Demonstrações Financeiras
BM Logística Comércio e Serviços S.A.
31 de dezembro de 2014 com Relatório dos
auditores independentes sobre as demonstrações
financeiras
BM Logística Comércio e Serviços S.A.
Demonstrações financeiras
31 de dezembro de 2014
Índice
Relatório dos auditores independentes sobre as demonstrações financeiras ................. 1
Demonstrações financeiras auditadas
Balanços patrimoniais ..................................................................................................... 4
Demonstrações do resultado .......................................................................................... 6
Demonstrações do resultado abrangente ....................................................................... 7
Demonstrações das mutações do patrimônio líquido ...................................................... 8
Demonstrações dos fluxos de caixa................................................................................ 9
Notas explicativas às demonstrações financeiras ........................................................... 10
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Relatório dos auditores independentes sobre as demonstrações financeiras
Aos
Acionistas e Diretores da
BM Logística Comércio e Serviços S.A.
Rio de Janeiro - RJ
Examinamos as demonstrações financeiras da BM Logística Comércio e Serviços S.A.
("Companhia"), que compreendem o balanço patrimonial em 31 de dezembro de 2014 e
as respectivas demonstrações do resultado, do resultado abrangente, das mutações do
patrimônio líquido e dos fluxos de caixa para o exercício findo naquela data, assim como o
resumo das principais práticas contábeis e demais notas explicativas.
Responsabilidade da administração sobre as demonstrações financeiras
A Administração da Companhia é responsável pela elaboração e adequada apresentação
das demonstrações financeiras de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil,
assim como pelos controles internos que ela determinou como necessários para permitir a
elaboração dessas demonstrações financeiras livres de distorção relevante,
independentemente se causada por fraude ou erro.
Responsabilidade dos auditores independentes
Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações
financeiras com base em nossa auditoria, conduzida de acordo com as normas brasileiras
e internacionais de auditoria. Essas normas requerem o cumprimento de exigências éticas
pelos auditores e que a auditoria seja planejada e executada com o objetivo de obter
segurança razoável de que as demonstrações financeiras estão livres de distorção
relevante.
Uma auditoria envolve a execução de procedimentos selecionados para obtenção de
evidência a respeito dos valores e divulgações apresentados nas demonstrações
financeiras. Os procedimentos selecionados dependem do julgamento do auditor,
incluindo a avaliação dos riscos de distorção relevante nas demonstrações financeiras,
independentemente se causada por fraude ou erro. Nessa avaliação de riscos, o auditor
considera os controles internos relevantes para a elaboração e adequada apresentação
das demonstrações financeiras da Companhia para planejar os procedimentos de
auditoria que são apropriados nas circunstâncias, mas não para fins de expressar uma
opinião sobre a eficácia desses controles internos da Companhia. Uma auditoria inclui,
também, a avaliação da adequação das práticas contábeis utilizadas e a razoabilidade
das estimativas contábeis feitas pela Administração, bem como a avaliação da
apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto.
Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para
fundamentar nossa opinião com ressalva.
1
Base para opinião com ressalva
1. Conforme mencionado na Nota 10, em 2012 a Companhia adquiriu o controle da RV
Comércio de Equipamentos de Telecomunicações e Serviços S.A., cujas operações
encontram-se paralisadas, pelo valor de R$ 7.000 mil tendo registrado esse montante
em contrapartida do investimento. Desta forma, em 31 de dezembro de 2014 e 2013 a
Companhia mantém registrado saldo de investimento de R$ 7.000 mil correspondente
a essa controlada cujas demonstrações financeiras não foram examinadas por nós
nem por outros auditores independentes e cujo patrimônio liquido não auditado,
corresponde a R$ 4.011 mil nessa data (R$4.672 mil em 2013). Como consequência,
não foi possível formar uma opinião quanto a adequação do valor representativo deste
investimento e dos eventuais efeitos por ele produzido nas demonstrações financeiras
da Companhia.
2. A Companhia não está divulgando demonstrações financeiras consolidadas em
conjunto ou separadamente às demonstrações financeiras individuais, conforme
requerido pelo CPC 36 (R3) – Demonstrações Consolidadas. Se a Companhia tivesse
apresentado demonstrações financeiras consolidadas, alguns elementos nas
demonstrações financeiras teriam sido afetados de forma relevante. Os efeitos da não
apresentação de demonstrações financeiras consolidadas não foram determinados.
3. Em 31 de dezembro de 2014, a Companhia possuía R$ 1.174 mil (2013 - R$ 3.530 mil)
registrados no contas a receber para os quais não obtivemos evidência suficiente para
concluir quanto à sua existência e expectativa de realização. Consequentemente, não
pudemos concluir sobre o saldo.
4. Em 31 de dezembro de 2014, a Companhia possui adiantamentos diversos no
montante de R$ 4.398 mil (2013 - R$ 5.078 mil) sem expectativa de realização. Como
consequência, em 31 de dezembro de 2014, o ativo circulante e o patrimônio líquido
estão superavaliados em R$ 4.398 mil e o lucro líquido do exercício findo naquela data
está subavaliado em R$ 680 mil (R$494 mil em 2013).
2
Opinião com ressalva
Em nossa opinião, exceto pelos possíveis efeitos dos assuntos mencionados nos itens 1 e
3, exceto pela insuficiência de divulgação referente ao assunto mencionado no item 2, e
exceto quanto aos efeitos decorrentes dos assuntos mencionados no item 4 do parágrafo
“Base para opinião com ressalva”, as demonstrações financeiras acima referidas
apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e
financeira da BM Logística Comércio e Serviços S.A. em 31 de dezembro de 2014, o
desempenho de suas operações e os seus fluxos de caixa para o exercício findo naquela
data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil.
Ênfase – continuidade das operações
Conforme mencionado na Nota 1, a Companhia apresenta, em 31 de dezembro de 2014,
capital circulante líquido negativo de R$ 13.262 mil (2013 - R$ 15.646 mil), condição que
indica a existência de incerteza significativa sobre a capacidade de continuidade
operacional da Companhia. As demonstrações financeiras foram elaboradas no
pressuposto de que a geração de caixa proveniente das operações, dos acionistas e/ou
de financiadores será suficiente para a manutenção da continuidade operacional da
Companhia. Nossa opinião não está ressalvada em função deste assunto.
Salvador, 26 de março de 2015
ERNST & YOUNG
Auditores Independentes S.S.
CRC-2 SP 015199/O-6-F-BA
Shirley Nara S. Silva
Contadora CRC-1BA 022.650/O-0- “S” – RJ
3
BM Logística Comércio e Serviços S.A.
