Brasília, julho de 2011-Ano 1 - nº. 003 INFORMATIVO DA ASSOCIAÇÃO DAS EMPRESAS www.acebra.org.br CEREALISTAS DO BRASIL ASSEMBLÉIA ANUAL DA ACEBRA TERMINA COM SALDO POSITIVO PARA O SETOR CEREALISTA No dia 24 de maio, a ACEBRA (Associação das Empresas Cerealistas do Brasil) se reuniu em assembléia anual onde esteve presente toda diretoria. Na pauta, estavam assuntos de interesse dos cerealistas, incluindo projetos e uma extensa agenda de reuniões externas com o Ministro da Agricultura Wagner Rossi e representantes do Governo na Receita Federal, nos Ministérios da Fazenda, Desenvolvimento Agrário e na CONAB (Companhia Nacional de Abastecimento). Continua Pagina 3 MINISTRO WAGNER ROSSI RECEBE REPRESENTANTES DA ACEBRA A diretoria e os associados da ACEBRA reuniram-se no dia 25 de maio com o ministro da agricultura Wagner Rossi, no MAPA. Durante a reunião foram apresentados os problemas que o sistema de armazenagem de grãos ocasionou no último período de colheita e as últimas propostas e solicitações da associação ao Governo. Na ocasião, a ACEBRA também pediu incentivos para a comercialização do trigo, através do Prêmio de Escoamento de Produto (PEP). A ACEBRA foi bem recebida pelo ministro Wagner Rossi que reconheceu e concordou com as solicitações. EDITORIAL O Brasil se destaca pela pujança do agronegócio. Essa atividade vem acumulando, nos últimos anos, recordes de safras em razão da ampliação gradativa de suas fronteiras de produção e, principalmente, pelo incremento de tecnologia com reflexos diretos na produtividade agrícola. O desenvolvimento do agronegócio brasileiro, contudo, não veio acompanhado de investimentos em infraestrutura necessários para o armazenamento e deslocamento da produção aos diversos centros consumidores internos e externos. Este fato tem mobilizado esforços em várias frentes governamentais para solucionar os problemas logísticos ocasionados pelos estrangulamentos e gargalos em rodo- vias, terminais ferroviários e portuários. Tais investimentos necessitam de planejamentos de longo prazo e sua execução, apesar de extremamente necessária, é morosa, seja por questões orçamentárias do Governo, seja por questionamentos legais provocados por órgãos de controle externo, como o Tribunal de Contas da União, Ministério Público Federal e as agências ambientais. Uma grande contribuição aos problemas relacionados aos estrangulamentos e gargalos logísticos se deve ao fato da produção originada no interior do país se deslocar para os centros consumidores em um período muito curto, considerando o volume transportado e os corredores de escoamento limitados. Este escoamento acontece em função da ausência de pontos de armazenagens específicos e a necessidade ditada pela carência estrutural, da retirada imediata para a continuidade do processo de recepção da safra. Dados da Companhia Naciona de Abastecimento (CONAB) demonstram que existe uma deficiência de capacidade estática para armazenamento no país na ordem de 22 milhões de toneladas e a cada ano este número se eleva. Apesar dos esforços governamentais em estimular a armazenagem nas fazendas por meio de programas como o BNDES Moderinfra, com juros equalizados pelo Tesouro Nacional, os agricultores não investem em estruturas próprias, quer pela falta de conhecimento técnico no que diz respeito à atividade de secar, limpar, padronizar e armazenar os grãos, preferindo depositar seu produto em empresas especializadas, como é o caso das cerealistas, quer ainda pela dificuldade de viabilizar tais estruturas no que diz respeito aos aspectos financeiros e econômicos. Segundo cálculos da ACEBRA é economicamente inviável a construção de estrutura de armazenagem inferior a 300.000 sacos. Neste contexto, é chegada a hora do Governo agir com inteligência e reconhecer o papel do setor armazenador nacional, que clama por condições financeiras e econômicas viáveis para aumentar o parque de armazenagem no país e responder de maneira eficiente e rápida às necessidades logísticas que o Brasil necessita. Airton Roos - Presidente da ACEBRA (Associação das Empresas Cerealistas do Brasil) EXPEDIENTE Jornal Acebra 2 Publicação da Associação das Empresas Cerealista do Brasil SCN Qd.1-Bloco C-Ed. Brasília Trade Center - Sala 1007- Brasília/DF Cep:70.711-4972 Site:www.acebra.org.br