UNISALESIANO Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium Curso de Educação Física Gabriel Siqueira Fittipaldi Higor Silva Dias Waldeck Figueredo Guedes COMPARAÇÃO ENTRE OS NÍVEIS DAS CAPACIDADES FÍSICAS DE MULHERES IDOSAS PRATICANTES DE MUSCULAÇÃO E MULHERES FISICAMENTE ATIVAS Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium Lins-SP 2014 Gabriel Siqueira Fittipaldi Higor Silva Dias Waldeck Figueredo Guedes COMPARAÇÃO ENTRE OS NÍVEIS DAS CAPACIDADES FÍSICAS DE MULHERES IDOSAS PRATICANTES DE MUSCULAÇÃO E MULHERES FISICAMENTE ATIVAS Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à banca examinadora do Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, curso de Educação Física sob a orientação do (a) Prof.ª Esp. Giseli Barros Silva e orientação técnica da Prof.ª Ma. Jovira Maria Sarraceni. LINS-SP 2014 Gabriel Siqueira Fittipaldi Higor Silva Dias Waldeck Figueredo Guedes COMPARAÇÃO ENTRE OS NÍVEIS DAS CAPACIDADES FÍSICAS DE MULHERES IDOSAS PRATICANTES DE MUSCULAÇÃO E MULHERES FISICAMENTE ATIVAS Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, para obtenção do título de Bacharel em Educação Física. . Aprovada em: _ /12/2014 Banca Examinadora: Prof.ª Orientadora: Giseli de Barros Silva Titulação: Especialista em Fisiologia do Exercício pelo Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium. Assinatura:______________________________________ 1º Prof.(a):___________________________________________________________ Titulação:____________________________________________________________ ___________________________________________________________________ Assinatura:______________________________________ 2º Prof.(a)___________________________________________________________ Titulação____________________________________________________________ Assinatura:______________________________________ Dedicamos esse trabalho primeiramente ao nosso Deus que nos deu suporte para realizá-lo em meio aos problemas que surgiram. Dedicamos a nossa família que nos apoiou desde o início até o presente momento. Dedicamos também a nossa orientadora Giseli Barros, que em tudo que pode nos ajudou e sempre contribuiu para a realização de nossa pesquisa. Dedicamos a todos os professores que passaram em nossa graduação e que foram marcantes em nossas vidas com a transferência de conhecimentos experiências vividas ao longo desses quatro anos. e AGRADECIMENTOS Agradecimento Higor Gostaria de agradecer a Deus pela minha vida, pela minha saúde, pelo meu alimento diário, pelo meu trabalho, pelos meus familiares e amigos, agradeço pela chance de concluir o curso que eu tanto sonhei, e também pelas oportunidades dadas a mim de superar os obstáculos durante esses quatro anos de graduação. Foi um período difícil, mas muito satisfatório, difícil, pois conciliar os estudos, estágios e o trabalho não é uma tarefa fácil, e satisfatório, quando você percebe que passou por todas estas barreiras sem deixá-las nenhuma te desanimar. Agradeço também a minha heroína, minha mãe, que durante essa graduação me incentivou a não desistir nos momentos mais difíceis, principalmente quando chegava do trabalho cansado sem animo pra estudar. Agradeço ao meu pai pelo apoio financeiro durante o primeiro ano de faculdade. Agradeço também pela parceria de quatro anos dos meus amigos Gabriel Fittipaldi e Waldeck Guedes, companheiros do trabalho de conclusão de curso e também de outros trabalhos realizados durante a graduação, e também ao Danilo Cardoso, parceiro de boas resenhas durante o intervalo, entra nessa lista também minha companheira de classe Edilma de Souza, pela disponibilidade em enviar os conteúdos didáticos ao e-mail de cada um. Não posso deixar de lembrar-se dos funcionários da instituição, principalmente da Raquel Hortêncio, funcionária da biblioteca, que dentre tantos alunos transeuntes do local consegue lembrar-se do nome de muitos e atende a todos com muita atenção e carinho. A nossa orientadora Giseli Barros, pela sua simpatia para com todos e sua disponibilidade para conosco, ajudando-nos na realização de nossa pesquisa em tudo que possível. O nome da professora Ana Cláudia também não poderia passar em vão, agradeço a ela por substituir nossa orientadora no momento de sua licença maternidade e nos apoiar no seminário realizado no início do semestre. A todos os professores que tive em minha graduação, pelos ensinamentos da teoria e pela passagem da prática vivida por eles, professores que despertaram em mim o amor por essa profissão. Agradecimento Gabriel Agradeço primeiramente a Deus, a quem sempre nos momentos difíceis recorri, e nos momentos felizes tive o privilégio de agradecer. A minha esposa Samara, que me ajudou no decorrer desses anos, com seu companheirismo, sempre me apoiando nas horas de dificuldade, compartilhando comigo as alegrias e o principal, não me deixou desistir! A minha avó Neuza, que além de ser como uma mãe é uma das pessoas mais importantes da minha vida. Independentemente do momento ou lugar em que estejam os meus pensamentos sempre encontrarão você! Agradeço não só pela oportunidade de estudo, mas por todo carinho e educação que de você eu recebi. Aos amigos Higor e Waldeck que foram companheiros de diversos momentos, dividimos tristezas e somamos nossas alegrias. Pessoas que sem explicação tornaram minha vida durante esses quatro anos uma vida mais alegre e divertida. Vou sentir saudade. A professora orientadora Gisele, que com paciência soube esclarecer nossas principais dúvidas e nos orientou da melhor maneira possível. Também a professora orientadora Jovira que nos auxiliou de forma imprescindível neste trabalho. E a todos os professores do Curso de Educação Física que fizeram parte da minha formação. Enfim, agradeço a todos que mesmo indiretamente contribuíram na minha formação, tanto profissional quanto pessoal. Agradecimento Waldeck Costumo dizer que nada na vida conseguimos sozinho, principalmente se tratando de um curso superior. Onde forças precisam ser unidas para que todos os obstáculos sejam vencidos. Primeiramente agradeço a Deus por ter me dado à oportunidade de cursar uma faculdade e apesar de todas as dificuldades poder concluí-las. Agradeço por ter posto pessoas maravilhosas em meu caminho, pois sem elas não teria chegado tão longe. Sou inteiramente grato a minha esposa que controlou a situação em casa, me aturando em meus momentos de estresse e cuidando da casa principalmente na questão financeira para que pudesse dar sequencia nos estudos. Meus agradecimentos à professora Bernadete, minha principal incentivadora, apostou em mim quando pensava na hipótese de cursar uma faculdade de ensino superior. Agradeço minha grande amiga Debora Ferraz que esteve presente quando pode em tudo que precisei, pelo incentivo para que eu voltasse atrás quando desisti do curso superior ainda no primeiro ano. Aos meus amigos Higor Dias e Gabriel, colegas de classe e de grupo de TCC e agora amigos. Não tenho palavras para agradecer tudo que fizeram por mim principalmente na reta final de curso. Nossa orientadora Giseli, pelo desempenho, pela amizade, pelo carinho e prontidão para com todos. A todos os professores e o coordenador por nos tornar pessoas de conhecimento mais apurado, pela amizade, compreensão e dedicação ao trazer o que tinham de novo no mercado cientifico. Aos meus colegas de classe principalmente aos mais próximos, Gabriel Fittipaldi, Danilo, Jéssica Alves, Meiryelen, Thais e Aylin. Não poderia deixar de lado o prof. Dr. Wonder Higino, nosso grande mestre e amigo, também ao secretário de esportes Luiz Henrique e seu irmão Igor, pessoas que ajudaram muito. Finalmente ao grupo de TCC, pelos quatro anos juntos e pela batalha no diaa-dia para trazer tudo de melhor e acrescentar em nosso trabalho. RESUMO Com o envelhecimento há uma série de declínios nas principais capacidades físicas nos idosos, como força, flexibilidade, coordenação motora, resistência aeróbia e agilidade. Esses decaimentos geram uma diminuição da capacidade funcional e por consequência uma maior prevalência de acidentes e doenças nesta faixa populacional. A Organização Mundial da Saúde e o Colégio Americano de Medicina Esportiva ressaltam que a atividade física é uma das principais formas de minimizar e/ou reverter os declínios sociais, físicos e psicológicos que predominantemente acompanham a população com idade avançada, e o treinamento de força é considerado dos principais métodos que geram grandes modificações em algumas destas capacidades físicas. Com isso o presente estudo teve como objetivo avaliar e comparar a aptidão funcional de mulheres idosas praticantes de musculação e mulheres praticantes de atividades físicas diversas, como caminhadas, jogos lúdicos e atividades manuais, a partir do protocolo americano da bateria de testes AAHPERD. Foi realizada a aplicação da bateria em duas amostras constituídas por 24 mulheres divididas em dois grupos, o grupo praticante de musculação (G1-n=13) e o grupo ativo (G2-n=11), que realizavam essas atividades no mínimo há seis meses. A bateria de testes da AAHPERD foi composta por cinco testes motores que avaliaram as seguintes variáveis da aptidão funcional: agilidade e equilíbrio dinâmico (AGIL); coordenação (COO); flexibilidade (FLEX); força e endurance de membros superiores (RESISFOR) e resistência aeróbia geral e habilidade de andar (RAG). Os resultados apresentam diferenças nas capacidades de força e flexibilidade com os valores de (G1=25,53 ± 7,75G2=20,58 ± 3,32) e (G1=30,92 ± 7,61;G2=21,66 ± 7,63). Após os dados obtidos conclui-se que a prática do treinamento muscular traz maiores resultados aos valores das capacidades físicas quando comparado com as atividades físicas diversas em mulheres idosas. Palavras-chave: Atividade física. Musculação. Envelhecimento. AAHPERD. Abstract With aging there are a number of major declines in physical capacities in the elderly, such as strength, flexibility, coordination, agility, and aerobic endurance. These decays produce a decrease in functional capacity and consequently a higher prevalence of injury and illness in this population group. The World Health Organization and the