Ano XII - nº 71 | julho/agosto| 2010 Como está a saúde do funcionário do BB Número de pessoas com excesso de peso cresce e extrapola os índices do País página 6 Vice-presidente do BB fala sobre a CASSI Visitadores do RJ levam solidariedade a internados Conheça o exemplo do Conselho de Usuários do RS página 10 página 12 página 14 Fechamento Autorizado. Pode ser aberto pela ECT. Publicação da Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil Editorial O que queremos? A capacidade de ajudar ao próximo engrandece e dignifica o trabalho dos chamados visitadores do Rio de Janeiro. Para quem adoece, a terapia do carinho é tão importante quanto a aplicação de saberes médicos. A reportagem da página 12 relata como a solidariedade dessas pessoas ajuda associados da CASSI que estão internados. Também fazemos aqui o devido reconhecimento à atuação do Conselho de Usuários do Rio Grande do Sul. O trabalho coletivo desses associados tem se tornado extensão dos serviços realizados na Unidade CASSI naquele Estado. Com apoio e participação, buscam, de forma coordenada com a Caixa de Assistência, encontrar alternativas para o credenciamento de profissionais em diversas cidades do interior do Estado, como se vê na matéria da página 14. A inspiração que move esses associados é uma continuação da vontade que uniu os fundadores da CASSI. Não há exagero nessa comparação, afinal, trabalhar por uma comunidade é sempre digno de reverência, seja qual for a magnitude das realizações. Esses exemplos nos lembram de que somos mais que um plano de saúde; somos antes de tudo uma coletividade unida por uma finalidade mútua. Como nos identificamos por um objetivo comum, devemos entender as dificuldades que nos afligem de maneira criteriosa. Muito se questiona sobre os valores pagos aos prestadores de serviços. Primeiro, é preciso destacar que a CASSI é uma das autogestões que melhor remunera hospitais, laboratórios, médicos etc. Com um detalhe que para nós é ponto de honra: pagamos rigorosamente em dia. É fato que poderíamos remunerar ainda melhor nossa rede credenciada, caso tivéssemos receitas maiores. Mas teríamos, hoje, que alterar o custeio do plano, buscando contribuição adicional dos interessados. E nossa pretensão não é essa. Queremos criar alternativas de custeio que não impactem muito o bolso dos associados nem tampouco nos façam vez por outra recorrer ao copatrocinador. Já temos, junto com o BB, participação rentável na “Orizon”, empresa que conecta em todo o País mais de 80 operadoras de saúde a 90 mil prestadores de serviços, atendendo 14 milhões de beneficiários. Queremos participar da nova parceria entre BB e “Odontoprev”, como, aliás, sinaliza o vice-presidente do BB, Robson Rocha, em sua entrevista na página 10. Pretendemos ainda discutir a possibilidade de adquirir participações societárias, se possível em conjunto com a Previ, em empreendimentos hospitalares bem conduzidos. Estaremos, assim, conciliando a expectativa de nosso fundo de pensão de realizar investimentos que garantam nossas aposentadorias e pensões com a necessidade da CASSI de obter novas fontes estáveis de receitas para fazer frente a custos cada vez maiores com serviços de saúde. Boa leitura, Hayton Jurema da Rocha Presidente 2 Expediente Conselho Deliberativo Roosevelt Rui dos Santos (Presidente) Fernanda Duclos Carísio (Vice-presidente) Amauri Sebastião Niehues (Titular) Ana Lúcia Landin (Titular) Loreni Senger Correa (Titular) Marco Antonio Ascoli Mastroeni (Titular) Renato Donatello Ribeiro (Titular) Sergio Iunes Brito (Titular) Carlos Célio Andrade Santos (Suplente) Claudio Alberto Barbirato Tavares (Suplente) Fernando Sabbi Melgarejo (Suplente) Gilberto Lourenço da Aparecida (Suplente) Íris Carvalho Silva (Suplente) José Roberto Mendes do Amaral (Suplente) Milton dos Santos Rezende (Suplente) Ubaldo Evangelista Neto (Suplente) Conselho Fiscal Gilberto Antonio Vieira (Presidente) Eduardo Cesar Pasa (Titular) Francisco Henrique Pinheiro Ellery (Titular) Frederico Guilherme F. de Queiroz Filho (Titular) Paulo Roberto Evangelista de Lima (Titular) Rodrigo Nunes Gurgel (Titular) Benilton Couto da Cunha (Suplente) Marcos José Ortolani Louzada (Suplente) Cesar Augusto Jacinto Teixeira (Suplente) Luiz Roberto Alarcão (Suplente) José Caetano de Andrade Minchillo (Suplente) Viviane Cristina Assôfra (Suplente) Diretoria Executiva Hayton Jurema da Rocha (Presidente) Denise Lopes Vianna (Diretora de Planos de Saúde e Relacionamento com Clientes) Maria das Graças C. Machado Costa (Diretora de Saúde e Rede de Atendimento) Geraldo A. B. Correia Júnior (Diretor de Administração e Finanças) Edição e Redação Editor: Sergio Freire (MTb-DF 7.630) Jornalistas: Liziane Bitencourt Rodrigues (MTbRS 8.058), Marcelo Delalibera (MTb-SP 43.896) e Tatiane Cortiano (MTb-PR 6.834) Edição de arte Diagramação: Carlos Eduardo Peliceli da Silva e Elton Ferreira dos Anjos Produção Impressão: Fórmula Gráfica Editora Tiragem: 138.978 exemplares Edição: julho/agosto 2010 Imagens: Divisão de Marketing e Comunicação, Stockxchng, Getty Images e Dreamstime. Valor unitário impresso: R$ 0,20 Publicação da CASSI (Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil). “É permitida a reprodução dos textos, desde que citada a fonte”. ANS - nº 34665-9 Jornal CASSI Este espaço é destinado à publicação de comentários de associados sobre a Caixa de Assistência. Solicitações pessoais podem ser enviadas pelo formulário eletrônico do Fale com a CASSI, disponível no site www.cassi.com.br, ou pela Central (0800 729 0080). CARTAS Fala Associado Participe da seção “Fala Associado” encaminhando comentários e sugestões para [email protected] Gostaria de saber se os senhores deram aos profissionais que atendem sua rede aumento de honorários, pelo menos que tenha reposto a inflação. Se deram, qual foi esse índice? Todos os usuários da CASSI ou que tenham familiares usuários, como é o meu caso, sabem, pelos próprios profissionais, que a dificuldade de marcação se deve à baixa remuneração que os senhores pagam. Agem como empresa mercantilista de saúde quando deveriam agir como prestadora de serviços aos seus dependentes. Desafio os senhores a publicarem minha carta bem como apresentarem os índices de aumentos aplicados aos profissionais. Sebastião José Cardoso – Mogi das Cruzes (SP) CASSI Responde: Sebastião, sobre a reposição da inflação, de 2005 a 2010, a CASSI aplicou reajuste de 25,1% para