E-mail:[email protected] [email protected] [email protected] Diretoria Airton Roos - Presidente Fernando Guerra - Vice Presidente Marcos Ferreira - Vice Presidente Nari Bocchi - Vice Presidente Arney Frasson - 1º. Secretário Vitor Marasca - 2º. Secretário Gilberto Borgo - 1º. Tesoureiro Flávio Andreo - 2º. Tesoureiro Conselho Fiscal Efetivos José Álvaro Dinon Manoel Selvo Nascimento Neto Edenilson Bocchi Suplentes: Dilermando Rostirola Osvino Ricardi Rodrigo Guzzo Corpo Técnico Roberto Queiroga Superintendente para assuntos Governamentais (61) 7813-8437 Heidi Sasse Severo Assessora Parlamentar (61) 7813-8435 Janahina Menara Secretária (61) 7813-8434 Comunicação PR Consultoria e Marketing www.prbrasilia.com.br Tel.:(61) 3347-1599 Jornalista Responsável: Vanessa Struckl (Mtb 8239/DF) Textos: Vanessa Struckl e Estevane Carvalho Diagramação: Vanessa Nóbrega Tiragem: 2.000 exemplares Impressão: Gravo Papers MATÉRIA DA CAPA ASSEMBLÉIA ANUAL DA ACEBRA DISCUTE POLÍTICA DE ARMAZENAGEM DE GRÃOS O primeiro compromisso que o presidente da ACEBRA, Airton Roos e os diretores Arney Frasson e Flávio Andreo tiveram foi com o deputado Jerônimo Goergen (PP/RS). Eles o acompanharam em reunião na Receita Federal com o Secretário Carlos Alberto Barreto. O assunto discutido foi a liberação de novos pontos para armazéns alfandegados. O secretário informou que a Instrução Normativa do dia 10 de maio de 2011 nº 1152 possibilita considerar como armazéns alfandegados os locais GALERIA DE FOTOS onde procedem o Redex (Recintos Especiais para Despacho Aduaneiro de Exportação). A ACEBRA está estudando o texto para verificar se as condições descritas atendem às necessidades das empresas cerealistas no que se refere à exportação de grãos. Em reunião com o coordenador-geral da Secretaria de Política Econômica, Francisco Erismá, no Ministério da Fazenda, o presidente Airton Roos, junto à diretoria da ACEBRA, levou para discussão a reformulação do crédito rural, os recur- sos do EGF e o investimento em armazéns para as empresas cerealistas. Assuntos que também foram tratados com o secretário de Política Agrícola, José Carlos Vaz, no MAPA, com quem foi discutida a política do trigo. O secretário solicitou um estudo para verificar a viabilidade do projeto. No Ministério do Desenvolvimento Agrário, a ACEBRA se reuniu com o coordenador geral de monitoramento e avaliação da Secretaria de Agricultura Familiar (SAF/ MDA), Jacksonvilliam Nagornni, onde foi requerida a criação de um mecanismo para que os produtores de soja assistidos pelos cerealistas tenham acesso ao benefício DAP (Declaração de Aptidão ao Pronaf). Para o presidente Airton Roos, a assembléia anual da ACEBRA foi um sucesso e cumpriu seu objetivo. “Com todas essas reuniões produtivas, podemos dizer que o setor cerealista ganhou muito e só tende a crescer”, declarou. JANTAR DE CONFRATERNIZAÇÃO REÚNE PARCEIROS E AUTORIDADES Para confraternizar e encerrar a assembléia anual da ACEBRA o presidente Airton Roos recebeu a diretoria, parceiros e autoridades em um jantar na churrascaria Fogo de Chão, no dia 25 de maio. Entre os presentes estavam a senadora Ana Amélia (PP/RS) e o deputado Eduardo Sciarra (DEM/PR). 1 3 2 4 1- O presidente Airton Roos, juntamente com a senadora Ana Amélia (PP/RS) 2- Rodrigo Guzzo, cerealista representante do Paraná e a senadora Ana Amélia (PP/ RS) 3-Flávio Andreo; Arney Frasson, 1º secretário da ACEBRA; a senadora Ana Amélia (PP/RS); Airton Roos; o vice-presidente da ACEBRA Luíz Fernando Guerra e Luciano Markiewicz, secretário executivo da ACEPAR . 4- Airton Roos e o deputado Eduardo Sciarra (DEM/ PR). 3 ACEBRA E MINISTÉRIO DA FAZENDA DISCUTEM INVESTIMENTO EM ARMAZÉNS PARA GRÃOS A ACEBRA, representada pelos seus diretores e associados, levou ao Ministério da Fazenda, no dia 25 de maio, propostas de melhorias para o setor cerealista. Na reunião com o coordenador-geral da Secretaria de Política Econômica, Francisco Erismá, foram discutidos a reformulação do crédito rural, os recursos do Empréstimo do Governo Federal (EGF) e o investimento em armazéns para os cerealistas. Em relação ao Empréstimo do Governo Federal, a ACEBRA teve o pedido de aumento de crédito atendido. O teto que antes era de R$ 30 milhões, a partir do ano que vem será de R$ 40 milhões, de acordo