Balanços patrimoniais
31 de dezembro de 2014 e 2013
(Em milhares de reais)
Nota
Ativo
Circulante
Caixa e equivalentes de caixa
Contas a receber
Adiantamentos diversos
Estoques
Valores a receber de partes
relacionadas
Outras contas a receber
Total do ativo circulante
Não circulante
Valores a receber de partes
relacionadas
Tributos diferidos
Depósitos judiciais
Intangível
Investimentos
Imobilizado
Total do ativo não circulante
Total do ativo
2014
2013
5
6
7
8
552
66.544
4.994
233
1.112
58.041
7.695
1.104
9
5.274
3.948
81.545
4.815
1.805
74.572
9
20
13
10.305
1.888
80
2
7.000
427
19.702
12.973
2.139
301
2
7.000
416
22.831
101.247
97.403
10
11
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.
4
Nota
Passivo e patrimônio líquido
Circulante
Fornecedores
Obrigações sociais e trabalhistas
Obrigações tributárias
Valores a pagar a partes
relacionadas
Dividendos a pagar
Outras contas a pagar
Total do passivo circulante
Não circulante
Provisão para riscos tributários
cíveis e trabalhistas
Obrigações tributárias
Dividendos a pagar
Valores a pagar a partes
relacionadas
Total do passivo não circulante
Patrimônio líquido
Capital social
Reservas de lucros
Total do patrimônio líquido
Total do passivo e patrimônio líquido
2014
2013
12
87.714
3.805
758
83.098
4.485
435
9
14
1.949
400
181
94.807
1.750
450
90.218
13
591
338
-
411
354
222
292
1.221
2.483
3.470
3.000
2.219
5.219
3.000
715
3.715
101.247
97.403
14
9
14
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.
5
BM Logística Comércio e Serviços S.A.
Demonstrações dos resultados
Exercícios findos em 31 de dezembro de 2014 e 2013
(Em milhares de reais, exceto lucro básico e diluído por ação apresentado em reais)
Nota
2014
2013
Receita operacional líquida
15
78.656
60.420
Custo dos produtos e serviços vendidos
16
(43.741)
(37.698)
34.915
22.722
Lucro bruto
Despesas operacionais
Comerciais
Gerais e administrativas
Honorários dos administradores
Outras despesas operacionais, líquidas
17
18
9
(29.133)
(1.451)
(133)
(502)
(31.219)
(19.184)
(854)
(133)
(20.171)
Receitas financeiras
Despesas financeiras
19
19
193
(1.257)
(1.064)
306
(2.024)
(1.718)
2.632
833
(699)
(251)
(950)
(455)
2.139
1.684
1.682
2.517
3.000.000
3.000.000
0,56
0,84
Lucro antes do imposto de renda
e contribuição social
Imposto de renda e contribuição social correntes
Imposto de renda e contribuição social diferidos
Lucro líquido do exercício
Ações em circulação no final do exercício
Lucro básico e diluído por ação atribuível aos
acionistas da Companhia durante o exercício – R$
20
20
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.
6
BM Logística Comércio e Serviços S.A.
Demonstrações dos resultados abrangentes
Exercícios findos em 31 de dezembro de 2014 e 2013
(Em milhares de reais)
Lucro líquido do exercício
Outros resultados abrangentes
Total de resultados abrangentes do exercício
2014
2013
1.682
2.517
-
-
1.682
2.517
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.
7
BM Logística Comércio e Serviços S.A.
Demonstrações das mutações do patrimônio líquido
Exercícios findos em 31 de dezembro de 2014 e 2013
(Em milhares de reais)
Reservas de lucros
Saldos em 31 de dezembro de 2012
Lucro líquido do exercício
Destinação do lucro líquido do exercício:
Dividendos (Nota 14)
Constituição de reservas (Nota 14)
Saldos em 31 de dezembro de 2013
Reversão de dividendos (Nota 14)
Lucro líquido do exercício
Destinação do lucro líquido do exercício:
Dividendos (Nota 14)
Constituição de reservas (Nota 14)
Saldos em 31 de dezembro de 2014
Capital social
3.000
Reserva legal
-
-
-
Lucros
(prejuízos)
acumulados
(1.580)
Total
1.420
2.517
2.517
-
47
668
(222)
(715)
(222)
-
3.000
47
668
-
3.715
-
-
222
-
1.682
222
1.682
-
84
1.198
(400)
(1.282)
(400)
-
3.000
131
2.088
-
5.219
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.
8
Retenção de
lucros
BM Logística Comércio e Serviços S.A.
Demonstrações dos fluxos de caixa
Exercícios findos em 31 de dezembro de 2014 e 2013
(Em milhares de reais)
2014
2013
2.632
833
255
309
180
429
273
22
77
399
(8.503)
2.701
41
871
(1.963)
(14.754)
(567)
(335)
2.612
(1.441)
5.350
(1.414)
392
15
866
19.445
2.612
(432)
9
9.182
(70)
(250)
(320)
(387)
(2)
(389)
42.209
(43.315)
(1.106)
(560)
(6.906)
32.228
(40.115)
(14.793)
(6.000)
1.112
552
(560)
7.112
1.112
(6.000)
Fluxo de caixa das atividades operacionais
Lucro antes dos impostos
Ajustes para reconciliar o lucro antes dos impostos com o
caixa gerado pelas atividades operacionais
Encargos financeiros
Depreciação e amortização
Valor residual do ativo imobilizado baixado
Variação cambial
Constituição de provisão para riscos tributários, cíveis e trabalhistas
(Aumento) redução nos ativos operacionais:
Contas a receber
Adiantamentos diversos
Tributos a recuperar
Estoques
Outros ativos operacionais
Aumento (redução) nos passivos operacionais:
Fornecedores
Obrigações sociais e trabalhistas
Obrigações tributárias
Outros passivos operacionais
Caixa líquido gerado pelas atividades operacionais
Fluxo de caixa das atividades de investimentos
Aquisição de ativo imobilizado
Aquisição de ativo intangível
Caixa líquido aplicado nas atividades de investimentos
Fluxo de caixa das atividades de financiamentos
Pagamentos de empréstimos e financiamentos
Pagamentos de empréstimo realizado a parte relacionada
Recebimento de empréstimos realizado a parte relacionada
Caixa líquido aplicado nas atividades de financiamentos
Redução no caixa e equivalentes de caixa
Caixa e equivalentes de caixa no início do exercício
Caixa e equivalentes de caixa no final do exercício
Redução no caixa e equivalentes de caixa
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.
9
BM Logística Comércio e Serviços S.A.
Notas explicativas às demonstrações financeiras
31 de dezembro de 2014 e 2013
(Em milhares de reais)
1. Contexto operacional
A BM Logística Comércio e Serviços S.A. (“BML” ou “Companhia”) é uma sociedade
anônima de capital fechado, com sede na cidade do Rio de Janeiro, Estado do Rio de
Janeiro, tendo por objeto a distribuição de cartões de recarga e chips de celular assim
como a prestação de serviço de recarga virtual.
