2006: O ANO DO BRASIL NO ESPORTE Base Industrial de Defesa: PREOCUPAÇÃO CONSTANTE DO MD Confira: ENTREVISTA ESPECIAL COM O MINISTRO DA DEFESA WALDIR PIRES Editorial ESTRATÉGIA E DESAFIO O Brasil será, desenganadamente, neste século XXI, uma grande e importante nação do mundo, provavelmente já tendo ganho as batalhas da redução das desigualdades sociais e de aceleração do seu progresso econômico e tecnológico. Entendo que os estados nacionais serão, neste século, ainda os grandes interlocutores do cenário internacional. E nós queremos o Estado Democrático de Direito, com a garantia do exercício das liberdades individuais e públicas, e da Justiça Social. Com nossa dimensão continental e o tamanho da nossa população, seremos atores com voz importante e influente no diálogo do mundo, para a manutenção da paz e a preservação da convivência respeitável entre os povos. Nessas condições é que enxergo absolutamente indispensável uma posição ativa e construtiva em torno de uma política de defesa eficaz, competente, que garanta nossa soberania, nosso território e nossa civilização. Uma política, inclusive, de aprofundamento dos laços fraternos com todos os nossos irmãos vizinhos da América do Sul, cumprindo os objetivos de um princípio constitucional brasileiro de integração econômica, social, cultural e política dos EXPEDIENTE povos da América Latina. Para conquistarmos uma voz que pese e seja adequadamente considerada nas instâncias deliberativas da vida do planeta. Essa é a estratégia e também o desafio: dispor de Forças Armadas capazes, ágeis e eficazes, portanto de uma política de Defesa que, no plano global, alie-se a todas as nações amigas, na construção da convivência pacífica, do respeito à soberania nacional e da autodeterminação dos povos, na paz. E que no plano interno busque sempre a construção de uma sociedade mais justa, trabalhe pela inclusão social e assegure a democracia para todos com a garantia da dignidade da pessoa humana. Waldir Pires Ministro da Defesa Questão Jurídica LICENÇA NÃO-REMUNERADA E CONFLITO DE INTERESSES A Comissão de Ética Pública decidiu recomendar a todos os órgãos e entidades que integram o Poder Executivo Federal que levem em conta a compatibilidade da atividade profissional que o servidor irá desempenhar quando estiver de licença não-remunerada para tratar de interesses particulares. O período de licença não deverá ser concedido sempre que seu exercício apresentar conflito de interesse com o órgão público. Publicação da Assessoria de Comunicação Social do Ministério da Defesa Ministro da Defesa Waldir Pires Assessoria de Comunicação Social Jornalista Léa Cavallero Redação Jornalista Cibele Leite Jornalista Daniela Cardoso Estagiários Carlos Eduardo Carone; Matusael Jorge; Natalie Machado e Taís Guerino Fotografias Elio Sales Coordenação e Distribuição Assessoria de Comunicação Social do MD Telefone: 61-3312-4070 E-mail: [email protected] Portal: www.defesa.gov.br Jornalista Responsável Léa Cavallero Diagramação Luana Salles Impressão WJ Gráfica Editora e Papelaria SIBS Quadra 03 conjunto "C" Lote 10 Núcleo Bandeirantes / DF 71736-303 Telefax: 61-3386-1969 Distribuição Gratuita Ministério da Defesa Esplanada dos Ministérios Bloco "Q" Brasília / DF - 70049-900 Informe Defesa MINISTÉRIO DA DEFESA Tiragem: 4.000 exemplares A licença não-remunerada é concedida "a critério da Administração", segundo a Resolução Colaboração CEP nº 8, em linha com o que dispõe o art. 91 da Lei 8.112/90, podendo ser interrompida a qualquer Secretaria de Política, Estratégia e Assuntos Internacionais; tempo, a pedido do servidor ou no interesse do serviço público. Militares ou civis do Governo Federal que trabalhem na área de planejamento e aquisição de produtos logísticos e que pretendam se afastar temporariamente do serviço, fazendo uso de licença não-remunerada, poderão ter sua situação examinada com cautela a fim de se verificar a possibilidade de ocorrência, ou não, de conflito de interesses entre o público e o privado. Isso poderá acontecer, por exemplo, nos casos de afastamento do interessado para trabalhar em instituição que efetiva ou potencialmente, direta ou indiretamente, comercialize para o Governo produtos logísticos (ex.: armamento, suprimentos aeronáuticos, bélicos ou navais, etc). Secretaria de Logística, Mobilização, Ciência e Tecnologia; Secretaria de Organização Institucional; Secretaria de Estudos e de Cooperação e Estado-Maior de Defesa. Questão da Defesa ATIVIDADES OPERACIONAIS NAS MÃOS DO CHEFE DO ESTADO-MAIOR DE DEFESA Por Léa Cavallero Ele ocupa posição relevante no Ministério. Todas as informações operacionais sobre defesa nacional têm um primeiro destino: seu gabinete. Com a aprovação do