com o Plano Safra 2012 anunciado pelo Governo Federal no último mês de junho. O presidente da ACEBRA, 4 Airton Roos acrescentou que as instituições financeiras deveriam diminuir a burocracia e que o setor gostaria de ter melhores condições para atender aos produtores beneficiados pelo Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). O presidente alega que os cerealistas não têm como atender aos pronafianos na venda da soja às usinas de biodiesel, apesar do setor atender de forma diferenciada os mini e pequenos produtores rurais. O segmento reconhece a importância dos pequenos produtores e gostaria de estimulá-los em um processo que envolva um desenvolvimento das pequenas propriedades, através de um acompanhamento sistemático da lavoura, com assistência técnica de forma a integrá-lo à cadeia de agronegócios. Assim, pode proporcionar um aumento de renda por meio da obtenção dos bônus oferecidos pelo governo na comercialização da soja destinada ao biodiesel. Também foi apresentada ao coordenador-geral da Secretaria de Política Econômica, Francisco Erismá, a deficiência no sistema de armazenagem de grãos. Para a ACEBRA, o atual já não está satisfazendo às demandas. Segundo dados da CONAB, a defasagem de armazenamento de grãos em todo país está em torno de 22 milhões de toneladas. Atualmente, pela carência de armazenagem, grande parte da produção fica no aguardo de processamento em locais improvisados, como em “silo bags” ou simplesmente cobertos por lona. Outro ponto tratado na reunião foi o problema logístico ocasionado pelos estrangulamentos e gargalos em rodovias, terminais ferroviários e portuários. MAPA solicita estudo técnico para avaliar projeto de armazenagem de grãos No dia 25 de maio, os representantes da ACEBRA foram recebidos pelo novo secretário de Política Agrícola, José Carlos Vaz, no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Durante a visita foi discutida a questão de armaze- nagem e escoamento do trigo. O secretário José Carlos Vaz solicitou à associação um estudo técnico do projeto de armazenagem com o detalhamento de juros e prazos para que possa ser analisada a viabilidade do projeto. CONAB JÁ TRABALHA PARA CERTIFICAR ARMAZÉNS A diretoria da ACEBRA também reuniu-se, no dia 25 de maio, com Milton Libardonni, superintendente de armazenagem e movimentação de estoques da Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB). A reunião teve como objetivo principal discutir o Programa Nacional de Armazenagem e a certificação de grãos. A solicitação do presidente da ACEBRA, Airton Roos, em nome das empresas cerealistas foi quanto à necessidade urgente de um programa nacional de armazenagem que venha atender as reais necessidades do agronegócio de uma maneira objetiva e realista. Airton Roos alertou também ao superintendente que os dados do Governo estão desatualizados, que há armazéns cadastrados que estão desativados e vice-versa. Em razão desses registros desatualizados as cerealistas estão enfrentando dificuldades no acesso aos mecanismos de comercialização das safras: AGF’s (Aquisição do Governo Federal) e PEP’s (Prêmio de Escoamento do Produto). Milton Libardonni, superintendente da CONAB informou que já existem oito equipes trabalhando no Rio Grande do Sul, um dos maiores produtores de grãos do país, adequando os itens previstos nas normas para que os armazéns sejam certificados e passem a cumprir o seu papel de maneira sustentável. 5 ACEBRA SOLICITA AO MINISTÉRIO DA FAZENDA FINANCIAMENTO PARA CONSTRUÇÃO E REFORMA DE ARMAZÉNS O presidente Airton Roos, junto com membros da diretoria, foi recebido no último dia 5 pelo secretário adjunto de política econômica no Ministério da Fazenda, Gilson Bittencourt. Também esteve presente na reunião o deputado federal Jerônimo Goergen (PP-RS), parlamentar engajado nas questões do setor cerealista. Na pauta, a criação de um programa de investimento para armazenagem, voltado para as empresas cerealistas. A solicitação feita pela ACEBRA ao Ministério da Fazenda foi a criação de uma linha de crédito com taxas e juros apropriados para o financiamento da expansão da armazenagem e adequação dos armazéns já existentes às normas de qualidade vigentes no Brasil. Segundo dados da CONAB, é grande a defasagem de armazenagem de grãos em todo o Brasil. E