Peregrinação a Taizé De 9 a 18 de fevereiro decorreu a Peregrinação a Taizé, iniciativa da Pastoral com Jovens RSCM. Ao todo participaram sessenta e quatro jovens que partiram, levando no coração o desejo de viver uma experiência marcada pela simplicidade de vida. No regresso, pudemos testemunhar o quão marcante foi viver uns dias ao ritmo de Deus, da partilha e do serviço. «Peregrinar do Porto e Lisboa a Taizé e de Taizé ao encontro de Deus, Amor infinito que fala de modo eloquente no silêncio e no outro, que o acolhe sem palavras. Esta foi a experiência vivida e comungada. Este foi o desafio lançado, na capela do colégio no momento de oração antes de partirmos, e partimos acompanhados com os que ficaram e nos deixaram as últimas recomendações: “Lembre os nossos filhos de que precisamos de notícias”. Em Vilar Formoso, fomos novamente desafiados a reforçar os laços que nos unem, a alargar os horizontes, a abrir o coração, peregrinar com sentido renovado e reforçado com o grupo completo, agora sim, ainda mais animado pela palavra de envio em nome das Irmãs. Na viagem fomos brindados com um grande nevão que nos revisitou em Taizé. A semana em Taizé não se explica, vive-se o espírito de unidade na diversidade, não há palavras. No entanto, não posso deixar de referir o momento em que foi anunciada a renúncia do Papa. Leuse o texto que o Papa leu aos Cardeais, seguindo-se um pequeno texto do Irmão Alois, alusivo à presença do Papa no Encontro de Roma, seu grande desejo de unidade dos cristãos, descrevendo alguns gestos do Papa de grande simbolismo. O que se seguiu foi indescritível: uma multidão de jovens num silêncio interminável. De regresso a casa vivemos o momento de dizer “até logo” ao grupo de Lisboa. Foi novamente reforçado e vivido o sentido de grupo que evidencia sinais de pertença a uma família alimentada pelo mesmo espírito. A oração, preparada para o momento, foi um desafio para a nova caminhada. Pós-Taizé, em conversa com a mãe de uma menina, confidenciou-me que, quando a filha nota a mãe cansada, ela lhe responde: “vai a Taizé”.» Leonilde Silva, rscm «Quando partimos para Taizé o espírito de cada um pedia paz e descanso, e fomos para este lugar à procura disso mesmo, um sentido de nos sentirmos completos e acabámos por encontrá-lo da forma mais simples. Descrever aquilo que se vive em Taizé é como contar uma história de uma semana da nossa vida. Ir a Taizé é viver uma semana fora da rotina, uma semana em que três vezes por dia temos a oração que completa toda esta vivência. Taizé torna-se a nossa casa, através da solidariedade, amizade, cumplicidade e, acima de tudo, sentido de união vivido todos os dias nesta comunidade. Em Taizé todos são convidados a ajudar, quer seja a limpar casas de banho quer seja a servir os almoços para o bem de todos. Foi, através desta experiência – em que partilhamos lágrimas, risos, sorrisos de apoio, onde criámos novas amizades que vão ficar para sempre, porque a raiz em que foram construídas é tão forte, tão pura, que são amizades que nunca se vão perder - que me senti com uma paz interior, uma paz com Deus e uma paz com os outros como nunca antes tinha sentido. Assim, é com uma enorme vontade de voltar e com um sorriso infinito que digo que Taizé mudou a minha vida de uma forma inimaginável e que não consigo, sinceramente, verbalizar a forma como o fez. O que sei é que este "ser Taiziano" é saber ser simples, humilde e ter constantemente presente no nosso coração que a experiência que é vivida em Taizé deve ser vivida todos os dias da nossa vida. Rita Vaz (Aluna do Colégio do Sagrado Coração de Maria - Lisboa) «Ir a Taizé foi uma experiência incrível, que guardarei no meu coração com muito carinho por muitos e longos anos! Penso que o que mais me marcou foi a descoberta: a descoberta de diferentes maneiras de rezar, de viver, de conviver, e sobretudo de estar perante o mundo. É difícil trazer a paz e o silêncio de Taizé para uma rotina tão agitada, no entanto não é impossível parar e refletir por momentos. Foi preciso ir a França, para poder realmente valorizar os pequenos detalhes de uma vida tão afortunada. Consegui apenas avaliar os dias que vivi em Taizé quando já lá não estava: apercebi-me que a vida não deve ser apenas as coisas triviais e vulgares do dia-a-dia, ela merece ser mais do que isso!» Carla Rafaela (Aluna do Colégio de Nossa Senhora do Rosário – Porto) «Senhor, mais uma vez, sinto-me eternamente grata por esta maravilhosa experiência em Taizé. Pelas pessoas por quem passei, que já me fizeram rir e chorar, pelas reflexões e respostas que encontrei no silêncio da oração, e principalmente pela possibilidade de viver na simplicidade e no trabalho, despojando-me daquilo que não interessa. Em tudo isto, Senhor, e mais naquilo que não consigo exprimir em palavras, sinto que me alcançaste um pouquinho mais, e por isso, te agradeço. Peço-te assim, Senhor, que consigamos levar-Te de Taizé nos nossos corações e até aos coração dos outros». Mariana Mixão (Aluna do Colégio do Sagrado Coração de Maria - Lisboa)