Tema do Ano Educacional Quadrangular 2010 "Santifica-os na verdade, a tua palavra é a verdade" João 17:17 ENSINO DE ADOLESCENTES Como líderes e professores de adolescentes devemos ter claro o nosso papel, que é o de levá-los à santificação na palavra da verdade. É nossa função tornar o ensino agradável e eficaz, trazendo sempre novidades para dentro da sala de aula de modo, que a verdade da palavra torne-se atraente aos jovens, que estão seduzidos por tantas outras novidades. E que nós educadores, possamos ser uma ferramenta afiada a serviço do reino de Deus. DEFINIÇÕES DE ADOLESCÊNCIA Adolescência é uma etapa intermediária do desenvolvimento humano, entre a infância e a fase adulta. Este período é marcado por diversas transformações corporais, hormonais e até mesmo comportamentais. Não se pode definir com exatidão o início e fim da adolescência (ela varia de pessoa para pessoa), porém, na maioria dos indivíduos, ela ocorre entre os 10 e 20 anos de idade. (12 a 17 anos) Adolescência significa o ”período de crescimento em direção à maturidade. Durante esse período a pessoa se transforma, física, sexual, emocional, intelectual e socialmente. Ele ou ela se afasta da dependência e do ambiente protetor da família para uma independência relativa e produtividade social. As mudanças vêm às vezes, rapidamente e os jovens imaturos, nem sempre se ajustam muito bem”. Na realidade o que vem sendo considerada adolescência são comportamentos estimulados pela mídia e mesmo pela família como o uso de roupas com "design" adulto, reivindicações de independência - sem nenhum traço de maturidade -, pintura nas meninas, encorajamento de comportamentos e de aproximações íntimas um tanto sexualizadas, namoros, etc. DIVISÕES DA ADOLESCÊNCIA 1.Pré-adolescência (pubescência, puberdade ou primeira adolescência) [10 -11] 2.Adolescência. [12-18] 3.Adolescência Final (juventude) [18-20 ou mais] Pré- adolescência – Explosão de mudanças biológicas, que podem produzir sentimentos simultâneos de ansiedade, confusão e prazer. O que se deve observar é que são essas mudanças físicas que detonam as mudanças emocionais. Adolescência- Este período produz menos mudanças físicas, mas o adolescente precisa adaptar-se à sua nova identidade como um indivíduo num corpo adulto. Os amigos tornam-se cada vez mais importantes já que a presença dos pais é cada vez mais indesejada. O namoro e outros relacionamentos com o sexo oposto se tornam de extrema importância e os “rompimentos” são muito raros e penosos. Vacilam entre maturidade e imaturidade. Adolescência final- O jovem enfrenta nesse período a tarefa de situar-se confortavelmente na sua sociedade adulta. Para a maioria das pessoas este período começa após a formatura do ensino médio. Nem adolescente, nem adulto, procura assumir responsabilidades de adulto e passando a ter uma vida mais independente, formulando um estilo de vida distinto. Os planejamentos do futuro, inclusive a decisão de escolher um companheiro e uma carreira, ocupam espaço, tempo e energia consideráveis . REFLEXÃO Diga em poucas palavras como foi sua adolescência e o que mais marcou. Em seguida diga o que você pensa sobre a adolescência hoje. "Um adolescente chamado Jesus" Texto: Lucas 2:42-52. Introdução: A adolescência deve ser encarada normalmente, como as outras fases da vida: infância, juventude, adulta e velhice. Em todas estas etapas, enfrentamos mudanças com as quais devemos nos adaptar. Devemos entendê-la como um processo normal do indivíduo, em direção à maturidade. A peculiaridade desta faixa etária é que todas as transformações (físicas, emocionais, psicossociais, intelectuais e espirituais), acontecem ao mesmo tempo e rapidamente. Com Jesus não foi diferente, Ele também teve a sua adolescência e juventude. A bíblia nos informa apenas um episódio da adolescência de Jesus, episódio este que vamos analisar detalhadamente. Jesus, um adolescente que freqüentava os cultos. A prática de ir ao culto já era comum para Jesus, o versículo (22) diz que Jesus foi ao Templo pela primeira vez quando ainda tinha dias, já no versículo (40) diz que Ele crescia debaixo da sabedoria e graça de Deus. Antes de completar doze anos o filho só podia freqüentar os cultos na sinagoga, e era hábito dos pais levarem os filhos à sinagoga. Quando completou doze anos Jesus foi ao templo. A vida de vitória de Jesus, sem dúvida, deve-se