Presidente da República e do Ministro da Defesa, é dele que podem partir as primeiras decisões em caso de um possível conflito armado. Mesmo em tempos de paz, o Chefe do Estado-Maior de Defesa, cargo ocupado pelo Tenente-Brigadeiro-do-Ar José Américo dos Santos, tem muito com o que se preocupar. Responsável por toda a logística na Missão de Paz no Haiti (MINUSTAH); pelo sistema de comando e controle das Forças Armadas e pelos exercícios militares combinados, o Brigadeiro diz-se feliz e realizado com sua função, ocupada desde abril de 2006. O militar mais antigo do Ministério da Defesa tem 45 anos de serviço e somente como oficial-general, contabiliza, com orgulho, 10 comandos. ID Como o Ministério da Defesa tem apoiado a MINUSTAH? O que o Brasil ganha com isso? JA - A logística para apoiar o contingente de mil e duzentos militares exige um esforço muito grande. Agora, enviamos o quinto contingente, isto é, já renovamos as forças no Haiti num total de seis mil militares. Essa atuação tem sido de importância fundamental para a projeção do nosso País, haja vista que mais de dez países participam. Nós temos mais de sete mil militares sob o comando de um oficial-general do Exército Brasileiro. Todos os países têm elogiado o padrão profissional e de comportamento das tropas brasileiras naquele país. Efetivamente, o Brasil beneficia-se por a p r e s e n t a r t r o p a s organizadas, disciplinadas e preocupadas com a parte social do Haiti. ID Outro trabalho estratégico do Ministério da Defesa é a atuação dos militares brasileiros no mundo. Como funciona exatamente esse trabalho? JA - A atuação dos nossos militares no mundo está calcada na política de defesa nacional. Hoje, o Brasil possui 1269 militares atuando em diversas partes do mundo, sem incluir os adidos militares de defesa. Em relação às missões de paz, eles atuam de acordo com os documentos editados pelas Nações Unidas. Essas atividades são realizadas no campo da paz e da segurança internacional, divididas em cinco categorias: diplomacia preventiva, promoção da paz , manutenção da paz, consolidação da paz e imposição a paz. ID Eles seriam então os articuladores dessa paz? JA - Praticamente sim. Eles estão ligados diretamente à ONU e atuam sempre buscando a paz. ID Qual é a avaliação da defesa do nosso País quando comparada com a de outras nações? JA - Este é um conceito que aparenta ser intangível. Entretanto, existem indicadores universalmente aceitos e conhecidos, como, por exemplo, os efetivos militares e seus respectivos gastos, os tipos de armamentos e materiais utilizados pelas Forças, bem como a capacidade de mobilização do país. O Brasil não tem os maiores gastos em termos de recursos destinados à defesa. Conforme as últimas estatísticas, o País hoje estaria numa posição intermediária entre os que mais destinam recursos para a Defesa. Os atuais recursos não são aqueles desejáveis para manter a nossa capacidade militar, mas são aqueles que, efetivamente, a Nação pode despender no momento. ID O senhor acha que o orçamento destinado a gastos militares, no Brasil, é suficiente? JA - O orçamento militar deveria ser maior. O País, devido a sua estatura política, não precisa ter uma capacidade militar igual a outros países que hoje lutam por uma hegemonia. Acredito que a Nação tenha que ter os seus equipamentos e as suas Forças adequadas para o contexto, a realidade que nós vivemos. ID Finalmente, como funciona hoje o sistema militar de comando e controle? Pode exemplificar? JA - O sistema de comando e controle tem o sentido de propiciar as melhores condições para o exercício da direção, do controle e da coordenação das Forças Militares em Operação. Com ele, é possível acompanhar, em tempo real, as ações em curso. Atualmente, o Ministério da Defesa está engajado num processo que vai permitir a interoperabilidade entre os respectivos sistemas da Marinha, do Exército e da Aeronáutica. Este sistema já está permitindo, hoje, o acompanhamento dos exercícios e das operações combinadas em diversas regiões do País. 03 Notícias MD Alfredo Brito, arquiteto responsável pelo projeto de restauração, disse que o desafio é recuperar o prédio sem perder alguns elementos originais NO ANTIGO PALÁCIO, SURGE A MODERNA ACADEMIA MILITAR DE SAÚDE Por Daniela Cardoso Foto Alfredo Brito O que parecia estar abandonado, agora será um grande centro acadêmico de saúde militar. Militares e civis que fizeram parte da história do antigo edifício “Palácio da Saúde”, localizado na Praça da República, na cidade do Rio de Janeiro, festejam a iniciativa do Ministério da Defesa (MD) de restaurar o edifício e transformá-lo na Academia Militar de Saúde. O próximo passo agora é buscar recursos por meio da Lei de