American College of Sports Medicine emphasize that physical activity is one of the main ways to minimize and / or reverse the social, psychological and physical declines that accompany predominantly elderly population, and strength training is considered the main methods that generate large changes in some of these physical capacities. With this, the present study aimed to evaluate and compare the functional fitness of elderly women practicing bodybuilding and female practitioners of various physical activities such as walking, fun games and manual activities, from the American protocol battery AAHPERD tests. Applying battery was performed in two samples of 24 women divided into two groups, the practitioner group fitness (G1, n = 13) and the active group (G2, n = 11), who carried out these activities at least for 6 months. The test battery consisted of AAHPERD five motor tests that evaluated the following variables of functional fitness, agility and dynamic balance (AGIL); Coordination (COO); flexibility (FLEX); strength and endurance of the upper limbs (SRTSM) and general aerobic endurance and ability to walk (RAG). Analyzing the data obtained it is concluded that the practice of muscle training brings results to larger values of the physical capabilities when compared with the various physical activities in older women. Keywords: Physical activity. fitness. aging. AAHPERD. SUMÁRIO INTRODUÇÃO...........................................................................................................11 1 CONCEITOS PRELIMINARES ............................................................................. 13 1.1 Capacidades físicas ............................................................................................ 13 1.2 Coordenação motora ........................................................................................... 13 1.2.1Importância da coordenação motora ................................................................. 14 1.3 Equilíbrio ............................................................................................................. 15 1.3.1 Fatores influentes no processo de equilíbrio .................................................... 16 1.3.2 Queda............................................................................................................... 16 1.4 Resistência .......................................................................................................... 16 1.4.1 Classificações de resistência ........................................................................... 17 1.5 Agilidade.............................................................................................................. 18 1.6 Força ................................................................................................................... 19 1.6.1 Tipos de força ................................................................................................... 20 1.6.2 Testes propostos para medir a força ................................................................ 21 1.7 Flexibilidade ........................................................................................................ 21 1.7.1 Tipos de flexibilidade ........................................................................................ 22 1.8 Treinamento muscular ......................................................................................... 23 1.8.1 Respiração durante o treinamento muscular .................................................... 24 1.9 Benefícios do treinamento muscular ................................................................... 25 2 CASUÍSTICAS E METODOS ......................................................................... 27 2.1 Casuísticas .......................................................................................................... 27 2.2 Critérios de Inclusão e exclusão .......................................................................... 27 2.3 Caracterização da Amostra ................................................................................. 28 2.4Condições ambientais .......................................................................................... 28 2.5Desenho Experimental ......................................................................................... 28 2.6.1 Confiabilidade da bateria de Testes ................................................................. 29 2.6.2 Bateria de Testes ............................................................................................. 30 2.6.3 Teste de agilidade e equilíbrio dinâmico .......................................................... 30 2.6.4 Teste de coordenação motora.......................................................................... 30 2.6.5 Teste de flexibilidade ........................................................................................ 31 2.6.7 Teste de resistência aeróbia geral ................................................................... 32 2.7 Materiais utilizados .............................................................................................. 32 2.8 Análise Estatística .......................................................................................... 32 RESULTADOS...........................................................................................................33 3.1 Discussão ............................................................................................................ 34 CONCLUSÃO............................................................................................................ 41 REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 42 11 INTRODUÇÃO A organização mundial da saúde está preocupada com o aumento da população dos idosos levando em contas incapacidades trazidas por essa faixa etária, causadas por diversos fatores. Em consequência de uma evolução significativa da sociedade e de possuir-se uma taxa relevante de idosos nos dias de hoje, começam a surgir diversos temas de interesse relacionados diretamente com esse tipo de grupo social, como o cuidado com o corpo, melhora da qualidade de vida, independência nas atividades de vida diárias (AVD´s), entre outros fatores. Tendo em vista esses fatores abordados anteriormente, a atividade física vem adquirindo cada vez mais importância por ser um dos elementos dos quais dispomos para incidir em tais aspectos. A atividade física é uma das principais formas de minimizar e/ou reverter os declínios sociais, físicos e psicológicos que predominantemente acompanham a população com idade avançada (CIPRIANI, 2010). Mesmo com inúmeros estudos comprovando a importância da atividade física, há pessoas totalmente sedentárias. Diversos benefícios dessa prática já foram apresentados e comprovados cientificamente, incentivando a prática pela população, mesmo assim vem sendo ignorada. Benedetti et al. (2007); Gobbi et al. (1997); Matsudo et al. (2002) apontam a atividade física como umas das maneiras de retardar muitos dos declínios físicos, psicológicos e sociais causados pelo avançar da idade, poupando assim a capacidade funcional, independência e autonomia dos idosos. (UENO et al., 2012). A capacidade funcional é definida por Clarck (1989) como a capacidade de realizar as atividades corriqueiras e súbitas do dia a dia, de forma segura e eficaz e sem lassidão excessiva. Esta capacidade é composta por cinco componentes, quais sejam: resistência de força, agilidade e equilíbrio dinâmico, flexibilidade, coordenação e resistência aeróbia. Dessa forma, o nível dos componentes da CF reflete diretamente no sucesso ou fracasso durante a realização das atividades de vida diária. Além dos benefícios citados, acima a atividade física orientada corretamente favorece aos idosos saudáveis ou portadores de cardiopatia, aumento do bom colesterol (HDL), tem efeito benéfico na distribuição de gordura corporal e melhora a resposta a insulina. A atividade física proporciona novas sensações e 12 aumenta a comunicação dos idosos entre si e com pessoas de outras idades. Além da melhora da saúde óssea, portanto, redução no risco de osteoporose; melhora da estabilidade postural, reduzindo assim o risco de quedas, lesões e fraturas associadas; e incremento da flexibilidade e amplitude de movimento. (apud ACSM, 2014). Estima-se que uma alta porcentagem dos idosos na faixa sexagenária seja dependente para realizar suas AVD’s. Esta situação eleva o custo com gastos em saúde para essa faixa etária, essa verba destinada para o tratamento dos idosos, mesmo em países mais ricos ainda é insuficiente. Sabe-se que essa população tende a aumentar com o decorrer dos anos e é necessária a criação de projetos para minimizar ou prevenir essas incapacidades. Esses programas são muito importantes para os idosos já acarretados, pois lhe proporcionam uma melhora na qualidade de vida. Ao longo deste estudo se notará a presença de algumas terminologias para o mesmo método de treinamento como treinamento muscular, treino de força e musculação, pois Baecheles e Groves (2000) toda essa nomenclatura se equivale ao uso de halteres, pesos livres e máquinas, com o intuito de melhorar a aparência, condicionamento físico e/ou desempenho esportivo (apud SANTANA, et al. 2010). Em conta disso, foi realizado uma pesquisa experimental de caráter quantitativo com o objetivo de comparar dois tipos de treinamentos em 5 qualidades físicas de mulheres idosas, o grupo de pesquisa foi composto por 24 mulheres, sendo 2 grupos avaliados, o grupo praticante de musculação e o grupo de mulheres praticantes de atividades físicas variadas. Os resultados dos testes foram analisados e comparados através de protocolos de análise de variância, teste T e média de desvio padrão. A pesquisa foi realizada no Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium de Lins no período de junho a setembro de 2014. 