Pré-Vestibular Frei Seráfico Química 2 – Cálculos Estequiométricos no ENEM Professor: Rafael Moreira 01) (modelo ENEM) Acetileno é o nome usualmente empregado para designar o menor e mais importante dos alquinos: o etino. O acetileno tem como propriedade a capacidade de liberar grandes quantidades de calor durante sua combustão, sendo então muito utilizado por exploradores de cavernas, nas chamadas lanternas de carbureto. O gás etino (H2C2), utilizado para gerar iluminação dentro das cavernas, é resultante da seguinte reação química: carbeto de cálcio (CaC2, 64,0 g/mol), ou simplesmente carbureto, em contato com a água (18,0 g/mol), reage vigorosamente produzindo acetileno (26,0 g/mol) e hidróxido de cálcio (Ca(OH)2, 74,0 g/mol). O gás produzido por esse meio para a iluminação em cavernas é conduzido por um tubo ou mangueira até um queimador, que geralmente se encontra na parte da frente dos capacetes de exploração. Este queimador tem normalmente associado um isqueiro, que inflama o acetileno, gerando assim a luz. Qual o rendimento percentual de uma reação sabendo-se que se produziu 3,9 gramas de acetileno a partir de 12,8 gramas de carbureto? A) 25% B) 50% C) 75% D) 100% Resolução A reação ocorrida para a formação do acetileno ou etino (conforme pedido no comando da questão) a partir do carbureto é: CaC2 + 2H2O → H2C2 + Ca(OH)2 Entre o carbureto e o acetileno, existe a seguinte relação: 1 mol de CaC2 ------ 1 mol H2C2 Transformando a relação para massa e já realizando a regra de três partindo da quantidade de reagente que foi colocada (12,8 g de carbureto): 64 g de CaC2 ------ 26 g de H2C2 12,8 g de CaC2 ------ x x = 5,2 g de H2C2 Essa massa seria encontrada se o rendimento da reação fosse de 100%. Como foram encontrados somente 3,9 g de acetileno: 5,2 g de H2C2 ------ 100% 3,9 g de H2C2 ------ x x = 75% (letra C) 02) (modelo ENEM) Da natureza vem a matéria-prima para a produção do alumínio e, portanto, existe uma grande preocupação por parte da indústria produtora do metal em preservá-la. A substância extraída da natureza para a produção de alumínio é conhecida como alumina, ou óxido de alumínio – Al 2O3. A equação química a seguir representa a reação dessa produção: 2 Al2O3(s) → 4 Al(s) + 3 O2(g) A indústria brasileira do alumínio é hoje referência mundial em ações de preservação ambiental. Graças às iniciativas pioneiras e às várias parcerias institucionais, o setor obteve grandes resultados na redução de consumo de recursos naturais, na redução de emissões, na reabilitação de áreas mineradas e no reaproveitamento e reciclagem de resíduos e produtos. Em 2006, um estudo apontou dados em que o índice de reciclagem de latas de alumínio no Brasil era o maior do mundo, sendo que quase todas as latinhas de alumínio consumidas eram recicladas, voltando ao mercado. Nos moldes atuais no Brasil, o rendimento do processo de reciclagem de latinhas é de, aproximadamente, 90%. Considerando os dados informados no texto e que a massa de uma latinha de alumínio é de, aproximadamente, 13,5 g e que as massas molares do alumínio e da alumina são, respectivamente, 27 g/mol e 102 g/mol, qual a massa de alumina, em toneladas, que deixou de ser retirada da natureza por meio da reciclagem, considerando um consumo de 2 milhões de latinhas de alumínio? A) 51,0 B) 91,0 C) 45,9 D) 102,0 Resolução A massa total de alumínio nas 2 milhões de latinhas que foram consumidas (cada uma com massa de 13,5 g) é de 13,5 g · 2x106 = 27x106 g De acordo com a reação dada, temos a seguinte relação entre a alumina consumida e o