Em relação ao consumo de álcool e outras drogas,
pode-se considerar PREVENÇÃO tudo aquilo que
possa ser feito para evitar, impedir, retardar,
reduzir ou minimizar o uso, o abuso ou a
dependência e os prejuízos relacionados ao
padrão de consumo de substâncias psicoativas.
História da Prevenção ......
▪ Década 40: pedagogia da moral e do amedrontamento;
▪ Década 50: programas educacionais mais afetivos;
▪ Década 70: programas voltados p/ oferecimento de
alternativas – resultados positivos apenas em não usuários;
▪ Década 80: medidas preventivas nos currículos
escolares p/ informar e treinar os jovens, com objetivo
de criar resistência quanto ao uso drogas,
principalmente, o tabaco;
▪ Desde 1990: envolver toda a comunidade q/ se
responsabilizará pela criação, manutenção e avaliação
dos programas de prevenção.
Modelos prevenção ao uso indevido drogas
Aumento controle social: medidas centradas no
controle da oferta de drogas ilícitas, proibição da
produção/policiamento e aplicação das leis.
Oferecimento de alternativas: droga cumpre
uma função na vida da pessoa.
Oferecer algo em troca q/ cumpra a mesma função,
q/ supra as suas necessidades:afeto,
reconhecimento, prazer, sentimento de pertença.
Educação:
▪ Modelo princípio moral: condena uso drogas em
função de pressupostos religiosos, morais ou
éticos;
▪ Amedrontamento: “pedagogia do terror”:
campanhas informativas sobre aspectos
negativos e destrutivos das drogas (ilícitas), p/
persuadir os jovens a evitá-las;
Educação ...
▪ Conhecimento científico:
- Informações sobre as drogas e as consequências
do uso;
- Efeitos no organismo e comportamento;
- Riscos do consumo;
- Dimensões do prazer e do sofrimento;
- Reflexo do uso nas relações pessoais, familiares,
escolares, profissionais;
- Processo de construção da dependência.
Educação ...
Educação afetiva: parte do princípio de que os
jovens mais bem estruturados e menos
vulneráveis do ponto de vista psicológico, estão
menos sujeitos a se envolverem num uso
problemático de drogas:
- Auto-estima
- Capacidade de lidar c/ a ansiedade
- Interação em grupo
- Comunicação verbal
- Capacidade de resistir às pressões de grupos
Educação ...
Educação para a saúde: educação a serviço de uma
vida saudável visando evitar a procura por
drogas.
Drogas, são discutidas enquanto agressores a uma
vida saudável, juntamente c/ outros temas:
injustiça social, poluição, barulho, cidadania,
violência, trânsito, desemprego.
Mensagens de valorização da vida!
Modelo da pressão de grupo positiva: o grupo
influencia à construção de padrões de
comportamento de risco, mas também, na
construção de hábitos saudáveis e de valores.
Elementos básicos consumo drogas ...
Pessoa
Droga
As drogas não podem ser consideradas
boas ou más em si mesmas. O que pode
ser problemático é a relação do indivíduo
com elas.
Contexto
Sócio cultural
O consumo de drogas não depende
somente da oferta, mas também de
fatores ligados às necessidades do
indivíduo e do ambiente em que ele
vive.
Família
Indivíduo
Fatores de risco e de proteção
Comunidade
Escola
Colegas
Ambiente familiar dominado por
Conflitos, falta regras ou pelo
desinteresse dos pais na vida dos
filhos representa fator risco
Satisfação necessidades básicas de
saúde, educação, habitação,
profissionalização, emprego e lazer
é um fator proteção
Adolescência
Fatos e Mitos
A maioria dos problemas dos adolescentes
não decorre da adolescência e sim da
sua realidade familiar ou social
Mitos sobre a adolescência
▪ Todos adolescentes sentem dificuldades q/ são
esperadas e necessárias p/ seu crescimento;
▪ Rebeldia contra os pais, professores ou qualquer
forma de autoridade é característica da
adolescência. Portanto, comportamentos como o
uso álcool, tabaco e outras drogas são
manifestações normais de rebeldia;
▪ Espera-se q/ os adolescentes se comportem de forma
estranha, fora dos padrões considerados normais p/
os adultos.
Fatos sobre a adolescência
▪ Adolescência é uma fase de transformação, mas não
necessariamente de transtorno, de confusão ou de
rebeldia;
▪ Uso de drogas não pode ser considerado como uma
prática q/ necessariamente, faz parte do
desenvolvimento do indivíduo, nem tende a
desaparecer espontaneamente;
▪ Consumo de drogas no início da adolescência pode
significar dificuldades c/ a família, c/ meio social, ou
estresse relacionado às transformações q/ o jovem
sofre nessa etapa da vida.
Alguns fatores de risco e proteção ao uso de
drogas
RISCO
▪ Ambiente familiar negativo
ou confuso.
▪ Uso abusivo ou dependência
química nos pais.
▪ Indiferença ou pouco
monitoramento por parte pais
na vida dos filhos.
▪ Problemas de aprendizagem e
baixo rendimento escolar.
▪ Ligação c/ pessoas q/
apresentam problemas de
comportamento.
