TRANSTORNOS ALIMENTARES EM UNIVERSITÁRIAS DA
ÁERA DA SAÚDE DE UNIVERSIDADE DO SUL DO BRASIL
Pereira, Luiza do Nascimento
1
Ghizoni ;
Schuelter-Trevisol,
3
Luciano Kurtz .
2
Fabiana ;
Jornada,
1. Aluna do Curso de Medicina da Unisul.
2. Farmacêutica Bioquímica. Especialista em Farmácia Clínica e Farmacoterapia.
Mestre em Saúde Coletiva.
3. Médico Psiquiatra. Mestre em Ciências da Saúde.
INTRODUÇÃO
Os transtornos alimentares (TA) são caracterizados
por padrão de comportamento alimentar perturbado,
tendo recentemente aumentado suas freqüências e
importância entre adolescentes e mulheres jovens.
OBJETIVOS
Detectar sintomas de Anorexia Nervosa (AN) e
Bulimia Nervosa (BN) entre estudantes da área da
saúde em universidade do sul do Brasil.
MÉTODOS
Estudo epidemiológico com delineamento
transversal, em que foram estudadas 214 universitárias
de cursos da área da saúde, matriculadas no ano de
2007, em universidade do sul do Brasil. Foi avaliada a
freqüência de padrões alimentares anormais, de
acordo com os escores das versões em português do
Eating Attitudes Test (EAT) e Bulimic Investigatory Test
Edimburgh (BITE). Os critérios de inclusão foram:
gênero feminino, idade igual ou superior a 18 anos,
presentes no dia da aplicação do questionário e
concordando em participar do estudo. A coleta de
dados foi realizada em sala de aula após assinatura do
termo de consentimento e com preenchimento do
questionário auto-aplicável. Os dados foram analisados
no programa SPSS 15.0 e apresentados sob a forma
estatística descritiva, intervalos de confiança, testes t e
ANOVA, com erro α=5%.
RESULTADOS
As estudantes tinham entre 18 e 47 anos com
média de 21(dp±9,93) anos. O IMC variou entre 16,2 e
38,3 com média de 21,1(dp±2,59). Dessas 7,9%
estavam com IMC abaixo do normal, 85,5% normal,
4,7% pré-obesas, 1% obesidade grau I ou grau II. Na
pontuação do EAT 22,4% (IC=17,7-27,1%) se
enquadraram com padrão alimentar anormal. Já o
BITE indicou que 9,8% (IC=6,5-13,1%) encontram-se
no grupo com grande possibilidade de bulimia e e
36,9% (IC=31,5-42,3%) com necessidade de avaliação
clínica.
Avaliando-se a presença ou não de BN segundo a
pontuação obtida no BITE, foi encontrado maior IMC
tanto no grupo que necessitaria de entrevista para
confirmação diagnóstica quanto daquelas com BN
segundo o teste. A avaliação de BN ou AN segundo
a pontuação obtida no EAT-26 também mostrou
maior IMC entre aquelas com TA segundo o teste.
Estes dados são apresentados na tabela 1.
Tabela1: Comparação entre presença de TA segundo testes BITE e EAT-26 e
média do IMC em estudantes da área da saúde em universidade do sul do
Brasil, 2007.
ESCORES
IMC
Presença de TA – BITE*
TESTE
NS
N
ANOVA
Não
20, 32
13
Necessidade de entrevista
21,96
79
Sim
22,22
Presença de TA – EAT - 26
F=12,8
p<0,001
21
T-Teste
Não
20,83
Sim
22,12
165
T=2,6
p=0,012
48
*post hoc: IMC não< IMC entrevista = IMC sim
CONCLUSÃO
Embora os resultados só sugiram a presença de TA,
necessitando entrevistas com profissionais da área
para diagnóstico, encontrou-se predominância de
quadros bulímicos. Na população estudada 28,9%
têm tendência à bulimia, 4,6% somente anorexia, e
8,8% a ambas.
Apoio Financeiro: Unisul
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