P10 - Governança Intersetorial e Sustentabilidade Em uma economia cada vez mais globalizada, os estados-nação ficaram mais fracos em relação a livre circulação de capital. Isto levou a um acúmulo de falhas transnacionais de governança estabelecendo novos desafios da sustentabilidade (social e ambiental) e a necessidade de outros participantes a intensificarem e assumir novas funções de governança. Esforços foram feitos para a criação de movimentos sociais globais e governança transnacional para enfrentar esses desafios de sustentabilidade. O resultado tem sido o aumento da criação de comunidades de especialistas que conectam os movimentos sociais, organizações transnacionais e empresas multinacionais em uma esfera de ordens negociadas que visam institucionalizar os regimes de soft law; um fenômeno que toma muitas faces e que aqui chamamos de governança intersetorial. No mundo dos negócios e da literatura da sociedade, há uma tendência para celebrar governança intersetorial como um esforço colaborativo de ganho mútuo, se uma pessoa escreve sobre parcerias únicas entre ONGs ou iniciativas com vários acionistas. É importante abrir os estudos de governança intersetorial para (1) possíveis resultados com um lado perdedor ou resultados com ganho para duas pessoas e um perdedor, (2) problematizações da função cada vez mais dominante das empresas na governança e (3) esforços feitos para melhorar a governança por meio de relações mais contraditórias entre a sociedade civil e as empresas. Neste tema, estamos à procura de documentos que abordam diferentes tipos de governança intersetorial para a sustentabilidade, incluindo (mas não se limitando a): - Estudos de parcerias únicas entre ONGs, bem sucedidos ou não; - Estudos de iniciativas com vários acionistas, bem sucedidos ou não; - Problematizações de estrutura de ganho mútuo das diferentes parcerias e iniciativas; - Problematizações de estrutura colaborativa de diferentes parcerias e iniciativas; - Problematizações da função cada vez mais dominante das empresas na governança; - Estudos de melhorias de governança por meio de relações intersetoriais mais contraditórias; - Estudos sobre a função dos Estados em relação à governança liderada por empresa e sociedade civil; - Estudos sobre a função das ONGs e seu papel político na elaboração de questões de sustentabilidade; - Estudos sobre as relações entre hard law e regimes jurídicos de soft law; - Os estudos sobre o desenvolvimento de organizações híbridas que combinam metas com fins lucrativos e sem fins lucrativos em seu núcleo. Coordenação: Martin Fougère | Hanken School of Economics, Helsinki, Finlândia; e Marcus Vinícius Gomes | FGV-EAESP, São Paulo, Brasil