A Companhia, parte integrante do Grupo 3P Investimentos, atua na distribuição de
recarga e chips de celular das operadoras TIM e VIVO no estado do Rio de Janeiro,
região do ABC Paulista, Santos, Roraima, Maranhão, Florianópolis, Curitiba, Sergipe e
Sorocaba.
Devido às características do ciclo operacional da Companhia, onde ocorre um
descasamento entre o prazo médio de recebimento das contas a receber e o prazo
médio de pagamento das contas a pagar junto as operadoras, que são de 7 e mais de
30 dias, respectivamente, esta normalmente apresenta capital circulante líquido
negativo. Face a esses fatores e em função dos compromissos de curto prazo
assumidos, em 31 de dezembro de 2014, a Companhia apresenta capital circulante
líquido negativo de R$ 13.262 (2013 – R$ 15.646).
A Companhia tem acumulado saldo em aberto junto a fornecedores devido ao aumento
de prazos concedidos por estes. O risco de não pagamento dos fornecedores é
mitigado pelas contas a receber que a Companhia possui junto a seus clientes e partes
relacionadas. Em 31 de dezembro de 2014, a Companhia não possui títulos vencidos
em aberto junto a seus fornecedores, assim como sua operação e dívida junto aos
mesmos encontra-se totalmente lastreada por recebíveis e cartas de fiança.
A Administração entende que, os fluxos de caixa a serem gerados pela Companhia
com base no crescimento esperado de suas operações, associado ao suporte
financeiro, caso necessário, dos seus acionistas, serão suficientes para honrar com
todos os compromissos assumidos junto a fornecedores.
2. Base de preparação e apresentação das demonstrações financeiras
2.1. Demonstrações financeiras
A Administração da Companhia autorizou a conclusão da preparação destas
demonstrações financeiras em 26 de março de 2015.
As demonstrações financeiras são apresentadas em real, moeda funcional e de
apresentação, e todos os valores demonstrados em milhares de reais, exceto
quando indicado de outra forma.
10
BM Logística Comércio e Serviços S.A.
Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação
31 de dezembro de 2014 e 2013
(Em milhares de reais)
2. Base de preparação e apresentação das demonstrações financeiras—
Continuação
2.1. Demonstrações financeiras--Continuação
As demonstrações financeiras para os exercícios findos em 31 de dezembro de
2014 e 2013 foram preparadas de acordo com as práticas contábeis adotadas no
Brasil que compreendem os pronunciamentos do Comitê de Pronunciamentos
Contábeis (CPC), aprovados pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC).
2.2. Reclassificação de valores comparativos
Para fins de melhor apresentação da demonstração do resultado, a Companhia
procedeu a reclassificação de despesas gerais e administrativas para a linha de
despesas comerciais em 31 de dezembro de 2013 conforme demonstrado a
seguir:
Lucro bruto
Comerciais
Despesas gerais e administrativas
Honorários da administração
Outras despesas operacionais, líquidas
Resultado operacional
Resultado financeiro
Imposto de renda e contribuição social
Lucro líquido do exercício
31/12/2013
(originalmente
apresentado)
22.722
(3.721)
(16.129)
(133)
(188)
2.551
(1.718)
1.684
2.517
Reclassificações
(9.391)
9.203
188
-
31/12/2013
(reclassificado)
22.722
(19.184)
(854)
(133)
2.551
(1.718)
1.684
2.517
Essa reclassificação não produziu efeitos no balanço patrimonial, nas
demonstrações dos resultados abrangentes, das mutações do patrimônio líquido e
dos fluxos de caixa.
3. Sumário das principais práticas contábeis
3.1. Apuração do resultado
As receitas são reconhecidas no momento da efetiva realização da recarga virtual,
entrega da mercadoria (cartão de recarga ou chip) ou prestação dos serviços.
A Companhia atua como agente, sendo a receita reconhecida numa base líquida,
que reflete a comissão recebida das operadoras. Além disso, devem ser satisfeitos
os critérios de reconhecimento específicos para que as receitas sejam
reconhecidas.
11
BM Logística Comércio e Serviços S.A.
Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação
31 de dezembro de 2014 e 2013
(Em milhares de reais)
3. Sumário das principais práticas contábeis--Continuação
3.1. Apuração do resultado--Continuação
As demais receitas, despesas e custos são reconhecidos quando incorridos e/ou
realizados de acordo com o regime de competência. O resultado inclui os
rendimentos, os encargos e as variações monetárias, a índices e taxas oficiais,
incidentes sobre os ativos e passivos circulantes e não circulantes e, quando
aplicável, os efeitos de ajustes de ativos para o valor de mercado ou de sua
realização.
Uma receita não é reconhecida se há uma incerteza significativa da sua
realização. As receitas e despesas de juros são reconhecidas pelo método da taxa
efetiva de juros na rubrica de receitas/despesas financeiras.
3.2. Instrumentos financeiros
i) Reconhecimento inicial e mensuração
Os instrumentos financeiros somente são reconhecidos a partir da data em que
a Companhia se torna parte das disposições contratuais dos instrumentos
financeiros. Quando reconhecidos, são inicialmente registrados ao seu valor
justo acrescido dos custos de transação que sejam diretamente atribuíveis à
sua aquisição ou emissão, exceto no caso de ativos e passivos financeiros
classificados na categoria ao valor justo por meio do resultado, onde tais custos
são diretamente lançados no resultado do exercício. Sua mensuração
subsequente ocorre a cada data de balanço de acordo com as regras
estabelecidas para cada tipo de classificação de ativos e passivos financeiros
em: (i) ativos e passivos financeiros mensurados ao valor justo por meio do
resultado, (ii) mantidos até o vencimento, (iii) empréstimos (concedidos) e
recebíveis; (iv) disponível para venda e (v) outros passivos financeiros.
Os principais ativos financeiros reconhecidos pela Companhia são: caixa e
equivalentes de caixa, contas a receber e valores a receber de partes
relacionadas.
Os principais passivos financeiros reconhecidos pela Companhia são:
fornecedores e valores a pagar a partes relacionadas.
A mensuração dos ativos e passivos financeiros depende da sua classificação,
que pode ser da seguinte forma:
12
BM Logística Comércio e Serviços S.A.
Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação
31 de dezembro de 2014 e 2013
(Em milhares de reais)
3. Sumário das principais práticas contábeis--Continuação
3.2. Instrumentos financeiros--Continuação
i) Reconhecimento inicial e mensuração--Continuação
Ativos ou passivos financeiros a valor justo por meio do resultado: Incluem
ativos e passivos financeiros mantidos para negociação e ativos e passivos
financeiros designados no reconhecimento inicial a valor justo por meio do
resultado. Ativos e passivos financeiros são classificados como mantidos para
negociação se forem adquiridos com o objetivo de venda no curto prazo.