13 1 CONCEITOS PRELIMINARES 1.1 Capacidades físicas As qualidades físicas ou capacidades físicas são atributos físicos treináveis no organismo humano, possui uma relação estreita no objetivo de um programa de treinamento. Segundo Mathews e Fox (1983) o treinamento neuromuscular propícia um quadro de alterações nas fibras musculares, como o aumento nas concentrações de creatina muscular (39%), ATP (18%) e glicogênio (66%), além das atividades enzimáticas glicolíticas e adaptações no sistema nervoso, que resultam em mudanças no padrão de recrutamento de unidades motoras. Essas alterações dependerão da intensidade e especificidade do treinamento. (apud DANTAS, 2003). A seguir, uma abordagem sobre as principais capacidades físicas encontradas no ser humano e suas principais características. 1.2 Coordenação motora Meinel (1960) descreve a coordenação motora como um quadro harmonioso de todos de todas as etapas de um processo motor, visando um objetivo de executar um movimento, Hollman e Hetinger (1989) propõem que essa qualidade física é a resultante de uma ação nervosa central e do trabalho muscular em um movimento. As características fisiológicas dessa qualidade física podem ser descritas vulgarmente como a delimitação dos movimentos aos músculos efetores e o desligamento dos movimentos paralelos. Essa qualidade física e dividida em dois tipos: a coordenação motora intramuscular e coordenação motora intermuscular. (apud BARBANTI, 1997). A coordenação motora intramuscular se diz respeito à ação neuromuscular dentro de uma sequência de movimentos em cada músculo, a quantidade de unidades motoras recrutadas para realizar uma ação muscular. (BARBANTI, 1997). A coordenação motora intermuscular como o próprio nome propõe, é a cooperação de vários grupos musculares para a realização de um determinado movimento. (BARBANTI, 1997). 14 1.2.1 Importância da coordenação motora Essa qualidade física tem fundamental importância para a aprendizagem motora, ela possibilita o atleta aprender e desenvolver movimentos complexos em um curto espaço de tempo, além de oferecer um poder de ritmo, equilíbrio e percepção de tempo ao praticante. (BARBANTI, 1997). São qualidades de sequência de processo de condução motora, específicas e, de acordo com a situação, baseadas em experiências motoras. São, portanto précondições de desempenho para o domínio especialmente de exigências coordenativas, desenvolvem-se na base de mecanismos funcionais do sistema nervoso central. (BARBANTI, 1997). De acordo com Roth (1987), em geral a coordenação motora é apresentada, atualmente, por modelos de circuito de regulação de envio e retorno é orientado no erro, os quais são denominados de teorias fechadas do esquema. Hirtz (1985) defende cinco capacidades coordenativas: (1) Capacidade de diferenciação sinestésica pela qual os movimentos recebem sua diferenciação detalhada e o escalonamento devido, principalmente, as informações sinestésicas dos músculos e tendões; (2) Capacidade espacial de orientação baseada em observações e processamento de informações; (3) Capacidade de equilíbrio abrange a manutenção e restauração do equilíbrio em situações alternadas; (4) Capacidade complexa de reação são a iniciação e execução adequada de ações motoras de pouca duração a partir de sinais distintos; (5) Capacidade de ritmo determina o registro, a armazenagem e a representação de estruturas pretendidas e dinâmicas de tempo e contidas no próprio movimento. (BARBANTI, 1997). As crianças e jovens possuem maiores chances de desenvolver a coordenação motora, haja vista que eles estão em fase de desenvolvimento motor, a melhor faixa para se iniciar o desenvolvimento dessa qualidade é a de 6 anos de idade e Hofmann, Grundamann, Hirtz (1985) propõem a idade pré escolar como ideal para o desenvolvimento dessa habilidade. (apud BARBANTI, 1997). Para alguns autores, aspectos devem ser levados em consideração no momento do desenvolvimento dessa habilidade, fatores como, não realizar trabalhos de coordenação em estado de fadiga e introduzir novos elementos para a aprendizagem continua de experiências motoras. (BARBANTI, 1997) 15 1.3 Equilíbrio O equilíbrio é um quadro complexo que envolve fatores como a recepção e a integração de estímulos sensoriais, a análise e a execução de movimentos para controlar o centro gravitacional sobre uma base, controlado pelo sistema de controle postural, que abrange as informações fornecidas pelos sistemas somato-sensorial, sistema vestibular e os receptores visuais. O sistema sensorial propicia a posição corporal em relação ao ambiente ou outros fragmentos, no tempo em que o sistema motor é ativado, corrigindo e adequando os músculos para a realização dos movimentos e o sistema nervoso central associa as informações advindas do sistema sensorial para enviar impulsos nervosos aos músculos. Com o passar dos anos esse sistema fica debilitado, o que pode causar a eliminação de alguma etapa desse controlador postural, levando a um aumento da instabilidade e aumentando o número de quedas. O controle da postura atua conforme a posição corporal, partindo desse ponto alguns autores dividem essa capacidade física em dois tipos: equilíbrio estático e equilíbrio dinâmico. Algumas estruturas como os órgãos sensoriais, aparelho de Golgi, receptores articulares, contribuem para manter a posição de equilíbrio, através de um contrabalanceio das tensões musculares. (REBELLATO et al., 2008). No equilíbrio estático a base de suporte se mantem estável enquanto o centro de massa corporal se movimenta, nesta situação o senso de equilíbrio deve manter o centro de massa corpórea dentro da base de suporte. (REBELLATO et al., 2008) Alguns autores propõem que quanto menor a capacidade de manter o equilíbrio na posição estática maior é a probabilidade de queda. No equilíbrio dinâmico os dois componentes se movimentam e o centro de massa jamais de alinha a base de suporte durante a fase de apoio unilateral do movimento. (REBELLATO et al., 2008). Fatores como a diminuição de força de membros inferiores e aumento da incapacidade levam ao aumento do risco de quedas em idosos. As mudanças das percepções podem alterar os tempos de repostas musculares aos desequilíbrios. Nos idosos há um comprometimento da ação dos músculos auxiliadores nos movimentos instáveis, propiciando o aumento das quedas. (SILVA, 2011). 16 1.3.1 Fatores influentes no processo de equilíbrio Para Farinatti; Guimaraes, (2005); e Matsudo, (2003) as fibras de contração rápida possuem grande influência no processo de equilíbrio, pois elas contribuem em situações de emergência e no tempo de reação de algumas situações, onde os músculos efetores se responsabilizam pela restauração do equilíbrio. (apud PEDRO, AMORIM, 2008). Alguns autores como Gozzoni (2002), Farinatti et al. (2004) propõem o fortalecimento dos membros inferiores, haja vista que essa estrutura é responsável pela movimentação e quando ausente a força nessa musculatura há uma maior predisposição de quedas, levando a uma marcha debilitada, fatores esses que corroboram para uma perda de independência. (PEDRO, AMORIM,. 2008). A marcha é uma das funções mais comprometidas com o envelhecimento, pois há um comprometimento de vários órgãos responsáveis pelo controle motor. (SILVA, 2011). 1.3.2 Queda A queda é o principal fator que causa mortes em idosos acima dos 65 anos. Ela pode causar aos idosos desde escoriações leves à independência funcional. Seu risco aumento com o passar dos anos e sua maior incidência ocorre nas mulheres. As quedas estão totalmente relacionadas a fatores intrínsecos com a marcha e a postura. Ou fatores extrínsecos, como o ambiente que o individuo vive. (SILVA, 2011). O número de quedas em idosos de 65 a 74 anos chega a tingir a 32%, 35% em pacientes de 75 a 84 anos e até 51% em idades acima de 85 anos. (SILVA, 2011). 1.4 Resistência O termo resistência possui vários conceitos, de acordo com autores diferentes, Weineck (2000) define resistência como “a capacidade geral psicofísica de tolerância à fadiga em sobrecargas de longa duração, bem como a capacidade de uma rápida recuperação após estas sobrecargas”. (apud CARMO, 2010). 17 Para Gobbi, Villar & Zago, (2005) resistência motora é o componente da capacidade funcional que realizar movimentos durante um determinado intervalo de tempo sem perdas significativas na qualidade da execução, prolongando o tempo de execução até o surgimento dos sintomas e sinais de fadiga. (apud JUNIOR, 2010). É uma qualidade física que resume a competência do sistema cardiorrespiratório. O principal substrato energético dessa qualidade física é o glicogênio muscular, devido a algumas alterações este pode chegar a acido pirúvico. Na presença de O2, este ácido se transforma em CO2 e H2O, partindo dessa ação, com a eliminação dos metabólitos e a oxidação do acido pirúvico, a atividade pode continuar, caracterizando a resistência aeróbia. (BARBANTI, 1997). O transporte de oxigênio e a utilização deste pelos tecidos são fatores preponderantes nesta qualidade física. (BARBANTI, 1997). O grau de desenvolvimento dessa capacidade depende de alguns fatores como, as particularidades da modalidade, eficiência da técnica e da tática e fatores psicológicos. Partindo dos recursos mais utilizados por essa capacidade, os autores classificaram resistência em vários índices como, resistência geral e especial, resistência de treinamento e de competição, local, regional e global, aeróbia e anaeróbia, muscular e vegetativa, sensorial e emocional, estática e dinâmica, de velocidade e de força. (PLATONOV, 2008). A resistência geral é a capacidade de realizar uma atividade prolongada e com eficácia de caráter não especifico, essa capacidade prevalece quando o esforço durar mais que três minutos e solicitar mais que 1/6-1/7 da musculatura esquelética, com intensidade superior a 50% da capacidade circulatória, podendo esta ser dividida em curta, média e longa duração. (BARBANTI, 1997). 