A prática como componente curricular na formação inicial em educação física: um estudo com professores no início da carreira Resumo Este estudo teve como objetivo investigar a importância atribuída pelos professores em início de carreira sobre a prática como componente curricular no curso de licenciatura em educação física. Participaram do estudo seis professores de Educação Física com até três anos de formação. Os dados foram coletados através de pesquisas em documentos e entrevista realizada com os professores. O estudo mostrou que os professores em início de carreira consideram fundamental a prática como componente curricular na formação inicial. Palavras‐chave: Formação Inicial; Prática Como Componente Curricular; Educação Física, Professor Iniciante. Viviani Dias Cardoso Universidade do Extremo Sul Catarinense [email protected] Jéssica Serafim Frasson Universidade do Extremo Sul Catarinense [email protected] Victor Julierme Santos da Conceição Universidade do Extremo Sul Catarinense [email protected] Viviani Dias Cardoso Universidade do Extremo Sul Catarinense [email protected] X ANPED SUL, Florianópolis, outubro de 2014. p.1
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A prática como componente curricular na formação inicial em educação física: um estudo com professores no início da carreira Viviani Dias Cardoso ‐ Jéssica Serafim Frasson ‐ Victor Julierme S. da Conceição ‐ Eduardo B. Von Borowski Introdução Benites et al, (2008) afirma que entre 1980 e 2000 é que se começou a mudar os enfoques sob as perspectivas de formação de professores reflexivos, com intuito de produção da profissão docente, deixando de lado a análise técnica. Desta forma, os processos de formação passaram a ser trabalhados de forma integral, buscando analisar o papel da universidade, da pesquisa e das competências pedagógicas. Minuzzi et al. (2011) destacam que discutir sobre a formação de professores, como prioridade nos debates educacionais brasileiros é de fundamental importância em virtude da real situação em que se encontra a educação, principalmente a pública, necessitando constante discussão acerca do assunto. Um dos documentos mais importantes em relação à análise das Práticas como Componentes Curriculares é o Parecer de nº 09 do ano de 2001 onde relata o contexto educacional dos últimos anos, com intuito de fazer a proposta das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação de Professores da Educação Básica. Esse documento, agrupado com os elementos atuais nos debates sobre o papel dos professores no processo educativo, apresenta o início de formação docente que se destaca nas diretrizes, possibilitando uma revisão diferenciada dos modelos atuais, a fim de: fomentar e fortalecer processos de mudança no interior das instituições formadoras; fortalecer e aprimorar a capacidade acadêmica e profissional dos docentes formadores; atualizar e aperfeiçoar os formatos de preparação e os currículos vivenciados, considerando as mudanças em curso na organização pedagógica e curricular da educação básica; dar relevo à docência como base da formação, relacionando teoria e prática; promover a atualização de recursos bibliográficos e tecnológicos em todas as instituições ou cursos de formação (BRASIL, 2001, p. 04). As diretrizes curriculares nacionais para os cursos de formação de professores da educação básica destacam que a formação inicial deve ser planejada com intuito de aquisição de competências e habilidades. Neste sentido, a prática como componente X ANPED SUL, Florianópolis, outubro de 2014. p.2
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A prática como componente curricular na formação inicial em educação física: um estudo com professores no início da carreira Viviani Dias Cardoso ‐ Jéssica Serafim Frasson ‐ Victor Julierme S. da Conceição ‐ Eduardo B. Von Borowski curricular tem uma grande relevância dentro do contexto formativo, como podemos observar em Brasil (2001), ela fortalece os vínculos entre a universidade (teoria) e escola (prática). Desta forma, os cursos de graduação em licenciatura devem dar subsídios para que os professores consigam intervir na sua área de maneira eficaz a partir da maior aproximação com os contexto escolares (BRASIL, 2002a, 2002b). Ao tratar de graduação em licenciatura aproximamos o debate especificamente para a Educação Física, onde a Resolução 1/2002 considera que a graduação em Educação Física deve possibilitar ao graduado a relação