alumínio formado: 2 mol Al2O3 ----- 4 mol Al Passando essa relação para massa e já realizando a regra de três com a informação obtida da massa total de alumínio das latinhas recicladas: 204 g Al2O3 ----- 108 g Al x ------------ 27x106 g Al x = 51x106 g de Al2O3 Essa seria a massa de alumina não consumida caso a reciclagem ocorresse com rendimento de 100%. Como o processo, conforme o enunciado, apresenta rendimento de aproximadamente 90%: 51x106 g de Al2O3 --------- 100% x ----------------------- 90% x = 45,9x106 g = 45,9 toneladas (letra C) 03) (ENEM-2010 – 2ª aplic.) O flúor é usado de forma ampla na prevenção de cáries. Por reagir com a hidroxiapatita [Ca10(PO4)6(OH)2] presente nos esmaltes dos dentes, o flúor forma a fluorapatita [Ca10(PO4)6F2] um mineral mais resistente ao ataque ácido decorrente da ação de bactérias específicas presentes nos açúcares das placas que aderem aos dentes. Disponível em: http://www.odontologia.com.br. Acesso em: 27 jul. 2010 (adaptado). A reação de dissolução da hidroxiapatita é: [Ca10(PO4)6(OH)2](s) + 8H+ (aq) → 10Ca2+(aq) + 6HPO42-(aq) + 2H2O(l) Massas molares em g/mol – [Ca10(PO4)6(OH)2] = 1004; HPO42- = 96; Ca = 40. Supondo-se que o esmalte dentário seja constituído exclusivamente por hidroxiapatita, o ataque ácido que dissolve completamente 1 mg desse material ocasiona a formação de, aproximadamente, A) 0,14 mg de íons totais. B) 0,40 mg de íons totais. C) 0,58 mg de íons totais. D) 0,97 mg de íons totais. E) 1,01 mg de íons totais. Resolução O exercício solicita uma relação entre a quantidade de hidroxiapatita e os íons totais produzidos na reação. Os íons produzidos na reação são o HPO42- e o Ca2+ . Assim, podemos escrever a relação a partir da reação dada: 1 mol de Ca10(PO4)6(OH)2 -------- 10 mol de Ca2+ e 6 mol de HPO42Passando essa relação para massa: 1004 g de Ca10(PO4)6(OH)2 -------- 400 g de Ca2+ e 576 g de HPO42Somando a massa dos íons, para obter massa de íons totais (400 g + 576 g = 976 g de íons totais) e realizando a regra de três com a informação dada (1 mg = 1x10-3 g de Ca10(PO4)6(OH)2 - tem que usar a mesma unidade, gramas) 1004 g de Ca10(PO4)6(OH)2 -------- 976 g de íons totais 1x10-3 g de Ca10(PO4)6(OH)2 ------- x x = 0,97x10-3 g = 0,97 mg (letra D) 04) (ENEM–2009 – simulado MEC) “Dê-me um navio cheio de ferro e eu lhe darei uma era glacial”, disse o cientista John Martin, dos Estados Unidos, a respeito de uma proposta de intervenção ambiental para resolver a elevação da temperatura global; o americano foi recebido com muito ceticismo. O pesquisador notou que mares com grande concentração de ferro apresentavam mais fitoplâncton e que essas algas eram capazes de absorver elevadas concentrações de dióxido de carbono da atmosfera. Esta incorporação de gás carbônico e de água (H2O) pelas algas ocorre por meio do processo de fotossíntese, que resulta na produção de matéria orgânica empregada na constituição da biomassa e na liberação de gás oxigênio (O2). Para essa proposta funcionar, o carbono absorvido deveria ser mantido no fundo do mar, mas como a maioria do fitoplâncton faz parte da cadeia alimentar de organismos marinhos, ao ser decomposto devolve CO2 à atmosfera. Os sete planos para salvar o mundo. Galileu, n. 214, maio 2009. (com adaptações) Considerando que a ideia do cientista John Martin é viável e eficiente e que todo o gás carbônico absorvido (CO2, massa molar = 44 g/mol) transforma-se em biomassa fitoplanctônica (cuja densidade populacional de 100 g/m2 é representada por C6H12O6, massa molar = 180 g/mol), um aumento de 10 km2 