Incentivo à Cultura, para que firmas viabilizem a reforma do prédio. Além de um centro de cultura, estudos e exposições, a Academia será sede das academias brasileiras militares de medicina, de odontologia e de farmácia das três Forças - Marinha, Exército e Força Aérea Brasileira. “O momento é de realização de um sonho. Essa idéia vinha sendo alimentada há muitos anos", disse emocionado o presidente da Academia Brasileira de Medicina Militar, General-de-Divisão (médico) Gilson Lopes Cavalcanti, durante solenidade de comemoração dos cem anos do edifício, realizada em março deste ano. Alfredo Brito, arquiteto responsável pelo projeto de restauração, disse que o desafio é recuperar o espaço, mas sem perder alguns elementos originais. “Os adornos da fachada esculpidos em pedra, o elevador, a escada e alguns vitrais serão recuperados e valorizados. Descobrimos também que algumas pinturas são trabalhadas diretamente na massa e isso também será restaurado”, explicou o arquiteto. Ele disse ainda que apesar da preservação de alguns valores, a obra será moderna e adaptada. De acordo com o Secretário de Organização Institucional do MD, Antônio Carlos Ayrosa Rosière, a academia será um importante centro de estudos, debates e formulação de doutrinas sobre saúde militar, além de um espaço de congraçamento entre profissionais civis e militares. “Pretendemos nela abrigar salas destinadas às academias militares de medicina, odontologia e farmácia e áreas de uso comum, como auditórios, salas de reunião, salão para solenidade, biblioteca e áreas de exposição para a preservação da memória cultural da saúde militar”. Ministério da Defesa FORÇAS ARMADAS OFERECEM POSSIBILIDADES DE INGRESSO Por Cibele Leite Todos os anos surgem oportunidades para os que desejam ingressar na Marinha, no Exército e na Força Aérea, seja por meio do serviço militar ou mediante concursos para o ingresso em Escolas de Formação. Neste ano, as Forças Armadas oferecem vagas, tanto para o nível técnico como superior. As inscrições para o concurso de admissão à Escola Preparatória de Cadetes do Exército (EsPCEx) no ano de 2006, destinado a matrícula em 2007, serão realizadas até 17 de agosto. Este ano, a Escola, localizada em Campinas (SP), oferecerá 500 vagas para civis e militares que desejam ingressar na Academia das Agulhas Negras, em Resende (RJ), e seguir carreira militar. Confira outras informações no site: www.espcex.ensino.eb.br . No Instituto Militar de Enge- nharia (IME), situado no Rio de Janeiro (RJ), há 95 vagas para os Cursos de Formação e Graduação. As inscrições serão abertas de 14 de agosto a 15 de setembro de 2006. Serão 55 vagas para Curso de Formação e Graduação de Oficiais da Ativa do Quadro de Engenheiros Militares e 20 para o Curso de Formação e Graduação de Oficiais da Reserva de Segunda Classe do Quadro de Engenheiros Militares. Ainda serão oferecidas 20 vagas para oficiais formados na Academia Militar das Agulhas Negras. Mais informações no site do Instituto: http://www.ime.eb.br . Para quem tiver interesse em ingressar na Força Aérea Brasileira (FAB), as inscrições para o concurso de admissão ao Estágio de Adaptação de Oficiais Temporários (EAOT) estão previstas para o mês de julho. O concurso é aberto para Terra à Vista ambos os sexos, com idade máxima de 42 anos, que tenham concluído o ensino s u p e r i o r, n a s m a i s d i v e r s a s especialidades, como Administração, Agronomia, Arquitetura, Comunicação Social, Economia, Ciências Contábeis e Educação Física (confira a lista completa no endereço: http://www.fab.mil.br/ ingresso/escolas/eaot. htm). Para os meses de agosto e setembro, estão previstos os concursos dos Cursos de Adaptação de Médicos, Dentistas e Farmacêuticos. Os concursos serão abertos para ambos os sexos. O estagiário que concluir o curso de adaptação será nomeado PrimeiroTenente e designado para servir em organização militar da FAB em localidade escolhida por ocasião da inscrição ao concurso. Informações no site: www .fab.mil.br . Comando da Marinha GRUPO-TAREFA: MISSÃO CUMPRIDA Fonte: Centro de Comunicação Social da Marinha Cinco navios da Marinha do Brasil que compõem o Grupo-Tarefa transportaram parte do quinto contingente da Força de Paz que atua em prol da reconstrução do Haiti. O GrupoTarefa, fundamental para transportar cerca de 200 fuzileiros navais, foi assim constituído: Navio de Desembarque de Na travessia, os navios fizeram escalas em Salvador e Fortaleza, chegando a Porto Príncipe no dia 30 de maio. Carros de Combate “Mattoso Maia”, Navio de Desembarque-Doca “Rio de Janeiro”, Fragatas “Niterói” e “Independência” e Navio-Tanque “Almirante Gastão Motta". Após efetuar o desembarque do contingente em Porto Príncipe e prestar o apoio inicial à tropa brasileira, o GrupoTarefa regressou ao Brasil no dia 7 de junho, com previsão de chegada, no Rio de Janeiro, em 8 de julho. Os navios trazem a maior parte da tropa da Marinha que atualmente compõe o efetivo brasileiro da Missão das Nações Unidas para Estabilização no Haiti, Minustah. 