consultas médicas em Mogi das Cruzes. E a inflação no período, medida pelo IPCA, ficou em 23,5%. A Caixa de Assistência destaca ainda que não há deficiência na rede credenciada na cidade e que o valor de remuneração dos prestadores é equivalente ao de outras autogestões da região. Li reportagem no último jornal da CASSI a respeito da evolução das despesas básicas da CASSI. Com um montante tão alto de despesas, em especial com exames e internações hospitalares, será que não seria interessante a CASSI começar a pensar em ter laboratórios e hospitais próprios para atender seus associados, como está fazendo a Unimed, por exemplo? Nós temos a Previ, que está procurando aumentar as suas receitas através de investimento em imóveis. Será que a Previ não poderia construir esses hospitais e laboratórios em regiões estratégicas e locá-los para a CASSI, que os operariam? Já existe algum estudo a respeito? Salvio Albanese Filho – Belo Horizonte (MG) CASSI Responde: Salvio, a CASSI realiza, em parceria com a Previ, estudo para avaliar a verticalização do atendimento em saúde, com a possível construção de hospitais ou associação a outros já existentes. Nesse modelo, a ideia é que a CASSI responda pela gestão de todo o processo de atendimento ao participante, desde a atenção primária até a terciária, como consultas médicas com especialistas, exames e até serviços hospitalares. Por enquanto, como a proposta está sendo estudada com profundidade para verificação de viabilidade, não há prazo para implantação do projeto. Mas manteremos o associado informado sobre esse assunto. Referente ao Jornal CASSI de junho de 2010: os planos CASSI teriam sido comparados com os de “outras operadoras”, ou seja, com aquelas que visam ao lucro? Décio de Castro – Rio de Janeiro (RJ) CASSI Responde: Décio, na matéria sobre as despesas da CASSI, não há comparações somente com planos de mercado, mas também com a União Nacional das Instituições de Autogestão em Saúde (Unidas), que é a entidade que congrega, no País, planos similares aos da Caixa de Assistência. A CASSI acredita que a divulgação dos índices de operadoras de mercado também é importante para contextualizar o cenário de atuação dos planos e, principalmente, da Caixa de Assistência. Jornal CASSI 3 CARTAS Sou usuária do plano CASSI Família. Li a matéria publicada no jornal da CASSI de maio/junho de 2010, entitulada “Gastos com saúde crescem mais que a inflação. CASSI resiste”. Sou sanitarista, professora universitária e devo admitir que a reportagem citada acima é muito informativa e de grande valor social. Contudo, fiquei preocupada quando li na reportagem que a CASSI tem gasto mais recursos com seus usuários do que os demais planos de saúde. A preocupação que tive foi porque entendi esta questão como se isso fosse um problema e ainda mais quando foi colocado na reportagem que este gasto pode “comprometer a perenidade do plano de saúde CASSI”. O fato do plano ter uma ampla cobertura de exames e de profissionais de saúde credenciados qualificados é o motivo principal do sucesso da CASSI, não apenas entre os usuários. Em minha cidade, existem médicos que não atendem a nenhum outro plano de saúde que não seja CASSI. Outro ponto é que os gastos com saúde que a CASSI apresenta na reportagem também são relativos ao aumento do número de usuários cadastrados no plano. É claro que com o aumento de usuários, os gastos aumentam também. E juntamente com o aumento do número de usuários, aumenta também a entrada de recursos financeiros. Ana Flávia Oliveira – Recife (PE) CASSI Responde: Ana, o intuito da reportagem não foi questionar a ampla oferta de serviços ou o nível de cobertura do plano. Esses benefícios são cotidianamente garantidos pela CASSI por meio da gestão equilibrada entre receitas e despesas. O que a matéria enfatiza é o aumento expressivo das despesas básicas originado pelo elevado nível de utilização dos serviços em saúde. O crescimento das despesas da CASSI com serviços médico-hospitalares não se deve ao aumento do número de beneficiários. Enquanto os gastos subiram 67,6% entre 2004 e 2009, a população cresceu 1,54%, no período. Fica evidente que as razões para essa expressiva elevação dos custos se referiram ao maior nível de utilização per capita dos serviços e à inflação dos preços no setor de saúde. Por outro lado, como o crescimento da população foi residual, o aumento das receitas se deve, principalmente, à reforma estatutária de 2007, que elevou as fontes de receita da Instituição, e às medidas que aperfeiçoaram a gestão da CASSI. Na resposta dada na página 3 do Jornal CASSI nº 70, em relação ao credenciamento e descredenciamento de profissionais, a CASSI se esqueceu de informar que a inexistência de novos profissionais credenciados deve-se única e exclusivamente à falta de interesse por parte da CASSI no credenciamento de novos profissionais. Tome-se o caso de Arapongas (PR) que possui mais de 200 médicos atuando nas diversas especialidades e, pasmem, menos de dez são credenciados. Valdir Antonio dos Santos – Arapongas (PR) CASSI Responde: Valdir, a CASSI realiza continuamente busca ativa de profissionais de saúde em todas as regiões do Estado do Paraná, por meio de visitas e contato telefônico. Para isso, conta com o apoio do Banco do Brasil, grupos de liderança (aposentados e sindicatos) e indicação dos participantes. Quando o prestador busca a agência do BB para solicitar o credenciamento, o profissional é orientado a procurar a Unidade CASSI jurisdicionante, que fará análise sobre a viabilidade do credenciamento. Atualmente, a rede de atendimento da CASSI em Arapongas tem 34 prestadores de serviços credenciados nas diversas especialidades, sem considerar o número de médicos pertencentes ao quadro funcional de cada clínica. Há três hospitais, três laboratórios e 11 clínicas médicas de diversas especialidades, além dos credenciados como pessoa física. Cabe lembrar que os participantes podem indicar profissionais telefonando para a Unidade CASSI do Estado. Os médicos que queiram se credenciar podem enviar proposta pelo site da CASSI, na página do Prestador. 