Investimentos mantidos até o vencimento: são ativos financeiros não derivativos
com pagamentos fixos ou determináveis com vencimentos definidos para os
quais a entidade tem a intenção positiva e a capacidade de manter até o
vencimento.
ii) Mensuração subsequente
Recebíveis: são ativos financeiros não derivativos com pagamentos fixos ou
determináveis que não estão cotados em mercado ativo.
Ativos financeiros disponíveis para venda: são aqueles ativos financeiros não
derivativos que são designados como disponíveis para venda ou que não são
classificados como (a) empréstimos e contas a receber, (b) investimentos
mantidos até o vencimento ou (c) ativos financeiros pelo valor justo por meio do
resultado.
Outros passivos financeiros: Após reconhecimento inicial, são mensurados
subsequentemente pelo custo amortizado, utilizando o método da taxa de juros
efetivos. Ganhos e perdas são reconhecidos na demonstração do resultado no
momento da baixa dos passivos, bem como durante o processo de amortização
pelo método da taxa de juros efetivos.
3.3. Perda por redução ao valor recuperável de ativos não financeiros
A Administração revisa anualmente o valor contábil líquido dos ativos com o
objetivo de avaliar eventos ou mudanças nas circunstâncias econômicas,
operacionais ou tecnológicas, que possam indicar deterioração ou perda de seu
valor recuperável. Quando tais evidências são identificadas, e o valor contábil
líquido excede o valor recuperável, é constituída provisão para recuperabilidade
ajustando o valor contábil líquido ao valor recuperável. Essas perdas, quando
incorridas, são classificadas como outras despesas. Nos exercícios findos em 31
de dezembro de 2014 e 2013 não foram identificados evidências ou indicativos de
perda no valor dos ativos.
13
BM Logística Comércio e Serviços S.A.
Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação
31 de dezembro de 2014 e 2013
(Em milhares de reais)
3. Sumário das principais práticas contábeis--Continuação
3.4. Outros ativos e passivos
Um ativo é reconhecido no balanço quando for provável que benefícios
econômicos futuros dele provenientes serão gerados em favor da Companhia e
seu custo ou valor puder ser mensurado com segurança.
Um passivo é reconhecido no balanço quando a Companhia possui uma obrigação
legal ou constituída como resultado de um evento passado, sendo provável que
um recurso econômico seja requerido para liquidá-lo. As provisões são registradas
tendo como base as melhores estimativas do risco envolvido.
Os ativos e passivos são classificados como circulante quando sua realização ou
liquidação é provável que ocorra nos próximos 12 meses, caso contrário, são
demonstrados como não circulantes.
3.5. Tributação
Imposto de renda e contribuição social correntes
A tributação sobre o lucro compreende o imposto de renda e a contribuição social,
computadas pela metodologia do Lucro Real. O imposto de renda é computado
sobre o lucro tributável pela alíquota de 15%, acrescido do adicional de 10% para
os lucros que excederem R$240 no período de 12 meses, enquanto que a
contribuição social é computada pela alíquota de 9% sobre o lucro tributável,
reconhecidos pelo princípio de competência. Portanto, as inclusões ao lucro
contábil de despesas, temporariamente não dedutíveis, ou exclusões de receitas,
temporariamente não tributáveis, consideradas para apuração do lucro tributável
corrente geram créditos ou débitos tributários diferidos.
As antecipações ou valores passíveis de compensação são demonstrados no ativo
circulante ou não circulante, de acordo com a previsão de sua realização.
Imposto de renda e contribuição social diferidos
Imposto diferido é gerado por diferenças temporárias na data do balanço entre as
bases fiscais de ativos e passivos e seus valores contábeis.
Impostos diferidos ativos, quando aplicáveis, são reconhecidos para todas as
diferenças temporárias dedutíveis, créditos e perdas tributários não utilizados, na
extensão em que seja provável que o lucro tributável esteja disponível para que as
diferenças temporárias dedutíveis possam ser realizadas, e créditos e perdas
tributários não utilizados possam ser utilizados.
14
BM Logística Comércio e Serviços S.A.
Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação
31 de dezembro de 2014 e 2013
(Em milhares de reais)
3. Sumário das principais práticas contábeis--Continuação
3.5. Tributação--Continuação
Imposto sobre vendas
As receitas de vendas estão sujeitas aos seguintes impostos e contribuições, pelas
seguintes alíquotas básicas:
· Programa de Integração Social – PIS: Alíquota de 1,65% (Regime Não
Cumulativo) e 0,65% (Regime Cumulativo);
· Contribuição para Financiamento da Seguridade Social – COFINS: Alíquota de
7,60% (Regime Não Cumulativo) e 3% (Regime Cumulativo);
Esses encargos são apresentados como deduções de vendas na demonstração
do resultado.
Receitas, despesas e ativos são reconhecidos líquidos dos impostos sobre
vendas, exceto:
· quando os impostos sobre vendas incorridos na compra de bens ou serviços
não for recuperável junto às autoridades fiscais, hipótese em que o imposto
sobre vendas é reconhecido como parte do custo de aquisição do ativo ou do
item de despesa, conforme o caso; e
· valores a receber e a pagar apresentados juntos com o valor dos impostos
sobre vendas.
O valor líquido dos impostos sobre vendas, recuperável ou a pagar, é incluído
como componente dos valores a receber ou a pagar no balanço patrimonial.
3.6. Provisões
Provisões são reconhecidas quando a Companhia tem uma obrigação presente
(legal ou não formalizada) em consequência de um evento passado, é provável
que benefícios econômicos sejam requeridos para liquidar a obrigação e uma
estimativa confiável do valor da obrigação possa ser feita. Quando a Companhia
espera que o valor de uma provisão seja reembolsado, em todo ou em parte, por
exemplo, por força de um contrato de seguro, o reembolso é reconhecido como
um ativo separado, mas apenas quando o reembolso for praticamente certo. A
despesa relativa a qualquer provisão é apresentada na demonstração do
resultado, líquida de qualquer reembolso.
15
BM Logística Comércio e Serviços S.A.
Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação
31 de dezembro de 2014 e 2013
(Em milhares de reais)
3. Sumário das principais práticas contábeis--Continuação
3.7. Julgamentos, estimativas e premissas contábeis significativas
Julgamentos
A preparação das demonstrações da Companhia requer que a Administração
faça julgamentos e estimativas e adote premissas que afetam os valores
apresentados de receitas, despesas, ativos e passivos, bem como as
divulgações de passivos contingentes, na data base das demonstrações
financeiras. Contudo, a incerteza relativa a essas premissas e estimativas
poderia levar a resultados que requeiram um ajuste significativo ao valor contábil
do ativo ou passivo afetado em períodos futuros.