na área de distribuição das algas resultaria na A) emissão de 4,09 x 106 kg de gás carbônico para a atmosfera, bem como no consumo de toneladas de gás oxigênio da atmosfera. B) retirada de 1,47 x 106 kg de gás carbônico da atmosfera, além da emissão direta de toneladas de gás oxigênio para a atmosfera. C) retirada de 1,00 x 106 kg de gás carbônico da atmosfera, bem como na emissão direta de toneladas de gás oxigênio das algas para a atmosfera. D) retirada de 6,82 x 105 kg de gás carbônico da atmosfera, além do consumo de toneladas de gás oxigênio da atmosfera para a biomassa fitoplanctônica. E) emissão de 2,44 x 105 kg de gás carbônico para a atmosfera, bem como na emissão direta de milhares de toneladas de gás oxigênio para a atmosfera a partir das algas. Resolução Primeiramente, devemos escrever a reação (e balanceada) que se utiliza do consumo de CO2 e H2O para formar matéria orgânica (C6H12O6) e gás oxigênio (O2), nada mais que a reação de fotossíntese: 6 CO2 + 6 H2O → C6H12O6 + 6 O2 Já poderíamos anular as alternativas A, D e E, que falam ou sobre o consumo de gás oxigênio (e o oxigênio é produzido) ou sobre a emissão de gás carbônico (e o gás carbônico é consumido). Sendo a densidade de matéria orgânica de 100 g/m2 e o aumento de 10 km 2 (10x106 m2) nessa área, o aumento na massa de matéria orgânica será: 100 g -------- 1 m2 x ------------ 10x106 m2 x = 1x109 gramas de matéria orgânica (C6H12O6) Esse aumento é devido à produção de C6H12O6, sendo acarretado, conforme a reação, pelo consumo de CO2. A relação na reação entre gás carbônico e matéria orgânica é: 6 mol de CO2 ------ 1 mol de C6H12O6 Passando essa relação para massa e realizando a regra de três com a massa de matéria orgânica calculada no exercício: 264 g de CO2 ------ 180 g de C6H12O6 x ---------------- 1,0x109 g de C6H12O6 x = 1,47x109 g de CO2 = 1,47x106 kg de CO2 (letra B) 05) (ENEM–2009 – prova cancelada) Os exageros de um final de semana podem levar um indivíduo a um quadro de azia. A azia pode ser descrita como uma sensação de queimação do esôfago, provocada pelo desequilíbrio do pH estomacal (excesso de ácido clorídrico). Um dos antiácidos comumente empregados para o combate da azia é o leite de magnésia. O leite de magnésia possui 64,8 g de hidróxido de magnésio (Mg(OH)2) por litro de solução. Qual a quantidade de matéria de ácido neutralizado (em mol) ao se ingerir 9 mL de leite de magnésia? Dados: Massas molares em g.mol -1: H = 1, O = 16, Mg = 24,3, Cl = 35,5. A) 20 B) 0,58 C) 0,2 D) 0,02 E) 0,01 Resolução A concentração de hidróxido de magnésio presente no antiácido, conforme descrito pelo exercício, é 64,8 g por litro. Assim, como só foram usados 9 mL, temos a seguinte regra de três: 1000 mL de antiácido ----- 64,8 g de Mg(OH)2 9 mL de antiácido --------- x x = 0,58 g A reação entre o ácido clorídrico presente no estômago e o hidróxido de magnésio presente no leite de magnésia é: 2 HCl + Mg(OH)2 → MgCl2 + 2 H2O A proporção que a reação dá entre HCl e Mg(OH)2 é: 2 mol de HCl ----- 1 mol de Mg(OH)2 Transformando a relação em massa, somente para o Mg(OH)2 (visto que pede-se a quantidade de HCl em mol, mas a quantidade de Mg(OH)2 foi obtida em gramas) e utilizando a massa obtida para o Mg(OH)2: 2 mol de HCl ----- 58,3 g de Mg(OH)2 x ---------------- 0,58 g de Mg(OH)2 x = 0,02 mol (letra D) Resolução A concentração em mol/L desejada significa a quantidade em mol de soluto presente em 1 L de solução. Assim, como tem-se 3,42 g de açúcar em 50 mL de café, em 1 L teria: 3,42 g --------- 50 mL de café X ------------ 1000 