05 Matéria de Capa Waldir Pires: "FORÇAS ARMADAS SÃO FUNDAMENTAIS À CONSTRUÇÃO DO DESTINO NACIONAL" Por Pedro Formigli Em entrevista, o ministro da Defesa, Waldir Pires, destaca a impor-tância da integração das Forças Armadas com a sociedade. Entusiasmado, o minis-tro disse como pretende enfrentar todas as dificuldades da pasta, inclusive as financeiras. Como o senhor recebeu a incumbência de assumir o Ministério da Defesa? WP - Como um desafio e muita disposição de servir ao País, dada a importância desta função e o dever de assumi-la num momento de muitas dificuldades, seja no plano interno, seja no plano internacional. Muito me orgulhou a confiança do Presidente Lula. Alguma dificuldade de convivência próxima com áreas militares, após ter sido cassado durante o regime militar? WP - Nenhuma, absolutamente. As nações democráticas, como o Brasil atual, asseguram o poder civil, que decorre do princípio de que todo poder emana do povo e deve estimular e acolher sempre a convivência pacífica, cordial e respeitosa entre os cidadãos civis e militares. As Forças Armadas são uma instituição fundamental à construção do destino nacional, no mundo de hoje, para a preservação do objetivo de independência, com uma sociedade livre e justa. Qual deve ser, a seu juízo, o papel essencial do Ministério da Defesa? WP- O Ministério da Defesa nasceu para fazer o importante papel de integração e coordenação das tarefas e encargos das Forças Armadas, a fim de que se possa obter o máximo de resultados com os recursos de que dispomos e de que vamos, crescentemente, dispor, de acordo com as nossas possibilidades. O que não podemos, nunca, é perder a clareza no objetivo de dispor de força eficaz e ágil para dissuadir, sempre, qualquer aventura contra nossa soberania. Sermos capazes de responder às expectativas de proteção de todo o nosso território, de nossos mares e rios, onde vivem nossos irmãos e onde se encontram as riquezas nacionais. Nesse curto período transcorrido desde a sua posse, foi possível estabelecer algumas metas ou prioridades para sua administração? WP- No curto período que temos, buscaremos fazer tudo quanto esteja ao nosso alcance para que se adicione, a cada dia, um pouco mais de condições, de tran-qüilidade, na convicção de que o horizonte do novo período governamental ensejará o fortalecimento constante das obrigações constitucionais da Defesa, com a nossa Marinha, nosso Exército e nossa Aeronáutica. Vejo também como essencial a necessidade de se ampliar a integração das Forças Armadas com a sociedade, com os interesses e as necessidades do nosso povo. Para isso, é muito importante que apostemos, por exemplo, em projetos como o Rondon, o Calha Norte, o Soldado Cidadão, entre outros. Entendo, porém, que períodos finais de admi-nistração, como o que vivemos agora, não são propícios para o estabelecimento de prioridades, mas para aperfeiçoar e melhorar o que vem sendo feito, buscando reduzir as dificuldades atuais. Felizmente o Brasil dispõe de pessoal competente e preparado para enfrentar essas dificuldades. Quais seriam as dificuldades principais? WP- As dificuldades financeiras, decorrentes das limitações orçamentárias. Como se costuma dizer, o cobertor é curto. São dificuldades que o País tem, e que terá ainda por algum tempo, para suprir as necessidades existenciais de seu povo e erguer a infra-estrutura adequada da Nação. Waldir Pires entre os comandantes da Marinha (E), do Exército e da Força Aérea Brasileira (D) Como pretende enfrentar essas dificuldades? WP - Lutando para reduzi-las ao máxi-mo, na medida do possível, mas o País contando sempre com Forças Armadas competentes, capazes de agilidade operacional permanente, garantindo nossa soberania. É preciso que trabalhe- mos, articulada e obstinadamente, para assegurar o desenvolvimento tecnológico e industrial necessário à modernização de nossas Forças, tendo sempre claro o objetivo político de assegurar ao Brasil uma voz que, no cenário das decisões internacionais, represente nossos objetivos de paz e de respeito ao amplo desenvolvimento de todos os povos. UMA HISTÓRIA DE LUTAS Baiano nascido em Acajutiba e criado em Amargosa, o Ministro Waldir Pires foi Governador da Bahia, Ministro da Previdência e Consultor-Geral da República. Sua carreira política começou em 1951, quando, aos 24 anos, assumiu a Secretaria de Governo do Estado da Bahia, na gestão de Régis