Ciclo de Conferências Justiça Social e Precariedade Práticas e Representações Escola e Desigualdades Sociais: a Educação como Política para a Inclusão Luís Capucha Três Factores em Interacção Oferta de Qualificações A situação ideal: coincidência entre oferta e procura em patamares elvados Escolas e Sistema de Desencontro: escassez de Formação qualificações A pior situação: coincidência nos patamares inferiores de qualidade A situação efectiva mais comum: percursos contrastantes na transição Probabilidade de sucesso da escola para o mundo do trabalho na escola de Avaliação do “valor das qualificações” Estratégias Juvenis Avaliação das oportunidades mediada pela condição socio-económica do agregado Procura de Qualificações Padrão económico e requisitos de qualificações Visibilidade dos empregos disponíveis Cálculo da eficácia de opções alternativas: aprendizagem prolongada ou entrada precoce no mercado de trabalho Apesar dos Progressos e do investimento, resultados insatisfatórios População em idade activa (15-64) segundo o nível de educação População em Idade de Trabalhar (15-64 anos) por Níveis de Educação em 2002 Baixo Médio Superior Baixo Médio Superior B 41,2 34,1 24,7 S 22,5 54,3 23,2 DK 27,8 48,9 23,3 UK 17,6 56,1 26,2 DE 24,1 56,9 18,9 BG 33,5 49 27,4 EL 47 38,1 14,9 CY 36,2 38,1 25,7 E 57,2 20,3 22,5 CZ 18,8 71,4 9,9 F 38,3 40,2 21,5 EE 21,5 54,3 24,1 IRL 40,8 37,2 22 HU 31,6 56,4 12 I 56 35,2 8,8 LT 24 39,7 36,2 L 41,2 42,6 16,2 LV 25,8 57,9 16,3 NL 36 42,6 21,4 PL 25,8 64,3 9,9 A 26,4 58,9 14,7 RO 34,8 57,1 8,1 P 78 14,1 8 SI 27,3 60,8 11,9 FIN 30,1 43 27 SK 20,9 70,5 8,6 UE15 37,8 43 19,2 UE25 35,6 46,2 17,9 Fonte: Eurostat, Employment in Europe 2003. Nota: UE 25 não inclui Malta. Apesar dos Progressos e do investimento, resultados insatisfatórios Evolutção da percentagem da população entre 18-24 anos que não se encontra a estudar nem em formação e não possui o ensino secundário (2000 – 2004) (Abandono Escolar Precoce) 60 50 40 % 30 20 2000 Fonte: EUROSTAT, Labour Force Survey. 2001 2002 2003 2004 Eslovénia Eslováquia Rep. Checa Polónia Finlândia Suécia Austria Dinamarca Estónia Hungria Lituania Irlanda Alemanha Bélgica França Holanda Chipre Grécia UE (25) Reino Unido Luxemb. UE (15) Letónia Itália Espanha Malta 0 PORTUGAL 10 Apesar dos Progressos e do investimento, resultados insatisfatórios Evolução da percentagem de estudantes do ensino secudário nas vias profissionalizantes 90 80 70 60 50 % 40 30 20 1998 Fonte: EUROSTAT, Labour Force Survey 1999 2000 2001 2002 Hungria Chipre Itália Lituania PORTUGAL Estónia Malta Espanha Letónia Grécia Suécia Dinamarca França Finlândia Polónia Alemanha Luxemb. Holanda Bélgica Eslovénia Reino Unido Austria Rép. Checa 0 Eslováquia 10 Apesar dos Progressos e do investimento, resultados insatisfatórios Estudantes no Secundário de acordo com os segmentos de ensino (%) % Segmentos do ensino secundário Cursos Gerais Científico-Humanísticos 54,7 Cursos Tecnológicos 16,0 Cursos Artísticos Especializados 0,7 Cursos Profissionais 9,6 Cursos de Educação/formação 0,2 Ensino Recorrente 18,8 Total 100 Sourc Gabinete de informação e avaliação do sistema educativo, Recenseamento Escolar Anual 2004/2005, preliminary survey Apesar dos Progressos e do investimento, resultados insatisfatórios Vias de Acesso ao Ensino Superior H M TOTAL Cursos Científico-Humanísticos 79,3 86,0 83,4 Cursos Tecnológicos 13,3 7,6 9,9 Ensino Recorrente 3,7 3,4 3,5* Outras (ex. Exames Ad hoc) 3,7 3,0 3,2 Total 100 100 100 Vias de Acesso * The percentages rise to 6,1% and 13,9% in the age groups of, respectively, 24-27 ands 28 and more, showing that this is an important pathway for the one who try to recover a interuppted trajectory at earlier ages. Fonte:CIES-ISCTE, Eurostudent 2004. Apesar dos Progressos e do investimento, resultados insatisfatórios Percentagem da população com mais de 15 anos que participou, nos últimos 12 meses, em actividades não formais de aprendizagem, de acordo com as habilitações académicas e aos escalões etários 30 20 25 15 % 20 28,5 10 18,1 10 % 15 15,8 13,9 10,3 5 14,0 7,2 5 1,9 3,3 0 0 6 anos de escol. ou m enos Ens. Básico Ens. (9 anos de Secundário escol.) Ens. superior INE, Life Long Learning Survey (2003), provisional data 15-24 anos 25-34 anos 35-44 anos 45-54 anos 55 ou mais anos Apesar dos Progressos e do investimento, resultados insatisfatórios Evolução da percentagem da população activa (25-64 anos) em educação ou formação durante as quatro semanas anteriores ao inquérito 40 35 30 25 % 20 15 10 2000 EUROSTAT, Labour Force Survey. 