teoria e prática, por meio da prática como componente curricular, que deve estar definida no projeto pedagógico do curso, sendo vivenciada nos diferentes contextos em que o acadêmico deverá atuar. Em agosto do mesmo ano, foi definida a Resolução de nº 02, onde alterou‐se o prazo em que as instituições deveriam se adaptar às novas regras estabelecidas anteriormente. No caso particular da Educação Física, as suas diretrizes curriculares sempre ocorreram de forma paralela aos normativos da Educação, quando comparada com as demais áreas de formação de professores, pois ela assumiu um caminho próprio, sendo que muitas das deliberações foram incorporadas no “seu ritmo”, mas não no mesmo “tempo” das demais licenciaturas (BENITES et al. 2008). É possível perceber que muitas foram as tentativas de procurar estabelecer as normas de organização para que as Práticas como Componentes Curriculares estivessem adequadas, de forma que é de fundamental importância que os Cursos de Licenciatura em Educação Física obtenha em sua grade curricular a possibilidade de experiências dos acadêmicos, de tal forma que haja um favorecimento na construção de conhecimento necessário para a atuação enquanto professores. Essa pesquisa se caracteriza como de campo, e possui uma abordagem qualitativa, teve como objetivo investigar a importância atribuída pelos professores em início de carreira sobre a prática como componente curricular no curso de licenciatura em educação física. Para isso, foi utilizado como instrumento de coleta de dados uma entrevista semiestruturada, com seis professores de Educação Física no início de carreira (com até três anos de formação). As identidades dos Professores entrevistados foram preservadas, utilizando como forma de referência aos colaboradores, números arábicos (professor 1, 2, 3, 4, 5, 6). No processo de análise das informações, as entrevistas forma X ANPED SUL, Florianópolis, outubro de 2014. p.3
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A prática como componente curricular na formação inicial em educação física: um estudo com professores no início da carreira Viviani Dias Cardoso ‐ Jéssica Serafim Frasson ‐ Victor Julierme S. da Conceição ‐ Eduardo B. Von Borowski transcritas e analisadas quanto ao seu conteúdo, buscando destacar unidades de significado e construção de categorias de análise. Fundamentação teórica Prática Pedagógica dos Professores de Educação Física em sua Formação Inicial Durante toda a carreira o profissional de Educação Física irá pensar sua prática pedagógica, relacionando‐a com seus estudos, atualizações, valores e pensamentos apreendidos e reconhecidos durante toda a sua trajetória profissional, desde a graduação. “A prática pedagógica de Educação Física possui uma teoria que a sustenta, mesmo que não se saiba qual seja esta teoria” (DORNELES et. al., 2012, p.187). Para que essas reflexões aconteçam é necessário que o futuro professor tenha contato com a realidade escolar desde o início de sua formação (FARIAS, SHIGUNOV, NASCIMENTO, 2012). Nesse sentido é necessário que o professor busque por meio de sua prática a construção de sua identidade. [...] a identidade docente, de fato, é uma construção pessoal e social a qual tem relação com os processos de formação inicial e continuada dos coletivos docentes e com a experiência que os trabalhadores das diferentes especificidades disciplinares vivenciam seus contextos educativos (MOLINA NETO, MOLINA, SILVA et al., 2012, p.520). Garcia (2009) afirma que o processo de construção da identidade docente tem início no período de estudante, se materializa na formação inicial e se estende durante todo o período de docência. Ou seja, esse processo está sempre se (re) construindo, passando por mudanças para melhor se adequar as realidades encontradas. Melucci (2004), aponta esse processo não como identidade, mas sim identização, pois é um processo que se constrói ao longo da trajetória de ser professor. Carreiro de Costa (1994) destacam que nos cursos de formação inicial é extremamente necessário que se façam discussões acerca da qualidade de ensino, promovendo a melhora do mesmo. Paiva et al., (2005 apud CAPARROZ et. al., 2008) X ANPED SUL, Florianópolis, outubro de 2014. p.4