1.4.1 Classificações de resistência Resistência localizada aeróbica acontece quando um esforço de intensidade moderada de duração menor que três minutos, com atuação menor que 1/6-1/7 da musculatura esquelética. (BARBANTI, 1997). Resistência aeróbia é capacidade de permanecer em um esforço de intensidade moderada e de longa duração, nessa capacidade há um consumo considerável de oxigênio. Hollman e Hettinger (1989) propõem que a atividade tenha 18 no mínimo 3 minutos de duração e exija 50% da capacidade circulatória para que ela seja classificada como resistência aeróbia. (BARBANTI, 1997). Resistência anaeróbia é a capacidade de permanecer em um trabalho de intensidade máxima ou submáxima com baixa quantidade de oxigênio por um tempo inferior a 3 minutos. (BARBANTI, 1997). Resistência localizada anaeróbia ocorre quando o esforço exigir menos de 1/6-1/7 da musculatura e possuir intensidade elevada. (BARBANTI, 1997). A resistência especial é capacidade de realização eficaz do trabalho e superação da fadiga nas condições específicas que a atividade competitiva exige. Matveev (1977) subdividiu essa nomenclatura em resistência especial do treinamento, que consiste no volume e intensidade total do processo de treinamento e a resistência especial de competição onde se avalia a capacidade de trabalho, a eficiência das ações motoras nas condições de competição. (BARBANTI, 1997). Criar condições para a transformação e aumento das cargas do treinamento e superar a resistência aos exercícios desportivos selecionados são fatores que irão influenciar desenvolvimento da resistência geral. (BARBANTI, 1997). Para a melhora dos níveis de resistência especial é preciso dar estímulos que estimulem as capacidades e características da atividade realizada. (BARBANTI, 1997). Tipos de esforços podem interferir essa capacidade, são os esforços absolutos e esforços relativos. Esforço absoluto- Uma atividade de alta intensidade que não permite a recuperação no seu decurso. Exemplo: prova de velocidade. (TUBINO, 1979). Esforço relativo- Atividade de intensidade moderada que permite a recuperação parcial durante o seu decurso. Exemplo: provas de longa distância. (TUBINO, 1979). 1.5 Agilidade Baumgartner e Jackson (1995), Johnson e Nelson (1979) e Stanziola e Prado (1982) propõem que a agilidade seja uma capacidade física que se caracteriza pela mudança rápida de direção do corpo ou de parte dele. (GORGATTI; BÖHME, 2003). Além da velocidade, esta qualidade física necessita também de altos níveis de flexibilidade para o seu desenvolvimento (TUBINO, 1979), capacidades de força 19 (força de potência) velocidade e coordenação para o seu desenvolvimento (GORGATTI; BÖHME, 2003). Winnick (1995) apresenta agilidade como uma qualidade física que tem como característica a mudança de direção sem perda de velocidade e ritmo. Barrow e Mcgee (1978) afirmam que esta é uma qualidade física inata, que pode ser melhorada com o tempo e a experiência. Hoofmann (1987) diz que agilidade é uma resultante da capacidade coordenativa e das mobilidades musculares. (GORGATTI; BÖHME, 2003). A agilidade é uma das qualidades físicas que mais declinam com o envelhecimento, podendo contribuir para a debilidade na capacidade funcional do idoso, que pode interferir no seu cotidiano e por consequência prejudicando sua qualidade de vida e independência. (GORGATTI; BÖHME, 2003). Essa qualidade física é muito exigida em muitas atividades cotidianas, como a deambulação com desvios de pessoas e objetos e a locomoção pela casa atendendo ao telefone ou realizando outra atividade simultaneamente, em vista disso, a manutenção dessa qualidade física pode prevenir o número de quedas em indivíduos com idade avançada. (GOBBI et al., 2002). Na literatura possuem um número de estudos relativamente pequeno que relatam a influência do envelhecimento nos níveis da agilidade, mesmo tendo fundamental importância nas atividades de vida diária. Um dos testes mais confiáveis e mais utilizados para a verificação dos níveis dessa qualidade é a bateria da American Alliance for Health, Physical Education, Recreation and Dance (AAHPERD), esta bateria é utilizada principalmente na população com idade avançada. De acordo Osness et al. (1990, p. 4) o teste de agilidade e equilíbrio dinâmico é composto basicamente de movimentos semelhantes aos realizados no dia-a-dia, como mudanças de direção, mudanças na posição do corpo e movimentação para frente. (apud GOBBI et al., 2002). A agilidade, assim como as outras qualidades físicas treináveis, depende de outras capacidades físicas e habilidades motoras, partindo desse pressuposto, o mais indicado para a melhora dos níveis dessa qualidade seria um programa diversificado de atividades. (GOBBI et al., 2002). 1.6 Força 20 O Termo força muscular possui vários conceitos, alguns autores definem essa capacidade física da seguinte forma, para Gobbi (2005) força é a resultante da contração muscular, podendo ser máxima ou não, capaz de produzir movimento com o encurtamento do músculo (força dinâmica) ou não (força estática). Para Barbanti (1997) força é a capacidade de exercer tensão contra uma resistência, capacidade que pode envolver mecânicos e fisiológicos. Zakharov (1992) define essa capacidade física como uma capacidade de superação dos esforços musculares contra uma resistência externa. (PLATONOV, 2008). 1.6.1 Tipos de força Existem três tipos básicos de força: a força máxima, força de velocidade de força de resistência. (PLATONOV, 2008). Força máxima entende-se pela capacidade máxima de produção de força durante uma contração muscular voluntária máxima, força essa que é muito utilizada em esportes como halterofilismo, os saltos, alguns tipos de luta, no remo e na patinação. (PLATONOV, 2008). A força de velocidade é definida como a maior produção de força em um menor tempo possível, capacidade comandada pelo sistema neuromuscular. Esse tipo de força apresenta um papel fundamental em provas de velocidade (50 metros) patinação de velocidade, boxe e esgrima. Essa força possui duas ambiguações, força potente e força inicial, força potente é realizada quando há grande resistência e força inicial quando há baixa resistência, com velocidade inicial alta, exemplo, tiro de partida em provas de velocidade. (PLATONOV, 2008). Falando-se de um mesmo programa de treinamento, as mulheres apresentam ganhos de força similares, porém elas não apresentam o mesmo grau de hipertrofia. Podem ocorrer dois tipos de hipertrofia: Transitória e Crônica. A Hipertrofia Transitória é o aumento do volume muscular que ocorre durante uma sessão de exercício simples. Ela é decorrente do acúmulo de líquido nos espaços intersticial e intracelular do músculo e dura um curto período de tempo. A Hipertrofia Crônica refere-se ao aumento do tamanho muscular que ocorre com o treinamento de força de longa duração. Ela reflete as alterações estruturais reais do músculo como resultado de um aumento do número de fibras musculares. (PLATONOV, 2008). 21 A força é uma capacidade de extrema importância nas realizações das AVD’s e da capacidade funcional pelas pessoas com idade avançada, portanto o treinamento dessa qualidade física por pessoas mais velhas tem fundamental importância. (ROCHA et al., 2009) além de portadores de doenças cardiológicas, hipertensos e jovens, como se imagina. (GUEDES, 2003). Atualmente é de conhecimento de todos que a manutenção e os desenvolvimentos dos níveis de força são de fundamental importância não só para atletas, mas também para todas as pessoas. A sarcopenia gerada pela falta de atividade física pode concomitantemente acarretar o declínio dos níveis de força. (BARBANTI, 1997). 1.6.2 Testes propostos para medir a força a) Teste de preensão da mão – Grip Dinamômetro b) Teste de força abdominal; c) Salto vertical; d) 10 saltos sucessivos; e) Arremesso de medicine-ball; f) Salto longitudinal; g) Teste na barra estático; h) Teste de 1 RM. 1.7 Flexibilidade Flexibilidade é compreendida como a capacidade de geral de mobilidade das articulações de todo o corpo, mas, ao se referir a apenas uma articulação é mais adequado citar mobilidade. A deficiência dessa capacidade retarda e dificulta os processos de outras capacidades motoras, interfere também nos níveis de coordenação, força e velocidade, aumenta também a susceptibilidade de lesões musculares e articulares (cápsula e ligamentos) e também impede o uso adequado das capacidades elásticas dos músculos na preparação da força. (PLATONOV, 2008). No tornozelo, a deficiência dessa qualidade física aliada à falta de equilíbrio, pode ser insuficiente para a locomoção, propiciando a um aumento de quedas. 22 (UENO, 1999). Na faixa entre os 30 e 70 anos de idade há um declínio de 20-50 dos níveis dessa capacidade. (GONÇALVES; GURJÃO; GOBBI; 2007). 1.7.1 Tipos de flexibilidade Ela é classificada em dois tipos: flexibilidade ativa e flexibilidade passiva. (PLATONOV, 2008). Flexibilidade ativa é a capacidade de execução de movimentos com grande amplitude devido às cadeias musculares que envolvem essas articulações. (PLATONOV, 2008). Flexibilidade passiva é a capacidade de atingir grandes amplitudes articulares, resultante de fatores externos. Em atletas ocorre a reserva de flexibilidade, situação onde o atleta atinge o nível necessário de flexibilidade e suas amplitudes articulares extrapolam o nível que era necessário para a realização eficiente dos exercícios competitivos. Algumas pessoas podem apresentar grande desenvolvimento de flexibilidade ativa e baixo desenvolvimento na flexibilidade passiva ou vice versa. (PLATONOV, 2008) Deve-se ressaltar que cada articulação possui seu grau de amplitude. Articulações sinoviais em gínglimo ou dobradiça como a do joelho pode apresentar um alto grau de amplitude de um determinado movimento com a extensão, e baixo grau de amplitude, em outro movimento, como na flexão. Características elásticas dos músculos, pele, tecido conjuntivo (ligamentos, tendões, fáscias e aponeuroses) e estruturas das articulações são alguns dos fatores que irão influenciar o grau de amplitude. O alto grau de flexibilidade pode trazer efeitos negativos como a desestabilização das articulações e maiores chances de traumatismos (ALTER, 2001; DEVRIES e HOUSH, 1994 apud PLATONOV, 2008). Dentre todos os fatores que interferem nessa amplitude, o tecido muscular é o mais propenso a mudanças, o aumento excessivo dessa musculatura limita significativamente a extensão do tecido muscular, tornando um fator limitante na mobilidade articular. (PLATONOV, 2008) Pesquisadores como Kircher e Gleins (1967) dizem que a mulher por