4 Jornal CASSI CARTAS Gostaria de sugerir à CASSI que ofereça serviço de UTI Móvel nas grandes cidades e de remoção para hospitais credenciados, pois em situação de emergência precisamos desse tipo de atendimento. Existem planos de saúde, inclusive, que prestam esse serviço. Hélio Campagnucio – Brasília (DF) CASSI Responde: Hélio, incluir UTI Móvel no plano encareceria o valor das mensalidades. Poucos planos têm esse tipo de cobertura, e os que a oferece exigem, na maioria dos casos, taxa adicional dos beneficiários. Para evitar essa elevação de custos e garantir a assistência ao participante, a CASSI oferece a opção de reembolso. Dessa forma, quando o beneficiário estiver em situações de emergência em que é necessária a remoção de casa ou de outro local para um hospital credenciado, basta solicitar um serviço de remoção particular, arcar com as despesas e depois fazer um pedido de reembolso para a CASSI. Nesse caso, a situação de emergência deve ser comprovada por relatório médico que aponte a necessidade do procedimento. O laudo médico é encaminhado para análise e o reembolso é fixado de acordo com a Tabela Geral de Auxílios (TGA) da CASSI. Como dono do Plano de Associados entendo que o modelo de autogestão gerido pela CASSI não erradicará o cerne do problema para controlar o incremento dos gastos com prestação de serviços médico-hospitalares. A ferida é apontada na matéria com 56% de dependentes no Plano de Associados. Não existe plano que se autossustente com limitadores de receita para uma contribuição linear de 3% sobre seus salários, independente do número de dependentes. Torna-se imperioso que seja revisto, a exemplo da coparticipação de 1/24 sobre consultas e exames, aprovada em Consulta ao Corpo Social, um novo modelo de custeio variável para os associados. Luiz Antonio de Santa Ritta – Brasília (DF) CASSI Responde: Luiz, obrigado pelas considerações e preocupação em analisar a sustentabilidade financeira da CASSI. Atualmente, a CASSI busca soluções para equilibrar o valor arrecadado com contribuições e mensalidades com os custos de saúde, sem que seja prejudicada a ampla cobertura de serviços médicos e hospitalares que oferecemos. Sobre descredenciamento ou reclamações de médicos, assunto que li na revista CASSI, pelo que tenho ouvido dos credenciados, o motivo principal não é o valor que recebem pelos serviços, mas a dificuldade em recebê-lo, ou seja, a burocracia da CASSI. Normalmente reclamam das dificuldades para o envio do formulário à CASSI e da demora excessiva no crédito dos valores devidos. Márcia Diniz – Rio de Janeiro (RJ) CASSI Responde: Márcia, atualmente, mais de 97% dos prestadores da rede credenciada à CASSI recebem os pagamentos em dia, ou seja, dento do prazo contratual, que é de até 30 dias do protocolo das contas na Caixa de Assistência. Ao considerar o prazo de 45 dias, esse percentual sobe para 99,5%. Os atrasos são mínimos, e, quando ocorrem, devem-se a uma série de fatores, como inconsistência de dados nos documentos enviados à CASSI. Vale lembrar que o prestador de serviços pode acompanhar os pagamentos efetuados pelo site da CASSI, no portal Prestador. Em Umuarama (PR), sempre tivemos problemas com a classe médica. Nossos valores sempre foram aquém (segundo os médicos) do que pedem pela assistência médica. Será que não seria o caso de pensar em valores por região? José F. G. Aguilera – Umuarama (PR) CASSI Responde: A CASSI reitera que está entre as autogestões que melhor remuneram os prestadores, com pagamentos rigorosamente pontuais. A Instituição já pratica valores distintos por Estado. No entanto, para evitar grande diferenciação entre uma localidade e outra, estabeleceu, neste ano, valor mínimo e máximo de remuneração. Este parâmetro ajudou a aumentar os valores pagos aos prestadores. Jornal CASSI Participe. Envie email para [email protected] 5 SAÚDE Parte dos integrantes do Bolão da Saúde com a balança que agora fica no trabalho. Iniciativa atraiu 42 colegas do Banco do Brasil em Brasília Como está a saúde do funcionário do Banco do Brasil Exame periódico revela melhora em aspectos da saúde do funcionalismo, mas esta população engordou e está com colesterol acima da média. Ações no ambiente laboral ajudam a reduzir causas de doenças crônicas O Exame Periódico de Saúde (EPS) dos funcionários do Banco do Brasil traz uma boa notícia: o percentual de fumantes caiu significativamente e está muito abaixo da média nacional (veja quadro na página ao lado). A hipertensão, outro fator que contribui para doenças crônicas, também é bem inferior à média brasileira. Mas dois dados especialmente preocupam: o número de pessoas com excesso de peso entre os funcionários vem crescendo e extrapola os índices do País, como ocorre também com o colesterol. Enquanto 43% da população brasileira está acima do peso, no funcionalismo do Banco este percentual chega a 54%. Há cinco anos, o problema atingia menos da metade dos funcionários, 49%. O aumento da população obesa não é um problema exclusivo dos funcionários do Banco. No País e no mundo todo, o assunto vem sendo tratado como um problema de saúde pública. O que chama a atenção no BB 6 é o percentual bem acima da média nacional. O tipo de atividade, mais sedentária, pode contribuir para que o problema atinja os funcionários do BB numa proporção superior à média do País. Mas, certamente, não é o único fator. “A obesidade está associada, também, ao alto consumo de alimentos, à alimentação excessivamente calórica, à falta de atividade física”, diz o médico Nilton Farias Pinto, gerente do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) do Banco do Brasil. Segundo o EPS de 2009, 42,9% dos funcionários não praticam atividade física. Em relação ao colesterol, o percentual de pessoas com níveis acima do normal está em 28,6% no Banco, e não tem se alterado nos últimos cinco anos (chegava a 28,75% em 2005). Mas ultrapassa os padrões brasileiros. Segundo dados da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), 21,6% Jornal CASSI Entre as ações que vem sendo tomadas para mudar este cenário, está o encaminhamento dos funcionários que apresentam algum resultado alterado no Exame Periódico de Saúde (EPS) para os programas e profissionais da CASSI. Rodolfo Januário Ribeiro, 47 anos, teve recomendação para procurar um nutricionista após o EPS de 2007 apontar sobrepeso. Iniciou uma dieta com orientação dos profissionais da CASSI e eliminou 22 quilos. Deixou um pouco de lado o regime no final do ano passado, ganhou alguns quilinhos e estava com dificuldade de retomá-lo. Recuperou o ânimo em julho, com a ajuda dos colegas. Encerrados os bolões da Copa do Mundo de 2010, funcionários de uma das diretorias do BB em