mL x = 68,4 g de sacarose A concentração de sacarose poderia, portanto, ser escrita 68,4 g/L. Mas pretende-se obter a quantidade em mol de sacarose. Utilizamos, assim, a massa molar (342 g/mol) 342 g de sacarose ------- 1 mol 68,4 g de sacarose ------ x x = 0,2 mol Assim, a concentração de sacarose no café é 0,2 mol/L (letra B) 06) (ENEM-2010) Ao colocar um pouco de açúcar na água e mexer até a obtenção de uma só fase, prepara-se uma solução. O mesmo acontece ao se adicionar um pouquinho de sal à água e misturar bem. Uma substância capaz de dissolver o soluto é denominada solvente; por exemplo, a água é um solvente para o açúcar, para o sal e para várias outras substâncias. 07) (ENEM-2010) Todos os organismos necessitam de água e grande parte deles vive em rios, lagos e oceanos. Os processos biológicos, como respiração e fotossíntese, exercem na química das águas naturais em todo o planeta. O oxigênio é ator dominante na química e na bioquímica da hidrosfera. Devido a sua baixa solubilidade em água (9,0 mg/L a 20 ºC), a disponibilidade de oxigênio nos ecossistemas aquáticos estabelece o limite entre a vida aeróbica e anaeróbica. Nesse contexto, um parâmetro chamado Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO) foi definido para medir a quantidade de matéria orgânica presente em um sistema hídrico. A DBO corresponde à massa de O2 em miligramas necessária para realizar a oxidação total do carbono orgânico em um litro de água. Suponha que 10 mg de açúcar (fórmula mínima CH2O e massa molar igual a 30 g/mol) são dissolvidos em um litro de água. Em quanto a DBO será aumentada? A) 0,4 mg de O2/litro. B) 1,7 mg de O2/litro. C) 2,7 mg de O2/litro. E) 10,7 mg de O2/litro. D) 9,4 mg de O2/litro. Suponha que uma pessoa, para adoçar seu cafezinho, tenha utilizado 3,42 g de sacarose (massa molar igual a 342 g/mol) para uma xicara de 50 mL do líquido. Qual a concentração final, em mol/L, de sacarose nesse cafezinho? A) 0,02 B) 0,2 C) 2 D) 200 E) 2000 Resolução A DBO significa a quantidade de oxigênio para a reação completa de oxidação, ou seja, a reação de combustão completa do açúcar. Assim, escrevemos a reação de combustão completa de CH2O: CH2O + O2 → CO2 + H2O Assim, a relação entre a quantidade de oxigênio consumido para a quantidade de açúcar queimado é: 1 mol de O2 ------ 1 mol de CH2O Escrevendo a relação em massa (com as massas molares dos compostos) e utilizando a quantidade dada de CH2O (10 mg = 10x10-3 g), fazemos a regra de três: 32 g de O2 ------ 30 g de CH2O x ---------------- 10x10-3 g x = 10,7x10-3 g = 10,7 mg de O2 (letra E) 08) (ENEM-2010) A composição média de uma bateria automotiva esgotada é de aproximadamente 32% Pb, 3% PbO, 17% PbO2 e 36% PbSO4. A média de massa da pasta residual de uma bateria usada é de 6 kg, onde 19% é PbO2, 60% PbSO4 e 21% Pb. Entre todos os compostos de chumbo presentes na pasta, o que mais preocupa é o sulfato de chumbo (II), pois nos processos pirometalúrgicos, em que os compostos de chumbo (placas das baterias) são fundidos, há a conversão de sulfato em dióxido de enxofre, gás muito poluente. Para reduzir o problema das emissões de SO2(g), a indústria pode utilizar uma planta mista, ou seja, utilizar o processo hidrometalúrgico, para a dessulfuração antes da fusão do composto de chumbo. Nesse caso, a redução de sulfato presente no PbSO4 é feita via lixiviação com solução de carbonato de sódio (Na2CO3) 1M a 45ºC, em que se obtém o carbonato de chumbo (II) com rendimento de 91%. Após esse processo, o material segue para a fundição para obter o chumbo