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A prática como componente curricular na formação inicial em educação física: um estudo com professores no início da carreira Viviani Dias Cardoso ‐ Jéssica Serafim Frasson ‐ Victor Julierme S. da Conceição ‐ Eduardo B. Von Borowski destacam que existem muitos dilemas nos cursos de licenciatura, que precisam ser modificados para que haja os seguintes compromissos: articulação entre teoria e prática sendo uma unidade no professor; unir as realidades acadêmica e escolar; formação coerente no compromisso do professor preocupado com a transformação social; articulação entre a formação inicial e a continuada, valorização em relação ao trabalho pedagógico da escola por parte dos futuros professores. Neste sentido, na educação transformadora, é importante e necessário um espaço para a construção de aprendizagens, entre docentes e estudantes, através do diálogo. É necessário um comprometimento por parte dos docentes nessa proposta, garantindo aos acadêmicos um ensino de qualidade, com motivação em sempre buscar o melhor na sua prática profissional. Dessa forma ocorrerá a promoção da aprendizagem nos alunos, característica essencial na formação inicial (CARREIRO DE COSTA, 1994). Para Freire (1996) o professor deve se tornar pesquisador, pois educar é como viver, exige a consciência do inacabado, a transformação do mundo, do conhecimento aparece a cada dia, e a formação não pode ficar estagnada, parada, o ato de ensinar/aprender deve ser permanente. Assim Farias, Shigunov, Nascimento (2012) apontam para as formações paralelas, onde ressaltam a importância da constante busca pelo conhecimento. “[...] leituras complementares que garantam maior conhecimento da docência, a participação em grupos de estudo, entre outros fatores, constituem os subsídios iniciais da profissão” (FARIAS, SHIGUNOV, NASCIMENTO, 2012, p.153). Esse processo de leituras, trocas de experiências com grupos de estudos, é necessário para dar iniciar e dar continuidade no exercício da docência reflexiva, sempre ressignificando a práxis pedagógica. Também é importante ressaltar que com mais tempo de atuação, o professor tende a obter mais experiências, as quais vão ser de grande relevância para suas dificuldades. Alguns estudos realizados por Farias, Shigunov, Nascimento (2012), Huberman (1995), Santini e Molina Neto (2005) e Nascimento e Graça (1998), tratam da trajetória docente, classificando‐as acerca dos anos de trabalho do professor, destacando X ANPED SUL, Florianópolis, outubro de 2014. p.5
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A prática como componente curricular na formação inicial em educação física: um estudo com professores no início da carreira Viviani Dias Cardoso ‐ Jéssica Serafim Frasson ‐ Victor Julierme S. da Conceição ‐ Eduardo B. Von Borowski as experiências profissionais. Em todos os estudos, existem afirmações em relação ao desenvolvimento da carreira docente e a importância das experiências profissionais, que são marcantes na trajetória do professor. Garcia (2009) apresenta que experiência não é sinônimo de formação, ou seja, um professor iniciante, ao refletir sobre sua aula e ressignificar sua prática, através de uma modo que faça com que avance seus pensamentos e suas ações, pode obter muito mais qualidade no seu trabalho do que um experiente que não utiliza das suas vivencias para avançar na sua prática pedagógica. É possível perceber a necessidade de novas compreensões de formação/atuação profissional, entendendo que a função docente se estabelece pelas interligações do conhecimento teórico, a cultura escolar e a reflexão sobre a prática docente à partir do próprio exercício da profissão (BARROS, 2008). Neste contexto, destacam‐se as dificuldades encontradas pelos professores nas questões pertinentes à teoria e à prática nas aulas de Educação Física (professores regentes); na relação com os alunos da escola; na colocação em prática dos conhecimentos construídos na universidade. [...] qualificando assim, as intervenções dos alunos estagiários durante o estágio supervisionado de Educação Física. Busca‐
se também compreender como se dá a relação teoria e prática, no processo de ensino [...] (DORNELES et. al., 2012, p.180). Huberman (1995) destaca que o professor na fase inicial, adquirem as habilidades mínimas para desempenhar em sala de aula, pois a pode ser consequência d pouca falta de contato com o contexto escolar. O fazer docente, a reflexão‐ação que Freire (1997) aponta é alimentado pelo contexto, pala contato direto com alunos, professores, direção e comunidade escolar, e os saberes podem ser transformados em conhecimento aproximando‐os da realidade vivida. A importância da Prática como Componente Curricular no processo formativo de professores A realização de atividades enquanto docentes durante o curso de graduação é de extrema importância, no sentido de capacitar o acadêmico para a inserção no mercado de trabalho da melhor maneira possível. A prática pedagógica como eixo articulador da relação teoria e prática no processo formativo e a aproximação com a realidade durante a X ANPED SUL, Florianópolis, outubro de 2014. p.6