Brasília resolveram dar continuidade às apostas em benefício da própria saúde. Em vez de arriscar palpite em um time, como ocorria nos bolões da Copa, cada um está apostando que vencerá o Bolão da Saúde: ganha aquele que perder mais peso. A contribuição individual para o bolão foi de R$ 100,00. Rodolfo é um dos apostadores. O grupo foi dividido em quatro categorias, de acordo com o Índice de Massa Corporal (IMC). Cada vencedor levará um quarto do dinheiro da aposta que rendeu R$ 4,2 mil. O Bolão da Saúde, como o grupo está chamando a iniciativa, atraiu também esposas que não são funcionárias do BB e ganhou um reforço “magro”. Rinaldo Soares não precisa perder peso, não apostou dinheiro, mas para ajudar os colegas assumiu a organização e é quem cuida da pesagem mensal. O grupo, que inicialmente seria de 15 colegas, atraiu 42 pessoas. A primeira pesagem ocorreu em julho. Na segunda, feita no final de agosto, os 34 que se pesaram tinham eliminado, juntos, 59 quilos. A iniciativa é informal, como era o Bolão da Copa, mas os participantes estão levando a aposta sério. Trocam dicas sobre alimentação saudável e qualidade de vida, dão incentivo uns aos outros e passaram a reclamar dos lanches “gordos”. A última pesagem será em dezembro, para a entrega do prêmio. “Ter um dinheiro extra para os presentes está sendo um bom incentivo para se empenhar”, diz Gisela Aguiar, uma das idealizadoras. FUNCIONÁRIO do BB X média brasileira SAÚDE Dr. Nilton Farias Pinto da população do País têm colesterol elevado – o que deixa o Brasil no topo da lista de países com índice de colesterol alto. O médico diz que é esperado este resultado acima da média, levando em consideração o perfil do quadro, com peso também superior. Excesso de peso 54% 43% População/BB País Hipertensão 24,4% 9,78% População/BB País Colesterol alto 28,61% 21,6% População/BB País Tabagismo 8,26% 16,2% População/BB País Fonte: Ministério da Saúde/Exame Periódico de Saúde BB/ Sociedade Brasileira de Cardiologia RISCOs À SAÚDE NA POPULAÇÃO ADULTA Fator de risco Percentual de pessoas atingidas Excesso de peso 43% Consumo de carne 39,2% com gordura excessiva Inatividade física 29,2% Tabagismo16,2% Consumo abusivo de álcool 19,1% Fonte: Pesquisa IBGE/Ministério da Saúde – 2009 – Capitais e DF O QUE É IMC? O Índice de Massa Corporal (IMC) é calculado ao se dividir o peso pela altura ao quadrado. Exemplo: uma pessoa com 65 quilos e 1,65 metro tem IMC 23,8. O resultado é entendido da seguinte forma: Abaixo do peso: índice menor que 18,5 Normal: de 18,5 a 24,9 Sobrepeso: 25 a 29,9 Obeso leve: 30 a 34,9 Obeso moderado: 35 a 39,9 Obeso mórbido: a partir de 40 Comente essa matéria. Envie email para [email protected] Jornal CASSI 7 SAÚDE Programa reduz tabagismo Doença ocorre menos entre funcionários do Banco do Brasil do que na população brasileira Até o sabor da cerveja está melhor, garante Silvínio Batista Corrêa, 51 anos, falando da sua vida após deixar o cigarro. “Fiquei livre do mau cheiro da fumaça, que incomodava a mim e a minha família, e interferia até no paladar. Dos alimentos, o que era bom ficou uma delícia. O que era ruim, ficou horrível”, diz. Funcionário do BB, ele contou com a ajuda do Programa de Controle do Tabagismo (Tabas), resultado de uma parceria entre a CASSI e o Banco e oferecido aos que, no Exame Periódico de Saúde (EPS), revelam ter o hábito de fumar. Hoje, quando encontra um fumante que demonstra desejo de parar, Silvínio recomenda procurar ajuda. Sozinho, não conseguiria, acredita. Nos 22 anos em que fumou, até parava por um tempo, mas voltava. A atuação do Tabas iniciou há quase Ações melhoram qualidade de vida no trabalho Exame periódico com maior abrangência do que determina a legislação, massagem no ambiente de trabalho, ginástica laboral e desconto na academia estão entre as ações para melhorar a saúde dos funcionários do BB. O cuidado à saúde, a cargo da CASSI, começa pelo EPS feito anu- almente para todos os funcionários, colaboradores e estagiários, independentemente da idade. Segundo a norma da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), para profissionais de 18 a 45 anos bastaria um exame a cada dois anos. “Só com acompanhamento de todos é possível conhecer adequadamente a saúde geral e planejar ações eficientes de saúde”, justifica Nilton Farias Pinto, gerente do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) do BB. Ele se refere ao relatório gerado pelos dados do EPS, que aponta quais os problemas e melhoras na saúde do trabalhador. O crescimento da obesidade entre os funcionários do BB, por exemplo, foi visualizado pelo relatório. E desencadeou uma ação pontual: alimentação será o tema da Semana de Qualidade de Vida no Trabalho (QVT) de 2010. Proposta às dependências uma vez ao ano, a uma década e ainda é proativa. Depois do EPS, aqueles que fumam recebem o convite da CliniCASSI mais próxima para integrarem o programa. Das 555 pessoas atendidas de 2008 até agora, 198 pararam de fumar. O Tabas segue a metodologia do Instituto Nacional do Câncer (Inca), que prevê encontros em grupo, com outros dependentes, atividades motivacionais, acompanhamento psicológico e medicamentos. O médico Nilton Farias Pinto, gerente do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) do Banco do Brasil, acredita que o Tabas adesão à Semana QVT cresceu de 30 cidades em 2007 para 430 em 2009. O relatório do PCMSO é enviado para as mais de 5 mil dependências do BB. Ele é um raio-X do quadro daquele local de trabalho: o percentual de pessoas com risco cardiológico, os níveis de estresse e sobrepeso. Os dados são comparados ainda à média da região e do País. Com eles na mão, os responsáveis pela dependência podem discutir com a equipe que ações serão feitas para reverter problemas que aparecem com frequência muito alta, como o sobrepeso, tabagismo e risco cardiovascular. O programa QVT distribui recursos para que as dependências desenvolvam ações de melhoria na qualidade de vida dos funcionários ao longo do ano. No Edifício Sede I do BB, em Brasília, por exemplo, há massagem de duas a três vezes por semana, para quem quiser, e também ginástica laboral. Leni Novelo garante que a massagem durante o expediente faz voltar melhor ao trabalho. “A tensão vai embora”, frisa ela. Cada dependência decide que ação do QVT vai realizar. Nas agências, onde é mais difícil fazer exercício Comente essa matéria. Envie email para [email