cada ano essa situação pio- ra por causa do excedente de safras anteriores que não foram comercializados. Para justificar a criação dessa linha de financiamento, um estudo de viabilidade feito pela ACEBRA foi entregue ao secretário Gilson Bittencourt. O documento expõe os motivos e sugere um programa a ser desenvolvido para o setor cerealista, gerido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). De acordo com a ACEBRA, a criação de armazéns diminuiria os gargalos em toda infraestrutura e logística associada ao setor. O secretário Gilson Bittencourt reconhece a importância dos armazéns para a agricultura e se mostrou favorável a proposta de financiamento para construção de armazéns. Entretanto, apontou algumas questões que devem ser consideradas para que a solicitação da ACEBRA possa avançar. “A questão da armazenagem é uma discussão fundamental para o agronegócio brasileiro. Mas para formatarmos esse programa ainda este ano é preciso incluir o Ministério da Agricultura na condução do processo e pedir que a CONAB analise o estudo elaborado pela ACEBRA”, destaca Bittencourt. Para o secretário, é preciso fazer um levantamento para saber qual é a demanda de grãos a ser armazenada, qual produto mais sofre com a falta de armazenagem e a região que tem a maior demanda. Ele disse também que a ACEBRA será importante na construção do programa. RECEITA FEDERAL SE COMPROMETE COM QUESTÕES IMPORTANTES PARA OS CEREALISTAS 6 Ainda para debater a questão dos armazéns no Brasil, no último dia 6 de julho, a ACEBRA também foi recebida pelo secretario geral da Receita Federal, Carlos Alberto Barreto, para discutir a problemática dos armazéns alfandegados e da tributação da soja destinada à produção de biodiesel. Em relação aos armazéns alfandegados a situação apresentada pelos representantes da ACEBRA preocupa as empresas cerealistas. A Receita entende que os grãos devem sair da área de produção diretamente para o porto. Mas é sabido que não é assim que acontece o transporte de grãos. Após a colheita, tem o período de armaze- nagem, transporte em caminhões e trens antes de chegar ao porto, local onde se consuma a exportação. Para solucionar de vez o problema, a ACEBRA se propôs a fazer um texto de Medida Provisória supervisionado pela Receita no intuito de modificar a lei. Até que essa questão seja definida fica em vigor a IN 1152 que prevê a não contribuição para o PIS/PASEP e COFINS, somente quando for para embarque de exportação ou para recintos alfandegados. Entretanto, de acordo com o subsecretário de tributação e contencioso da Receita Federal, Sandro Serpa, já é aceito a armazenagem em locais não alfandegados, desde que seja feito um controle e autorizado por um delegado da Receita Federal. Outro assunto discutido com o secretário Carlos Alberto Barreto foi a tributação de PIS/COFINS para a soja destinada ao biodiesel. A soja destinada à alimentação humana e animal está livre dessas tributações. O que a ACEBRA solicita é a venda da soja com suspensão para todos os fins, até a industrialização, e o peso da tributação para o comprador final do produto. Este assunto será melhor debatido entre os técnicos da Receita Federal e ACEBRA nos próximos encontros já pré agendados para o segundo semestre de 2011. DIRETORES DA ACEBRA VÃO AO MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO PARA SOLICITAR O AUXÍLIO DA DAP AOS SEUS ASSOCIADOS Como parte da extensa agenda exercida pelos diretores da ACEBRA durante a assembléia 2011, foi solicitada, no dia 25 de maio, uma reunião com o coordenador geral de monitoramento e avaliação da Secretaria de Agricultura Familiar (SAF/ MDA), Jacksonvilliam Nagornni, que recebeu muito bem os representantes da associação. Na reunião, foi requerida a criação de um mecanismo para que os produtores de soja, destinada ao Biodiesel, assistidos pelos cerealistas tenham acesso ao benefício DAP (Declaração de Aptidão ao Pronaf), um documento que comprova que ele é um agricultor familiar e possibilita sua participação no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar. “O objetivo da DAP é disponibilizar melhores linhas de crédito para que esses pequenos proprietários possam investir no desenvolvimento da lavoura e melhorar a sua qualidade e capacidade”, informa Cláudio Azevedo, da ACERGS. “Muitas