No processo de aplicação das políticas contábeis da Companhia, a
Administração fez os julgamentos que têm efeito mais significativo sobre os
valores reconhecidos nas demonstrações financeiras.
Estimativas e Premissas
As principais premissas relativas a fontes de incerteza nas estimativas futuras e
outras importantes fontes de incerteza em estimativas na data do balanço,
envolvendo risco significativo de causar um ajuste significativo no valor contábil
dos ativos e passivos no próximo exercício financeiro são discutidas a seguir:
i) Perda por Redução ao Valor Recuperável de Ativos não Financeiros
Uma perda por redução ao valor recuperável existe quando o valor contábil de
um ativo ou unidade geradora de caixa excede o seu valor recuperável, o qual
é o maior entre o valor justo menos custos de venda e o valor em uso. O
cálculo do valor justo menos custos de vendas é baseado em informações
disponíveis de transações de venda de ativos similares ou preços de mercado
menos custos adicionais para descartar o ativo. O cálculo do valor em uso é
baseado no modelo de fluxo de caixa descontado. Os fluxos de caixa derivam
do orçamento para os próximos cinco anos e não incluem atividades de
reorganização com as quais a Companhia ainda não tenha se comprometido
ou investimentos futuros significativos que melhorarão a base de ativos da
unidade geradora de caixa objeto de teste. O valor recuperável é sensível à
taxa de desconto utilizada no método de fluxo de caixa descontado, bem como
os recebimentos de caixa futuros esperados e a taxa de crescimento utilizada
para fins de extrapolação.
16
BM Logística Comércio e Serviços S.A.
Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação
31 de dezembro de 2014 e 2013
(Em milhares de reais)
3. Sumário das principais práticas contábeis--Continuação
3.7. Julgamentos, estimativas e premissas contábeis significativas--Continuação
Estimativas e Premissas--Continuação
ii) Impostos
Existem incertezas com relação à interpretação de regulamentos tributários
complexos e o valor e época de resultados tributáveis futuros. A Companhia
constitui provisões, com base em estimativas cabíveis, para possíveis
consequências de auditorias por parte das autoridades fiscais das respectivas
jurisdições em que opera. O valor dessas provisões baseia-se em vários
fatores, como experiência de auditorias fiscais anteriores e interpretações
divergentes dos regulamentos tributários pela entidade tributável e pela
autoridade fiscal responsável. Essas diferenças de interpretação podem surgir
numa ampla variedade de assuntos dependendo das condições vigentes no
respectivo domicílio da Companhia.
Imposto diferido ativo é reconhecido para todos os prejuízos fiscais não
utilizados na extensão em que seja provável que haja lucro tributável disponível
para permitir a utilização dos referidos prejuízos. Julgamento significativo da
administração é requerido para determinar o valor do imposto diferido ativo que
pode ser reconhecido, com base no prazo provável e nível de lucros tributáveis
futuros, juntamente com estratégias de planejamento fiscal futuras.
iii) Provisões para Riscos Tributários, Cíveis e Trabalhistas
A avaliação da probabilidade de perda inclui a avaliação das evidências
disponíveis, a hierarquia das leis, as jurisprudências disponíveis, as decisões
mais recentes nos tribunais e sua relevância no ordenamento jurídico, bem
como a avaliação dos advogados externos. As provisões são revisadas e
ajustadas para levar em conta alterações nas circunstâncias tais como prazo
de prescrição aplicável, conclusões de inspeções fiscais ou exposições
adicionais identificadas com base em novos assuntos ou decisões de tribunais.
A liquidação das transações envolvendo essas estimativas poderá resultar em
valores significativamente divergentes dos registrados nas demonstrações
financeiras devido às imprecisões inerentes ao processo de sua determinação.
A Companhia revisa suas premissas e estimativas pelo menos anualmente.
3.8. Demonstrações dos fluxos de caixa
A demonstração dos fluxos de caixa foi preparada e está apresentada de acordo
com a Norma Brasileira de Contabilidade Técnica (NBCT 3.8 – Demonstração
dos Fluxos de Caixa (equivalente ao CPC 03 (R2) emitida pelo Conselho Federal
de Contabilidade (CFC).
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Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação
31 de dezembro de 2014 e 2013
(Em milhares de reais)
4. Pronunciamentos emitidos mas que não estavam em vigor em 31 de
dezembro de 2014
Alguns procedimentos técnicos e interpretações emitidas pelo CPC não haviam
entrado em vigor até a data de emissão das demonstrações financeiras da Companhia.
A Administração da Companhia não espera que essas normas e interpretações
produzam impacto relevante nas divulgações, situação financeira ou desempenho
mediante sua aplicação em data futura.
5. Caixa e equivalentes de caixa
Descrição
Caixa
Bancos conta movimento
Títulos e valores mobiliários
Total de caixa e equivalentes de caixa
2014
2013
24
528
552
10
(263)
1.365
1.112
Os equivalentes de caixa são mantidos com a finalidade de atender a compromissos
de caixa de curto prazo e não para investimento ou outros fins. Saldos bancários a
descoberto, decorrentes de empréstimos obtidos por meio de instrumentos como
cheques especiais ou contas correntes garantidas que são liquidados em curto lapso
temporal compõem parte integral da gestão de caixa da Companhia e são incluídos
como componente de caixa e equivalentes de caixa.
A Companhia considera como equivalente de caixa títulos e valores mobiliários de
conversibilidade imediata em um montante conhecido de caixa e estando sujeita a um
insignificante risco de mudança de valor. Os títulos e valores mobiliários estão
representados em sua maioria por Certificados de Depósitos Bancários (CDBs),
indexados à variação do CDI – Certificados de Depósitos Interbancários, com liquidez
imediata e prazos de resgate inferiores a 90 dias contados da data da aplicação.
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Notas explicativas às demonstrações financeiras
31 de dezembro de 2014 e 2013
(Em milhares de reais)
6. Contas a receber
A provisão para devedores duvidosos é constituída com base no histórico de perdas,
quando aplicável, em montante considerado suficiente pela Administração para os
créditos cuja recuperação é considerada duvidosa.
Descrição
RV Tecnologia (Nota 9)
Clientes nacionais
2014
2013
65.350
1.194
66.544
53.903
4.138
58.041
A composição das contas a receber de clientes por idade de vencimento é como
segue:
Descrição
A vencer
Vencidas há 30 dias
Vencidas de 31 a 90 dias
Vencidas de 91 a 180 dias
2014
2013
65.603
940
1
66.544
57.379
631
6
25
58.041
Ajuste a valor presente
Em 31 de dezembro de 2014 e 2013, a Companhia não possui nenhuma operação que
gerasse efeito significativo de ajuste a valor presente.
