Mercoláctea 2014 reúne cadeia produtiva do leite em Chapecó em maio C 12 REVISTA | Faesc & Senar EDIÇÃO Nº 12 :: ABRIL DE 2014 FEDERAÇÃO DA AGRICULTURA E PECUÁRIA DO ESTADO DE SANTA CATARINA r i a d o re s , i n d ú st r i a s , técnicos e especialistas da cadeia produtiva do leite, além de jornalistas e autoridades, participarão da Mercoláctea 2014 Rural programada para o período de 22 a 25 de maio deste ano, no Parque de Exposições Tancredo Neves (Efapi), em Chapecó. As entidades da agropecuária e do agronegócio se uniram, neste ano, para a promoção da Mercoláctea 2014. A Expomerco, exposição e feira anual de gado, fará parte, a partir deste ano, da programação da Mercoláctea. Chapecó está no centro da maior bacia leiteira brasileira, formada pelo oeste catarinense, sudoeste sul‐rio‐grandense e noroeste paranaense. Por isso, o evento se transformará na maior expressão do setor leiteiro em Santa Catarina. A Mercoláctea, em sua 5ª edição, terá como foco a automação rural e a progra‐ mação geral contempla sete atividades, sendo a principal delas a feira de comercia‐ lização de animais, máquinas e equipa‐ mentos, genética e nutrição animal, além de equipamentos para leitarias e sanidade animal. A feira técnica terá visitação de 12 mil pessoas e oportunizará negócios da ordem de R$ 85 milhões. Os eventos pecuários reunirão 2 mil animais em exposição, julgamento e venda. Para simplificar o acesso e a circulação dos visitantes, não haverá credenciamento nem cobrança de ingresso ou de estaciona‐ mento. A programação geral inclui, ainda, o s emin ário técn ico q u e ab o rd ará a automação rural, reunindo médicos veterinários, zootecnistas, técnicos agrícolas, produtores e estudantes. Haverá a etapa catarinense do julgamento das raças Holandesa e Jersey, organizada pela Associação Catarinense dos Criadores de Bovinos (ACCB), e o campeonato catari‐ nense de cavalo Quarto de Milha. AgriculturaSC SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL/SC EVOLUÇÃO NO CAMPO MALA DIRETA POSTAL BÁSICA Senar/SC define metas até 2020 Páginas 04 e 05 Leilão de gado de elite na edição passada da feira A programação contempla o campeonato catarinense de cavalo Quarto de Milha Para incrementar os negócios estão programados dois remates: o leilão especializado das raças Holandesa e Jersey – com pelo menos 400 animais – e o leilão de gado geral. A promoção Mercoláctea 2014 Rural é do Núcleo de Criadores de Bovinos de Chapecó, Associação Catarinense de Criadores de Bovinos (ACCB) e Faesc, com organização das empresas Latina e Zoom Feiras & Eventos, cujo diretor Leonardo Rinaldi é o coordenador comercial da mostra agropecuária. A feira tem apoio da Prefeitura de Chapecó, Secretaria da Agricultura e Pesca e Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, ABCOL, Fiesc, Cidasc, Sindicato Rural de Chapecó, Sebrae, Fetaesc e Coopercentral Aurora Alimentos. MINISTRO PRESENTE O Ministro da Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (Mapa) Neri Geller confirmou ao deputado federal Celso Maldaner participação na expo‐feira. “Com certeza estarei presente nesta importante feira para o setor lácteo catarinense e prestigiando o convite do deputado Celso que faz um excelente trabalho nessa área por Santa Catarina e pelo País, sendo único representante catarinense na Subcomissão Permanente do Leite da Câmara Federal”, informou o ministro. Geller é natural do oeste de Santa Catarina e, antes de assumir o cargo, era Secretário de Políticas Agrícolas do Ministério da Agricultura. PROGRAMAÇÃO A Mercoláctea 2014 chega a sua 5ª edição e tem como foco principal o setor leiteiro, com a participação de animais com genética avançada, alta produção e as mais recentes tecnologias nos processos para aumentar a rentabilidade do setor. A realização na cidade de Chapecó (SC) justifica‐se pelo fato de estar estrategica‐ mente localizada no centro de uma das maiores e mais promissoras bacias leiteiras do Brasil, formada por micro‐bacias dos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Atuarão como jurados de pista oficiais para as raças Jersey e Holandês mister Callum Mckinven (Lookout Jerseys and Holsteins), mister Mark Rueth (Rosedale Genetics) e mister David Crack (Crackholm Holsteins). O jurado de admissão será José Roso. AUDIÊNCIA PÚBLICA Questão indígena causa sofrimento no campo Páginas 08 e 09 CNA CARD Cartão facilita a vida do produtor rural Página 07 MERCOLÁCTEA Maior feira do leite acontece em Chapecó Página 12 P ARTIGO R Expediente Os primeiros resultados foram tão alarmantes que decidimos criar um observatório para acompanhar a imple‐ mentação das novas políticas, especial‐ mente no caso da soja, do milho, do açúcar, do algodão e dos lácteos, produtos mais afetados pelos mecanismos distor‐ civos dos subsídios. A continuar tamanha distorção, tudo indica que teremos de abrir um novo painel na Organização Mundial do Comércio (OMC). A experiência indica que tanto a Farm Bill norte‐americana quanto a PAC europeia, geralmente, destinam amplos subsídios a seus produtores rurais, que alteram as condições de mercado em prejuízo dos demais produtores mundiais. As duas legislações têm sido contestadas na OMC, inclusive pelo Brasil, com frequente sucesso. Nas novas legislações agrícolas, os subsídios não perderam relevância. Apenas evoluíram para novos formatos. No caso europeu, foram abandonados os antigos subsídios para produtos especí‐ Rua Delminda Silveira, 200 Agronômica Cx. Postal 278 CEP 88025-500 Florianópolis - SC A * Os craques do subsídio ealizamos no mês de março, na sede da CNA, em Brasília, seminário com a participação de especia‐ listas em comércio internacional, diplomatas e técnicos do setor público. O objetivo foi analisar a nova Lei Agrícola norte‐ americana, em vigor até 2018, bem como a nova Política Agrícola Comum (PAC) da União Europeia, que vale até 2020, e o impacto de ambas no agronegócio brasileiro. FAESC/SENAR é um informativo da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina e Serviço Nacional de Aprendizagem Rural SC K DIRETORIA DA FAESC * Presidente: José Zeferino Pedrozo * 1º Vice-Presidente: João Francisco de Mattos * 2º Vice-Presidente: Antônio M. Pagani de Souza * 1º Vice-Presidente de Secretaria: Enori Barbieri * 2º Vice-Presidente de Secretaria: João Romário Carvalho * 1º Vice-Presidente de Finanças: Nelton Rogério De Souza * 2º Vice-Presidente de Finanças: José Antônio de Pieri ficos que protegiam a produção de bens com custos acima dos preços de mercado. Em seu lugar, veio a ajuda em forma de um pagamento único por propriedade, com base num valor por hectare ‐cerca de € 250 em média, dependendo do país. Assim, uma propriedade rural de 100 hectares, independentemente do tipo de atividade ali exercida ‐produção de leite, de trigo, ou hortaliças, por exemplo‐, faz jus a um pagamento anual de € 25 mil, equivalentes a quase R$ 82 mil. A renda do produtor rural europeu, portanto, é a soma do valor da produção que vende no mercado mais o pagamento do subsídio governamental. Para ter uma ideia do valor envolvido, a verba para subsídios é de € 60 bilhões anuais, equivalentes a 37% de todo o orçamento da União Europeia. No caso dos EUA, a nova Farm Bill praticamente concentrou a política de subsídios num seguro sobre a renda do produtor. Em cada ano agrícola, o produtor tem à sua disposição um seguro que garante sua renda contra quebra na produção ou queda nos preços, ficando‐ VICE-PRESIDENTES REGIONAIS Adelar Maximiliano Zimmer (Extremo Oeste), Américo do Nascimento (Oeste), Vilson Antônio Verona (Meio Oeste), Mauro Kazmierczak (Planalto Norte), Lindolfo Hoepers (Vale do Itajaí), Márcio Cícero Neves Pamplona (Planalto Serrano) e Alessandro de Souza (Sul) CONSELHO FISCAL EFETIVO Fernando Sérgio Rosar, Valdemar Zanluchi e José Lino Willemann CONSELHO FISCAL SUPLENTES William Pais Viganó, Nilton Goedert e Walmor Luiz Gonzaga lhe assegurada uma indenização que cobre 86% da renda prevista, com base e nos preços esperados. Em se tratando do algodão, a cobertura do seguro vai a 90% da renda. Como o preço de um seguro com tamanha cobertura é necessariamente alto, o governo norte‐americano paga 65% do valor do prêmio. Sobra apenas um terço para o produtor americano pagar, de forma a ter assegurada sua renda, mesmo diante dos piores eventos naturais ou das mais difíceis condições dos mercados. Já no Brasil, o seguro de renda praticamente não existe. O valor seria altíssimo e o governo não contribui para esse tipo de cobertura. A ajuda fica restrita à proteção em casos de problemas climáticos. Diferentemente dos ameri‐ canos, que já têm a renda assegurada, o produtor brasileiro tem que se preocupar com o aumento constante de produti‐ vidade para mitigar seus riscos de mercado. Além disso, o brasileiro não recebe um único real para conservar as Áreas de P re s e r va ç ã o Pe r m a n e n t e ( A P P s ) , enquanto nos EUA o produtor receberá em média, neste ano, US$ 177 por hectare. Fica claro, portanto, que a nova lei dos EUA, um país da livre iniciativa, eliminou o risco na atividade rural com recursos fiscais extraídos do conjunto da sociedade. Uma sociedade que, notada‐ mente, não gosta de impostos. Não vamos mais aceitar esse absurdo internacional! Não se pode competir com quem tem renda garantida, independen‐ temente da produtividade, dos preços e do clima. * Senadora e presidente da CNA DIRETORIA DO SENAR/SC * Presidente do Conselho Administrativo Gestão 2011/2015: José Zeferino Pedrozo * Superintendente: Gilmar Antônio Zanluchi CONSELHO ADMINISTRATIVO José Zeferino Pedrozo, José Walter Dresch, Luis Sartor, Geci Pungam, Marcos Antônio Zordan, Daniel Kluppel Carrara, Tatiane Mecabo Cupello, Matias Weber e Adilceia Inocêncio CONSELHO FISCAL Rita Marisa Alves, Jane Aparecida Stefanes Domingues, Alfredo Seidel Filho, Adilcio Pedro Pazetto, Joãozinho Althoff e Acir Veiga MB Comunicação Ltda Jornalista Responsável: Marcos Antônio Bedin Assessor de imprensa e editor responsável (M.Tb.:SC-00085-JP, sjpsc 0172) Edição: Marciane Páz Mendes Redação: Marcos A. Bedin Aline Thais Gunsett, Elizandra Gomes Vieira, Gabriela Volkweis Stocco, Kaehryan Fauth, Marciane Páz Mendes Diagramação: Multi Design Tiragem: 4.300 exemplares Impressão: Gráfica Arcus Programa Gestão com Qualidade visa C S e d is ra u R s to a ic d in S for talecer O S e n a r / S C , ó r gã o vinculado à Faesc, iniciou neste mês de abril três novas turmas do Programa Gestão com Qualidade no Sindicato (Programa GQS) em: Chapecó, Curitibanos e Florianópolis. Os principais objetivos são fortalecer a representatividade do sindicato, com reflexos positivos para classe produtora rural; suscitar nos funcionários e dirigentes, a importância do profissiona‐ lismo no atendimento ao cliente e elaborar o Plano de Gestão com Qualidade do Sindicato (PGQS) com propostas de melhorias significativas na estruturação e funcionamento do Sindicato Rural. O tempo de execução da turma é de aproximadamente três meses, com carga horária de 56 horas. Para