vezes o pequeno produtor não tem a liberdade de escolha e acaba, geralmente por contragosto, vendendo seu produto às cooperativas, que são cadastradas como órgãos autorizados a transmitir o cadastro de solicitação da DAP ao Governo. Digo contragosto, pois muitas delas não proporcionam a assistência que oferecemos ao nosso associado”, declarou Vicente Barbiero, da Com. Cereais JRB Ltda. O coordenador Jacksonvilliam Nagornni, por sua vez, se propôs a levar o assunto às autoridades competentes para dar continuidade ao processo de solicitação da ACEBRA. REUNIÃO DA CTILOG TEVE ENCAMINHAMENTOS POSITIVOS PARA AS PROPOSIÇÕES DA ACEBRA A 22ª reunião da Câmara Temática de Infraestrutura e Logística do Agronegócio, que aconteceu no último dia 7 no MAPA, teve encaminhamentos positivos para as proposições que a ACEBRA fez em relação a passagem de veículos com cargas pesadas e sobre o projeto de lei que quer tornar obrigatório o uso de lona no assoalho de caminhões transportadores de grãos. 7 O primeiro ponto tratado foi a passagem de veículos com produtos perigosos. Estão nessa categoria materiais explosivos, gases, líquidos inflamáveis, sólidos sujeitos a combustão, oxidantes, tóxicos, radioativos, corrosivos e qualquer outro que ofereça risco ao meio ambiente. O problema apontado é que, atualmente, as licenças para transporte desse tipo de carga são emitidas por cada estado causando problemas para o transportador, que tem regras diferentes de fiscalização no ponto de origem e no ponto de chegada. Toda essa burocracia gera uma imensidão de multas e, conseqüentemente, ônus para a renda dos produtores. A solicitação feita à câmara é que haja uma pressão junto ao Congresso Nacional para aprovar um projeto de lei que cria a obrigatoriedade de uma licença nacional. Ainda tratando sobre produtos perigosos o superintenden- te da ACEBRA, Roberto Queiroga, destacou o problema dos fretes de retorno. “É grave a situação. Colocar a placa “produto perigoso” no caminhão limita o transportador. Na hora de voltar do porto, o caminhão não pode transportar enxofre ou nitrato, por exemplo. Ou seja, o caminhão vai cheio e Segundo a associação, a aprovação desse projeto irá acarretar diversos problemas na etapa de pós colheita. O principal deles é a contaminação dos grãos. “Um estudo indicou que o plástico utilizado na fabricação da lona exigida libera resíduos que podem contaminar os grãos. Outro problema é a existência de poucos fornecedores que produzem a lona exigida”, explica Roberto Queiroga. A proposta do presidente da câmara, José Ramos Torres de Melo, foi constituir um grupo de trabalho com rapidez para redigir uma justificativa, baseada na possível rejeição de carga por contaminação no comércio exterior, e apresentá-la ao relator do projeto no intuito de parar a tramitação no Congresso Nacional. A proposta foi aprovada por unanimidade pelos integrantes da câmara. A próxima reunião está marcada para o dia 13 de setembro e irá discutir novamente essas questões. “Um estudo indicou que o plástico utilizado na fabricação da lona exigida libera resíduos que podem contaminar os grãos. Outro problema é a existência de poucos fornecedores que produzem a lona exigida” COMISSÃO DE VIAÇÃO E TRANSPORTES APROVA PLEITOS DA ACEBRA 8 Foi aprovado pela Comissão de Viação e Transportes (CVT) da Câmara dos Deputados em reunião or- volta vazio, o que gera prejuízos para o transportador e embarcador”, afirma. Outro tema importante para a ACEBRA foi a discussão do projeto de lei que tramita na Câmara dos Deputados que prevê a obrigatoriedade de lona no assoalho da carroceria dos caminhões transportadores de grãos. dinária, o requerimento do deputado Jerônimo Goergen (PP/RS) que solicitava audiência pública para discutir os atuais níveis de tolerância de peso sobre eixo nos caminhões. A comissão ainda definirá data para a realização da audiência pública o que deverá ocorrer no segundo semestre. Com o objetivo de solicitar apoio para a futura audiência pública o superintendente da ACEBRA, Roberto Queiroga, participou da reunião na Câmara de Infraestrutura e Logística do Agronegócio no último dia 7, no MAPA. A CVT aprovou também a retirada do PL 3635/08 da pauta, que trata sobre a obrigatoriedade do uso de lonas em caminhões transportadores de grãos.