PROTEÇÃO
▪ Presença vínculos positivos
na família.
▪ Presença marcante dos pais
na vida e nos interesses dos
filhos.
▪ Desempenho escolar
satisfatório.
▪ Participação em grupos ou
associações comunitárias de
socialização.
▪ Dificuldade de acesso às
drogas.
Abordagem comunitária
e redes sociais
Trabalhar c/ conjunto dos problemas
relacionados às drogas
Profissionais:
saúde
Educação
Área social
Usuários de drogas ou
População alvo
Comunidade
Intervenção
Preservar saúde comunitária
Saúde Comunitária
“Membros de uma comunidade geográfica
ou social, conscientes de pertencerem a
um mesmo grupo, refletem em conjunto
sobre os problemas de saúde, expressam
suas necessidades prioritárias e
participam ativamente da implementação
e da avaliação das ações propostas p/
suprir suas carências”.
Dimensões trabalho comunitário
☺ Participação: se fundamenta na contribuição
todos, gera mudanças na maneira de se
posicionar e nas atitudes práticas das pessoas
diante do problema;
‫ ٭‬Enraizamento social: trabalho tem origem no
grupo de pessoas sobre o qual a ação se dirige.
Atuação de parcerias resultando em rede;
☼ Parcerias múltiplas: permite percepção global
dos recursos da comunidade; evita intervenção
apenas por especialistas.
Redes Sociais ...
Conjunto de relações interpessoais concretas q/
vinculam as pessoas e visam a comunicação, a
troca, a ajuda mútua e emerge a partir de
interesses compartilhados e de situações
vivenciadas em agrupamentos ou localidades:
vizinhança, família, local de trabalho, etc.
Redes Sociais
Objetivos:
▪ Favorecer estabelecimento de vínculos positivos através da
interação entre os indivíduos;
▪ Oportunizar espaço p/ reflexão, troca de experiências e busca de
soluções p/ problemas comuns;
▪ Estimular o exercício da solidariedade e da cidadania;
▪ Mobilizar pessoas, grupos, instituições p/ utilização de recursos
existentes na própria comunidade;
▪ Estabelecer parcerias entre setores governamentais e não
governamentais p/ implementar ações e programas de
promoção da saúde e de prevenção.
Modelo sistêmico de prevenção: voltado p/
educação e p/ saúde, centrado na valorização da vida e na
participação da comunidade
Modelo do medo
Modelo sistêmico
Controlar oferta drogas ilícitas
Reduzir procura por drogas c/ ações
sobre fatores motivacionais,
individuais e contextuais do consumo
de drogas
Criminalização usuário drogas,
abordagem policial centrada
drogas ilícitas
Informações sobre implicações legais
e sociais de drogas lícitas e ilícitas
Ênfase à ameaças, gerando
violência
Resgate das competências das
pessoas p/ reagirem de forma criativa
na solução dos problemas
Repressão – postura e decisões
autoritárias
Prevenção centrada no
conhecimento da realidade e
reconhecimento situações de risco
Envolvimento c/ drogas – processo
patológico individual
Envolvimento c/ drogas – problema
de relações e tratado no contexto
sócio-familiar
Isolamento do usuário; problema
transferido p/ especialistas
Mobilização recursos comunitários,
construção redes sociais e
integração diferentes saberes
Problema – produto (droga) – não
considera a pessoa e o contexto
Problema definido a partir do
encontro: pessoa/droga/contexto
sócio-cultural
“Modelo teórico desenvolvido a partir da Teoria Geral
dos Sistemas, fundamentado na integração, nas
relações e na contextualização dos fenômenos,
preconizando que se considere sempre a
globalidade das situações.
Sua aplicação, no âmbito do uso indevido de drogas,
permite-nos apreciar a amplitude do problema, bem
como as diferentes implicações e os níveis da
questão como complementares, ou seja, tudo está
relacionado com tudo.
As intervenções preventivas e de tratamento nesse
modelo privilegiam as relações entre as pessoas e
destas com os respectivos contextos de vida”.
Referências bibliográficas
BUCHER, Richard. Drogas e sociedade nos tempos da
AIDS. Brasília: Editora UnB, 1996.
CARVALHO, Denise Bomtempo B. e SILVA, Maria
Terezinha (org). Prevenindo a drogadição entre
crianças e adolescentes em situação de rua: a
experiência do PRODEQUI. Brasília: MS/COSAM;
UnB/PRODEQUI; UNDCP, 1999.
SENAD. Formação de Multiplicadores de Informações
Preventivas sobre Drogas. 2. ed. Brasília: 2002.
Referências bibliográficas
SENAD. Aspectos básicos do tratamento das
dependências químicas. Curso à distância. V. I e II,
Brasília:2002.
Universidade de Brasília. Prevenção ao uso indevido
de drogas: diga SIM à Vida. V. 1 e 2.
Brasília:CEAD/UnB; SENAD/SGI/PR, 2000.
([email protected] e http://www.unb.br/cead)
Elisia Puel
assistente social, Ms Serviço Social
Coordenadora Estadual Saúde Mental
Fone:(48) 32121689
E-mail: [email protected]
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