metálico. PbSO4 + Na2CO3 → PbCO3 + Na2SO4 Dados: Massas Molares em g/mol Pb = 207; S = 32; Na = 23; O = 16; C = 12. Segundo as condições do processo apresentado para a obtenção de carbonato de chumbo (II) por meio da lixiviação por carbonato de sódio e considerando uma massa de pasta residual de uma bateria de 6 kg, qual quantidade aproximada, em quilogramas, de PbCO3 é obtida? A) 1,7 kg. B) 1,9 kg. C) 2,9 kg. D) 3,3 kg. E) 3,6 kg. Resolução A pasta residual da bateria tem 60% de PbSO4, que é o reagente da reação. Logo, a massa de PbSO4 não é 6 kg, e sim somente 60% desse valor: 6 kg ----- 100% de pasta x -------- 60% de PbSO4 x = 3,6 kg A relação, conforme a reaão, entre a quantidade de PbSO4 consumida e a quantidade de PbCO3 obtida é: 1 mol de PbSO4 ----- 1 mol de PbCO3 Passando os dados para massa, por meio da utilização das massas molares (que calculamos somando a massas dos elementos e suas quantidades) e já realizando a regra de três com a quantidade obtida de PbSO4 (3,6 kg = 3600 g) 303 g de PbSO4 ------- 267 g de PbCO3 3600 g de PbSO4 ----- x x = 3172 g de PbCO3 Essa quantidade seria obtida caso a reação tivesse rendimento de 100%. Entretanto, o rendimento informado foi de 91%: 3172 g ------ 100% x ----------- 91% x = 2886 g de PbCO3 = 2,9 kg de PbCO3 (letra C) 09) (ENEM-2010 – 2ª aplic.) Fator de emissão de carbono (carbon footprint) é um termo utilizado para expressar a quantidade de gases que contribuem para o aquecimento global, emitidos por uma fonte ou por um processo industrial específico. Pode-se pensar na quantidade de gases emitidos por uma industria, por uma cidade ou mesmo por uma pessoa. Para o gás CO2, a relação pode ser escrita: massa de CO2 emitida Fator de emissão de CO2 = quantidade de material O termo “quantidade de material” pode ser, por exemplo, a massa de material produzido em uma indústria ou a quantidade de gasolina consumida por um carro em um determinado período. No caso da produção do cimento, o primeiro passo é a obtenção do óxido de cálcio, a partir do aquecimento do c alcário a altas temperaturas, de acordo com a reação: CaCO3(s) → CaO(s) + CO2(g) Uma vez processada essa reação, outros compostos inorgânicos são adicionados ao óxido de cálcio, sendo que o cimento formado tem 62% de CaO em sua com posição. Dados: Massas molares em g/mol: CO2 = 44; CaCO3 = 100; CaO = 56. Considerando as informações apresentadas no texto, qual é, aproximadamente, o fator de emissão de CO2 quando 1 tonelada de cimento for produzida, levando-se em consideração apenas a etapa de obtenção do óxido de cálcio? A) 4,9 x 10–4 B) 7,9 x 10–4 C) 3,8 x 10–1 D) 4,9 x 10–1 E) 7,9 x 10–1 Resolução A obtenção de óxido de cálcio é conforme a reação apresentada na questão. Na produção de 1 tonelada (103 kg = 106 g) de cimento, a quantidade necessária de CaO será, conforme a informação do exercício, de 62% da massa do material produzido: 106 g ------ 100% do cimento x --------- 62% de CaO x = 6,20x105 g Conforme a reação química dada, a relação entre a quantidade de CaO obtida e a quantidade de CO2 emitida é: 1 mol de CaO ------- 1 mol de CO2 Escrevendo essa relação em massa e utilizando para a regra de três a quantidade de CaO gasta calculada, temos: 56 g de CaO -------------- 44 g de CO2 6,20x105 g de CaO ----- x x = 4,87x105 g de CaO Para calcular o fator de emissão, usamos a fórmula dada pelo exercício: Fator de emissão = qtde de CO2 / qtde de material Foi emitido 4,9x105 g de CO2 para 1 tonelada de cimento (106 g) Fator de emissão = 4,9x105 / 106 Fator de emissão = 4,9x10-1 (letra D)