A relação professor-alunoconhecimento no contexto das
novas mídias
Geovana M. Lunardi- Doutora em
Educação – Puc- SP
MESA REDONDA: “Mídia e os processos
de aprendizagem”.
“ Agora aqui veja, é preciso correr o máximo que você
puder para permanecer no mesmo lugar. Se quiser ir
a algum outro lugar, deve correr pelo menos duas
vezes mais depressa que isso.”
“Alice no país das maravilhas” – Lewis Carroll
As mídias e a instituição da
modernidade líquida
• Ruptura de muitos dos princípios da
Modernidade e instituição de uma forma nova
de capitalismo
• Hoje o “capital viaja leve – apenas com a
bagagem de mão, que inclui nada mais que
pasta e telefone celular”. (Zygmunt Bauman)
• Exarcebação do individual.
• Privatização do público/publicização do
privado.
As mídias e a instituição da
modernidade líquida
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Tudo é fluido/ líquido/efêmero.
“Tudo que é sólido se desmancha no ar”...
Distopias não cumpridas: Huxley...
As mídias compõem esse cenário:
Mundo mediatizado pela circulação da informação,
pela conectividade, pelo rompimento das noções de
tempo e espaço.
• Relações líquidas: amores líquidos.
• Capitalismo líquido: o capital não é mais da
acumulação, mas do consumo.
• Modernidade líquida.
Implicações para o trabalho
com o conhecimento
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Crise das Meta narrativas.
Especificação da ciência.
Fluidez e rapidez do conhecimento.
Crise dos conceitos, das verdades, das
grandes certezas.
• Sociedade
da
informação
e
do
conhecimento.
• Princípio da “Aprendizagem ao longo da
vida”- long life leanirng.
Quem são os sujeitos do
processo ensino e
aprendizagem?
• Um novo aluno: um aluno “midiático”?
• Um novo professor:
“midiático”?
um
professor
• Um novo modelo de ensino
aprendizagem: uma aula midiática?
e
A relação professor-alunoconhecimento precisa ser
midiática?
• Modelos de ensino não adequados aos
novos processos de aprendizagem dos
alunos;
• Novas mídias são inevitáveis;
• Por serem invitáveis causam
transformações.
• Qual a função dos processos
educativos?
Relação professor-alunoconhecimento
• Resgate do trabalho com o conhecimento.
“Contudo, a credulidade, a aversão a dúvida, a
temeridade no responder, o vangloriar-se com o
saber, a timidez no contradizer, o agir por interesse,
a preguiça nas investigações pessoais, o fetichismo
verbal, o deter-se em conhecimentos parciais: isto e
coisas semelhantes impediram um casamento feliz
do entendimento humano com a natureza das coisas
e o acasalaram, em vez disso, a conceitos vãos e
experimentos erráticos: o fruto e a posteridade de tão
gloriosa união pode-se facilmente imaginar”.(Adorno,
Horkheimer, 1985, p.19)
“A aporia com que defrontamos em nosso trabalho revela-se
assim como o primeiro objeto a investigar: a autodestruição do
esclarecimento. Não alimentamos dúvida nenhuma de que a
liberdade na nossa sociedade é inseparável do pensamento
esclarecedor. Contudo acreditamos ter reconhecido com a
mesma clareza que o próprio conceito desse pensamento, tanto
quanto as formas históricas concretas, as instituições da
sociedade com as quais está entrelaçado, contém o germe para
regressão que hoje tem lugar por toda parte. Se o
esclarecimento não acolhe dentro de si a reflexão sobre esse
elemento regressivo, ele está selando o seu próprio destino.
Abandonando a seus inimigos a reflexão sobre o elemento
destrutivo do progresso, o pensamento cegamente
pragmatizado perde seu caráter superador e, por isso, também
sua relação com a verdade. A disposição enigmática das
massas educadas tecnologicamente a deixar dominar-se pelo
fascínio de um despotismo qualquer, sua afinidade
autodestrutiva com a paranóia racista todo esse absurdo
incompreendido manifesta a fraqueza do poder de
compreensão do pensamento teórico atual.”(Adorno,1985,
p.13).
A relação professor alunoconhecimento
• Desintelectualização do professor.
• Uma “Pedagogia que desvaloriza o
professor e uma epistemologia que
desvaloriza
o
conhecimento
teórico/técnico/científico”.(Duarte, 2004)
A relação professor alunoconhecimento
• As mídias podem ser objetos e
instrumentos,meios, mas nunca um fim.
• Exemplo: ferramentas de busca.
• Precisam possibilitar uma verticalização
do trabalho com o conhecimento de
forma significativa para professores e
alunos.
Possibilidades...
• Educação como emancipação.
• Crença e fortalecimento do papel do
professor.
Se o diálogo dos estudantes for com o saber e com a cultura
corporificada nas obras, e, portanto, com a práxis cultural, a
relação pedagógica revelará que o lugar do saber se encontra
sempre vazio e que, por esse motivo, todos podem igualmente
aspirar a ele, porque não pertence a ninguém. O trabalho
pedagógico seria, então, trabalho no sentido pleno do conceito:
movimento para suprimir o aluno como aluno, a fim de que em
seu lugar surja aquele que é o igual do professor, isto é, um
outro professor. Por isso o diálogo não é ponto de partida, mas
de chegada, quando a assimetria foi superada e a igualdade foi
instalada graças à própria assimetria. Seria preciso admitir que
o lugar do professor é simbólico – e por isso sempre vazio,
tanto quanto imaginário – por isso sempre pronto a ter
proprietários. Se não pensarmos sobre o significado do ato de
ensinar e de aprender, não seremos capazes de pensar numa
democracia universitária.( Chauí, Marilena.2001.)
Obrigada a todos!
Geovana
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Mídia e os Processos de Aprendizagem III ppt