7. Adiantamentos diversos
Descrição
2014
2013
Adiantamento a fornecedores (a)
Adiantamento a empregados
Outros
Total de adiantamentos
1.810
3.184
4.994
4.605
3.005
84
7.695
(a) Adiantamentos realizados principalmente para a operadora Tim com o objetivo de
aumentar o limite de crédito e disponibilidade de recargas on-line por parte desta
operadora.
10
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Notas explicativas às demonstrações financeiras
31 de dezembro de 2014 e 2013
(Em milhares de reais)
8. Estoques
Estão avaliados ao custo médio de aquisição, que não excede o seu valor de mercado.
São apropriados ao resultado do exercício como custo dos serviços prestados ou
mercadoria vendida por ocasião do consumo ou obsolescência. As provisões para
estoques de baixa rotatividade ou obsoletos são constituídas quando consideradas
necessárias pela Administração.
Em 31 de dezembro de 2014, os estoques, representados por Recarga de celular prépago e chip, montam R$ 233 (2013 – R$ 1.104).
9. Partes relacionadas
Ativo
circulante
Ativo não
circulante
Passivo
circulante
Passivo não
circulante
Receitas
Contas a receber
RV Tecnologia e Sistemas S.A. (a (ii))
65.350
-
-
-
140.116
Saldos em 31 de dezembro de 2013
53.903
-
-
-
103.366
5.274
5.274
108
108
1.949
1.949
292
292
-
Saldos em 31 de dezembro de 2014
5.274
2.288
7.909
10.197
10.305
1.949
292
-
Saldos em 31 de dezembro de 2013
4.815
12.973
1.750
2.483
103.366
Conta corrente
RV Tecnologia e Sistemas S.A. (a (i), (iii)
(iv) e (v))
RV Comércio de Equipamentos Ltda. (b)
Mútuo
3P Investimentos S.A. (b)
BMRV Participações S.A. (b)
(a) Referem-se a: (i) repasse de despesas operacionais entre as partes através de
notas de débito, referente a compartilhamento de despesas com estrutura,
aluguéis, licenças de uso de software, contratos de prestação de serviços e equipe
de vendas cujo o saldo em aberto no ativo circulante em 31 de dezembro de 2014
monta R$ 2.606; (ii) vendas de recargas da TIM adquiridos de forma regional pela
BM Logística e vendidos posteriormente para a RV; (iii) pagamento pela compra
das quotas da RV Comércio de Equipamentos de Telecomunicações e Serviços
Ltda. para a RV cujos saldos em aberto no passivo circulante e não circulante em
31 de dezembro de 2014 montam R$ 1.750 e R$ 292, respectivamente; (iv)
recebimento pela venda de fundo de comércio de cessão de direito de uso de rede
de distribuição e venda de POS que pertenciam à Companhia cujo saldo em
aberto no ativo circulante em 31 de dezembro de 2014 monta R$ 2.668; (v) contas
a pagar de aluguel da plataforma tecnológica para prestação de serviço cujo saldo
em aberto no passivo circulante é de R$ 199.
10
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Notas explicativas às demonstrações financeiras
31 de dezembro de 2014 e 2013
(Em milhares de reais)
9. Partes relacionadas--Continuação
(b) Transações mantidas entre a Companhia, seus acionistas e
empresas ligadas se referem a operações de mútuo sem incidência de
encargos financeiros e sem prazo de vencimento.
Todas as operações realizadas junto a partes relacionadas foram efetuadas de acordo
com as condições específicas pactuadas entre as partes.
Remuneração da Administração
As despesas referentes à remuneração do pessoal-chave da Administração da
Companhia, reconhecidas no resultado, totalizaram R$ 133 em 31 de dezembro de
2014 (2013 - R$133) as quais são consideradas benefícios de curto prazo.
A Companhia não possui em aberto garantias prestadas a partes relacionadas.
10. Investimentos
As informações financeiras (não auditadas) da controlada estão demonstradas a
seguir:
a) Movimentação do investimento
RV Comércio
(não auditado)
Saldos em 31 de dezembro de 2012 (não auditado)
Equivalência Patrimonial
Saldos em 31 de dezembro de 2013 (não auditado)
Equivalência patrimonial
Saldos em 31 de dezembro de 2014 (não auditado)
b)
7.000
7.000
7.000
Informações financeiras da controlada
Capital social
Quantidade de quotas possuídas
Participação no capital total
Patrimônio líquido
Prejuízo do exercício
2014
2013
7.707
7.706.660
100%
4.011
(661)
7.707
7.706.660
100%
4.672
(6)
Em 30 de março de 2012, a Companhia adquiriu a RV Comércio de Equipamentos
de Telecomunicações e Serviços Ltda. (“RV Comércio”) da sua coligada RV
Tecnologia e Sistemas S.A., pelo valor de R$ 7.000 que está sendo pago em 48
parcelas mensais no montante de R$ 146, cujo pagamento final está previsto para
31 de março de 2016. Sendo assim, a Companhia registrou um investimento de
R$ 7.000 referente a totalidade das cotas adquiridas.
10
BM Logística Comércio e Serviços S.A.
Notas explicativas às demonstrações financeiras
31 de dezembro de 2014 e 2013
(Em milhares de reais)
11. Imobilizado
Registrado ao custo de aquisição, formação ou construção, incluindo os custos de
empréstimos que são diretamente atribuíveis ao mesmo. A depreciação é calculada
pelo método linear às taxas que levam em consideração a vida útil estimada dos bens.
O valor residual e a vida útil dos ativos e os métodos de depreciação são revistos no
encerramento de cada exercício e ajustados de forma prospectiva, quando for o caso.
Taxas médias
anuais de
depreciação %
Custo
Máquinas e equipamentos
Móveis e utensílios
Benfeitoria em propriedade
de terceiros
Depreciação
Máquinas e equipamentos
Móveis e utensílios
Benfeitoria em propriedade
de terceiros
31/12/2014
251
95
42
27
293
122
106
452
1
70
107
522
20%
20%
(12)
(6)
(27)
(11)
(39)
(17)
25%
(18)
(36)
(21)
(59)
(39)
(95)
416
11
427
Taxas médias
anuais de
depreciação %
Custo
Máquinas e equipamentos
Móveis e utensílios
Benfeitoria em propriedade
de terceiros
Depreciação
Máquinas e equipamentos
Móveis e utensílios
Benfeitoria em propriedade
de terceiros
31/12/2013 Adições
31/12/2012 Adições 31/12/2013
6
8
245
87
251
95
51
65
55
387
106
452
20%
20%
-
(12)
(6)
(12)
(6)
25%
(2)
63
(16)
(34)
353
(18)
(36)
416
A Administração da Companhia entende que o ativo imobilizado é plenamente
recuperável por meio do fluxo de caixa das operações futuras.