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A prática como componente curricular na formação inicial em educação física: um estudo com professores no início da carreira Viviani Dias Cardoso ‐ Jéssica Serafim Frasson ‐ Victor Julierme S. da Conceição ‐ Eduardo B. Von Borowski graduação pode auxiliar o docente em início de carreia para melhor compreensão do mundo de trabalho. Pochman (2000, p.09) ao falar sobre o primeiro contato com o mundo e trabalho diz que: [...] o primeiro emprego representa uma situação decisiva sobre a trajetória futura do jovem no mercado de trabalho. Quanto melhores as condições de acesso ao primeiro emprego, proporcionalmente mais favorável deve ser a sua evolução profissional. O ingresso precário e antecipado do jovem no mundo do trabalho pode marcar desfavoravelmente o seu desempenho profissional. Farias, Shigunov, Nascimento (2012) afirmam que o início das atuações profissionais é considerado pela maioria dos professores como sendo o pior momento da trajetória profissional. Isso se dá, em função de que essa é a “[...] fase de adaptação e inserção no ambiente de trabalho, revelando‐se como uma das mais difíceis, pois exige do docente a aquisição das competências necessárias a suas atividades de ensino” (FARIAS, SHIGUNOV, NASCIMENTO, 2012, p.167). É nesse primeiro contato que o docente se depara com o que Huberman (1995) chama de choque com o real, e Garcia (2009) de choque cultural, pois é onde surgem a maiores dúvidas e angustias. Esse choque é decorrência do ideal contrapondo o real, ou seja, o que os acadêmicos idealizam no curso de graduação e aquilo que efetivamente ocorre no cotidiano escolar. A prática como componente curricular na graduação vem com essa “quebra” de rupturas, onde é oferecido a oportunidade aos acadêmicos a aproximação com a realidade que em breve se confrontaram, e que para muitos pode ser entendida como um pequena amostra, para outros nem tanto, pois é um dos poucos momentos, definidos obrigatoriamente no currículo de formação inicial, que podem vivenciar sua prática, e se apropriarem dos acontecimento e das experiências para que possam refletir a docência. No curso de Educação Física a formação inicial de professores, mesmo na licenciatura, ainda dão ênfase ao modelo técnico na sua estrutura, pois, em algumas vezes, valoriza apenas a formação prática, deixando de lado a teórica, priorizando a X ANPED SUL, Florianópolis, outubro de 2014. p.7
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A prática como componente curricular na formação inicial em educação física: um estudo com professores no início da carreira Viviani Dias Cardoso ‐ Jéssica Serafim Frasson ‐ Victor Julierme S. da Conceição ‐ Eduardo B. Von Borowski prática como um período em que se aplique as teorias e técnicas previamente aprendidas. Vasquez (1990 apud DORNELES et al., 2012) definindo atividade teórica, afirma que esta só existe em função da prática, sendo que nela encontra seu fundamento, suas finalidades e seu critério de verdade. Por seu objeto, finalidades, meios e resultados, a atividade teórica se distingue da prática. Desta forma pode‐se perceber que é necessário que se façam reflexões acerca dos diversos entendimentos sobre teoria e prática, contribuindo para [...] a superação da compreensão de atividade como uma ação estritamente utilitária e imediata.” (DORNELES et. al., 2012, p. 176). Verenguer (2004) relata que na sala de aula da graduação, os próprios estudantes, futuros professores, têm em sua concepção de curso que a Educação Física está mais perto de fazer atividades do que em refletir sobre o que se está fazendo, de tal forma que os mesmos entendem que utilizando de alguns procedimentos, selecionados muitas vezes em manuais, estarão capacitados para desempenhar sua função enquanto docentes, comprometendo assim a visão que a sociedade tem da área. [...] a formação deve estimular uma perspectiva crítico‐reflexiva, que forneça aos professores meios de um