protected] 8 Jornal CASSI e massagem durante o horário de atendimento ao público, há opções no começo e no fim do dia e no intervalo de almoço. E algumas dependências firmaram parcerias com academias para dar descontos aos funcionários do Banco do Brasil. Elas também são orientadas a encaminhar funcionários com risco de saúde detectado no EPS para Estratégia Saúde da Família (ESF), que mantém programas para combater doenças crônicas (hipertensão, diabetes, colesterol alto, tabagismo, sedentarismo e obesidade). DOENÇAS CRÔNICAS 60% das mortes no mundo são geradas por doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), diz Organização Mundial de Saúde (OMS). Em 2005, 35 milhões de pessoas no mundo morreram de doenças crônicas. É o dobro do total de mortes por doenças infecciosas. Entre as principais causas das DCNT estão: HIPERTENSÃO: 12% dessas mortes FUMO: 8% COLESTEROL ALTO: 8% OBESIDADE: 4% O controle destes e outros fatores de risco evitaria 80% das doenças cardiovasculares, derrames e diabetes tipo 2, segundo OMS. SAÚDE A proibição de acender cigarros no ambiente de trabalho também ajudou, acredita Sérgio Braga Vilas Boas, 48 anos. Ele tem colegas que deixaram de fumar com a ajuda do Tabas. Ainda não tomou a decisão de parar totalmente, mas reduziu pelo menos à metade o consumo de cigarros desde a proibição de se fumar nas instalações do BB. + tem um importante papel na redução do fumo entre os funcionários. O percentual de fumantes estava em 8,26% na última avaliação anual. Na comparação com os dados do País, os funcionários do BB ficam bem abaixo da média. O último levantamento do Ministério da Saúde, divulgado em 2009, apontou que 16,2% da população brasileira é fumante. Sérgio chegou a parar durante os cinco anos em que trabalhou em agência bancária. “Não tinha como deixar os clientes esperando para fumar, então parei”. Ele voltou para atividade administrativa e recuperou o hábito. Mas como precisa pegar elevador e sair do prédio, no Setor Bancário Sul, em Brasília, fuma bem menos do que antes. “Eram uns 40 cigarros por dia, hoje são 18, 20, no máximo”, diz. Se você deseja parar de fumar, procure a CliniCASSI de seu Estado e faça a sua inscrição no Tabas. Saúde depende 53% da própria pessoa e 20%, do Ambiente A empresa pode ajudar, mas a promoção da saúde depende muito mais de uma ação da própria pessoa. É o que mostra um estudo realizado para o governo do Canadá, por Marc Lalonde. Entre as causas de adoecimento e morte, 53% estão ligadas ao estilo de vida: prática de exercício, alimentação, consumo de álcool, de drogas, fumo (veja gráfico). O ambiente (trabalho, condições econômicas, família, amigos) tem uma influência de 20%, a genética, 17% e a falta de assistência em saúde, 10%. Ou seja, é possível que uma pessoa com condições financeiras para frequentar restaurantes, comprar alimentos calóricos, locomover-se somente de carro e que esteja numa família ou roda de amigos que promova festas, ofereça guloseimas a toda hora e beba bastante compense o consumo de calorias extras fazendo exercício físico constantemente. A chance desta pessoa desenvolver doenças será 53% menor do que aquela que incorpora os hábitos de vida nocivos à saúde adotados pelo seu círculo de amigos ou pela família. O mesmo vale para quem, com poucas condições financeiras, tem alimentação a base de carboidratos (arroz, macarrão, farinha), que levam ao excesso de peso, mas exercem uma atividade que implica gastos energéticos altos, como andar o dia inteiro ou mover objetos pesados. É possível, portanto, reduzir o risco de surgimento de doenças com iniciativas de rotina saudável apesar do ambiente em que se vive. CAUSAS DE ADOECIMENTO E MORTE Estilo de vida 10% Existência/ausência de serviços Genética 17% 53% 20% Meio ambiente Fonte: Marc Lalonde/Canadá/1974 Jornal CASSI 9 ENTREVISTA Vice-presidente do Banco do Brasil analisa atuação da CASSI Na entrevista concedida ao Jornal da CASSI, Robson Rocha fala, entre outros temas, sobre a importância da Instituição para a política do BB de relacionamento com funcionários e a criação de fontes alternativas para a sustentabilidade da Caixa de Assistência Mineiro de Belo Horizonte, funcionário do Banco do Brasil há 30 anos, Robson Rocha ocupa o cargo de vicepresidente de Gestão de Pessoas e Desenvolvimento Sustentável. Formado em Administração de Empresas, com MBA Altos Executivos, MBA em Finanças, Pós-Graduação em Recursos Humanos e Mestrado em Marketing, Robson atuou também como Diretor e Presidente do Banco Popular do Brasil e Diretor da Diretoria Menor Renda no BB. Nesta entrevista, ele fala sobre temas de grande interesse para o conjunto dos participantes da CASSI (funcionários da ativa, aposentados e respectivos dependentes). Jornal da CASSI – As pessoas, quando optam por um determinado emprego, costumam avaliar a existência ou a qualidade do plano de saúde oferecido como um dos principais atributos do pacote remuneratório. Existe alguma pesquisa recente sobre qual a percepção dos 10 funcionários que ingressam no BB em relação à CASSI? Robson Rocha – Sim. Foi feita uma pesquisa no primeiro semestre deste ano na qual funcionários se manifestaram sobre diversas questões. Um dos pontos fortes considerados para se trabalhar no BB foi a CASSI, que ficou entre os itens mais valorizados. Isso evidencia a percepção positiva dos funcionários em relação à importância da nossa Caixa de Assistência. JC – Como operadora de autogestão, a CASSI necessita da participação dos associados. Qual o nível de envolvimento dos funcionários do BB com os temas relacionados à Caixa de Assistência? Robson – Acredito ser o maior possível. A prova disto é a participação em massa dos funcionários nos processos eleitorais da CASSI. Por exemplo, no último certame realizado em maio, cerca de 83% dos funcionários votaram. Outro ponto que denota o imenso interesse do funcionalismo com as questões da CASSI são as sugestões constantes que recebemos visando ao fortalecimento da Instituição. JC - De acordo com o Art. 16 do Estatuto da CASSI, a responsabilidade do BB no custeio do Plano de Associados limita-se a 4,5% sobre a remuneração e benefícios dos funcionários e aposentados. Na sua opinião, é possível BB e CASSI, em conjunto, criarem fontes alternativas capazes de garantir a autossustentabilidade do plano, já que os custos em saúde crescem acima da inflação média da economia brasileira? Robson - Com certeza. Atualmente estudos estão sendo realizados no âmbito do Banco com vistas a ava- Jornal CASSI JC – De que forma imagina a CASSI nos próximos anos? Robson – Cada vez mais forte. É importante ressaltar que a partir da mudança do Estatuto, ocorrida em 2007, a CASSI entrou em um ciclo virtuoso, alcançando resultados positivos nos exercícios subsequentes. Gostaria de aproveitar a oportunidade para realçar a importância do papel de cada um de nós, associados da CASSI, na sustentabilidade da Instituição, ou seja, trata-se de um patrimônio nosso e como tal temos que zelar por ele, seja na relação com a própria CASSI seja na relação com os prestadores de serviços. JC – Como o Banco tem tratado os dados sobre as condições de saúde de seus funcionários? Robson – O Banco vem sistematizando os resultados dos exames periódicos de saúde para atuar estrategicamente sobre os indicadores mais defasados em relação à normalidade. Temos observado aumento de índices de sobrepe- so, sedentarismo, níveis da pressão arterial, taxa de colesterol, dentre outros. Cada administrador do Banco recebe um relatório com os dados de sua equipe para possibilitar uma ação mais direta. Estamos estudando ações corporativas com foco na melhoria desses indicadores. ENTREVISTA liar a possibilidade de a CASSI ter participação na empresa que será constituída para administrar o Plano Odontológico recém-criado pelo BB e, no âmbito da Previ, está sendo analisada a possibilidade de parceria entre as duas entidades no que tange à verticalização dos serviços da CASSI. Estas ações, se concretizadas, poderão representar excelentes oportunidades de ganhos para a nossa Caixa de Assistência. JC – Na sua opinião, em que pontos a CASSI necessita aperfeiçoamento? Robson – Como eu disse, a partir de 2007 a CASSI obteve uma alteração significativa em sua forma de atuação, entretanto, precisamos avançar em alguns aspectos como o atendimento aos nossos associados, a relação com os prestadores de serviços e o aprimoramento constante dos mecanismos de gestão e de governança corporativa. Comente essa matéria. Envie email para [email protected] BB anuncia Plano Odontológico Em 19 de agosto, o Banco do Brasil anunciou a criação do plano odontológico para funcionários da ativa e seus dependentes diretos, por meio de uma aliança estratégica com a empresa Odontoprev S.A. O plano será gratuito e a previsão é a de que estará disponível para o funcionário do BB em até 90 dias. A Odontoprev é líder entre as empresas do segmento odontológico, com cerca de 4,4 milhões de beneficiários. A empresa possui uma rede de credenciados com cerca de 25 mil profissionais e está presente em todo o Brasil. A parceria estratégica envolve a criação de empresa com participação de 75% da BB Seguros e de 25% da Odontoprev em seu capital social. Além disso, a BB Seguros participará indiretamente de 10% do capital social total da Odontoprev. Jornal CASSI A aliança prevê a disponibilização, em caráter de exclusividade, dos canais de distribuição do BB para a comercialização dos produtos do ramo odontológico, provenientes da parceria estratégica, pelo prazo de 10 anos. Com isso, o BB passará a oferecer também o plano odontológico em sua rede de agências, tanto para o mercado pessoa física, quanto para o de empresas, agregando mais uma solução à rede de proteção. Fonte: Intranet BB 11 VOLUNTARIADO Fazendo A diferença Grupo de associados à AAPBB vem renovando o ânimo de participantes internados no Rio de Janeiro, por meio de visitas hospitalares voluntárias. Conheça agora essa história de solidariedade No alto, reunião do grupo de visitadores na CliniCASSI Tijuca. Abaixo, a visitadora Marta (D) acompanha a participante Eliane ao Hospital São Vicente de Paulo para fazer procedimento cirúrgico. À esquerda, os visitadores durante encontro com o gerente da CliniCASSI Tijuca. A última foto mostra o funcionário do BB Rafael Fiqueiredo, em companhia dos visitadores Marta e Francisco Associado à CASSI há 52 anos, Amilcar Manoel de Menezes sempre teve boa saúde. No entanto, no início de julho, sofreu um desmaio em casa e a queda ocasionou um corte profundo no queixo. Sem conseguir estancar o sangramento, foi até o Hospital São Lucas, em Copacabana, no Rio de Janeiro (RJ), e recebeu atendimento. Depois de passar por exame de rotina e curativo, foi para casa. Nos dias seguintes, sentiu fortes dores no local do ferimento e, dia 7 de julho, retornou ao hospital. Após realizar uma tomografia da face, o médico diagnosticou fratura do maxilar, indicou internação imediata e necessidade de cirurgia no queixo para colocação de placa e parafuso de titânio. “Quando o médico deu o diagnóstico, eu estava sozinho e nervoso. Foi nessa situação difícil que recebi a visita dos companheiros da Associação. Foi um momento agradável, que 12 me ajudou a ficar mais calmo. Fiquei muito emocionado”, conta ele. Amilcar refere-se a Felisberto Soei Furuguem e Marta Duque de Mendonça, membros do grupo de visitadores da Associação de Aposentados e Pensionistas do Banco do Brasil (AAPBB), do Rio de Janeiro. Ação de solidariedade O grupo de visitadores é um trabalho voluntário que iniciou em dezembro de 2008 por iniciativa do diretor de Assistência Social da AAPBB e conselheiro de usuários do Estado do Rio de Janeiro, Douglas Leonardo Gomes. O grupo visita beneficiários internados para levar solidariedade e também orientações sobre a utilização do plano. A iniciativa conta com o apoio da Unidade CASSI do Rio de Janeiro, da Direção da AAPBB e dos hospitais visitados. No início, apenas duas pessoas faziam as visitas. Hoje, o grupo conta com dez visitadores, todos ligado à Associação. “Temos encontrado pacientes que não receberam uma visita sequer, nem de parentes. Aproveitamos a ocasião para verificar se estão satisfeitos com o atendimento do hospital e da CASSI e esclarecer sobre as normas e programas da Instituição. Recentemente, temos falado sobre o novo site e o programa de medicamentos”, conta Douglas. Em casa, recuperando-se da cirurgia, Amilcar parabeniza a iniciativa. “Os visitadores nos ajudam a solucionar dificuldades burocráticas inesperadas e nos trazem conforto psicológico nesse momento de hospitalização”, afirma. Os visitadores sempre atendem às solicitações dos participantes, mes- Jornal CASSI Além disso, quando identificam insatisfações em relação aos serviços hospitalares ou da Caixa de Assistência, informam