participar, os requisitos são ter no mínimo 16 anos, ser alfabetizado e ser colaborador e dirigente sindical. Para aprovação é preciso ter frequência mínima de 80% e elaborar a atividade do plano de gestão. A iniciativa tem como modelo referencial os conceitos de: cliente, qualidade, eficiência operacional, gestão integrada, planejamento estratégico e diagnóstico. As perguntas que norteiam esse modelo são: como buscar sua total satisfação? Qual é o nosso diferencial? Como executar as nossas propostas? Como organizar melhor o nosso sindicato? Qual é o sindicato que queremos? Qual é o nosso sindicato? Os conteúdos são abordados em cinco módulos. No primeiro, “Teoria de Gestão”, o enfoque é diagnóstico, planejamento estratégico, gestão integrada e eficiência operacional. No segundo, “Consultoria de Gestão”, cada sindicato recebe uma consultoria individual de 8 horas. No terceiro módulo, “ Teoria da Qualidade”, são trabalhados os princípios da qualidade, pilares da qualidade, lado humano, processos, ferramenta para analisar problemas ligados à qualidade, cliente: a razão do sindicato existir. Na Em Chapecó participam os Sindicatos Rurais de Chapecó, Seara, São Miguel do Oeste, São José do Cedro, Tangará e Videira Em Florianópolis participam os Sindicatos Rurais de Otacílio Costa, Florianópolis, Alfredo Wagner, Braço do Norte, Bom Retiro e São José do Cerrito quarta etapa, “Consultoria de Qualidade”, aborda foco da consultoria, qual o diferencial do sindicato e como buscar a total satisfação do cliente. Na última etapa ocorre o Seminário para apresentação do Plano de Gestão que participarão as três turmas, em local e data a serem definidos. O gestor do programa, vice‐presidente da Faesc e engenheiro agrônomo, João Francisco de Mattos, ressalta que a iniciativa permite avanços na qualidade do trabalho que vem melhorando a cada ano nos Sindicatos e fortalece a representação dos produtores rurais de Santa Catarina. “A Gestão com Qualidade Total busca o fortalecimento dos Sindicatos Rurais para proporcionar, aos dirigentes e funcionários, instrumentos modernos de gestão e aprimoramento da qualidade dos serviços prestados”, enfatiza o presidente do Conselho Administrativo do Senar/SC e da Faesc, José Zeferino Pedrozo. O GQS é mais uma ferramenta de desenvolvimento sindical rural, utilizada pelo Programa Sindicato Forte (PSF). O GQS foi criado pela FAEMG/Senar Minas Em Curitibanos participam os Sindicatos Rurais de Irineópolis, Rio do Oeste, Major Vieira e Itaiópolis em 2007 e nacionalizado em 2013 pelo PSF. “Dos 10 estados participantes, destacamos sua implantação em Santa Catarina e Amazonas. Desde 2010 o Programa Sindicato Forte vem traba‐ lhando em SC, onde a equipe nacional tem recebido irrestrito apoio da Faesc e Senar/SC. Os dirigentes sindicais têm levado a sério os ensinamentos e colocado em prática. Ressaltando o alto grau de conhecimento e comprometimento dos técnicos e instrutores do Senar/SC com o programa”, destaca o assessor técnico do departamento de educação profissional e promoção social (DEPPS Senar Central) Ademar dos Anjos. TURMAS Em Chapecó, os prestadores de instrutoria são: Lorival Zanluchi, Ivania Begnini Zingler e Ives José Pizzolatti. Em Curitibanos, os prestadores de serviços de instrutoria são Guilherme Costa de Mattos e Terezinha Aparecida Fagundes. Em Florianópolis, os prestadores de serviço de instrutoria são Ricardo Alexandre Nunes Borges e Diego Machado Visintin. REVISTA | Faesc & Senar | ABRIL/2014 03 Planejamento estratégico do Senar/SC define metas até 2020 E m 20 anos de formação profissional rural em território barriga‐verde, o Senar – vinculado à Faesc – qualificou gratuitamente 2,1 milhões de produtores rurais. Para dinamizar ainda mais suas atividades, o Senar/SC definiu um planejamento estratégico para o período 2014‐2020 que estabelece um arrojado conjunto de objetivos, metas e ações para os próximos sete anos. Entre as metas inclui‐se capacitar mais 840 mil pessoas até dezembro de 2020. Essa planificação, elaborada com o apoio do Sebrae/SC, foi apresentada em abril aos conselheiros administrativos e fiscais e aos jornalistas em reunião no centro de convenções do Hotel Majestic, em Florianópolis, em evento coordenado pelo presidente do Sistema Faesc/Senar, José Zeferino Pedrozo. O planejamento foi elaborado pelo consultor do Sebrae Luciano Pinheiro com coordenação do assessor administrativo, financeiro e contábil do Senar Gilson Angnes e tem como orientação máxima que “a ação do Senar está direcionada para a melhoria da qualidade de vida do produtor e do trabalhador rural”. Para atingir com absoluta eficiência essa meta serão cumpridas 12 ações, entre elas, a construção da nova sede em parceria com a Faesc e a implantação do plano de previdência privada para os colaboradores. Para ampliar sua estrutura interna, o planejamento prevê que serão implan‐ tadas sedes regionais em parceria com os Sindicatos Rurais conveniados e desen‐ volvido o sistema de racionalização dos processos e procedimentos de gestão, além de dois programas: o de avaliação de desempenho e o de capacitação de recursos humanos. Na área de inovação e aprendizado três ações serão alinhadas: programa de gestão da qualidade dos cursos, parcerias com propriedades rurais modelo e implantação da área de estudos e pesquisas. Os pro‐ gramas que atendem as grandes cadeias produtivas como as agroindústrias inte‐ gradoras (aves, suínos, leite etc) serão ampliados. Também serão expandidos os programas de