10
BM Logística Comércio e Serviços S.A.
Notas explicativas às demonstrações financeiras
31 de dezembro de 2014 e 2013
(Em milhares de reais)
12. Fornecedores
Descrição
Oi
TIM
Vivo
Outros
Total
2014
2013
3.075
84.319
3
317
87.714
80.280
5
2.813
83.098
Em 31 de dezembro de 2014, a Companhia não possui títulos vencidos em aberto
junto a seus fornecedores.
13. Provisões para riscos tributários, cíveis e trabalhistas
A Companhia é parte em ações indenizatórias cíveis, trabalhistas e tributárias, em
virtude do curso normal de suas operações, cujos valores envolvidos totalizam
aproximadamente R$ 591 (2013 – R$ 411) que baseado na opinião de seus
advogados as chances de perda são consideradas como prováveis e para as quais a
Companhia mantém provisão.
A seguir é demonstrada a movimentação da provisão para riscos cíveis, trabalhistas e
tributários:
Cíveis
Saldos em 31 de dezembro 2012
Constituição de provisão
Saldos em 31 de dezembro de 2013
Constituição de provisão
Reversão de provisão
Saldos em 31 de dezembro de 2014
5
5
Trabalhistas Tributários
12
399
12
399
13
174
(12)
13
574
Total
12
399
411
192
(12)
591
Em 31 de dezembro de 2014 a Companhia possui registrada provisão no montante
de R$ 574 para fazer face a eventuais perdas relativa a auto de infração por
recolhimento a menor de PIS e COFINS no período de janeiro a fevereiro de 2009, o
qual está sendo discutido administrativamente junto ao fisco.
A Companhia também é parte em outras ações cujas chances de perda são
consideradas possíveis no montante de R$ 1.700 (2013 – R$ 1.783), logo
nenhuma provisão foi constituída nas demonstrações financeiras.
10
BM Logística Comércio e Serviços S.A.
Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação
31 de dezembro de 2014 e 2013
(Em milhares de reais)
13. Provisões para riscos tributários, cíveis e trabalhistas--Continuação
Conforme informações dos assessores jurídicos, não existem outras demandas
judiciais contra a Companhia que possam impactar suas demonstrações financeiras e
que venham requerer constituição de provisão além daquelas já registradas.
De acordo com a legislação vigente, as operações da Companhia estão sujeitas a
revisão pelas autoridades fiscais por prazos que variam em função da natureza dos
tributos. Consequentemente, contingências que possam advir de eventuais
fiscalizações não podem ser determinadas neste momento.
Depósitos judiciais
Em 31 de dezembro de 2014 a Companhia possui depósitos judiciais relativos a
causas fiscais e trabalhistas no montante de R$ 80 (2013 – R$ 301).
14. Patrimônio líquido
a) Capital social
Em 31 de dezembro de 2014 e 2013, o capital social subscrito e integralizado da
Companhia no montante de R$ 3.000 está representado por 3.000.000 ações ao
valor nominal de R$ 1,00 cada, detidas integralmente pela BMRV Participações
S.A..
b) Direitos das ações
Cada ação ordinária dá direito a um voto nas deliberações da Assembleia Geral.
Os acionistas terão direito de receber dividendos obrigatórios de 25% do lucro
líquido, calculado e ajustado nos termos da legislação societária.
c) Reserva legal
A reserva legal é constituída anualmente como destinação de 5% do lucro líquido
do exercício e não poderá exceder a 20% do capital social. A reserva legal tem
por fim assegurar a integridade do capital social e somente poderá ser utilizada
para compensar prejuízo e aumentar o capital.
11
BM Logística Comércio e Serviços S.A.
Notas explicativas às demonstrações financeiras
31 de dezembro de 2014 e 2013
(Em milhares de reais)
14. Patrimônio líquido--Continuação
d) Destinação do resultado
A Assembleia Geral Ordinária realizada em 03 de junho de 2014 aprovou a
reversão dos dividendos mínimos obrigatórios relativos ao exercício findo em 31
de dezembro de 2013 no valor de R$ 222 para à constituição de reserva de lucros.
Em 31 de dezembro de 2014, a Administração está propondo a distribuição de
dividendos mínimos obrigatórios no montante de R$ 400, como segue:
2014
Lucro líquido do exercício
Prejuízos acumulados
Reserva legal - 5%
Base de cálculo
% Dividendos mínimos obrigatórios
Dividendos mínimos obrigatórios
2013
1.682
(84)
1.598
25%
400
2.517
(1.580)
(47)
890
25%
222
15. Receita operacional líquida
Descrição
Receita de vendas
Receita de serviços (a)
Deduções da receita
PIS
COFINS
ISS
Devoluções de vendas
ICMS
Receita operacional líquida
2014
2013
138.910
9.118
148.028
113.605
4.156
117.761
(12.257)
(56.455)
(424)
(73)
(163)
(69.372)
(9.807)
(45.147)
(197)
(2.141)
(49)
(57.341)
78.656
60.420
(a) A receita de serviços refere-se à ativação de chips e serviço de integração dos
pontos de vendas.
10
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Notas explicativas às demonstrações financeiras
31 de dezembro de 2014 e 2013
(Em milhares de reais)
15. Receita operacional líquida--Continuação
Concentração de clientes
Parte significativa das contas a receber está associada ao cliente RV Tecnologia e
Sistemas S.A., parte relacionada da Companhia que responde por aproximadamente
95% (2013 - 94%) do faturamento no exercício findo em 31 de dezembro de 2014.
Caso a Companhia não atuasse como agente em suas operações comerciais com as
operadoras de telefonia móvel a sua receita operacional líquida e custo dos produtos e
serviços vendidos seriam apresentados como segue:
Descrição
Receita de revenda de mercadoria
Receita de prestação de serviços
Receita operacional bruta
Deduções da receita bruta
Receita operacional liquida
Custo dos produtos e serviços vendidos
Lucro bruto
2014
2013
736.838
9.118
745.956
(69.372)
676.584
(641.669)
34.915
588.487
4.156
592.643
(57.341)
535.302
(512.580)
22.722
16. Custo dos produtos e serviços vendidos
Descrição
Custo recarga e chip
Custo com serviços de transação eletrônica
2014
2013
43.605
136
43.741
37.697
1
37.698
2014
2013
(1.227)
(798)
(19.091)
(746)
(3.005)
(443)
(109)
(213)
(2.230)
(613)
(402)
(256)
(29.133)
(1.008)
(147)
(12.437)
(611)
(1.157)
(334)
(85)
(287)
(1.917)
(243)
(770)
(18.996)
17. Despesas comerciais
Descrição
Combustíveis e lubrificantes
Materiais
Despesa com pessoal
Serviços de terceiros
Alugueis e condomínio
Viagens e estadias
Comunicações e telefonia
Bonificações a pontos de vendas
Propagandas e promoções chips
Baixa de títulos incobráveis
Reembolsos de quilometragem
Outras
10
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Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação
31 de dezembro de 2014 e 2013
(Em milhares de reais)
18. Despesas gerais e administrativas
Descrição
2014
2013
Despesa com pessoal
Depreciação e amortização
Serviços de terceiros
Alugueis e condomínio
Viagens e estadias
Comunicações e telefonia
Materiais
Provisão para riscos tributários, cíveis e
trabalhistas (a)
Outras
(682)
(309)
(46)
(182)
(27)
(7)
(16)
(43)
(273)
(35)
(66)
(19)
(5)
(8)
(180)
(2)
(1.451)
(399)
(6)
(854)
(a) Complemento da provisão para fazer face a eventuais perdas relativa a auto de
infração por recolhimento a menor de PIS e COFINS no período de janeiro a
fevereiro de 2009, o qual está sendo discutido administrativamente junto ao fisco
(Nota 13).