Pacheco (PSDPTB). Foi eleito deputado estadual quatro anos depois e deputado federal em 1958, tendo sido vice-líder da maioria no governo do Presidente Juscelino Kubitscheck. Em 1963, convidado pelo Presidente João Goulart, assume o cargo de Consultor-Geral da República, mas o golpe de Estado de 1964 cassa-lhe os direitos políticos por dez anos, no Ato Institucional nº 1. Exilou-se inicialmente no Uruguai e depois na França, em 1965, onde ficou até 1970. De volta ao Brasil com sua mulher, Yolanda, e seus cinco filhos, retomou a luta pela Democracia, enquanto trabalhava na iniciativa privada, no Rio de Janeiro. Com a anistia, em 1979, retorna à Bahia e ingressa no MDB. Voltou ao Governo Federal após 21 anos, em 1985, para ser Ministro de Estado da Previdência e Assistência Social, a convite do Presidente Tancredo Neves. Elege-se novamente deputado federal em 1991. Advogado diplomado pela Universidade Federal da Bahia, foi professor titular de Direito Constitucional na Universidade Católica de Salvador e professor associado na Universidade de Brasília. Em 1998, volta à Câmara dos Deputados, eleito pelo Partido dos Trabalhadores para a legislatura 1999-2003. Em janeiro desse ano, com a posse do Presidente Lula, foi nomeado Ministro de Estado do Controle e da Transparência, chefe da Controladoria-Geral da União. Entre as principais iniciativas à frente da CGU destacam-se o inédito Programa de Fiscalização a partir de Sorteios Públicos, que acompanha a aplicação de recursos federais transferidos a Estados e Municípios; a criação do site Portal da Transparência, disponível a qualquer cidadão, em linguagem simples, navegação amigável e sem necessidade de senha, com mais de 340 milhões de informações sobre a aplicação dos recursos federais e ainda elaboração e distribuição de mais de um milhão de cartilhas e manuais dirigidas à população em geral, entre outras realizações. Destacam-se ainda a criação do sistema federal de corregedorias, a crescente transparência do conteúdo dos relatórios de auditorias e fiscalização, além da criação e instalação do Conselho de Transparência Pública e Combate à Corrupção, composto, paritariamente, por representantes do poder público e por nomes livremente indicados por entidades da sociedade civil. 07 Sobre as Asas Comando da Aeronáutica FAB SOMA MAIS DE 56 MIL ATENDIMENTOS EM DOIS ANOS DE REATIVAÇÃO DO CAN Fonte: Centro de Comunicação Social da Aeronáutica Depois de dois anos de reativação, as novas linhas humanitárias do Correio Aéreo Nacional (CAN) já contabilizaram mais de 56 mil atendimentos médico-odontológicos em 57 missões de atendimento da Força Aérea Brasileira (FAB) a 17 cidades do interior do Acre e Amazonas. Mesmo bastante expressivos, os números quantificam, mas não conseguem sozinhos mensurar a importância destas missões para populações carentes e isoladas. Como reconheceu o Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante a solenidade da posse do novo ministro da Defesa,Waldir Pires, em abril: “Quem nasce aqui na Esplanada dos Ministérios, em São Paulo, Rio de Janeiro, em Manaus... não sabe o significado do Correio Aéreo Nacional”. Além de, em muitos casos, salvar vidas, as equipes do CAN provocaram mudanças nas condições sanitárias com campanhas de estímulo à higienização de alimentos, de escovação bucal, orientações sobre doenças sexualmente transmissíveis e purificação da água, realizadas durante as missões. A experiência adquirida até hoje, nestas novas linhas, já permite que a Força Aérea faça planos para incrementar ainda mais as missões com a presença de especialistas em oftalmologia e cardiologia e a inclusão de novas rotas que contemplem outras regiões da Amazônia, como os vales do Rio Madeira e do Alto Rio Negro. Base Industrial de Defesa: UMA PREOCUPAÇÃO CONSTANTE DO MD O Ministério da Defesa (MD) escolheu a expressão Base Industrial de Defesa (BID) para definir o aglomerado empresarial público e privado que, fazendo parte do setor industrial brasileiro, é dedicado à produção de bens e serviços de interesse da defesa do País. As indústrias da BID possuem uma destinação singular, permitindo que sejam tratadas como um conjunto. Portanto, a Base abrange não só a produção de bens, como também os serviços afins, incluindo a produção de softwares. O MD entende, também, que a BID tem características próprias, pois seus produtos não têm apenas o valor comercial, mas também são fundamentais para a segurança do País, influindo diretamente nas estratégias a serem adotadas para assegurar a soberania nacional, apoiar a projeção do País no conceito internacional e, num contexto mais amplo, contribuir para a consecução dos interesses nacionais. atender às necessidades do País em