, gerir a renovação dos agentes empresariais, requalificar a gestão de topo, aprofundar a inovação desde as utilizações do couro até aos novos materiais ou equipamentos, num quadro de sustentabilidade e de reforço da presença e imagem internacional, colectiva e individual”. São muitas as empresas de calçado portuguesas com sucesso fora de portas, tais como a Kyaia, detentora da marca Fly London, a Tattuagui e a Buenos Aires. Já a Gabor Portugal , em 74º lugar no ranking das 100 Maiores Exportadoras, exporta 100% da produção para a casa mãe, na Alemanha, tendo ultrapassado, em 2012, os três milhões e meio de pares produzidos. ■ R.C. Quarta-feira 18 Dezembro 2013 Diário Económico VII Ranking 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 100 Empresa Número de países para onde exporta Valor total das exportações (€) Taxa de exportação em 2012 Variação do valor das exportações 2011/2012 Valor das importações (€) 3 29 24 15 58 6 2 4 10 3 26 20 11 4 83.284.054 82.769.792 81.867.037 80.919.434 79.949.208 79.431.381 79.362.844 78.426.885 77.971.240 77.656.420 77.362.857 76.120.078 75.726.980 74.928.108 73.581.732 71.712.023 71.062.208 70.949.647 69.449.207 69.116.981 100,00% 67,96% 100,00% 58,63% 27,11% 57,93% 96,07% 96,95% 88,99% 46,18% 99,85% 93,55% 99,11% 49,33% 10,07% 90,07% 75,56% 93,63% 98,18% 15,84% 166,18% 3,25% -0,91% -0,59% 0,36% -23,31% 4,97% 10,61% 16,50% -39,81% -16,94% -15,68% 29,18% -7,12% 12,53% 8,38% 9,66% 46,72% 30,80% 10,07% 5.761.934 49.105.400 29.986.066 51.439.079 74.559.096 85.663.820 2.641.851 15.879.830 9.379.856 65.450.225 26.114.785 61.462.098 49.131.665 34.392.729 85.435.124 7.140.434 43.678.226 37.841.187 46.201.249 55.821.678 ALMINA - MINAS DO ALENTEJO, S.A. COLEP PORTUGAL, S.A. HOVIONE - FARMACIÊNCIA, S.A. FERPINTA - INDUSTRIAS DE TUBOS DE AÇO DE FERNANDO PINHO TEIXEIRA,S.A. SUMOL + COMPAL, MARCAS, S.A LUSOSIDER - AÇOS PLANOS, S.A LISNAVE - ESTALEIROS NAVAIS, S.A. POLOPIQUÉ - COMÉRCIO E INDUSTRIA DE CONFECÇÕES, S.A SUGALIDAL - INDUSTRIAS DE ALIMENTAÇÃO, S.A SOMAGUE - ENGENHARIA S.A. MAHLE - COMPONENTES DE MOTORES, S.A. BOSCH SECURITY SYSTEMS - SISTEMAS DE SEGURANÇA, S.A. EUROPEAN SEAFOOD INVESTMENTS PORTUGAL, S.A. SATA INTERNACIONAL - SERVIÇOS E TRANSPORTES AÉREOS, S.A. OPTIMUS - COMUNICAÇÕES, S.A. SYMINGTON FAMILY ESTATES, VINHOS, LDA. EXIDE TECHNOLOGIES, LDA HIKMA FARMACÊUTICA (PORTUGAL), S.A EUGSTER & FRISMAG - ELECTRODOMÉSTICOS, LDA. NESTLÉ PORTUGAL, S.A. 60 28 16 21 49 93 88 EUROPEAN SEAFOOD INVESTMENTS PORTUGAL POLOPIQUÉ - COMÉRCIO E INDUSTRIA DE CONFECÇÕES Principais mercados Cadeia espanhola Zara compra roupa portuguesa Jose Manuel Ribeiro / Reuters Polopiqué é fornecedora do grupo Inditex. Jasper Juinen/Bloomberg A Polopique é uma das três maiores exportadoras do sector têxtil português. Fornecedora da Inditext, dona da Zara, a empresa exporta perto de 97% da sua produção, com Espanha a ser o mercado externo mais relevante. Com 150 colaboradores, a empresa é especializada em vestuário em malha para senhora, e está inserida num grupo económico que integra as áreas de fiação, tecelagem, tinturaria e acabamentos. De realçar o arranque da segunda unidade de fiação da Polopique, que marca a diferença por ter máquinas com consumos de energia optimizados com vista a obter maior produtividade com menor consumo. A eficiência energética tem sido aliás, uma das preocupações da empresa, que pretede instalar painéis fotovoltaicos, medida que irá implicar uma diminuição do peso dos custos energéticos. ■ R.C são França e Inglaterra. 100 NESTLÉ PORTUGAL Cafés, Cerelac e cereais com sucesso além-fronteiras Os produtos da Nestlé Portugal têm uma grande aceitação em todos os mercados para onde são exportados, 38 no total. Os cafés torrados da Buondi e da Sical, produzidos na fábrica do Porto e o leite em pó para as ´vending machines’ da Nestlé, produzido na fábrica de Avanca, - a única fábrica da Europa a produzir este tipo de leite - são os produtos de maior sucesso, a par da Cerelac e dos cereais de pequeno almoço Estrelitas, Chocapic ou mesmo o Nesquik. Fonte da empresa informa que em 2012 a Nestlé Portugal registou um total de vendas de 467,1 milhões de euros, tendo exportado perto de 77 milhões de euros. De realçar que as exportações englobam todas as categorias produzidas em Portugal. ■ R.C. A fábrica tailandesa de conservas ‘made in’ Peniche Exportam conservas de sardinha, de cavala e conservas e saladas de atum para pelo menos 11 países (dados IGNIOS), entre os quais se destacam França e Reino Unido, “os maiores mercados onde as nossas marcas são lideres”. Marcas como a John West (Reino Unido), H. Parmentier e Petit Navire (França) e a Mareblu (Itália), conta fonte da empresa ao Diário Económico. A European Seafood Investments Portugal, que está em 93º lugar na lista das 100 Maiores Exportadoras, já tem uma longa história. Durante o século XX mudou várias vezes de dono, tendo sido portuguesa, norte-americana, francesa e, agora, tailandesa. Hoje, é tailandesa, propriedade da Thay Union Fronzen Products, “maior conserveira mundial”, de acordo com fonte da empresa que emprega mais de 586 trabalhadores. Com exportações na ordem dos 99% em 2012, e que deverá ser mantida em 2013, a maior parte das vendas ao exterior são de cavala e de sardinha, “sobretudo para grande retalho, mas também gourmet em muito pequena escala”. Apesar da fábrica se situar em Peniche, o peixe vem, além de Portugal, de países como Espanha, França, Marrocos, Holanda, Escócia e Irlanda. Por dia, a fábrica produz um “máximo” de 550 mil latas. Em 2012 esteve em cima da mesa a deslocalização da fábrica para França, algo que acabou por não se concretizar depois de negociações com o governo, a autarquia de Peniche e a Docapesca. ■ I.M. PUB