pensamento autônomo e que facilite as dinâmicas de auto‐formação participada. [...] A formação não se constrói por acumulação (de cursos, de conhecimentos ou de técnicas), mas sim através de um trabalho de reflexividade crítica sobre as práticas e de (re) construção permanente de uma identidade pessoal. Por isso é tão importante investir na pessoa e dar um estatuto ao saber da experiência (NÓVOA, 1995 p. 25). Alguns estudos citados por Darido (2003) demonstram que os egressos dos cursos de licenciatura em Educação Física, mesmo com disciplinas como Aprendizagem Motora, Fisiologia do Exercício, História da Educação Física, dentre outras, ainda sentem dificuldades quando precisam colocar na prática pedagógica os conhecimentos adquiridos na teoria. Percebemos assim, que a dicotomia entre teoria e prática é encontrada com frequência nos estudos sobre formação e nos acadêmicos dos cursos de licenciatura, pois X ANPED SUL, Florianópolis, outubro de 2014. p.8
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A prática como componente curricular na formação inicial em educação física: um estudo com professores no início da carreira Viviani Dias Cardoso ‐ Jéssica Serafim Frasson ‐ Victor Julierme S. da Conceição ‐ Eduardo B. Von Borowski a uma dificuldade em conseguir relacionar a teoria e prática, refletir e analisar o seu contexto para que se possa dar segmento a sua prática docente a luz de uma teoria. Salgado (2000 apud MINUZZI et al., 2011) destacam que o início da formação dos professores é apenas o primeiro momento de um processo de construção de conhecimentos, juntamente com a experiência pedagógica dos estudantes e pelo currículo das disciplinas, dentro da Universidade, onde, mais adiante, serão complementados e ampliados por meio da formação continuada. A formação inicial então, como o próprio nome já diz, é o início, ou seja, ela não forma um produto “pronto”, pois ela não se dá apenas pela acumulação de conteúdos, mais sim pelas experiências, pelas vivencias com as distintas realidades e sobre tudo pela reflexão das práticas adquiridas. Freire (1996) afirma que a o ser humano deve sempre estar em busca do ser mais, mais reflexivo, mais critico mais autônomo. E um dos primeiros passos para isso é tornar consciência da inconclusão, do professor pesquisador que começou lá na formação inicial e se perdura por toda vida docente. Deve‐se compreender que a formação inicial vai além da sala de aula dos cursos de graduação, sendo que o acadêmico deve estar envolvido com a prática de tal forma que interfira na sua formação, onde haja um processo de construção de conhecimento, consequentemente dando subsídios para a sua futura atuação profissional (MINUZZI et al., 2011) É importante destacar que a intervenção profissional não é apenas um local onde se coloca em prática os saberes adquiridos, mas também um lugar onde se adquire novas propostas, transformando e mobilizando os saberes produzidos até o momento (VERENGUER, 2004). Resultados da pesquisa Sobre a presença da prática como componente curricular no currículo de formação inicial, todos os seis entrevistados responderam positivamente. Essas PCC são diferentes para cada disciplina da graduação, pois cada professor tem autonomia para X ANPED SUL, Florianópolis, outubro de 2014. p.9
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A prática como componente curricular na formação inicial em educação física: um estudo com professores no início da carreira Viviani Dias Cardoso ‐ Jéssica Serafim Frasson ‐ Victor Julierme S. da Conceição ‐ Eduardo B. Von Borowski escolher como ele vai trabalhar essa prática, e para que ela se melhor adeque a disciplina proposta e ministrada pelo professor. O que podemos observar na fala do professor 2: “[...] cada matéria tinha uma saída de campo organizada pelo professor de quatro dias, sendo que os critérios do desenvolvimento da prática ficam a escolha de cada professor.” É possível perceber que os professores das disciplinas tem total autonomia para adequar as PCC, e que isso auxilia o acadêmico a vivenciar algumas das distintas realidades existentes. Pimenta (2004) confirma essa prática nos cursos citando o artigo 1º da Resolução CNE nº2/2002 quando no item um apresenta a obrigatoriedade do cumprimento de 400 horas de prática como componente curricular ao longo do curso. E as respostas positivas dos docentes pesquisados afirmam que essa carga horária esta presente no curso de graduação em