saúde e educação para o pro‐ dutor e o trabalhador rural e suas famílias. “A implementação articulada e convergente dessas ações tornará o Senar/SC mais conhecido e valorizado pela clientela rural”, prevê Pedrozo. O dirigente realça que o órgão tornou‐ se “uma grande escola sem bancos e sem paredes” que vai ao encontro do aluno, no campo, levando formação profissional – totalmente gratuita e de qualidade – para milhares de famílias rurais. Nessas duas décadas de atuação em Santa Catarina, o Senar prestou extraordinária cooperação para o desenvolvimento estadual, atendendo 2 milhões 139 mil produtores rurais em cerca de 77 mil treinamentos e programas voltados para melhorar a vida dos catarinenses. “Somos a escola de maior capilaridade no território catarinense porque estamos em todas as microrregiões”, realça o presidente. O Senar vai às regiões rurais com centenas de empresas prestadoras de serviços de instrutoria, composta por agrônomos, veterinários, zootecnistas, administradores, técnicos agrícolas etc e ministra treinamentos em salões comuni‐ tários e nas unidades produtivas das empresas e propriedades agropecuárias. Pedrozo enfatiza que, a partir deste ano, o Senar entra em nova fase e passará, também, a atuar na educação formal com cursos técnicos de nível médio, curso superior e pós‐graduação, consolidando‐se como instituição de ensino, composta por uma rede nacional de educação pro‐ Encontro definiu um planejamento estratégico para o Senar/SC no período de 2014-2020 elevação da condição sócio‐profissional do indivíduo. A promoção social (PS) é um conjunto de atividades com enfoque educativo, que possibilita ao trabalhador, ao produtor rural e às suas famílias a aquisição de conhecimentos, o desenvol‐ vimento de habilidades pessoais e sociais e mudanças de atitudes, favorecendo, assim, uma melhor qualidade de vida e participação na comunidade. Informações sobre os programas e treinamentos do Senar podem ser obtidas pelo telefone (48) 3331‐9700 ou no site www.senar.com.br PRESENÇAS Matias Weber, Tatiane Mecabô Cupello, José Zeferino Pedrozo, Geci Pungan e José Waler Dresch fissional, conduzida pela administração central, em Brasília. No ano passado, as ações foram realizadas em 282 municípios do Estado, representando 96% do território catari‐ nense. Apenas 13 municípios não tiveram demandas para os serviços educacionais ofertados em razão da baixa vocação agrícola. DEFINIÇÃO Matias Weber, Marcondes da Silva Cândido, José Zeferino Pedrozo, Paulo Roberto Moresco e Enori Barbieri 04 REVISTA | Faesc & Senar O Senar é uma entidade de direito privado, paraestatal, mantida pela classe patronal rural, vinculada à CNA. Integra o chamado “Sistema S”. A maior parte dos recursos orçamentários – 89,59% – é aplicada na atividade‐fim. O Senar tem como missão realizar a educação profissional e promoção social das pessoas do meio rural, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida e para o desenvolvimento sustentável do País. A formação profissional rural (FPR) é um processo educativo, sistematizado, que se integra aos diferentes níveis e modalidades da educação e às dimensões do trabalho, da ciência e da tecnologia, objetivando o desenvolvimento de conhecimentos, habilidades e atitudes para a vida produtiva e social, atendendo às necessidades de efetiva qualificação para o trabalho com perspectiva de Além de profissionais de imprensa, participaram da apresentação do planeja‐ mento estratégico o presidente José Zeferino Pedrozo, o vice‐presidente Enori Barbieri, o superintendente Gilmar Antônio Zanluchi, o assessor administra‐ tivo, financeiro e contábil Gilson Angnes, o assessor jurídico Clemerson Pedrozo e os membros do Conselho de Administração do Senar/SC José Walter Dresch (presi‐ dente da FETAESC), Geci Pungan (repre‐ sentante da OCESC e SESCOOP/SC), Matias Weber (representante das agroindústrias) e Tatiane Mecabô Cupello (representante do Senar Central). Também acompanharam o ato os conselheiros fiscais Rita Marisa Alves (representante do Senar Central) e Alfredo Seidel Filho (representante da FAESC). Pelo SEBRAE/SC compareceram os gerentes de unidades Marcondes da Silva Cândido e Paulo Roberto Moresco e os consultores Luciano Pinheiro e Juliano Constante. REVISTA | Faesc & Senar | ABRIL/2014 05 Hortaliças são transformadas em Encontro pedagógico Pronatec 2014 O s prestadores de serviço em instrutoria do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) participaram de encontro pedagógico no Cetre‐ campos, no município de Campos Novos. Durante dois dias, 13 participantes receberam orienta‐ ções, avaliaram ações desenvol‐ vidas durante o ano de 2013, debateram sobre a operacionali‐ zação de metodologia e procedi‐ mentos para execução do Pronatec em 2014. Participantes da capacitação no município de Campos Novos O programa é uma iniciativa do Governo Federal, instituída no dia 26 de outubro de 2011 pela Lei nº 12.513/2011 que oferece cursos gratuitos destinados à capacitação técnica e profissional de jovens e adultos para atender a demanda de mão de obra qualificada no País. Em Santa Catarina, o programa é desenvolvido pela parceria do Senar/SC, órgão vinculado à Faesc, com a Secretaria de Educação do Estado. A coordenadora do Pronatec no Senar/SC, Gisele Kraieski Knabben, explica que os cursos são divididos em atividades teóricas e práticas, com encontros diários e duração de quatro horas, pela manhã ou à tarde. Podem participar estudantes do ensino médio da rede pública, trabalhado‐ res provenientes do meio rural, beneficiá‐ rios titulares e dependentes de programas federais de transferência de renda (Bolsa Família), pessoas com deficiência, povos indígenas, comunidades quilombolas, ado‐ lescentes e jovens em cumprimento de medidas socioeducativas e outros grupos de elevada vulnerabilidade social. “O objetivo é atingir os jovens e capaci‐ tá‐los para que possam agregar conheci‐ mentos sobre atividades que contribuirão para o aumento da renda familiar”, realça o superintendente do Senar/SC, Gilmar Antô‐ nio Zanluchi. F lores feitas de chuchu, folhas de cenoura e ramos de vagens com o incremento de brócolis e couve‐flor compõem as esculturas das conservas de hortaliças apresentadas, no mês de março em Chapecó, durante treinamento do Senar/SC, órgão vinculado à Faesc. A qualificação ocorreu na Associação de Defici‐ entes Visuais do Oeste de Santa Catarina (Adevosc), com apoio do Sindicato dos Produtores Rurais de Chapecó e do Lions Clube Chapecó. AVALIAÇÃO No Estado, o programa apresenta uma crescente demanda no número de vagas e de turmas oferecidas a partir de 2012. No primeiro ano foram 361 vagas e 26 turmas: em 2013 os números dobraram, sendo 660 vagas e 44 turmas. A previsão para 2014 é de 1.395 vagas e 93 turmas. Interessados em participar do Prona‐ tec devem procurar a direção da escola onde estudam ou a Secretaria de Assistên‐ cia Social do Município (CRAS). Informa‐ ções também estão disponíveis no site do Senar/S C (www.senar.com.br), pelo telefone (48) 3331‐9700 ou pelo e‐mail [email protected] . Artesanato com pintura preserva e propaga a cultura local O curso beneficia 15 mulheres 10 REVISTA | Faesc & Senar s a v r e s n o c a r a p s a r u lt u c s e O Senar/SC, órgão vinculado à Faesc, iniciou no mês de abril o curso de “artesanato com pintura”, no CRAS de São João do Sul. A iniciativa é desenvolvida em parceria com a Secretaria de Educa‐ ção do Estado e do Sindicato Rural de Jacinto Machado. A qualificação é realizada por meio do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec). De acordo com a supervisora na região sul do Estado, Sueli Silveira Rosa, o curso tem 160 horas/aula e beneficia 15 mulheres. Os dois primeiros módu‐ los foram ministrados pela prestadora de serviço em instrutoria Bernadete Bortolotto e a parte técnica será trabalhada pela instru‐ tora Ana Lúcia Daniel. O superintendente do Senar/SC, Gilmar Antônio Zanluchi, res‐ salta que as atividades relacionadas à área de artesanato objeti‐ vam estimular a produção de objetos úteis, artísticos e decorati‐ vos, feitos à mão, com ou sem ajuda de ferramentas e mecanismos caseiros, utilizando matéria‐prima disponíveis na região. No curso de conservas de hortaliças e temperos participaram 14 mulheres, sendo três cegas e seis de baixa visão. Na primeira etapa, a prestadora em serviço de instrutoria Cleusa Vergani abordou a lim‐ peza e esterilização dos vidros, os passos de higienização para confecção das con‐ servas e a importância da higiene de todos os utensílios. Posteriormente, as participantes aprenderam os procedimentos para as esculturas de conservas de pepino, beter‐ raba, batatinha, chuchu, cenoura e abobri‐ nha. Na sequência, foram abordados os procedimentos para salga, salmoura, banho‐maria final, os passos de temperos e pasta de alho. No curso de conservas de hortaliças e temperos participaram 14 mulheres AVALIAÇÃO Participantes aprenderam os procedimentos para as esculturas em conservas De acordo com Cleusa, o diferencial do treinamento foi ensinar que as hortaliças podem ser transformadas em esculturas e não apenas ser picadas e colocadas dentro do vidro. “Desta maneira o produto final é diferenciado, tem um valor agregado e se torna único, porque indústria nenhuma faz isso”, justificou. A participante, cega, Andrea Duarte, de 33 anos, relata que teve dificuldades apenas no início. “Minha intenção é prati‐ car o conhecimento que adquiri no curso de alguma maneira, principalmente com os familiares”, destacou. Salete Guralski, de 44 anos, gostou da professora e de sua maneira de ensinar as técnicas de como fechar os vidros, fazer a calda e a higienização. Para a participante, com baixa visão, Terezinha Pacheco, de 52 anos, a iniciativa foi proveitosa do início ao fim porque transmitiu inúmeros “truques” às mulhe‐ res que amam cozinhar. “A partir de agora vou fazer conservas para os familiares e também para vender e, com isso, incre‐ mentar a minha renda”, ressaltou. Programa transforma mulheres rurais em empreendedoras Formar mulheres proprietárias rurais com conteúdos de gestão que busquem aprimoramento nas atividades e no alcance de resultados econômicos almejados pela empresa rural. Esta é missão do programa “Com licença vou à luta”, desenvol‐ vido pelo Senar/SC, órgão vinculado à Faesc. Na região sul do Estado, o programa é realizado em parceria com o Sindicato Rural de São José, na comunidade de Morro do Fabrício, no município de Santo Amaro da Imperatriz. A iniciativa integra 14 mulheres pertencentes à Associação AMFA. As atividades são conduzidas pela prestadora de serviço em instrutoria Mari‐ nei Sabadin Balbinot. O programa desenvolve competências por meio de atividades na área de empreendedorismo, direito trabalhista, liderança, planejamento. Desta maneira, transforma a participação feminina em um fator importante para o sucesso da empresa rural. A supervisora do Senar/SC na região sul, Sueli Silveira Rosa, destaca que a capa‐ citação das mulheres é composta de cinco módulos: empreendedorismo, gestão A iniciativa integra 14 mulheres pertencentes à Associação AMFA financeira, elaboração do planejamento do negócio, legislação e liderança. REVISTA | Faesc & Senar | ABRIL/2014 11 ainda mais a área pertencente aos índios, chegando a 25% das terras brasileiras. Enfatiza que o setor agropecuário tem peso extraordinário na economia do Brasil. Acumula recordes de produtividade, usando menos terra e unindo produção com preservação. Cresceu, no último trimestre, 9,7%, enquanto o PIB, como um todo, avançou 0,6%. DESRESPEITO O dirigente lamenta que a Funai ignore a proibição do STF para ampliação de terras indígenas demarcadas. A proibição de ampliação é uma das 19 condicionantes estabelecidas pelo STF, em 2009, após o julgamento do caso Raposa Serra do Sol (RR), regulamentadas pela Portaria 303/12 da Advocacia Geral da União. Além de vedar a ampliação de áreas já demarcadas, a portaria, com base na decisão do STF, estabelece a participação de Estados e municípios nos procedimentos administra‐ tivos de demarcação, a atuação das Forças Armadas e da Polícia Federal nas áreas indígenas e a prevalência da defesa dos interesses da política de defesa nacional, entre outros pontos. Participaram da audiência pública mais de 500 pessoas Questão indígena causa o p m a c o n o t n e m i r f so “Um importante avanço na compreensão da questão indígena” foi o que proporcionou a audiência pública que a Câmara dos Deputados promoveu em Chapecó no mês de março, em Chapecó, sob coorde‐ nação dos deputados federais Valdir Colatto (SC), Osmar Seraglio (PR) e Luiz Carlos Heinz (RS). A avaliação é do presidente da Faesc, José Zeferino Pedrozo. Em dezenas de depoimentos, produ‐ tores relataram o sofrimento das famílias rurais pela intranquilidade que vivem no campo. Foi duramente criticada a atuação – acima da lei e contra decisões do próprio Supremo Tribunal Federal (STF) – da Fundação Nacional do Índio (Funai). O consenso entre produtores, líderes rurais e advogados era de que os produtores rurais estão sendo expropriados de suas proprie‐ dades por ação ideológica da Funai que, unilateralmente, cria áreas indígenas em áreas legalmente ocupadas e tituladas há mais de 100 anos. “A Funai está fabricando áreas indígenas e falsificando índios para ocupá‐ las” de acordo com os parlamentares. O 08 REVISTA | Faesc & Senar Ministério da Justiça perdeu o controle da Funai e a única solução é retirar da fundação o poder de criar novas reservas e transferir a questão para o Congresso Nacional. Isso é o que prevê a proposta de emenda constitucional 215 que tramita no legislativo federal, apoiada por todas as entidades nacionais da agricultura e do agronegócio. Pedrozo disse que a questão indígena está na pauta das preocupações da sociedade catarinense porque a Funai quer criar ou ampliar 26 áreas para os povos primitivos, avançando sobre 40 mil hectares legalmente ocupados por 4 mil famílias rurais. Os municípios que concentram os maiores problemas são Saudades, Abelardo Luz, Ipuaçu, Cunha Porã, Chapecó, Seara, Araçá, Paial, Araquari, Palhoça e Vitor Meirelles. Em todas as manifestações, produtores rurais e autoridades reclamaram que o Governo está sendo nefastamente influenciado por grupos patrocinados por ONGs internacionais e instalado nos ministérios do Desenvolvimento Agrário, Meio Ambiente e Justiça e em órgãos como Funai, Incra e Ibama. “Esse grupo é uma ameaça à democracia e está levando o Governo a cometer uma série de equívocos, fingindo inspirar‐se em motivações históricas e sociológicas para atuar na esfera dos indígenas, dos quilombolas, etc”, asseguram os dirigentes. O presidente da Faesc resume o cenário de indignação do setor produtivo: o Brasil tem 12,7% do território com áreas indígenas para um universo de apenas 817 mil índios, enquanto os 5,2 milhões de estabelecimentos rurais do País ocupam 38,8% do Brasil. Os índios representam 0,43% da população e a Funai pretende a criação de mais 611 reservas, aumentando REALIDADE REGIONAL Em Santa Catarina são 26 áreas demarcadas ou pretendidas para abrigar aproximadamente 18 mil indígenas. Se todas as demarcadas pretendidas pela Funai se consolidarem mais de 4 mil famílias serão expulsas de suas terras. Pedrozo disse que a questão indígena está na pauta das preocupações da sociedade catarinense A área em questão, desde 2002, compreende mil hectares em Arvoredo e, segundo Zanluchi, representa uma perda de 30% da economia do município. Em Seara o impacto na economia será de 10%. As famílias de produtores rurais em regime de economia familiar têm como atividades principais suíno, aves, bovinocultura de leite e alguns madeira, sistemas integrados com agroindústrias da região. “Para as comunidades de Chapada, Nossa Senhora da Saúde e Nova Brasília apresentamos uma proposta para o ministro, que prevê principalmente a (terra) e da benfeitoria. Na região, a maioria das famílias possuem em média 12 hectares e meio. Na região de Cunhã Porã e Saudades a discussão da área de 2.721 hectares iniciou em 2000 e envolve 170 famílias, o que representa mais de 540 pessoas. Esses agricultores familiares têm como atividades a produção de grãos em geral, frango de corte, suínos, bovinocultura de leite e aviários de postura. O impacto das demar‐ cações será de R$ 20 milhões no movimento econômico dos dois municípios. De acordo com presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Cunha Porã e líder do Movimento de Defesa da Proprie‐ dade, Dignidade e Justiça