o relatado à Ouvidoria e à Enfermagem do hospital e à Unidade CASSI do Rio de Janeiro. As visitas são realizadas, geralmente, duas vezes por semana. Atualmente, estão no roteiro os hospitais São Lucas e São Vicente de Paulo. A intenção é estender as visitas ao Quinta D’Or, que também recebe grande número de participantes da CASSI. Comparativo do Grupo de Visitadores 268 visitas de janeiro a julho de 2009 174 extinto Departamento de Assistência Pessoal (Deasp), do Banco do Brasil. “Naquela época, além do Serviço Social, meu trabalho como dentista me tomava todo o tempo durante a semana. Então, por prazer, necessidade, e acho que vocação, fazia visitas em clínicas nos fins de semana”, lembra ele. Ao final de cada visita, os membros do grupo percebem a importância desse trabalho voluntário. “Conseguimos levantar o astral e a esperança dos pacientes que, na grande maioria das vezes, elogiam nosso trabalho e a iniciativa da Associação e da CASSI”, comenta Douglas. Ao chegar nos locais, Douglas conta que os internados, na maioria associados à CASSI, o procuravam para contar problemas e necessidades e para fazer reivindicações. “Com carta branca da CASSI para resolver problemas, e grande apoio do BB, conseguia resolver quase tudo”, afirma. “Sinto-me altamente gratificada, pois nosso trabalho consegue, de alguma forma, tocar o coração do paciente e dos familiares”, relata a visitadora Marta Mendonça. Em 1984, Douglas saiu da Supervisão do Serviço Social e assumiu a chefia administrativa do Hospital da Beneficência Portuguesa do RJ, onde também implantou o programa de visitas. “Senti que precisávamos, eu e meus auxiliares, visitar periodicamente todos os que se internavam, a fim de tomarmos conhecimento de tudo o que acontecia com o paciente”, recorda. No hospital ficou até se aposentar, em 1992. A ideia de visitar pacientes hospitalizados surgiu muito antes, em 1982, quando Douglas trabalhava na Supervisão do Serviço Social, órgão do São Lucas) (Hospital São Vicente de Paulo e domiciliares) Os visitadores vão em pares e seguem as orientações do manual elaborado por Douglas, como usar crachá de identificação, confirmar no posto de enfermagem se os pacientes da CASSI podem receber visita no momento e lavar as mãos antes de entrar no quarto e depois de sair. O começo visitas de janeiro a julho de 2010 (Hospital São Vicente de Paulo e Hospital VOLUNTARIADO mo quando não é possível fazê-lo de imediato. Nesse caso, buscam informações junto à Unidade CASSI e, posteriormente, dão retorno ao beneficiário. Em 2008, quando assumiu a Diretoria de Assistência Social da AAPBB, Douglas sentiu necessidade de focar sua vida no trabalho voluntário. A ideia de visitas hospitalares então ganhou novo rumo com a criação do grupo de visitadores da Associação. E se depender do idealizador do projeto, esse trabalho não se esgotará no Rio de Janeiro. “Estou à disposição de outros Conselhos e Associações de outros Estados para passar todas as informações a respeito do programa, incluindo cópia do material composto por crachá, termo de adesão ao trabalho voluntário e pequenos ensinamentos de como se comportar no ambiente hospitalar”, diz. Em 2009, o grupo de visitadores da AAPBB fez 331 visitas em hospitais e 5 no domicílio de participantes. Neste ano, até julho, foram feitas 268 visitas. Para participar do grupo, é preciso ter algum vínculo com a CASSI e ser sócio da AAPBB. Interessados em saber mais sobre o projeto podem ligar para a Associação: (21) 2232-7561 ou (21) 2509-0347. Comente essa matéria. Envie email para [email protected] Jornal CASSI 13 PARTICIPAÇÃO Agente facilitador Iniciativa do Conselho de Usuários do Rio Grande do Sul contribui para aprimorar rede credenciada “Dedicação de tempo e conhecimento em benefício de alguém ou de alguma causa, sem remuneração”. O conceito de trabalho voluntário pode ser aplicado aos agentes facilitadores, um grupo de pessoas do Rio Grande do Sul que vem transformando a realidade da rede credenciada da região. Em janeiro do ano passado, o Conselho de Usuários gaúcho iniciou uma nova trajetória com a criação desse projeto. Os debates nas reuniões mensais sobre as deficiências da rede fizeram nascer uma ideia que vem trazendo bons resultados aos participantes do plano, com o aumento de prestadores de serviço credenciados. “Para que o projeto virasse realidade, o Conselho de Usuários contou com diversos apoios, como a Superintendência Estadual do Banco do Brasil, a Unidade CASSI do Estado, os conselheiros e as entidades sindicais e representativas dos funcionários do BB”, diz o coordenador do Conselho de Usuários do Rio Grande do Sul, Ricardo Akiyoshi Maeda. “O objetivo é facilitar as negociações, resolver os conflitos e manter um bom relacionamento com a rede de prestadores de serviço”, explica Ricardo. Para aprimorar o atendimento no interior do Estado, foram mapeadas 56 cidades que têm problemas na rede. A proposta é que cada município tenha um agente facilitador. Até agora, há cerca de 45 pessoas atuando nessas localidades. Nas cidades onde há CliniCASSI (Pelotas, Santa Maria, Caxias do Sul, Passo Fundo e Porto Alegre), os agentes são os conselheiro de usuários que moram no município. Nas demais cidades, são funcionários e aposentados do BB. Para o gerente da Unidade CASSI do Rio Grande do Sul, Aldo Cabral Rossi Junior, o projeto possibilita estreitar o relacionamento da Caixa de Assistência com os participantes, com o Conselho e com a rede credenciada. “Os agentes conhecem as forças e as necessidades locais e mantêm a Unidade informada, o que traz mais agilidade no relacionamento com a rede e possibilita resultados mais efetivos”, afirma. Como funciona Os agentes facilitadores são lideranças locais do interior do Rio Grande do Sul que fazem contato com os prestadores de serviço para levar proposta de credenciamento aos que ainda não fazem parte da rede, identificar se há insatisfações dos prestadores credenciados, orientar sobre entrega de documentos e evitar paralisações de atendimento. 