caso de mobilização nacional". Segundo ele, para fazer frente a essas características, uma saída adotada pelos demais países produtores é incentivar a exportação, buscando obter o máximo aproveitamento das capacidades instaladas dessas indústrias. Segundo o Major-Brigadeiro-doAr José Roberto Scheer, diretor do Departamento de Logística do MD, as empresas da BID devem ser competitivas, mantendo em funcionamento um conjunto otimizado de meios para assegurar a sua sustentabilidade comercial em situação de normalidade. "Devem também guardar a possibilidade de Com a finalidade de manter o MD em conformidade com a Política Industrial, Tecnológica e de Comércio Exterior, foi aprovada, há dois meses, a Portaria nº 586/MD, referente a um conjunto de ações estratégicas que vão contribuir para concretizar planos traçados na Política Nacional da Indústria de Defesa (PNID), que tem como objetivo Ministério da Defesa geral o fortalecimento da indústria de defesa nacional. Essa Política formaliza, ainda, o conceito de BID e o de Produto Estratégico de Defesa, delegando ao Ministério da Defesa a elaboração da Relação de Produtos Estratégicos de Defesa. Um dos objetivos que o MD pretende atingir com a PNID é contribuir para que as Indústrias de Defesa possam manter-se em constante atividade, por meio do fomento às demandas das Forças Armadas, tendo em vista que aquelas dependem fundamentalmente das aquisições de produtos destas últimas para continuarem ativas. "É importante que o País apóie essas empresas para que elas expandam suas exportações e busquem a diversificação de seus produtos, valendo-se de itens de aplicação dual, civil e militar e de fomento às exportações", ressalta Scheer. O Brasil já se prepara para um dos maiores encontros da Indústria de Defesa: LAAD 2007 Notas do Front Comando do Exército 4 ANOS DE MÚSICA E INFORMAÇÃO NA VERDE-OLIVA FM Fonte: Centro de Comunicação Social do Exército Dessa forma, a Rádio VerdeOliva caracteriza-se como proveitosa ferramenta de excelência gerencial e de gestão pró-ativa da Força Terrestre. NO AR A programação da Rádio VerdeOliva é cuidadosamente planejada. Toca músicas nacionais, em sua maioria, e estrangeiras. Também divulga o que acontece em Brasília, no Brasil e no mundo e ainda presta serviços de utilidade pública. Por meio de um serviço de Ao completar o quarto aniversário, a Rádio Verde-Oliva trabalha em seu projeto de expansão para permitir que, além de Brasília, a programação alcance, via internet e via satélite, todas as Organizações Militares (OM) do Exército, no País e no exterior. Atualmente, já são 280 OM cadastradas pela internet e 10 antenas instaladas nas sedes dos Comandos Militares de Área, O em condições de difundir o sinal por satélite. TÁ São 24 horas no ar, criando, produzindo e transmitindo uma programação de qualidade, identificada com os valores culturais, cívicos e militares do Brasil, para ouvintes de Brasília e cidades do Entorno. atendimento telefônico, a Rádio interage com os ouvintes, acolhendo opiniões e sugestões, com o principal objetivo de aumentar ainda mais o padrão de qualidade que a diferenciou das demais emissoras. ES A Rádio Verde-Oliva, viabilizada pela Fundação Cultural Exército Brasileiro e operada pelo Centro de Comunicação Social do Exército, foi inaugurada em 12 de junho de 2002. EX ÉRCI T O B R AS IL EIR O 09 Esporte Militar General Archias comemora o fato de o Brasil sediar três campeonatos mundiais este ano 2006: O ANO DO BRASIL NO ESPORTE Por Daniela Cardoso No ano em que a Comissão Desportiva Militar do Brasil (CDMB), do Ministério da Defesa, comemora 50 anos, o esporte militar marca vários gols. O Brasil assume, em julho, a vicepresidência das Américas do Conselho Internacional do Esporte Militar (CISM). Isso significa que o País vai coordenar as reuniões esportivas militares no âmbito continental. O Brasil também vai sediar três campeonatos mundiais este ano e ainda é forte candidato a ser palco dos jogos militares mundiais de 2011. Queremos difundir o esporte militar nas Américas e motivar a participação de países que estão afastados, como Cuba e México”, explicou Archias. O General comemora a excelente fase que o esporte militar brasileiro está vivendo. Além de assumir a nova função, o Brasil vai sediar três campeonatos mundiais em outubro e novembro: equitação, pentatlo aeronáutico e orientação. “Nenhum país nunca foi sede de três campeonatos como estes em um ano. O Brasil candidatou-se e foi escolhido”, disse. O General-de-Brigada Archias Alves Neto, presidente da CDMB, vai ocupar a função de vice-presidente das Américas no lugar do General-de-Brigada Dwayne Lucas, do Canadá. A decisão foi tomada durante a 61ª Assembléia Geral do