2001 2002 2003 2004 Grécia Eslováquia Hungria Itália PORTUGAL Malta Espanha Polónia Alemanha Luxemb. Rep. Checa Lituania Estónia Irlanda França Letónia Chipre UE (25) Bélgica UE (15) Austria Holanda Eslovénia Reino Unido Dinamarca Suécia 0 Finlândia 5 Percursos Contrastantes Indicatores de Ilusão Peso relativo do desemprego Juvenil, segundo o nível de habilitações académicas Nível de Educação dos jovens Desemprego Até ao Segundo Ciclo do Básico (ISCED 1) 10,6% Educação Básica Completa (ISCED 2) 9,7% Ensino Secundário (ISCED 3) 11,0% Nível pós-secundário (ISCED 5 and 6) 9,4% Source: Permanent Observatory of the Youth - 1997 Percursos Contrastantes Origem Familiar Estratégias de Educação/Formação Classes Superiores Cursos Gerais, Acesso ao ensino superior Classes Médias e Populares Classes Populares de menores recursos Cursos Gerais, Acesso ao Ensino Superior; Educação vocacional e Formação de nível secundário Fracas probabilidade de sucesso Marginalização na escola Abandono escolar precoce (de facto, exclusão dos sistemas de educação/formação) Percursos de Entrada no Mercado de Trabalho Peso (aprox) Acesso aos segmentos modernizados do mercado de trabalho, trajectórias de qualoidade, após períodos de transição instáveis 30% Acesso aos segmentos modernizados do mercado de trabalho, trajectórias de qualoidade, após períodos de transição instáveis 30% Accsso aos segmentos de baixa qualidade do mercado de trabalho Empregos de má qualidade, sem perspectivas de progressão. Por vezes, envolvimento em actividades ilegais 40% Algumas explicações – Contradição entre as normas e as prácticas na escola Condições Institucionais facilitadoras do abandono escolar devido ao desencontro entre os objectivos formais e as práticas reais nas escolas (incluindo a desvalorização dos segmentos vocacionais, vistos como vias de segunda categoria), com consequências negativas na procura; Exclusão escolar de jovens oriundos de meios sociais desfavorecidos; Algumas explicações – Conytradição entre as normas e as práticas nas escolas Escolas e professores não preparados para lidar com a escola de massas (ideologia escolar dos “maus alunos”, agrupados nas turmas problemáticas aguardando a idade de abandonar a escola; Fechamento das escolas e desconhecimento das necessidades do mercado de trabalho; Recursos profissionais e infraestruturais deficientes para a diversificação dos cursos e a melhoria da qualidade e da reputação das vias profissionalizantes. Algumas explicações – estratégias familiares e juvenis racionais mas erradas Jovens de origem social desfavorecida com fracas probabiliades de sucesso escolar, tendem a desvalorizar os segmentos alternativos. Assim, frequentemente, aceitam a exclusão dos sistemas formais de ensino, entrando no mercado de trabalho nos segmentos de má qualidade, com passagens frequentes pelo mercado informal, o que afecta negativamente as perspectivas de carreira; Aceitação da exclusão pelas famílias tendo em atenção o impacto imediato nos orçamentos familiares; Nalguns casos, perigo de envolvimento em comportamentos de risco impeditivas de uma transição adequada para a vida activa. Algumas explicações – O perfil de mecanismos de entrada no mercado de trabalho Um padrão de procura no mercado de emprego que integra com relativa facilidade jovens infra-qualificações, mas em condições que constitu3em uma ratoeira e não uma oportunidade, taqnto mais quanto a aprendizagem ao longo da vida não é prática comum nas empresas que empregam estes jovens. O Desafio Implementar estratégias compreensivas de aprendizagem ai longo da vida, incluindo a transição qualificada dos jovens para o mewrcado de trabalho (e o acesso dos adultos aos processos de RVCC) Diversificação das vias Crescimento económico no contexto da transição para o novo paradigma económico (mais e melhores empregos, mais exigentes em novas qualificações) Articulação de Políticas e prácticas Mercados de trabalho mais inclusivos, com melhores oportunidades para os jovens desfavorecidos; Injecção de qulificações nas empresas Investmento nos sistemas duais (educação com qualificação Investimento em educação e profissional formação para uma melhor transição certificada)) para o mercado de emprego e melhores trajectórias na perspectiva do ciclo de vida Ideias para a reforma Inovação nas práticas empresariais de modo a promover a aprendizagem ao longo da vida dos trabalhadores e dos empresários, acompanhada de mudanças nas escolas que permitam a transição da actual situação de fechamento para uma outra de abertura. A instituição de períodos de aprendizagem obrigatórios para todos os trabalhadores; Ideias para a reforma • Reforma do sistema escolar, incluindo o perfil da oferta, a focalização de políticas nas escolas mais vulneráveis; • A valorização e qualificação dos segmentos vocacionais na oferta escolar, do sistema dual, dos cursos de segunda oportunidade e dos RVCC; • A formação de professores e monitores e a diversificação do perfil profissional dos recursos existentes nas escolas (mediadores, psicólogos, assistentes sociais) O maior desafio Coordenação de políticas