possuir tecidos menos densos é normalmente mais flexível que o homem. (apud PLATONOV, 2008). Para Alter (2001), a progressão dessa capacidade física, é fundamental o foco na extensão das unidades musculo-articulação e nos limites físicos do 23 alongamento, a progressão dessa capacidade fica sujeito ao aperfeiçoamento da plasticidade da atividade do sistema nervoso, principalmente dos receptores mecânicos presentes nas articulações, que ocasiona o reflexo de extensão dos músculos e o mecanismo confinante. É importante realizar exercícios para o desenvolvimento de flexibilidade por toda a vida, a utilização de exercícios que exigem um alto grau de amplitude propicia um alto nível de flexibilidade também na velhice. (PLATONOV, 2008). Os exercícios que possibilitam um aumento da flexibilidade podem ser divididos em ativos e passivos. Para o desenvolvimento da flexibilidade passiva, são realizados exercícios com o auxílio de uma pessoa ou equipamentos (halteres e extensores). A flexibilidade ativa é desenvolvida com exercícios que utilizem ou não sobrecarga (halteres, medicine-balls, barras). De Vries e Housh (1994), impõem que no treinamento para desenvolver a flexibilidade é necessário que haja anteriormente um aquecimento intenso como exercícios de ginástica e massagens, e para Platonov (1986), para desenvolver essa qualidade física é necessário de 20 á 60 minutos de treinamento diário dessa capacidade, distribuindo essa frequência ao longo do dia, no treinamento pela manhã e no aquecimento de 20 a 30% dos exercícios e porcentagem restante no decorrer do treinamento ao longo do dia. (PLATONOV, 2008). 1.8 Treinamento muscular O treinamento muscular, por muito tempo foi conhecido como halterofilismo, a mudança de nome ocorreu devido à implantação do outros materiais no lugar dos halteres. O treinamento muscular é o mais antigo método de treino utilizado pelo homem. Apesar do halterofilismo não ter sido disputado nos antigos jogos olímpicos realizados na Grécia, algumas histórias como a de Milon de Crotona, que caminhava longas distâncias com um bezerro sobre sua cabeça mostra a importância desses métodos pelos antepassados. Weber (1846) com estudos sobre a fisiologia muscular deu início a história do treinamento muscular. O treinamento muscular está voltado para o desenvolvimento da resistência muscular localizada e da força explosiva e dinâmica. (apud DANTAS, 2003). No treinamento muscular deve haver implementos que servirão como uma resistência aos movimentos, estes implementos podem ser alodinâmicos (halteres, 24 as barras com anilhas, roldanas, polia e sistemas de alavanca) e os implementos isodinâmicos, que se caracterizam em ação de alavancas, eles igualam as diferenças do musculo durante produção de força do musculo durante o movimento, pode ser usado o aparelho de preensão de pernas 45º como exemplo. (DANTAS, 2003). 1.8.1 Respiração durante o treinamento muscular Este é um tema que é muito abordado, mas de maneira errônea, alguns assuntos classificam as respirações e as caracterizam como ocasionador de hipertrofia e aumento de força. Bittencourt (1984) disse que não há uma maneira certa ou errada de respirar, e sim uma maneira adequada. (DANTAS, 2003). São três os tipos de respiração: a) Respiração continuada: Esta é realizada autonomicamente do movimento, mas ela se torna dificultada de acordo com o implemento de carga, pois a necessidade da realização de esforço para realizar o movimento leva à um bloqueio da respiração. (DANTAS, 2003). b) Respiração eletiva: Esta consiste em uma respiração ritmada, é dependente da fase do movimento, não é recomendada essa respiração em treinamentos de alta intensidade (peso elevado). Essa respiração é muito utilizada em exercícios que diminuem ou comprimem a cavidade abdominal. (DANTAS, 2003). c) Respiração combinada: Movimento realizado pela combinação de duas fases respiratórias, por exemplo, durante a fase positiva do movimento é realizado o bloqueio da respiração, e durante a fase negativa e realizada a expiração. (DANTAS, 2003). Para a prescrição do treinamento muscular é necessário que haja um conhecimento dos principais fatores do método de treino pela parte do treinador, métodos esses que possuem uma relação absoluta entre si, para que possa manipular as cargas de treinamento de acordo com a capacidade do individuo. Esses métodos são volume e intensidade. O volume é dado pelo número de exercícios, série, rol de exercícios a serem realizados dentro de uma sessão, número de repetições dentro da série, número de passagens, em treinamento circuitado, uma passagem é determinada por cada vez que a série for executada, e 25 sessão, que é compreendido pelo total de exercícios executados em uma sessão de treinamento. A intensidade é dada pela quilagem, velocidade de execução dos movimentos e intervalo. (DANTAS, 2003). 1.9 Benefícios do treinamento muscular A atividade resistida com pesos para os idosos é uma forma de diminuir os declínios de força e massa muscular relacionados com a idade, o que resulta em melhoria da qualidade de vida. Estudos evidenciam que o treinamento de força de alta intensidade tem um profundo efeito sobre a independência funcional e a qualidade de vida de idosos com idades até acima de cem anos. O fortalecimento muscular resulta em melhoria da força, resistência, densidade óssea, flexibilidade, agilidade e equilíbrio, embora o aumento da força muscular pareça ser o fator mais determinante na melhora da contínua independência. (ESTORCK, ERBA e CORREA, 2014). Os benefícios gerais são: a) Aumento da força muscular; b) Aumento da potência muscular; c) Aumento das fibras musculares tanto do tipo I como do tipo II; d) Pequeno aumento da área de secção transversal; e) Diminuição dos níveis de dor; f) Diminuição de gordura intra-abdominal; g) Melhoria dos fatores neurais; h) Diminuição da porcentagem de gordura; i) Diminuição dos riscos de doenças cardiovasculares; j) Diminuição dos riscos de desenvolvimento de diabetes; k) Diminuição de lesões causadas por quedas; l) Aumento da capacidade funcional; m) Melhoria da postura geral; n) Aumento da motivação e melhoria da auto-imagem; o) Aumento da agilidade; p) Aumento da flexibilidade; q) Aumento da resistência r) Melhora na velocidade de andar; 26 s) Melhora no equilíbrio; t) Melhora da ingestão alimentar; u) Diminuição da depressão; v) Melhora dos reflexos; w) Manutenção da densidade óssea, prevenindo a tão temida osteoporose e suas consequências degenerativas. Deve deixar claro que apesar de todos os benefícios que a musculação traz não só para o idoso quanto para o jovem, é de fundamental importância que exista prazer por parte do praticante ao se realizar qualquer atividade física. É muito importante que corpo e mente esteja em harmonia. (ESTORCK et al., 2014). 1.9.1 A programação básica do treinamento com musculação para o idoso Para a elaboração de um programa que realmente traga benefícios e seja segura e compatível com o idoso, os seguintes fatores devem ser lembrados: a) O programa deve ser individualizado. Sempre há inúmeras variáveis que devem ser consideradas na montagem do programa e cada uma delas varia entre os indivíduos. b) A progressão deve ser linear. c) A ação de radicais livres e o envelhecimento celular. A intensidade correta dos exercícios de musculação e alongamentos, bem como uma dieta que suplemente corretamente as principais vitaminas antioxidantes (vitaminas A, C e Beta Caroteno), ajudam a diminuir a ação dos radicais livres que afetam no envelhecimento celular e aumentam o risco de doenças. d) Identificar todos os fatores de risco. Os fatores de risco como obesidade, hipertensão, tabagismo, relação cintura-quadril, devem ser levados em consideração para a segurança do exercício. e) Requerer a liberação médica para este tipo de atividade. Somente o médico pode verificar se o idoso está apto ou não para se engajar num programa de musculação. f) Não utilizar a manobra de valsava ou respiração bloqueada. A expiração forçada contra a glote fechada, como na manobra de valsava, aumenta a pressão. 27 g) Realizar somente quando houver bem estar físico, usar sapatos e roupas adequados, evitar o fumo e o uso de sedativos e etc. Esta atividade deve ser antecedida de aquecimento, principalmente para os idosos, no final deve haver uma volta à calma com alongamentos. Exercícios de alto impacto podem causar lesões ósteo-articulares nos idosos, e deve ser evitados. Vários aspectos devem ser levados em conta na hora da prescrição da atividade, como o prazer que ela proporciona para o individuo, suas características e limitações. O idoso deve praticar toda e qualquer atividade física, desde que seja direcionada e adaptada, como para qualquer outro individuo. Treinamentos de força, flexibilidade mobilidade articular e equilíbrio são fundamentais para a melhora da realização das AVD’s. (ESTORCK, et al, 2014). 2 CASUÍSTICAS E METODOS 2.1 Casuísticas O estudo desenvolvido objetivou-se em avaliar voluntárias com idade acima de 60 anos ou mais, as participantes foram selecionados por meio de convite verbal. Os participantes foram informados sobre a proposta da pesquisa, detalhando os objetivos, metodologia, e benefícios em reunião com os responsáveis da pesquisa. Posteriormente, os interessados em participar receberam e assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (Anexo A). 2.2 Critérios de Inclusão e exclusão Os critérios de inclusão: a) Serem ativas (praticante de atividade física regular) e praticantes de musculação. (6 meses) b) Ter idade de 60 anos ou acima (Idosas) c) Ter assinado o termo de consentimento livre e esclarecido Os critérios de exclusão: a) Ter problemas que poderão influenciar na realização dos exercícios propostos pelo programa. 