FACULDADE ARQUIDIOCESANA DE CURVELO
Pós-Graduação: Gestão Estratégica Empresarial
Gestão Ambiental Empresarial
BEATRIZ APARECIDADE MOURA
JOYCE SOARES RIBAS
JUCIELE OTTONE MALAQUIAS MARTINS
LUANA PÉRSIA DINIZ
MÍRIAN DUARTE MACHADO GONZAGA DA SILVA
O PAPEL DO GESTOR E A AUTO-ESTIMA DOS FUNCIONÁRIOS – UMA
ANÁLISE DA LIDERANÇA NAS ORGAZAÇÕES
Curvelo
2012
FACULDADE ARQUIDIOCESANA DE CURVELO
Pós-Graduação: Gestão Estratégica Empresarial
Gestão Ambiental Empresarial
A Teoria das Necessidades (a pirâmide de Maslow), a Teoria dos Fatores
Higiênicos, de Herzberg e a Interferência do Clima Organizacional para o sucesso da
Organização e as relações interpessoais são fatores que influenciam o comportamento
humano e definem a cultura na empresa. Nessa perspectiva, este ensaio busca
mostrar a relação que existe entre a liderança, o clima interno da organização, os
valores e crenças do Gestor e a influência que ele exerce na autoestima dos
funcionários.
Pesquisar sobre o papel do líder, motivação, autoestima e relações
interpessoais é entender como as pessoas se relacionam, como elas se conhecem e
como os outros as vêem, uma vez que os funcionários passam a maior parte de
suas vidas dentro de uma empresa; e que as empresas são construções sociais,
pretende-se neste trabalho analisar o papel do líder na definição do clima
organizacional e a sua contribuição nas relações interpessoais no ambiente de
trabalho.
Assim, uma pessoa que quer se fazer líder em uma organização não pode se
privar de conhecer profundamente como suas atitudes interferem e/ou afetam as
pessoas de forma positiva e/ou negativa, modificando assim comportamentos no
interior das instituições.
Nessa perspectiva, uma das teorias mais conhecidas sobre a motivação
humana é a hierarquia de necessidades, de Abraham Maslow. De acordo com essa
teoria, cada ser humano se satisfaz dependendo do grau de exigência que ele tem para
consigo mesmo. A satisfação de cada nível de necessidade da pirâmide é pré-requisito
para se atingir o nível seguinte, e, conseqüentemente, influencie o seu comportamento.
Nesse sentido, o comportamento humano é dinâmico: um indivíduo pode num
dado momento ter o desejo de auto-realização profissional e, no momento seguinte, ter
a necessidade de carinho, afeto, caso esse mesmo indivíduo tenha sofrido uma perda
como um falecimento, por exemplo. No entanto, transitar por essa pirâmide não
depende somente das condições externas, mas também, das circunstâncias de vida de
cada um, da sua trajetória, em particular.
Com isso, as necessidades atuam em conjunto prevalecendo sempre a
necessidade maior, desde que as outras estejam já satisfeitas. Caso um líder tenha
suas necessidades inferiores não satisfeitas, poderá acarretar uma frustração na sua
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forma de liderar.
Liderança e motivação - uma análise em busca dos conceitos
Os valores e crenças de um gestor influenciam diretamente o comportamento
de seus seguidores. A empresa é a cara do seu líder. Se ele é ético, transparente,
exigirá, inclusive de seus fornecedores, o mesmo posicionamento.
Dessa forma, as teorias de Maslow, Heizberg e as pesquisas Chiavenato
possibilitam a compreensão do ser humano e da empresa em todas as suas
particularidades pessoal e profissional, permitindo ainda, entender o porquê se uma
empresa é mais aceita no mercado do que outra, pois as suas crenças permeiam todas
as suas ações na sociedade.
O convite que se faz, então, é à reflexão. Nessa leitura, espera-se que o leitor
alcance os objetivos de identificar a complexidade das relações humanas como
relevantes para o clima organizacional das instituições, aceitar que o perfil do gestor
define o clima e a cultura da organização, influenciando a autoestima dos funcionários,
entender que a motivação, mentoria, trabalho em equipe são essenciais para a
sobrevivência de qualquer empresa e, conseqüentemente, de qualquer profissão e/ou
profissional.
Os termos líder, liderança e motivação são usualmente utilizados na literatura
para discutir sobre comportamento organizacional. No entanto, neste trabalho, será
considerada a definição para o termo que considera a liderança como um processo de
influência de uma pessoa sobre outra ou sobre um grupo para o estabelecimento e o
atingimento de metas.
A liderança é o processo de persuasão ou o exemplo pelo qual um indivíduo
(ou uma equipe de liderança) induz um grupo a realizar objetivos sustentados
pelo líder ou compartilhados pelo líder e por seus seguidores. (BERGAMINI,
1998, p. 19).
Nessa mesma linha de pensamento, Chiavenato (1999, p. 112) define a
liderança como uma “influência interpessoal exercida em uma dada situação e dirigida
através do processo de comunicação humana para a consecução de um ou mais
objetivos específicos”.
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Para o autor há duas formas de gerenciar: “gerenciar as pessoas e gerenciar
com as pessoas”. No primeiro caso, as pessoas são o objeto da gerência, são guiadas
e controladas para alcançarem determinados objetivos. No segundo, as pessoas são
sujeitos ativos da gerência. São elas que guiam e se controlam para atingir os objetivos
da organização e os objetivos pessoais. Gerenciar pessoas é a preocupação de muitas
organizações para que seus objetivos sejam atingidos, de preferência com a
participação de um grupo eficaz e motivado liderado por um gestor eficiente.
A partir do exposto, há diversas formas como a liderança pode ser exercida,
pois sem ela a instituição se tornaria um amontoado de pessoas e máquinas. O líder
auxilia o grupo a realizar suas atividades, integrando as diferenças entre as pessoas,
potencializando as habilidades e os talentos individuais. No entanto, não motiva
ninguém. A motivação é algo intrínseco ao ser humano, isto é, o próprio indivíduo se
motiva ou não, o que o líder poderá fazer é estimular, incentivar ou provocar a
motivação de alguém.
Segundo o dicionário Aurélio, motivação é: “ato de motivar, exposição de
motivos ou causas; conjunto de fatores psicológicos, conscientes ou não, de ordem
fisiológica, intelectual ou afetiva, que determina certo tipo de conduta em alguém”.
Nessa perspectiva, a motivação determina o clima organizacional na empresa.
Luz (1996, p. 92) define o clima organizacional como “o reflexo do estado de espírito ou
ânimo das pessoas que predominam na organização em um determinado período”. O
autor ainda ressalta a importância do fator tempo no estudo do conceito.
Com base nessas pesquisas é possível afirmar que não há um estilo de
liderança que seja mais eficaz em todas as situações que se apresentam nas
organizações.
É possível ainda perceber que quanto mais se aprofunda na questão sobre
liderança, mais é necessário aprender sobre as diversas limitações que se impõem às
pessoas que assumem a função de líder e o efeito real que sua liderança tem no
desempenho do grupo e da organização.
REFERÊNCIAS
BERGAMINI, C. W. A difícil administração das motivações. Revista de Administração
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de Empresas. São Paulo, vol. 38 n. 1jan/mar. 1998
CHIAVENATO, Idalberto. Adminsitração nos Novos Tempos. 2 ed. Rio de Janeiro:
Campus, 1999.
__________. Gerenciando Pessoas: o passo decisivo para a administração
participativa. São Paulo: Makron Books, 1992
LUZ, Ricardo. Clima organizacional. Rio de Janeiro: Quality, 1995.
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