19. Resultado financeiro
Descrição
Receitas financeiras
Rendimento de aplicações financeiras
Outras
Total receitas financeiras
11
2014
2013
44
149
193
289
17
306
Despesas financeiras
Juros sobre empréstimos e financiamentos
Multas e taxas
Variação cambial
Comissão carta de fiança
IOF sobre aplicações financeiras
Juros e multa de mora sobre
parcelamento fiscal
Outras
Total despesas financeiras
(255)
(322)
(401)
(93)
(429)
(407)
(77)
(344)
(32)
(13)
(173)
(1.257)
(585)
(150)
(2.024)
Resultado financeiro
(1.064)
(1.718)
BM Logística Comércio e Serviços S.A.
Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação
31 de dezembro de 2014 e 2013
(Em milhares de reais)
20. Imposto de renda e contribuição social
A conciliação da despesa de imposto de renda e contribuição social, despesa fiscal
calculada pela aplicação das alíquotas fiscais nominais combinadas e os valores
refletidos no resultado do exercício de 2014 e 2013 está demonstrada a seguir:
2014
2013
Lucro antes do imposto de renda e da contribuição social
Alíquota fiscal combinada
Imposto de renda e contribuição social a taxa nominal
2.632
34%
(895)
833
34%
(283)
Ajustes para cálculo da taxa efetiva:
Diferenças permanentes
Incentivo PAT
Imposto de renda e contribuição social correntes
Imposto de renda e contribuição social diferidos
Total despesa de imposto de renda e contribuição social
Taxa efetiva
192
4
(699)
(251)
(950)
27%
(175)
3
(455)
2.139
1.684
55%
2014
2013
1.888
1.888
2.139
2.139
Os tributos diferidos têm a seguinte origem:
Ativo
IR e CS diferidos sobre prejuízos fiscais e base negativa
A estimativa de realização dos tributos diferidos ativos é a seguinte:
Ano
2015
2016
2017
2014
2013
584
508
796
1.888
642
757
840
2.139
Adoção aos aspectos da Lei nº 12.973/2014
A Companhia elaborou estudos sobre os efeitos que poderiam advir da aplicação das
disposições da Lei nº 12.973/2014 e concluiu que não há efeitos significativos nas suas
demonstrações financeiras de 31 de dezembro de 2014.
12
BM Logística Comércio e Serviços S.A.
Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação
31 de dezembro de 2014 e 2013
(Em milhares de reais)
21. Seguros
A Companhia tem por política manter cobertura de seguros no montante que a
Administração considera adequado para cobrir os possíveis riscos com sinistros de
seus ativos imobilizados, com base na avaliação dos seus consultores de seguros.
Em 31 de dezembro de 2014, a Companhia possuía as seguintes principais apólices
de seguro com terceiros:
Ramos
Multi-riscos (estoques, móveis e utensílios, máquinas
e equipamentos) e riscos operacionais
Importância
segurada
Vencimento
3.550
30/11/2015
As premissas de riscos adotadas, dadas a sua natureza, não fazem parte do escopo
de uma auditoria das demonstrações financeiras, consequentemente, não foram
examinadas pelos nossos auditores independentes.
22. Gerenciamento de riscos e instrumentos financeiros
a)
Instrumentos financeiros
Os principais instrumentos financeiros da Companhia são: caixa e equivalentes
de caixa, contas a receber, partes relacionadas e fornecedores.
O valor justo dos ativos e passivos financeiros é incluído no valor pelo qual o
instrumento poderia ser trocado em uma transação corrente entre partes
dispostas a negociar, e não em uma liquidação ou venda forçada.
Em 31 de dezembro de 2014 e 2013, não havia diferença significativa entre os
valores contábeis e os de mercado para os instrumentos financeiros da
Companhia.
b)
Derivativos
A Companhia não possui por política a utilização de instrumentos financeiros
derivativos (operações de hedge, swap), desta forma não identificou nenhum
risco decorrente de uma eventual exposição associada a estes instrumentos.
Durante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2014 e 2013, a Companhia
não operou com derivativos.
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Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação
31 de dezembro de 2014 e 2013
(Em milhares de reais)
22. Gerenciamento de riscos e instrumentos financeiros--Continuação
c)
Objetivos e políticas para gestão de risco financeiro
Os principais passivos financeiros da Companhia referem-se a fornecedores e
partes relacionadas. A Companhia possui contas a receber de clientes e caixa e
equivalentes de caixa que resultam diretamente de suas operações.
A Companhia está exposta a risco de crédito.
A Administração da Companhia supervisiona a gestão desse risco. As principais
atividades em que se assumem riscos financeiros são regidas por políticas e
procedimentos apropriados e os riscos financeiros são identificados, avaliados e
gerenciados de acordo com as políticas da Companhia e sua disposição para
risco.
d)
Fatores de risco
(i) Risco de crédito
O risco surge da possibilidade da Companhia vir a incorrer em perdas
resultantes da dificuldade de recebimento de valores faturados a seus clientes.
Para reduzir esse tipo de risco e para auxiliar no gerenciamento do risco de
inadimplência, a Companhia monitora as contas a receber de clientes,
condicionando à prestação dos serviços e realização de novas vendas ao
recebimento dos valores faturados, bem como parte significativa das vendas
são efetuadas a parte relacionada o que minimiza o risco de perdas.
e)
Gestão do capital
A política da Administração é manter uma sólida base de capital para manter a
confiança do investidor, credor e mercado e manter o desenvolvimento futuro do
negócio. A Companhia administra a estrutura de capital e a ajusta considerando
as mudanças nas condições econômicas. Para manter ou alterar a estrutura do
capital, a Companhia pode ajustar o pagamento de dividendos aos acionistas,
devolver capital a eles, ou subscrever novas ações.
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