28 b) Não ter a idade proposta c) Gênero diferente do proposto (homens) 2.3 Caracterização da Amostra As participantes foram convidadas por meio contato verbal e indicação da Prof. Ma. Giseli Barros Silva. A amostra foi composta por 24 mulheres com idade de 60 ou mais, divididos em dois grupos, o grupo praticante de musculação (G1-n=13) e o grupo praticante de atividades físicas diversas (G2-n=11). Não tendo problemas de saúde que possa comprometer o andamento da pesquisa, que participaram desse estudo de forma voluntária, provenientes da Clínica de Educação Físicas do Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, da cidade de Lins-SP, Academia de Musculação Corpo e Movimento e mulheres praticantes de atividades físicas regulares conhecidas pelos pesquisadores. 2.4 Condições ambientais As atividades foram aplicadas no Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium de Lins, da cidade de Lins no período entre os meses de Agosto a Outubro de 2014, no horário matutino, com o clima agradável para as participantes. 2.5 Desenho Experimental Foram entregues os termos de consentimento e instruídas a marcarem a data para realização da DMO antes que fossem iniciados os testes. 2.6 Validação da bateria de Testes da AAHPERD Rikli & Jones (1999) apresentam 3 tipos de critérios para a validação de uma bateria, são eles: de conteúdo, de critério e discriminante. O conteúdo sugere que o teste meça o parâmetro que o se propôs a medir partindo do da definição já existente na literatura acerca da capacidade a ser avaliada, por exemplo, flexibilidade, que é definida como a amplitude de movimento de uma ou mais articulações. (apud ZAGGO, GOBBI, 2003). 29 A validade do critério é dado pela correlação da medida de um teste com outro teste, Bravo et al. (1995) fizeram uma análise dos resultados obtidos em um teste de esforço máximo de esteira com o teste proposto pela bateria, onde foi encontrado uma relação de r=-0,58 e quando excluídos os valores anormais chegava-se a r=-0,70, valores que estão próximos daqueles próximos daqueles encontrados quando resultados de teste de campo são comparados com os resultados obtidos em laboratório, para ou autores a bateria de testes além de não precisar de tantos equipamentos especiais e treinamentos específicos resulta em uma correlação altamente significante e se torna com grande aplicabilidade em idosos. (apud ZAGGO, GOBBI, 2003). A validade tem como função especificar, como exemplo, os valores de aptidão de funcional entre indivíduos sedentários e ativos, Zago et al. (2000) quando aplicaram o teste de força em mulheres idosas e encontraram diferença estatística, portando a bateria de testes possui boa aceitação, estando apta para ser aplicada. (apud ZAGGO, GOBBI, 2003). 2.6.1 Confiabilidade da bateria de Testes A confiabilidade é determinada pela consistência interna, estabilidade e objetividade. A consistência é classificada pela credibilidade de várias tentativas seguidas uma da outra no mesmo dia. A estabilidade também é classificada pela credibilidade, mas na situação de aplicação em dias diferentes pelas mesmas pessoas e objetividade está relacionada à aplicação da bateria por pessoas diferentes e em dias diferentes. O começo da credibilidade da bateria da AAHPERD se iniciou em 1990, quando foi verificada a consistência interna para os testes de flexibilidade, resistência de força e coordenação motora acima de 0,90, e um coeficiente acima de 0,91 para flexibilidade, 0,85 para agilidade e 0,72 para coordenação motora. Em 1997, Mobily e Mobily, ao estudarem a consistência interna de bateria no mesmo dia de teste, verificaram que no inicio, após quatro semanas e oito semanas de treinamento, verificaram resultados acima de 0,90 nas cinco capacidades avaliadas. (apud ZAGGO, GOBBI, 2003). 30 2.6.2 Bateria de Testes A bateria de testes American Aliance for Health Physical Education, Recreation and Dance (AAHPERD) descrito por Osness (1990) é uma bateria que avalia cinco componentes da aptidão funcional de idosos: flexibilidade, agilidade e equilíbrio dinâmico, coordenação, resistência e resistência de força de membros superiores. 2.6.3 Teste de agilidade e equilíbrio dinâmico O participante sentado em uma cadeira, com os calcanhares localizados ao solo ao sinal de “pronto, já” moveu-se para a direita e contornou um cone que estava posicionado a 1,50m para trás e 1,80m para o lado da cadeira, retornando para a cadeira e sentando-se. Imediatamente o participante se levantou, moveu-se para a esquerda e circundou o segundo cone, retornando para a cadeira e sentando-se novamente. Isto completou um circuito. O avaliado deveria concluir dois circuitos completos. Como resultado final, foi considerado o menor tempo, anotado em segundos. Para certificar que a participante sentou-se, ela deveria fazer uma pequena elevação dos pés. 2.6.4 Teste de coordenação motora Um pedaço de fita adesiva com 76,2 cm de comprimento foi fixado sobre uma mesa. Sobre a fita foram feitas seis marcas com 12,7 cm equidistantes entre si, com a primeira e última marca a 6,35 cm de distância das extremidades da fita. Sobre cada uma das seis marcas foi fixado, perpendicularmente à fita, um outro pedaço de fita adesiva com 7,6 cm de comprimento. A participante sentou-se de frente para a mesa e usou sua mão dominante para realizar o teste. Se a mão dominante fosse a direita, uma lata de refrigerante era colocada na posição 1, a lata dois na posição 3 e, a lata três na posição 5. A mão direita foi colocada na lata 1, com o polegar para cima, estando o cotovelo flexionado num ângulo de 100 a 120 graus. Quando o avaliador sinalizou, um cronômetro foi acionado e, o participante, virando a lata inverteu sua base de apoio, de forma que a lata um fosse colocada na posição 2; a lata dois na posição 4 e a lata três na posição 6. Sem perder tempo, o avaliado, estando agora com o polegar apontado para baixo, apanhou a lata um e 31 inverteu novamente sua base, recolocando-a na posição 1 e da mesma forma procedeu colocando a lata dois na posição 3 e a lata três na posição 5, completando assim um circuito. Uma tentativa equivale à realização do circuito duas vezes, sem interrupções. No caso de o participante ser canhoto, o mesmo procedimento foi adotado, exceto as latas que foram colocadas a partir da esquerda, invertendo-se as posições. A cada participante foram concedidas duas tentativas de prática, seguidas por outras duas válidas para avaliação, sendo estas últimas duas anotadas até décimos de segundo e considerado como resultado final o menor dos tempos obtidos. 2.6.5 Teste de flexibilidade (FLEX): O teste de flexibilidade foi realizado no banco de Wells. A voluntária, descalçada, posicionou-se sentada sobre um colchonete com os membros inferiores estendidos e os pés distantes entre si. Ao sinal de avaliador ele deveria realizar uma flexão de tronco com as mãos sobrepostas e deslizar sobre o banco permanecendo na posição final no mínimo por 2 segundos. O avaliador segurou o joelho do participante para não permitir que o mesmo se flexionasse. Foram oferecidas duas tentativas de prática, seguidas de duas tentativas de teste. O resultado final foi dado pela melhor das duas tentativas e anotadas em centímetros. 2.6.6 Teste de força de membros superiores Foi utilizado um halter pesando 2Kg. A participante sentou-se em uma cadeira sem braços, apoiando as costas no encosto da cadeira, com o tronco ereto, olhando diretamente para frente e com a planta dos pés completamente apoiadas no solo. O braço dominante deveria permanecer relaxado e estendido ao longo do corpo enquanto a mão não dominante apoiava-se sobre a coxa. O primeiro avaliador posicionou-se ao lado do avaliado, colocando uma mão sobre o bíceps do mesmo e a outra suportou o halter que foi colocado na mão dominante do participante. O halter deveria estar paralelamente ao solo com uma de suas extremidades voltadas para frente. Quando o segundo avaliador, responsável pelo cronômetro, sinalizou com um “vai”, o participante contraiu o bíceps, realizando uma flexão do cotovelo até 32 que o antebraço tocasse a mão do primeiro avaliador, que estava posicionada no bíceps do avaliado. Quando esta prática de tentativa foi completada, o halter foi colocado no chão e 1 minuto de descanso foi permitido ao avaliado. Após este tempo, o teste foi iniciado, repetindo-se o mesmo procedimento, mas desta vez o avaliado realizou o maior número de repetições no tempo de 30 segundos que foi anotado como resultado final do teste. 2.6.7 Teste de resistência aeróbia geral O participante foi orientado a caminhar (sem correr) 804,67 metros numa pista de atletismo de 233m, o mais rápido possível. O tempo gasto para realizar tal tarefa foi anotado em minutos e segundos. 2.7 Materiais utilizados Na realização da bateria de testes foram utilizados cones de agilidade, cadeira de madeira, halteres (2 kg) e colchonetes. Para aferição da estatura foi utilizado o estadiômetro Sanny e para o peso corporal foi utilizado a balança de bioimpedância Tanita. A verificação dos tempos foi mensurada pelo cronômetro Simple Stopwatch, versão 1.0.2. 2.8 Análise Estatística Para analise estatísticas foi utilizado o teste de normalidade de Shapiro Wilk, e o teste t Student para amostras independentes para a comparação entre grupos em média e desvio padrão, e para comparação dos dados pareados foi utilizado analise de variância ANOVA one-way, seguido do teste de post hoc de TUKEY. 33 3 RESULTADOS Para apresentação dos resultados os mesmos foram expressos em forma de tabelas e apresentados em cálculos de média e desvio padrão os dados de peso, altura e idade. TABELA 1 - Características biométricas e idade dos sujeitos do grupo de musculação (G1), e grupo ativo (G2). (G1- n=13) (G2-n=11) PESO 63,56 ± 6,65 61,55 ± 10,43 ESTATURA 158 ± 0,06 151,3 ± 0,47 IDADE 65,15 ± 6,34 68,75 ± 7,28 Fonte: elaborada pelos autores, 2014. Na tabela acima foram expressos os dados em média e desvio padrão das variáveis de peso, estatura e idade dos sujeitos do grupo de musculação (G1) e grupo ativo (G2). TABELA 2 - Comparação das capacidades de Agilidade, Força, Resistência, Flexibilidade e Coordenação motora da bateria de AAHPERD. Grupo de Musculação Grupo Ativo Agilidade (seg) 12,94 ± 2,81 15,14 ± 4,02 Força (rept.) 25,53 ± 7,75 20,58 ± 3,32* Resistência (min) 8,84 ± 1,28 9,46 ± 1,40 Flexibilidade (cm) 30,92 ± 7,61 21,66 ± 7,63* Coordenação (seg) 7,14 ± 2,33 6,79 ± 1,76 Fonte: elaborada pelos autores, 2014. * p≤0,05 o Grupo musculação em relação ao Grupo ativo. 