CISM, realizada em Roma, na Itália, neste ano. “O Brasil foi escolhido não só pela projeção que o País tem tido no âmbito esportivo militar mundial (...) O CISM é a maior organização esportiva militar do mundo, com 127 países filiados, e a terceira organização esportiva depois do Comitê Olímpico Internacional (COI) e da Federação Internacional de Associações de Futebol (FIFA). A entidade, com sede em Bruxelas, na Bélgica, tem como objetivo maior contribuir para a paz mundial por meio da confraternização esportiva. Torcida brasileira As expectativas em relação aos eventos esportivos militares não acabam por aí. A torcida para que o Brasil, mais especificamente o Rio de Janeiro, seja sede dos jogos militares mundiais de 2011 é grande. A decisão vai sair em maio de 2007. Até lá, visitas técnicas devem ser realizadas no Brasil e na concorrente Turquia, para definir qual dos dois países será sede dos jogos. “Queremos mostrar a grande capacidade que o Brasil tem de organizar eventos esportivos de grande porte”, disse o General Archias. Para o presidente da CDMB, o Brasil tem grandes chances de ser escolhido, pois dos três jogos militares mundiais já realizados, dois foram em terreno europeu, inclusive na Turquia. De acordo com o General, um dos maiores interesses do CISM é promover jogos em todos os continentes. EM DEFESA DA TECNOLOGIA A missão militar para o futuro do País Por Marcos Pontes, Ten.Cel.Av Incompleto. O conceito de Forças Armadas como organizações apenas voltadas para atividades bélicas é, no mínimo, incompleto. Talvez devido à pouca divulgação de seus projetos ou pela remanescência histórico-cultural associada ao regime militar, muitas pessoas, infelizmente, ignoram a importância dessas instituições no cenário social, científico e tecnológico do país. A despeito da grandiosidade do seu trabalho social, principalmente junto às áreas mais afastadas dos grandes centros, enfatizo aqui a marcante contribuição das Forças Armadas no desenvolvimento do setor de ciência e tecnologia. Historicamente, isso é um fato observado na maioria dos países desenvolvidos do mundo. No Brasil, não seria diferente. Nossos comandos militares sempre estiveram presentes na pesquisa científica, no desenvolvimento de produtos, no fomento à indústria e na formação de recursos humanos para as mais diversas áreas no Brasil. Universidades de reconhecida excelência como o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) e o Instituto Militar de Engenharia (IME) formam anualmente um grande número de jovens profissionais em níveis de graduação e pós-graduação que, uma vez integrados aos setores técnicos das instituições públicas ou das empresas privadas, representam uma inestimável contribuição ao desenvolvimento tecnológico do País. Os avanços atuais na área de eletrônica obtidos pelos projetos do Instituto de Pesquisas da Marinha e o impulso imprescindível dado pelo Exército Brasileiro nos primeiros anos da construção dos foguetes nacionais são exemplos da participação militar ao longo da história da tecnologia nacional. No setor espacial, a presença da Aeronáutica, responsável atual pelo desenvolvimento e construção dos "Nossos comandos se re estiveram presentes na pesquisa cien o mp stria e na form tífica,ne desenvolvimento de pro utos, no fomento à indú d a çã o d s do Brasil" ea r á s a h u s m s o s r r a e u c v n . Marco re os para as mais di s P ntes "Abre Aspas" foguetes brasileiros e toda a infra-estrutura associada, incluindo as bases de lançamento, faz do Comando da Aeronáutica um dos pilares do Programa Nacional de Atividades Espaciais. Tenho participado das atividades do programa espacial desde 1998, atuando na área operacional, como astronauta, no programa da Estação Espacial Internacional (EEI ou ISS). Após finalizar, com sucesso, a Missão Centenário, minha função voltou-se para o lado técnico do programa. Nesse contexto, além de atuar junto à NASA como elemento de ligação da Agência Espacial Brasileira para o programa da EEI, atualmente também inicio minha participação junto ao Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE) nos trabalhos associados ao Veículo Lançador de Satélites (VLS). No cenário presente, estando funcionalmente ligado à indústria privada nacional, temos uma configuração funcional bastante eficiente visando otimizar a implementação prática dos projetos do programa espacial e de defesa. Isto é, minha atuação funciona como uma ponte direta entre o setor governamental e privado. Na observação do modelo utilizado pelos países desenvolvidos nessas duas áreas, pode-se notar que a participação ativa do setor privado é elemento chave para o sucesso dos programas de tecnologia do setor público. Seguimos essa