Educação Física, Licenciatura. E ao afirmarem que a PCC é existente no curso e que todos tiveram a oportunidade de vivenciar questionamos se os elementos trazidos pela prática auxiliam em suas atuações docentes, então, todos colaboradores novamente responderam que sim e disseram que lhes ajudou muito para construírem um embasamento teórico e conseguiram aproveitar os planos utilizados por seus colegas como falou o professor 1: “Os planos de aula utilizados por todos os acadêmicos são de boa utilização para que possamos trabalhar alguns dos conteúdos da Educação Física nas escolas.” É possível identificar nessa resposta uma preocupação dos docentes em trabalhar os conteúdos da Educação Física, que de acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais são: dança, esporte, lutas e ginastica, e través da socialização e das trocas de experiências com seus colegas os acadêmicos conseguem aprimorar sua prática docente. É importante destacar que a reflexão deve se fazer presente dentro das PCCs, Pimenta (2004) nos fala que o futuro professor também aprende a partir das observações, e que através das reproduções e imitações se consiga elaborar, criar, e avançar no conhecimento proposto. Mas ainda é necessário enfatizar que isso tudo de nada adianta sem a reflexão para a ressignificação da prática a luz da teoria. X ANPED SUL, Florianópolis, outubro de 2014. p.10
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A prática como componente curricular na formação inicial em educação física: um estudo com professores no início da carreira Viviani Dias Cardoso ‐ Jéssica Serafim Frasson ‐ Victor Julierme S. da Conceição ‐ Eduardo B. Von Borowski [...] os professores como profissionais práticos, não produzem saberes só com a prática. A teoria tem um importante papel nesse processo e, sem trabalho de reflexão (teórica) é impossível avançar a análise da prática (CALDEIRA 2001 apud FERREIRA, 2005, p.51). A formação docente prática deve ser revista pela teoria por meio de reflexão crítica, de forma em que possa buscar processos que comportem aos docentes ampliar seus conhecimentos (FERREIRA, 2005). No terceiro item lhes foi perguntado se com os elementos trazidos pela PCC eles adquiriram algum conhecimento que lhes auxiliam nas suas aulas e mais uma vez a resposta foi positiva, em que disseram que lhes auxiliou para conhecer a realidade escolar, como trabalhar os conteúdos da Educação Física com os alunos, elaboração dos planos de aula como podemos ver na fala da professora 4: “Auxilia para conhecer a realidade escolar, pois antes eu tinha a visão de aluna, agora é de professora. Essas práticas na faculdade ajudam a ver a visão do professor, domínio de turma, preparação da aula, tudo isso foi aprendido durante as práticas.” Ao questionar sobre o domínio pedagógico dos conteúdos houve divergência nas respostas. Três dos colaboradores responderam que elas lhe auxiliaram sim, duas disseram que não, e ainda um outro professor respondeu que em algumas matérias ela deu conta de passar esse domínio e outra não. Podemos observar essa divergência nas respostas de alguns professore: “[...] quanto ao domínio dos conteúdos, não tive problemas. As práticas e os professores em classe transmitiram o conteúdo mínimo necessário para eu podermos ir atrás desses conhecimentos.” (Professor 6) ”Não deram conta, no papel é tudo muito bonito, mas chega na hora é mais difícil, mais complicado, eu acho que tem que ser mais aprofundado, tem que ir mais atrás, a aprendizagem que eu tive tanto na teoria quando na prática não da conta de explicar tudo que se faz no trabalho docente.” (Professora 4) Na fala da professora 4 é possível identificar que ela não ficou contente com sua formação, pois afirma o distanciamento da prática para a teoria. Aqui podemos analisar o choque com o real (HUBERMAN,1995; GARCIA, 2009) apontam, a idealização da graduação com a realidade escolar. E ainda podemos trazer o debate da formação inicial, X ANPED SUL, Florianópolis, outubro de 2014. p.11