34 Observa-se na Tabela 2 que, após a análise estatística, uma diferença significante quando comparado a resposta da força, no exercício de flexão de cotovelo, e também houve diferença significante ao comparar a flexibilidade, observando as outras variáveis comparadas, nota-se diferença entre todas elas a favor do grupo Musculação, porém na variável de coordenação, o grupo ativo teve melhor resultado, entretanto não apresentou diferença estatisticamente significante. 3.1 Discussão O objetivo do presente estudo foi verificar a diferença entre os níveis das qualidades físicas de mulheres idosas praticantes de musculação e fisicamente ativas. O envelhecimento vem acompanhado de declínios das capacidades físicas, essas diminuições, tanto de força quanto de potência são fatores que influenciam diretamente na independência funcional nessa faixa populacional. Diversas organizações promocionais de saúde recomendam a prática de atividades com pesos, por saber que se trata de um método eficiente para o ganho de massa muscular, traz melhorias nas capacidades funcionais e por consequência, uma melhora na qualidade de vida (CALORI, FILHO, GURJÃO, 2012). E no presente estudo notou- se melhores resultados do grupo praticante de musculação em quatro capacidades físicas das cinco avaliadas. Foram as capacidades de força, flexibilidade, agilidade e resistência. Ainda de acordo com estudos de CALORI, FILHO, GURJÃO, 2012, para alcançar as melhoras que essa atividade proporciona deve-se seguir algumas recomendações como a atenção nas variáveis de treinamento, como a velocidade de contração, intensidade, número de séries e repetições. Um dos métodos de prescrição mais utilizados para o treinamento com pesos é a zona de repetições máximas, faixa de treinamento que se trabalha para determinados objetivos. Nóbrega et al., (2005) e Stone (1991) relatam que o treinamento de força proporciona um aumento na flexibilidade, principalmente se incluso em um programa de condicionamento geral. Primeiramente, o treinamento de flexibilidade deve ser incluso em um programa geral assim como é recomendado no treinamento de força à execução de movimentos completos, ainda recomenda-se exercícios o trabalho de exercícios para a musculatura agonista e antagonista, trabalho este que recruta ambos os lados das articulações. (apud FLECK, SIMÃO, 2008). 35 Em uma comparação de níveis de flexibilidade feita entre indivíduos com idades variadas, Spirduso (1995) reafirmou a ideia que a flexibilidade declina com o envelhecimento, quando analisados os resultados entre os indivíduos que tinham idade entre 55 e 85 anos, visualizou-se a diminuição de 50% em mulheres e 35% em homens nos níveis de flexibilidade (apud ZAGGO, GOBBI, 2003). Recentemente Barbosa et al., (2002) verificaram o aumento de 13% nos níveis de flexibilidade de mulheres idosas, o programa de treinamento força foi constituído por 10 semanas e o teste proposto para mensurar esses níveis foi o teste de sentar e alcançar. A hipertrofia muscular pode interferir na amplitude de movimento de uma articulação dentro de um programa de treinamento. (apud FLECK, KRAEMER, 2006). Um fator que pode determinar a influência do treinamento de força nas capacidades de flexibilidade articular é a intensidade no qual o exercício é realizado, Fatorous et al. (2006) em um estudo envolvendo 58 idosos divididos em 3 grupos em um período de 12 semanas, verificaram que existe um relação intensidadedependência forte, o grupo treinado com baixa intensidade (40% de 1-RM) obteve menor amplitude de aumento na flexibilidade (3-12%), quando comparados aos grupos treinados com moderada intensidade (60% de 1-RM) (6-22%) e alta intensidade (80% de 1-RM) (8-28%). Resultado que corrobora com o de Santarém, (1999) e Sharkey (1998) onde eles citam que pesquisadores da Califórnia, Estados Unidos, em um estudo comparativo entre os benefícios provenientes de variados tipos de atividades físicas como jardinagem, caminhada e esportes vigorosos, constataram melhores níveis de saúde em praticantes das atividades vigorosas. (FLECK, KRAEMER, 2006). Vê se que a intensidade do exercício exerce grande influência nos resultados finais. Em outra análise de comparação do treinamento de força com os níveis de flexibilidade em mulheres idosas, Barbosa et. al. (2002), encontraram melhora de 13% nos níveis de flexibilidade no teste de sentar e alcançar, (apud GONÇALVES, GURJÂO, GOBBI, 2007), teste semelhante ao proposto em nosso estudo. Gosselin, L. E et al., (1998) e Kovanen, V. Suominen, H. Heikkinen, E. (1984) sugerem que o treinamento de força pode resultar em um turn-over de colágeno em diferentes estruturas do sistema músculo-esquelético, já que a taxa de degradação e síntese de colágeno pode ser afetada pela atividade física, devido ao estresse 36 mecânico aplicado em longo do eixo longitudinal da fibra muscular, nota-se uma diminuição da formação de pontes cruzadas, como visto em animais, essa diminuição de pontes cruzadas principalmente no tendão, acarreta uma melhor deformação dessa estrutura, causando uma extensibilidade, diminuindo as chances de ruptura além de facilitar a transmissão da força gerada pela musculatura para os ossos, o que levaria ao aumento da amplitude de movimento. Também pela diminuição da co-ativação dos músculos antagonistas ao movimento em músculos treinados, gerando uma maior amplitude articular quando realizado de forma ativa. (apud GONÇALVES, GURJÂO, GOBBI, 2007). Segundo Fleck & Kraemer (2006), relatam que há um decréscimo nos níveis de força de aproximadamente 15% por década na 6º e 7º década de vida e em cerca de 30º após essa faixa. Em estudo realizado com 64 pessoas institucionalizadas foi utilizada a bateria de AAHPERD como meio avaliativo para um treinamento físico (treinamento de força e caminhada, duas vezes por semana durante quatro meses) Verificou-se o aumento dos valores de algumas capacidades físicas como força (33%) coordenação (18%) equilíbrio e agilidade (14%), flexibilidade (10%) e resistência aeróbia (7%). Neste mesmo tempo verificou-se a diminuição do número de quedas em mais de 50%. O ASCM sabendo da importância dessa bateria realizou uma revisão onde abordava alguns aspectos importantes que devem ser salientados, tais como, a resistência aeróbia e a força muscular, onde são consideradas as duas capacidades físicas mais importantes a serem abordadas em um processo de envelhecimento, a agilidade e o equilíbrio dinâmico tem média evidência é esta associada com as quedas e os meios preventivos, a coordenação motora não apresenta tanto destaque na saúde, mas sabe-se que ela exerce um papel importante na prevenção dos acidentes, como as quedas, assim como a flexibilidade que tem um pequeno papel na saúde, mas é necessária para a realização de outras atividades. (BENEDETTI, MAZO, GONÇALVES, 2014). De acordo com Maior (2003) ressaltam que o treinamento de força acarreta às adaptações neurais e estruturais do sistema neuro- muscular. Em nosso experimento, uma das capacidades físicas que obtiveram resultado estatisticamente significante foi a força. Alguns autores como Bittencourt (1986) e Santarém (1999) respondem que este fato ocorrido acontece devido ao método 37 trabalhado, onde eles classificaram o treinamento muscular como o principal método para o desenvolvimento desta capacidade física, devido ao aprimoramento das unidades motoras e proliferação das estruturas musculares, ainda sobre este tipo de treinamento Hakkinen e Komi (1985) destacam os acréscimos específicos na ativação muscular e nas proporções do desenvolvimento de força. (apud SCHNEIDER, MILANI, 2002). Em um estudo realizado por Schneider (2002), mostrou que indivíduos com idade acima de 90 anos podem conseguir ganhos de força através do treinamento muscular e por consequência uma melhora nos aspectos interligados com a capacidade funcional, como a mobilidade geral, situação que pode ter influenciado o resultado dos testes de agilidade e equilíbrio dinâmico do presente estudo. Em um exame de um programa de treinamento progressivo de força com mulheres saudáveis com idade media de 59 anos com duração de 12 semanas Moriganti et al. (1995) verificaram que os níveis de força aumentaram durante as 12 semanas de intervenção, sem nenhum sinal de estabilização. (SCHNEIDER, MILANI, 2002). Sipila et al. (1996) apud (CARVALHO, SOARES, 2004) encontraram uma velocidade da marcha significativamente elevada após um treinamento de força de 18 semanas em mulheres idosas entre 79 e 78 anos. Os treinamentos desta capacidade física além de aumentarem os níveis de força aumentaram também à coordenação neuromuscular e a potência. A manutenção destas capacidades pode diminuir significativamente o risco de queda e aumentar a independência funcional. (CARVALHO, SOARES, 2004). Em um exame de um programa de treinamento progressivo de força com mulheres saudáveis com idade média de 59 anos com duração de 12 semanas MORIGANTI et al. (1995) verificaram que os níveis de força aumentaram durante as 12 semanas de intervenção, sem nenhum sinal de estabilização. (SCHNEIDER, MILANI, 2002). Os treinamentos desta capacidade física além de aumentarem os níveis de força aumentaram também à coordenação neuromuscular e a potência. (CARVALHO, SOARES, 2004). Sabe-se que o treinamento com pesos acarreta modificações neuromusculares, partindo desse pressuposto há de se concluir que também há 38 alterações nas capacidades coordenativas tanto intra e intermusculares, porém em nosso estudo não conseguimos obter resultados melhores quando comparado ao grupo que praticava atividades físicas diversas. Consideramos alguns fatores que podem ter influenciado nesse resultado, como a prática de algumas atividades manuais que exigem grande trabalho da coordenação motora fina, como a realização de bordados e costuras pelas mulheres do G2, que pode ter interferido no melhor resultado por esse grupo. A agilidade é uma capacidade de mudança de direção sem perda de velocidade, é uma característica inata, mas pode ser melhorada com o treinamento. Ela é caracterizada por ser uma atividade muscular complexa que envolve fatores como força e velocidade, sabe-se