Social, Gilmar Ceccon, a reivindicação das famílias é de permanecer no local por serem os legítimos proprietários. “Nunca houve aldeia indígena e há escrituras de 1971. As áreas de terra foram compradas diretamente com a colonizadora Sul Brasil, por isso todas as famílias têm escritura pública e nenhuma é posseira”, justifica. No litoral catarinense do Estado 70 famílias de agricultores, maricultores e pescadores buscam desde 1970 o avanço do desenvolvimento. Para a presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Palhoça, Genesis Duarte, a Funai está travando a expansão do progresso de todo o País e prejudica o município ao provocar as filas intermináveis de veículos. “A fundação não permite que seja feita a quarta pista e nem o túnel, sendo que as demais entidades já autorizaram a construção”, argumenta. ORIENTAÇÕES SOBRE A LEGISLAÇÃO A Constituição Federal de 1988 estabeleceu o dia 5 de outubro daquele ano como marco temporal para a demarcação de terras indígenas. De acordo com o juiz federal Narciso Leandro Xavier Baez, é preciso analisar a condição jurídica dos indígenas no Brasil: isolados, em vias de integração e integrados. Para o relator da Comissão Especial da PEC 215, deputado Osmar Serraglio, o objetivo não é gerar conflito, pelo contrário, é promover a pacificação no campo. “O que não almejamos é a criação de áreas desestabilizadas, porque a constituição é muito clara e trata de regiões que ocupa‐ vam”, comenta. Famílias de produtores pedem para permanecer em suas terras O presidente do Sindicato Rural de Seara, presidente da Comissão dos Agricul‐ tores Atingidos por Demarcações de Terra In‐ dígenas e produtor rural, Valdemar Zanluchi, explica que na região de Seara, Arvoredo e Paial são mais de 300 famílias que vivem essa insegurança. “Esses moradores povoaram essas terras e estão enraizados há quase 100 anos no local”, complementa. redução de 3.900 hectares para 2.500 hectares em uma área de terra próxima na região, que dá continuidade a área da mesma etnia da Sede Trentin”, realça. Os moradores aguardam retorno de uma nova portaria em 60 dias. Zanluchi enfatiza que o objetivo é fazer um acordo pacífico, que compreenda um pagamento justo da propriedade APOIO O evento mobilizou também entidades e contou com o apoio da Faesc, Organização das Cooperativas de SC (Ocesc), Federação dos Trabalhadores na Agricultura de SC (Fetaesc), além de representantes de agroindústrias, agricultores, e sociedade civil organizada de todo o Estado de Santa Catarina. REVISTA | Faesc & Senar | MARÇO/201409 Cartão facilitará a vida do Senar, em nova fase, A atuará na educação superior presentar a nova estrutura metodológica aos prestadores de serviço em instrutoria foi o objetivo do Encontro Estadual de Agentes da Formação Profis‐ sional Rural (FPR) e de Promoção Social (PS), no mês de março, em Florianópolis. O evento foi organizado pelo Senar/ S C , vinculado à Faesc, e reuniu 200 A programação do Seminário iniciou com mensagem do presidente do Conse‐ lho Administrativo José Zeferino Pedrozo, destacando o papel do Senar na profissio‐ nalização e na elevação da renda das famí‐ lias rurais. Na sequência, palestrou o secretário executivo da Administração Central do Senar, Daniel Kluppel Carrara. Ele anun‐ ciou que a partir de 2014 a entidade – que já atua na educação não formal há mais de 20 anos nos cursos de formação inicial e continuada – passará também a atuar, na educação formal com cursos técnicos de nível médio, curso superior e pós‐ graduação, consolidando‐se como institu‐ ição de ensino, composta por uma rede nacional de educação profissional, condu‐ zida pela administração central, em Brasí‐ lia. Logo após, duas profissionais do Departamento de Educação Profissional e Promoção Social (DEPPS) da Administra‐ ção Central do Senar apresentaram a estrutura da nova Série Metodológica edi‐ ção 2013: A coordenadora da área de for‐ mação inicial e continuada Fabiana Márcia de Rezende Yehia e a assessora técnica Deimiluce Lopes Fontes Coaracy. Ambas destacaram a colaboração da professora Estela Macedo, do Senar/SC, na elabora‐ ção desse trabalho. A prática docente do Senar é a meto‐ dologia ideal para o homem do campo, porque leva em consideração o contexto histórico do produtor e do trabalhador rural, observaram. A ideia do Senar com a nova série é mudar, mas sem perder a essência do trabalho realizado pela enti‐ 06 REVISTA | Faesc & Senar O evento reuniu 200 pessoas cional do Meio Rural, Processo da Promo‐ ção Social (PS) e Metodologia de Ensino do Senar – Formação Profissional Rural e Pro‐ moção Social. Destaca a metodologia, com informações sobre as novas abordagens educativas como a formação por compe‐ tências e a mediação da aprendizagem. O PAPEL DO EDUCADOR No evento, palestrou o secretário executivo da Administração Central do Senar, Daniel Kluppel Carrara dade. “Juntamos os conceitos em todos os parâmetros e procedimentos para ajudar os instrutores na hora de montar os treina‐ mentos. Queremos fazer o educador entender que ele é fundamental nesse processo e que a qualificação profissional é básica, mas precisa ter intenções claras, ser planejada e focada no diálogo de sabe‐ res. Não é apenas o curso do Senar, mas uma formação profissional que pode aten‐ der aos anseios dos participantes e às necessidades do mercado de trabalho.” A nova edição da Série Metodológica do Senar, composta de cinco volumes, é o documento que garante a uniformidade de informações educacionais, terminolo‐ gias, processos