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A prática como componente curricular na formação inicial em educação física: um estudo com professores no início da carreira Viviani Dias Cardoso ‐ Jéssica Serafim Frasson ‐ Victor Julierme S. da Conceição ‐ Eduardo B. Von Borowski como “ponte” para o próprio início da docência, ou seja, sobre a busca constante do conhecimento. O processo de formação profissional não termina na universidade. Uma profissão deve não apenas colocar em prática, de forma socialmente útil, os conhecimentos existentes, mas ser capaz de absorver novos conhecimentos, na medida em que se tornam disponíveis na disciplina acadêmica, modificando e aperfeiçoando a sua prática (Betti 1992 apud THOMMAZO, 2006, p. 20). E isso fica claro na resposta acima do professor 6, onde o mesmo aponta que os que foi aprendido na graduação com as PCCs deram subsídios pra que ele pudesse buscar mais conhecimentos. Huberman (1995) nos aponta que os professores na formação inicial adquirem as habilidades mínimas para desempenhar o papel de professor. Em prova disso as mudanças nas matrizes curriculares de ensino, quando ela colocada em cheque se percebe fragilidades, que em outros momentos não era perceptível, mas que agora é necessário. O mundo esta em contente mudança, as informações vão e vem, as tecnologias cada vez mais avançadas, e nós como docentes, devemos sempre buscar cursos de aperfeiçoamento, pois a formação não vai se dar somente através dos quatros anos oferecidos pela universidade, o conhecimento não é algo estagnado, posto, parado. A formação se dá através da constante busca, do professor pesquisador e do ser mais como aponta Freire (1996), da reflexão da práxis pedagógica. Relacionado aos microensinos realizados com os colegas de graduação, lhes foi perguntado se tiveram alguma dificuldade, responderam que tiveram dificuldades quanto ao respeito da turma como fala o professor 1: “A única dificuldade foi no quesito respeito dos colegas enquanto se tentava aplicar as atividades, agiam igualzinho as crianças na escola, alguns fazem, outros não, outros saem.” Também quanto ao domínio do conteúdo, que como relatos no início não tinham autonomia para tal atividade. Outros falaram que não tiveram problemas, pois os colegas já sabiam o conteúdo que o professor estava trabalhando, e depois eles também iriam apresentar como vemos na fala da professora 4: X ANPED SUL, Florianópolis, outubro de 2014. p.12
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A prática como componente curricular na formação inicial em educação física: um estudo com professores no início da carreira Viviani Dias Cardoso ‐ Jéssica Serafim Frasson ‐ Victor Julierme S. da Conceição ‐ Eduardo B. Von Borowski “Com os colegas foi muito mais fácil, é mais tranqüilo pegar a tua turma e dar aulas, do que pegar adolescentes. Os colegas já sabem que estais fazendo uma prática onde eles também vão fazer, então nos respeitamos e fica mais tranquilo.” Outra questão foi com a prática com a comunidade escolar, quando foi questionado qual a situação que se depararam muitos alegaram a falta de respeito, agressividade de alguns alunos, falta de materiais, as quadras sem marcações como nos diz o professor 5: “[...] possui uma quadra a céu aberto que as vezes não tem nem as marcações onde temos que fazê‐las para poder trabalhar as regras.” E outros não encontraram problemas com a comunidade escolar, o que diz o professor 6: “Também não tive e não tenho problemas em relação aos conteúdos, quanto à didática e quanto ao comportamento dos alunos, claro que nem todos fazem aquilo que nós gostaríamos que fizessem, mas com empenho se consegue que eles alcancem os objetivos das aulas.” E quando foi perguntado se sentiram diferenças entre essas duas atuações, com os colegas e com os alunos, essa tivemos respostas variadas, alguns não sentiram diferenças pois os colegas de turma se comportavam como adolescentes, outros já disseram que trabalhar com os colegas é mais fácil, pois já entendem o que estão trabalhando. A professora 3 citou que na graduação é mais fácil porque os alunos estão sendo avaliados “[...] eles têm que fazer porque vale nota para eles, se querem passar tem que fazer [...]” Isso nos mostra que as vezes os alunos não estão interessados no conteúdo da aula que está sendo realizada, e sim só estão lá para não reprovarem na disciplina. Ao serem questionados se estas práticas contribuíram para sua formação docente, a resposta do professor 1 resume o que foi a respostas dos entrevistados. X ANPED SUL, Florianópolis, outubro de 2014. p.13