ao fato de ele ser criado na igreja. O adolescente deve ter suas atividades seculares, como estudar, jogar bola, passear com os colegas, porém sua agenda deve ter como prioridade o culto ao Senhor. Vejam o versículo (46), quando Jesus desapareceu por três dias, o local onde o encontraram foi no templo. Isso fala que como professores temos que ensinar sobre a VIDA PESSOAL COM DEUS E DEVOCIONAL Pra isso sugira idéias, aplique estratégias como: DIÁRIO ESPIRITUAL Use um caderno, caderneta, agenda ou fichário; Reserve uma folha em branco para cada dia; No alto de cada página, ponha a data da leitura; Depois, desenvolva de sua maneira pessoal, o Diário, considerando os itens a seguir: 1. PROMESSAS DE DEUS 2. ORDENS DE DEUS A SEREM OBEDECIDAS 3. PRINCÍPIOS ETERNOS 4. MENSAGEM DE DEUS PARA MIM HOJE 5. COMO POSSO APLICAR ISSO NA MINHA VIDA? SUGESTÃO, Monte COM ELES um modelo de diário devocional, selecionando um texto bíblico como exemplo. 2. Jesus, um adolescente que gostava de conversar(v.46). Uma das características do adolescente é o isolamento. Como educadores, precisamos ter diálogo com os nossos meninos e meninas. Na realidade eles estão passando por um período de turbulência. Mudanças de humor. Imaginação exacerbada (não madura) Riscos inconseqüentes Perda da noção do real Isso tudo acontece por causa dos LUTOS DA ADOLESCÊNCIA Podemos dizer que o adolescente realiza três lutos fundamentais: O luto pelo corpo de criança. Identidade e papel infantil. Pais da infância. 1. Perda do corpo infantil: Nessa fase, o adolescente vive com muita ansiedade as transformações corporais ocorridas a partir da puberdade, as quais exigem dele uma reformulação de seus mundos interno e externo. 2. Perda da identidade e do papel sócio-familiar infantil: Da relação de dependência natural do convívio da criança com os pais, segue-se uma confusão de papéis, pois o adolescente, não sendo mais criança e não sendo ainda um adulto, tem dificuldades em se definir nas diversas situações de sua cultura. No caminho para a sua independência, sentindo-se ora inseguro, ora temeroso, busca o apoio do grupo, que tem importante função, pois facilita o distanciamento dos pais permitindo novas identificações. 3. Perda dos pais da infância: Os pais, antes idealizados e supervalorizados, passam a ser alvo de críticas e questionamentos. Dessa forma, o adolescente busca figuras de identificação fora do âmbito familiar. Nesta fase, se caracteriza a independência dos filhos em relação aos pais e vice-versa; é o momento em que o adolescente busca substituir muitos aspectos da sua identidade familiar por outra mais individual. Construindo uma identidade “Quem sou eu?” Podemos ajudar nossos adolescentes a construir essa identidade. Construir uma identidade que exprima uma autonomia e independência em relação aos pais sem romper a ligação com a família. DIÁLOGO É FUNDAMENTAL A experiência nos mostra que o diálogo franco e honesto, estabelece um vínculo saudável entre educadores e alunos, assim com pais e filhos. No entanto, muitos resistem à idéia da conversa aberta com medo de perder controle e autoridade. “Não gostamos de ser questionados e nem que eles apontem nossos erros. Mas eles precisam compartilhar conosco suas experiências, problemas, expectativas, anseios, medos, frustrações, decepções, segredos, alegrias, etc.”. É preciso, antes de tudo, respeitar o que os adolescentes pensam (isso não significa concordar). Esse é o princípio do livre arbítrio. Podemos convencer sobre a verdade, se esta verdade não for imposta. Ensine a verdade, praticando-a . 3. Jesus, um adolescente envolvido com as coisas de Deus. (v.49a). Os adolescentes tem muitos conflitos emocionais, são inseguros e inconstantes. E por estarem passando pelo período de maior reflexão dos conhecimentos recebidos, são facilmente influenciados pelas filosofias anticristãs.