que o treinamento muscular gera melhora nos níveis de força. (THIESS, SCHNABEL E BAUMANN, 1980 apud GORGATTI, BÖHME, 2003) o que pode servir de reposta à um melhor nível de agilidade do grupo praticante de musculação encontrado no nosso estudo. Em um estudo comparativo onde foi aplicado a bateria da AAHPERD em três grupos que praticavam musculação, dança e atividade física geral, (Matsudo, Matsudo, Barros Neto & Araújo, 2003) notaram melhores valores de agilidade no grupo que praticavam a modalidade de dança, respostas a isso podem ser dadas pelo fator do grupo apresentar menor média de idade e pela utilização de movimentos de mudança de direção e mudança de altura do centro de gravidade na modalidade. (apud UENO et al, 2012). Zaggo & Gobbi (2003), após a aplicação da bateria de testes da AAHPERD em um estudo longitudinal, verificaram que os níveis de agilidade aumentaram e se mantiveram após um ano de treinamento com atividades generalizadas com intensidade moderada. No mesmo estudo, o resultado do grupo que praticava atividades físicas gerais corrobora, com os obtidos em nosso experimento, um baixo resultado no teste de resistencia aeróbia geral, que pode ser respondido pela insuficiência do treinamento diversificado em causar melhoras significativas nesta capacidade. Segundo Arantes et al (2009), verificaram em um estudo comparativo, envolvendo mulheres idosas praticantes de musculação e hidroginástica , que as mulheres praticantes do treinamento muscular possuem melhores níveis de variáveis espaciais e temporais no andar, ainda se tratando do andar, alguns autores como 39 Persh et al (2009) verificaram que a o treinamento com pesos foi eficiente para reverter os efeitos deletérios do envelhecimento. (apud GONZAGA. et al. 2011). Apesar de não serem significativas as melhoras nos níveis de resistência aeróbia geral, o treinamento de força pode levar a ocorrência de adaptações que resultarão em benefícios para o sistema cardiovascular, situação esta que pode ser uma das respostas para o melhor rendimento do grupo praticante de musculação no teste de RAG em nosso estudo. (CARVALHO, SOARES, 2004). Em um estudo realizado após um treinamento de força de 16 semanas, notou-se diminuição da frequência cardíaca e a pressão arterial em teste submáximo de marcha em tapete em sujeitos entre os 60 e os 77 anos. (CARVALHO, SOARES, 2004), a resposta a isso é dada pela maior percentagem de fibras tipo I recrutadas, e a melhor redistribuição do fluxo sanguíneo e o aumento do limiar anaeróbio. (CARVALHO, SOARES, 2004). De acordo com uma pesquisa feita por Leite (2000), foram encontrados níveis com elevação de 4% a 10% nos valores de VO 2 em indivíduos submetidos ao treinamento com pesos, um dos fatos que podem responder ao melhor desempenho do G1 no teste de resistência aeróbia geral. (resistência muscular e hipertrofia). (GOMES, 2009). Fleck (2002) ressalta que o tipo de programa é uma forte condição para que esta modificação ocorra com níveis significativos. (apud GOMES, 2009). Em outro estudo realizado por Spirduso (1995), encontrou grande diferença nos níveis de consumo máximo de oxigênio quando comparou idosos ativos, atletas e sedentários, verificando que a taxa de diminuição foi menor nos indivíduos atletas e ativos em comparação com o grupo de sedentários. (apud ZAGGO, GOBBI, 2003). Ainda neste mesmo sentido, em outra pesquisa, envolvendo intensidades auto-selecionadas em caminhadas foi verificado que indivíduos com mais idade apresentavam uma velocidade inferior quando comparado a indivíduos mais jovens, mas em contrapartida apresentaram uma resposta fisiológica mais significativa, esses resultados foram obtidos através de diferenças etárias somente. O colégio americano de medicina esportiva (ACSM) propõe algumas intensidades que são necessárias para atingir significativas alterações organológicas, intensidades entre 50-85% do consumo máximo de oxigênio e de 55-90% da frequência cardíaca máxima. Alguns estudos anteriores sugerem que intensidades autoselecionadas podem gerar estímulos benéficos à saúde, e em contrapartida, estudos atuais 40 mostram que esta pode ser fisiologicamente inadequada, pois se trata de um estimulo inferior aos apresentados pela ASCM. (ANDRADE, MATSUDO, 2010). O peso corporal das mulheres participantes do grupo de musculação foi superior quando comparado ao grupo de mulheres ativas, mas estatisticamente insignificante, umas das respostas para esse acontecido pode ser dada pelo aumento de massa magra acarretado pelo treinamento de força, segundo o ACSM (2001) o treinamento de força é um eficiente estimulo para aumentar a massa livre de gordura e a força muscular, ajudando a preservar a massa magra, simultaneamente aumentando a perda de gordura. Além desse aumento de massa magra há um aumento há um aumento das fibras lentas e fibras rápidas nos idosos, fato esse que influencia diretamente na realização das atividades cotidianas e de lazer. (FLECK, SIMÃO, 2008). Para estudos futuros o grupo tem a intenção de aplicar a bateria em uma grupo com menor grau de prática de atividade física e em um grupo praticante de musculação, e realizar uma analise comparativa com os valores de aptidão funcional geral para a faixa etária proposta, onde terá benefícios obtidos pela prática da musculação. uma melhor visualização dos 41 CONCLUSÃO Sabemos que com o envelhecimento, o idoso esta sujeito à diminuição da massa muscular, e quando se fala em mulheres idosas, ainda podemos lembrar-nos da perda de massa óssea, o qual esta ligada também a pós menopausa, sendo assim o individuo idoso perde algumas capacidades físicas as quais são importantes para as atividades de vida diária. Contudo, o presente estudo verificou que a musculação é de suma importância para mulheres na terceira idade, e pode reverter esta situação, pois após analise dos resultados obtidos nesta pesquisa, o grupo de mulheres praticantes de musculação apresentou resultados melhores em quatro das cinco capacidades físicas, avaliadas pela bateria proposta quando comparado ao grupo ativo, em principal nas variáveis de força e flexibilidade as quais apresentaram diferenças significantes. Conclui-se então que a prática orientada do treinamento muscular é um ótimo meio de trabalho para a melhora das principais capacidades físicas das idosas. 42 REFERÊNCIAS ACSM. COLÉGIO AMERICANO DE MEDICINA ESPORTIVA – Posicionamento Oficial Exercício e Atividade Física para pessoas idosas. Acesso em 28/10/2014. ALVES, F. O Treino das Qualidades Físicas – A Resistência. Faculdade de Motricidade Humana – Ciências do Desporto. Teoria e Metodologia do Treino Desportivo. 2012 ANTES, D. L. KATZER, J. I. CORAZZA, S. T. 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Rev. bras. educ. fís. esporte vol.26 no. 2 São Paulo Abril./Junho 2012 46 ANEXOS 47 Anexo A COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA – CEP / UniSALESIANO (Resolução nº 01 de 13/06/98 – CNS) TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO I – DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE OU RESPONSÁVEL LEGAL 1. Nome do Paciente: Documento Identidade nº de Sexo: Data de Nascimento: Endereço: Cidade: Telefone: U.F. CEP: 1. Responsável Legal: Documento Identidade nº de Sexo: Data de Nascimento: 48 Endereço: Cidade: U.F. Natureza (grau de parentesco, tutor, curador, etc.): II – DADOS SOBRE A PESQUISA CIENTÍFICA 1. Título do protocolo de pesquisa: 2. Pesquisador responsável: Cargo/função: Inscr.Cons.Regiona Unidade ou l: Solicitante: Departamento do 3. Avaliação do risco da pesquisa: (probabilidade de que o indivíduo sofra algum dano como conseqüência imediata ou tardia do estudo). SEM RISCO RISCO MAIOR RISCO MÍNIMO 4. Justificativa e os objetivos da pesquisa (explicitar): RISCO MÉDIO 49 5. Procedimentos que serão utilizados e propósitos, incluindo a identificação dos procedimentos que são experimentais: (explicitar) 6. Desconfortos e riscos esperados: (explicitar) 7. Benefícios que poderão ser obtidos: (explicitar) 8. Procedimentos alternativos que possam ser vantajosos para o indivíduo: (explicitar) 9. Duração da pesquisa: 10. Aprovação do Protocolo de pesquisa pelo Comitê de Ética para análise de projetos de pesquisa em / / III - EXPLICAÇÕES DO PESQUISADOR AO PACIENTE OU SEU REPRESENTANTE LEGAL 1. Recebi esclarecimentos sobre a garantia de resposta a qualquer pergunta, a qualquer dúvida acerca dos procedimentos, riscos, benefícios e outros assuntos relacionados com a pesquisa e o tratamento do indivíduo. 2. Recebi esclarecimentos sobre a liberdade de retirar meu consentimento a qualquer momento e deixar de participar no estudo, sem que isto traga prejuízo à continuação de meu tratamento. 3. Recebi esclarecimento sobre o compromisso de que minha identificação se 50 manterá confidencial tanto quanto a informação relacionada com a minha privacidade. 4. Recebi esclarecimento sobre a disposição e o compromisso de receber informações obtidas durante o estudo, quando solicitadas, ainda que possa afetar minha vontade de continuar participando da pesquisa. 5. Recebi esclarecimento sobre a disponibilidade de assistência no caso de complicações e danos decorrentes da pesquisa. Observações complementares. IV – CONSENTIMENTO PÓS-ESCLARECIDO Declaro que, após ter sido convenientemente esclarecido (a) pelo pesquisador responsável e assistentes, conforme registro nos itens 1 a 6 do inciso III, consinto em participar, na qualidade de paciente, do Projeto de Pesquisa referido no inciso II. ________________________________ . Local, / / 51 Assinatura ____________________________________ Testemunha Nome ..............................................................................: Endereço.:........................................................................ Telefone .:........................................................................ R.G. .......:........................................................................ 52 ____________________________________ Testemunha Nome .....: Endereço.: Telefone .: R.G. .......: 53 APÊNDICES 54 Apêndice A Figura 1-Teste de Agilidade e Equilíbrio dinâmico Figura 2- Teste de coordenação motora