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A prática como componente curricular na formação inicial em educação física: um estudo com professores no início da carreira Viviani Dias Cardoso ‐ Jéssica Serafim Frasson ‐ Victor Julierme S. da Conceição ‐ Eduardo B. Von Borowski “Considero que tudo o que fazemos na graduação é importante para nossa formação, difícil citar item por item, mas a experiência, a vivência com pessoas de cidades diferentes, isso tudo se soubermos absorver o melhor, com certeza fará alguma diferença na atuação docente.” Ao indagá‐los se consideravam importante a prática como componente curricular, todos responderam que sim. “[...] é importante pois é teu primeiro contato com a escola, tua primeira visão como professor [...]”(Professora 4) “[...] toda prática, todo trabalho, todo livro, ou seja, tudo aquilo que nos é ensinado, mesmo quando achamos que não é importante ou achamos que o professor não passa da forma certa, na hora da atuação na escola, nós sempre vamos buscar nas apostilas, nos livros e nas práticas que fizemos na graduação para levar aos nossos alunos.”(Professor 6) Essas vivencias, oferecidas pela graduação, tem como objetivo aproximar os acadêmicos aos diferentes espaços, realidades e culturas, dar subsídios para os acadêmicos que procuram por experiências práticas na área docente, pois assim já tem contato com acontecimentos e a realidade do campo de atuação, adquirindo uma visão do que está por vir no processo de construção da carreira docente. Conclusões No processo de construção das conclusões deste estudo, é importante resgatar o objetivo geral apresentado no início do texto: investigar a importância atribuída pelos professores em início de carreira sobre a prática como componente curricular no curso de licenciatura em Educação Física. Durante a formação inicial, os professores de Educação Física entrevistados pensam na sua prática pedagógica, relacionando‐a com seus estudos, suas práticas e toda a sua trajetória profissional. Por isso a prática como componente curricular se torna uma ferramenta de fundamental importância para a formação inicial em Educação Física, pois como vimos neste estudo, os professores a consideram como elemento de aprendizado para futura atuação docente. X ANPED SUL, Florianópolis, outubro de 2014. p.14
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A prática como componente curricular na formação inicial em educação física: um estudo com professores no início da carreira Viviani Dias Cardoso ‐ Jéssica Serafim Frasson ‐ Victor Julierme S. da Conceição ‐ Eduardo B. Von Borowski Vimos que a PCCs são indispensáveis no curso de formação inicial e que devem contemplar a relação teoria e prática, fazendo com que os alunos, futuros professores, não somente reproduzam as atividades que foram realizadas, mas que consigam refletir e avançar pedagogicamente seus conteúdos e atividades, fazendo de seus alunos cidadãos críticos. As PCCs são indispensáveis para os acadêmicos em formação. Ela ajuda a busca elementos que auxiliam na prática, e também devemos lembrar que o seu real objetivo não é de oferecer receitas ou de reprodução, mas sim de dar um norte ao professor, que sempre deve‐se busca conhecimento e não esperar “receita”, pois a cada escola existe uma realidade , uma cultura, e o professor tem que se adequar e buscar subsidios para se trabalhar com esses diferentes desafios. Através deste trabalho podemos analisar que os professores consideram essenciais estas práticas, principalmente na parte de saída para as escolas, a aproximação do contexto escolar, a vivência com os alunos, o que consideraram de extrema importância para sua formação inicial. Porém, quanto ao domínio pedagógico que a prática proporcionou, muitos responderam que ela não contemplou seus objetivos, deixando os professores com pouco embasamento teórico para seguirem em suas carreiras. Devemos pensar em duas possibilidades, se realmente os cursos não estão dando conta de transmitir esse conhecimento pedagógico ou se os acadêmicos não estão dando a devida atenção ao que lhes é ensinado. Os futuros professores necessitam de uma constante busca pelo conhecimento, pois a sociedade está sempre em transformação, e os professores precisam procurar meios para entender esse processo, e não se contentar com a formação inicial e ficar lhe culpando quando afirmam que a mesma deixa a desejar em algumas situações. Serão várias escolas, alunos e culturas, e uns diferente do outros, surgiram novos desafios, e novas maneiras de tratar esses desafios, e uma delas e a compreensão das realidades, a reflexão sobre a atuação e a ressignificação da práxis pedagógica. X ANPED SUL, Florianópolis, outubro de 2014. p.15
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