É muito fácil se perder o adolescente nesta fase. Precisamos fazer de tudo para conseguirmos mantê-los na igreja. Temos que colocar em prática o que chamo de a-e-i-o-u do trabalho com adolescentes. A E I O U A M O R E S P E R A N Ç A I N V E S T I M E N T O O R A Ç Ã O U R G Ê N C I A A - AMOR “Depois de terem comido, perguntou Jesus a Simão Pedro: Simão, filho de João, amas-me mais do que estes outros? Ele respondeu: sim, Senhor, tu sabes que te amo. Ele lhe disse: APASCENTA OS MEUS CORDEIROS” (Jo 21.15) Pedro que negara ao Senhor três vezes é questionado três vezes pelo Senhor: “Amasme” e só ao responder: “Tu sabes que te amo” é que recebe a missão de apascentar, pastorear, tanto cordeiros como ovelhas. Sim, você é o pastor de sua classe, de seus adolescentes, eles precisam ser apascentados e não pajeados. Apascentar significa a formação espiritual dos mesmos. O que leva alguém a ser consciente de sua responsabilidade com os adolescentes é estar tomado de amor ao Senhor Jesus. Só quem ama ao Senhor poderá amar também as crianças e dedicar-se a elas, pois o amor de Cristo nos constrange. Não haverá ministério eficaz com adolescentes sem um coração pleno de amor ao Senhor. E - ESPERANÇA “Que virá a ser, pois, este menino? (Lucas 1.66) Frase: A espera não pode matar a esperança. Quando estas palavras foram pronunciadas, por ocasião do nascimento de João Batista, o seu pai, Zacarias, tinha uma profunda convicção e esperança, chegando a afirmar: “Tu, menino, serás chamado profeta do Altíssimo” (Lucas 1.76). No Velho Testamento, no Salmo 78 versos 1 a 8, fica bem claro que ao falarmos às futuras gerações sobre o Senhor e a maravilha de seu Amor e sua Salvação, estes confiarão no Senhor e serão obedientes à sua vontade, escapando de virem a ser uma geração rebelde e infiel. O trabalho com adolescentes exige que se olhe para o futuro com a esperança que eles não serão escravos de Satanás, mas serão servos fiéis; que eles não estarão perdidos, mas salvos eternamente; pois, semearemos em seus corações a preciosa Palavra do Senhor que tem a garantia de não voltar para Ele vazia. Não haverá ministério eficaz com adolescentes sem esta esperança de que veremos os frutos de nosso trabalho, para a glória de Deus. I - INVESTIMENTO Então lhe disse a filha de Faraó: Leva este menino, e criamo; pagar-te-ei o teu salário. A mulher tomou o menino, e o criou (Ex 2.9) Quanto custa formar uma vida? Sem dúvida estar envolvido com o ministério de ensino exige gastos, exige investimentos. Investimentos não só de dinheiro, de material, mas também de tempo. Quanto trabalho tem sido na base de improvisação. Não haverá ministério eficaz sem assumir os devidos custos: a) custos para melhor preparo de aulas; b) custos para ter-se melhores materiais didáticos; e) custos para se transmitir melhor o ensino da Palavra de Deus ; d) custos para se tornar uma influência amiga e marcante na formação da personalidade desta pessoa. O - ORAÇÃO Levante-te, clama de noite no princípio das vigílias; derrama o teu coração como água perante o Senhor; levante a Ele as tuas mãos, pela vida de teus filhinhos, que desfalecem de fome à entrada de todas as ruas (Lm 2.19). Diante de um quadro terrível, quando o povo estava sendo levado para o cativeiro, levanta-se este desafio do profeta Jeremias: “Clama ao Senhor pela vida de teus filhinhos” Mais do que nunca há necessidade de oração em favor dos adolescentes. Nada poderá ser alcançado senão através da oração. Aquele que trabalha com ensino precisa aprender o segredo da oração por si mesmo, pelo seu preparo, que sua vida seja um exemplo e pela salvação de seus alunos e seu crescimento espiritual. “É mais importante falar de Deus acerca das pessoas, do que falar às pessoas acerca de Deus!” Não haverá ministério eficaz sem a prática da oração. U - URGÊNCIA “Assim, pois, não é da vontade de vosso Pai Celeste que pereça um só destes pequeninos” (Mt 18.14). É urgente ganhar os adolescentes para Cristo. A medida que vão crescendo, que vão se adultizando, vão também endurecendo os seus corações e ficando cada vez mais marcados pelos pecados. Tem sido comprovado que os 85% dos que são cristãos, tomam esta importante decisão entre 15 e 30 anos; 4% após os 30 anos e 1% de 1 a 4 anos. Esta estatística nos mostra que apesar da dificuldade da adolescência, ainda é mais fácil os ganhar para Cristo.. Infelizmente muitos não crêem na evangelização destes e protelam a comunicação da mensagem. Precisamos tomar cuidado pra que eles não acabem sendo igrejados e não evangelizados! Devemos ter a prioridade de conduzi-los à salvação em Cristo, pois esta é a vontade de Deus. Não haverá ministério eficaz sem este sentimento de urgência quanto a ganhá-los para Jesus. Sim! Eis aí o A-E-I-O-U do ensinador, os rudimentos básicos para ter um trabalho frutífero. PRA. REGINA [email protected] [email protected] www.ieqcervezao.com.br