e a consolidação da meto‐ dologia. O novo documento traz a nova estrutura ocupacional do Senar baseada na Classificação Brasileira de Ocupações (CBO), do Ministério do Trabalho e Empre‐ go. A nova série está dividida em Informa‐ ções Institucionais, Processo da Formação Profissional Rural (FPR), Estrutura Ocupa‐ As atividades foram encerradas com a palestra “O papel do educador”, minis‐ trada por Eugênio Mussak, especialista em liderança e diretor científico da Associação Brasileira de Recursos Humanos. “A educação saiu da escola e transfe‐ riu‐se para outros ambientes”, declarou o educador, para quem o papel do professor não é mais transferir conhecimento, mas ensinar o aluno a pensar. Ele acredita que a educação é o grande passaporte e propõe um modelo novo de educação para o século XXI, um modelo realmente liberta‐ dor. Para Mussak, a educação é um tesouro a descobrir. Educar é ensinar a aprender e não ensinar matérias, simplesmente. “Ensinar a aprender é dar a liberdade para a escolha dos caminhos através de uma potência da aprendizagem permanente.” Explicou que o aluno deve desenvolver a capacidade de aprender ao lado de quatro “aprenderes fundamentais”: aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a conviver e aprender a ser. Para ele, esta é a educação verdadeiramente libertadora: a que ensina a pescar. produtor rural catarinense P rodutores e empresários rurais terão, a partir deste ano, uma facilidade: o CNA Card (cartão do produtor rural), administrado pela CNA em parceria com a Faesc. O cartão foi lançado no Seminário Estadual de Líderes Rurais da Federação que reuniu uma centena de presi‐ dentes de Sindicatos Rurais, no mês de março, na grande Floria‐ nópolis. “Não se trata de um cartão financei‐ ro, mas será muito útil na vida econômica dos produtores rurais catarinenses”, real‐ çou o presidente da Faesc, José Zeferino Pedrozo. O CNA Card facilita a vida do produtor rural, permitindo solicitar e imprimir Guias de Trânsito Animal (GTA), bem como pagar as respectivas taxas com maior conforto e agilidade, além de gerar benefícios e agregar novas tecnolo‐ gias ao dia a dia do produtor. O analista técnico, médico veteriná‐ rio, responsável pela plataforma de ges‐ tão agropecuária do CNA Card da CNA, André Vicente Bastos, mostrou que o car‐ tão permitirá maior rapidez na gestão dos negócios rurais, além de servir de identificação do produtor rural. Milhares de estabelecimentos que fornecem insu‐ mos para a atividade agropecuária estão aderindo ao sistema, em todo o País, for‐ mando uma grande base de empresas que oferecem descontos e outras vanta‐ gens na venda de produtos e serviços de interesse dos produtores. Acordo de cooperação assinado – durante o Seminário de Líderes Rurais – entre a CNA, FAESC e CIDASC formalizou a parceria que permitirá aos agropecua‐ ristas catarinenses solicitar e imprimir documentos online, tais como a GTA e pagar as respectivas guias geradas. Com o CNA Card o produtor poderá economizar tempo e dinheiro; ganhar descontos e benefícios no Clube de Bene‐ fícios; solicitar a impressão da GTA junto aos órgãos executores de sanidade agro‐ O CNA Card foi lançado durante o Seminário Estadual de Líderes Rurais, na grande Florianópolis O CNA Card foi lançado durante o Seminário Estadual de Líderes Rurais, na grande Florianópolis pecuária, pagar tarifas de forma facili‐ tada e melhorar a gestão da propriedade. Podem solicitar o CNA Card os produto‐ res rurais, pessoa física ou jurídica com cadastro no Serviço Estadual de Defesa Agropecuária de uma das 27 unidades da federação. Outro assunto da pauta foi de ordem pedagógica. Técnicos da Administração Central do Senar, de Brasília, apresenta‐ ram a nova série metodológica da entida‐ de. O último tema da pauta da manhã foi o programa GQS (Gestão de Qualidade Sindical) apresentado pelo vice‐ presidente da Faesc, João Francisco de Mattos. “A gestão com qualidade busca o fortalecimento dos sindicatos de produ‐ tores rurais para proporcionar, aos diri‐ gentes e funcionários, instrumentos modernos de gestão e aprimoramento da qualidade dos serviços prestados”, explicou. Os principais objetivos são fortalecer a representatividade do sindicato, com reflexos positivos para classe produtora rural; suscitar nos funcionários e dirigen‐ tes a importância da profissionalização no atendimento ao associado; elaborar o Plano de Gestão com Qualidade do Sindi‐ cato (PGQS) com propostas de melhorias significativas na estruturação e funciona‐ mento do sindicato rural. O vice‐presidente Enori Barbieri palestrou sobre o comportamento dos mercados agrícolas e pecuários. HOMENAGEM Ao final do Seminário, a Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS) prestou homenagem ao presi‐ dente da Faesc/Senar, José Zeferino Pedrozo. O diretor da ACCS, Adir Engel, acompanhado de outros dirigentes, entre‐ gou troféu simbolizando a homenagem e leu mensagem que expressa “parabéns e muito obrigado por ser um exemplo ao agronegócio brasileiro, em especial para o catarinense, porque muito contribuístes para que tantos que aqui estão presentes e outros que não estão, fossem buscar este exemplo de humildade, de compe‐ tência, de dedicação e de muito trabalho. Pelo cidadão liderança que representas para o agronegócio. Com certeza, não só os suinocultores catarinenses, mas todos os produtores e empresários do agronegó‐ cio têm na sua pessoa um espelho que agrega muito, sendo um baluarte ao agro‐ negócio”. REVISTA | Faesc & Senar | ABRIL/2014 07