mesma tendência. A idéia é que, por meio dessa estreita conexão, possamos desenvolver produtos e obter recursos estratégicos ao País, ao mesmo tempo em que promovemos o crescimento das empresas do setor privado através de suporte científico e contratos de parceria. Esta estratégia reflete diretamente no desenvolvimento científicotecnológico, no aumento de divisas para o País, no incentivo às exportações de alto valor agregado, gerando mais empregos qualificados e melhores condições de vida para a população. Isso demonstra que a importância das Forças Armadas vai além de qualquer conceito “bélico”, e que sua missão é essencial para o futuro do nosso País! ========================== ========================== A coluna "Abre Aspas" é de inteira responsabilidade do autor. 11 Notas Frente Plurissetorial em Defesa das Forças Armadas Brasileiras é lançada no Congresso Nacional Foto: Ordinariado Militar do Brasil Desenvolver programas de Ciência, Tecnologia e Inovação; acompanhar a implementação da Política de Defesa Nacional; promover discussões acerca da posição estratégica da Amazônia e priorizar o desenvolvimento do Programa Nuclear Brasileiro são algumas das finalidades da Frente Plurissetorial em Defesa das Forças Armadas, lançada em junho, na Câmara dos Deputados. A Frente é composta por parlamentares do Congresso Nacional e por pessoas que participam direta e indiretamente dos setores de defesa, como órgãos do executivo, empresas e instituições da área científica. MD participa de mais uma exposição internacional sobre tecnologias de defesa A próxima edição da maior feira internacional de defesa e aeroespacial da América Latina, a LAAD 2007 – Latin America Aero & Defence, já tem data marcada: 17 a 20 "Vou me dedicar plenamente e quero de abril de 2007. O local escolhido será o Riocentro (RJ), um dos maiores pavilhões de aprender muito com os militares" exposição do País. A última edição aconteceu em abril de 2005, no mesmo local. Na LAAD de 2005, cerca de 12 mil pessoas visitaram o local. Mais de 300 expositores Osvino José Both é gaúcho, de Três Arroios, participaram, entre empresas e organizações nacionais e estrangeiras, além dos tem 68 anos e acaba de assumir a função de estandes do MD e dos Comandos da Marinha, do Exército e da Força Aérea Brasileira. Arcebispo Ordinário Militar do Brasil. Dom José Both substitui Dom Geraldo do Espírito Waldir Pires prestigia os sete anos de criação do Ministério da Defesa Santo Ávila, morto em novembro do ano passado. “Nunca me preparei para isso, mas já Waldir Pires esteve presente, no dia 10 de junho, às comemorações do sétimo aniverque a igreja me chama, eu estou com muita sário do Ministério da Defesa. Há pouco tempo como ministro, Waldir Pires discursou vontade de fazer o bem. Os militares têm o sobre a importância e a necessidade da integridade dos valores democráticos, de se coração aberto, são idealistas e aceitam muito construir tantas transformações no Brasil e no mundo, e ainda, sobre sua satisfação em bem a palavra do evangelho”, afirmou José trabalhar com pessoas honradas e responsáveis. “Nós queremos um povo que consiga Both. O novo arcebispo chega a Brasília no suprimir as divisões e superar as enormes desigualdades que venham nos separar. O dia 28 de julho proveniente da sede episcopal Ministério da Defesa significa a integridade desses valores, de se construir tantas transformações e mudanças no Brasil e no mundo”, disse. de Novo Hamburgo (RS). Acontece na Defesa Projeto Rondon Operação Vale do Ribeira 2006 15 a 28 de julho, na Região do Vale do Ribeira - São Paulo e Paraná Curso de Gestão de Recursos de Defesa (CGERD) - 24 de julho a 29 de setembro, em São Paulo - 09 outubro a 15 de dezembro, no Rio de Janeiro VIII Reunião da Comissão Permanente de Integração do Ensino Militar 24 de julho, na Universidade da Força Aérea - Rio de Janeiro - RJ Comemora- ção dos 2 anos do Projeto Soldado Cidadão 10 de agosto Campeonatos Militares III Torneio de Taekwondo das Forças Armadas 19 a 23 de julho, no Rio de Janeiro - RJ 43º Campeonato Mundial Militar de Pentatlo Naval 2 a 10 de julho, em Istambul - Turquia 13º Campeonato Mundial Militar de Triatlo 4 a 10 de julho, em Satenas - Suécia 32º Campeonato Mundial Militar de Pára-Quedismo 19 a 30 de julho, em Ryazan - Rússia Simpósio Nacional: O Esporte Militar de Alto Rendimento 5 a 7 de julho, em Brasília - DF 18º Festival Sul-Americano de Cadetes 4 a 14 de agosto, em Cartagena - Colômbia 41º Campeonato Mundial de Natação 9 a 14 de agosto, em Sofia - Bulgária 52º Campeonato Mundial de Pentatlo Militar 16 a 25 de agosto, em Wiener Neustadt Áustria 32º Campeonato Mundial Militar de Judô 29 de agosto a 5 de setembro, em Vinkovci - Croácia