14 Aldo avalia que o projeto é uma iniciativa importante e, mesmo que não resolva todos os problemas da região, pode minimizá-los. “Dessa forma, conseguimos atender maior número de expectativas dos associados”, ressalta. A Unidade oferece o suporte para a realização do projeto e faz a gestão das informações colhidas pelos agentes por meio de telefone, email ou correspondência. Quando há visitas a prestadores, por exemplo, geralmente os agentes vão acompanhados pelo executivo de negócios da CASSI responsável pela região, profissional que também atua na prospecção de novos prestadores. Resultados A ideia surgiu no ano passado. As atividades iniciaram neste ano, após aprovação e estruturação do projeto, e já contabilizam resultados significativos: são mais de 130 novos prestadores de serviço credenciados. Em Santa Cruz do Sul, em maio de 2009, a rede ficou defasada após a Unimed da região romper o convênio com a CASSI. Para solucionar a situJornal CASSI PARTICIPAÇÃO Reunião do Conselho de Usuários com a Unidade RS: parceria já ajudou a credenciar mais de 130 prestadores de serviço ação, foram realizadas visitas a prestadores durante mais de seis meses. cialidades médicas para a rede, mas esse trabalho é contínuo”, constata. “No início, houve certa resistência dos médicos, mas depois conseguimos bons resultados com o credenciamento de cerca de 100 profissionais em diversas especialidades”, conta o agente facilitador e funcionário do Banco, Pedro Augusto Halmenschlager. E o trabalho não para por aí. Agora, o objetivo é identificar quais são os médicos que fazem parte do corpo clínico de dois hospitais de Rio Grande para trazer mais prestadores para a CASSI. “Saúde é de interesse coletivo. Por isso, coloquei o assunto em pauta durante reunião realizada em agosto com administradores do Banco e AABB. Com o comprometimento de todos, podemos conseguir melho- Em Rio Grande, havia problemas de descredenciamento e ausência de algumas especialidades médicas. Por meio do trabalho do agente Paulo Bastos Noronha, em conjunto com Unidade, Associação Atlética dos Funcionários do Banco do Brasil (AABB) e aposentados, foram credenciados 35 médicos e uma clínica de imagem. “Conseguimos minimizar a situação, trazendo várias espe- rias para a região”, afirma Paulo. A diretora de Saúde e Rede de Atendimento, Graça Machado, acompanha o trabalho do Conselho. “É o envolvimento e a união de todos na busca de soluções para aprimorar os serviços da CASSI que nos fortalece”, disse. “Estou de pleno acordo com a Diretora Graça Machado. Espero que outros Estados se espelhem no exemplo do Rio Grande do Sul”, afirmou o presidente Hayton Jurema da Rocha. Como participar Os associados podem participar desse projeto, indicando nomes de profissionais e estabelecimentos de saúde do interior do Rio Grande do Sul para se credenciarem à CASSI. É só procurar os agentes facilitadores, os conselheiros, a Unidade, ou as agências do Banco na sua cidade. Comente essa matéria. Envie email para [email protected] Jornal CASSI 15 SEU PLANO genérico: você pode confiar Lançados no mercado em 2000, os medicamentos genéricos são cópias idênticas dos medicamentos de referência (de marca) e os únicos que podem substituí-los. Uma das maiores vantagens do genérico está no preço. O Programa de Assistência Farmacêutica (PAF) da CASSI abona 90% do valor dos medicamentos genéricos. A gerente executiva de Saúde da CASSI, Vilma Dias, fala sobre a importância do genérico e esclarece as principais dúvidas sobre o assunto. Jornal CASSI - Como é comprovada a eficácia do genérico? Vilma Dias - O medicamento possui registro com base na comprovação de bioequivalência (testes realizados em humanos), que assegura a mesma concentração e velocidade de absorção do produto do medicamento de referência. Outro teste importante, realizado “in vitro”, é o da equivalência farmacêutica, que segue normas internacionais para avaliar teor, concentração e forma farmacêutica. Além disso, são verificadas as boas práticas de fabricação e controle de qualidade para a sua fabricação, que comprovam a certificação de fornecedores de matérias-primas, qualificação de pessoal, das instalações e equipamentos e validação dos processos. A equivalência farmacêutica e a bioequivalência promovem a equivalência terapêutica, garantindo a mesma eficácia clínica e mesma possibilidade de causar efeitos adversos dos produtos de referência. Essa condição permite que o genérico seja intercambiável, ou seja, substitua o medicamento de referência. Vale frisar que as exigências presentes na produção de genéricos são rigorosamente fiscalizadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). JC - Quais os benefícios para quem utiliza medicamentos genéricos? Vilma - Os principais benefícios são a garantia da qualidade do tratamento e a diminuição dos gastos com medicamentos. JC - Por que algumas pessoas ainda têm dúvidas sobre a eficácia desse produto? Vilma - Porque a inserção de genéricos no Brasil ainda é relativamente nova e teve crescimento lento. No País, esse tipo de medicamento responde por 19,6% das vendas do mercado farmacêutico, segundo dados da IMS Health, de setembro de 2009. Em 10 anos de presença no mercado, a indústria de genéricos investiu perto de US$ 170 milhões na construção e modernização de plantas industriais no Brasil. Hoje, existem medicamentos genéricos para o tratamento da maioria das doenças. Nos EUA, os genéricos correspondem a 60% das prescrições e custam de 30% a 80% menos que os medicamentos de referência. Em países como Espanha, França, Alemanha e Reino Unido, onde o mercado de genéricos já se encontra mais maduro, a participação desses medicamentos é de 30%, 35%, 60% e 60%, respectivamente. JC - Por que a CASSI prioriza os genéricos? Vilma - Pela certeza da qualidade de tratamento aos participantes portadores de doenças crônicas. Pesquisas apontam que o tratamento dessas enfermidades são mais efetivos e eficazes quanto mais facilitado for o acesso ao medicamento. Assim, a CASSI prioriza os genéricos para que possamos tratar das pessoas com segurança e, ao mesmo tempo, ampliar a cobertura com garantia da sustentabilidade da Caixa de Assistência. Também queremos entregar medicamentos no domicílio, em nível nacional, para que nossos participantes sejam igualmente atendidos. Essa tarefa não é fácil, devido à diversidade do território nacional e das adversidades que encontramos em programas de larga escala, mas temos a certeza de que, com a efetiva participação dos associados, o sucesso chegará em breve. Cabe lembrar que o Programa de Assistência Farmacêutica oferecido aos beneficiários não faz parte do ROL de procedimentos da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Comente essa matéria. Envie email para [email protected] 16 Jornal CASSI