A REVOLUÇÃO AGRÍCOLA E O
ARRANQUE DA REVOLUÇÃO
INDUSTRIAL
INOVAÇÕES AGRÍCOLAS E O
NOVO REGIME DEMOGRÁFICO
OS PROGRESSOS NA
AGRICULTURA

As condições sociais e políticas favoreceram as
transformações verificadas na agricultura inglesa





Apoio do parlamento
A nobreza rural foi alargando as suas propriedades
através da ocupação de terras comunais (baldios).
As propriedades começaram a ser vedadas,
transformando-se assim em campos fechados (as
enclosures), destinadas à criação de gado
Os nobres adquiriram a baixo preço terras
pertencentes a pequenos proprietários arruinados.
Capitalismo
agricultura.
agrário:
modernização
da
A REVOLUÇÃO AGRÍCOLA
Passei parte do Verão em Hertford,
cidade que fica a cerca de vinte
milhas de Londres. […] Os
campos são belos e bem
cultivados, as herdades cercadas
com sebes naturais, fortes como
muralhas verdes. Encontramos
enormes planícies verdejantes,
com várias milhas de extensão,
onde pastam permanentemente
grande números de rebanhos. […]
A sua lã fina e abundante,
constituindo uma das grandes
riquezas da Inglaterra.
César de Saussure, Cartas de Viagem
(1782)
VANTAGENS DAS «ENCLOSURES»
De há mais de cem anos para cá tem
sido concedido um tão grande
número de licenças para dividir e
vedar as terras comunais que se
calcula haver um terço a mais de
terras cultivadas do que havia
anteriormente […]. As terras
vedadas têm vantagens sobre os
campos abertos porque fornecem
abrigo para o gado, que fica
cercado nos campos, e defendem
as searas, impedindo os animais e
as pessoas de as atravessarem.
D’ Éon de Beaumont, Os Ócios do
Cavaleiro (1775)
Melhoria das técnicas




Além da criação do gado
foram introduzidas novas
culturas:
batata
e
beterraba
Drenagem de pântanos
Novos métodos de cultivo


Na região de Norfolk,
experimentou-se algumas
técnicas revolucionárias:
Selecção de sementes e
animais reprodutores
Sistema quadrienal de
rotação
de
culturas,
permite
dispensar
o
pousio e associar na
mesma terra cultivo de
cereais e pastagens para
o gado.
O CRESCIMENTO DEMOGRÁFICO
O fim das fomes


O aumento da produtividade permitiu maior
abundância de alimentos.
Com a melhoria dos transportes, desenvolveu-se
o comércio de produtos alimentares
Aumento da população

Novo regime demográfico
4
2
Natalidade
População
80
0
18
00

A mortalidade infantil diminuiu
significativamente
e
em
meados do século XVIII
passaram a sobreviver dois
terços das crianças.
Crescimento
e
rejuvenescimento
da
população
6
60

8
40

10
20

Revolução demográfica em
Inglaterra
17
00

A melhor alimentação
Melhoria da higiene
Progressos na medicina e mais
atenção às criança
Fizeram com que se verificasse
um recuo da morte.
milhões de hab

mortalidade
O crescimento urbano



Uma das consequências da revolução
demográfica foi o crescimento urbano.
Muitas cidades tornaram-se pólos de
atracção para as populações rurais.
As mudanças introduzidas na agricultura
permitiram dispensar mão-de-obra,
provocando o êxodo rural.
REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
A REVOLUÇÃO INGLESA
A prioridade inglesa

Condições políticas e sociais




O
Parlamentarismo,
que
triunfara após a revolução de
1688/89 e representa os
interesses dos Burgueses e
Nobres
Adopção de uma política de
relativa
liberalização
da
economia, o que facilitou a
expansão capitalista.
Burguesia
e
Nobreza
empreendedora
que
se
dispunha a investir.
Uma mão-de-obra numerosa
que a R. Agrícola empurrara
para os centros urbanos e
industriais.

Condições económicas




Grande
abundância
de
capitais,
acumulados
fundamentalmente
no
comércio colonial
Disponibilidade de matériasprimas, umas de origem
colonial, como o algodão,
outras da metrópole como a lã
e os recursos minerais (ferro e
Hulha).
Vasta rede de comunicações:
excelentes portos, muitos rios
e canais navegáveis e boas
estradas.
Um amplo mercado, quer
externo quer interno
A MAQUINIZAÇÃO DA INDUSTRIA

O progressos técnicos




A competição entre as pequenas oficinas domésticas e as
manufacturas no domínio da produção algodoeira, provocou uma
competição técnica com a criação de numerosos inventos, os quais
melhoraram a produção.
A evolução técnica culminou com a utilização da máquina a vapor
de James Watt na indústria têxtil, a partir de 1780.
A máquina a vapor é o motor da Revolução Industrial, pela primeira
vez, o homem conseguiu produzir energia artificialmente.
Os sectores de arranque


A maquinização da indústria deu-se em primeiro lugar no sector
têxtil algodeiro
Uma evolução mais lenta aconteceu na Indústria metalúrgica, com
a descoberta do coque (1730) – uma amálgama de pó de carvão
com grande poder calórico – e o aperfeiçoamento dos altos-fornos.
Produção inglesa de ferro e
aço
Ano
Invento
Autor
1698
1705
1730
1733
1764
1769
Bomba a vapor
Bomba a vapor
Uso do coque
Lançadeira volante
Maq. De fiação
Máq.
De
fiação
hidráulica
Máq. De fiação
Tear mecânico
Aplicação da máq. a
vapor à indústria
têxtil
Savery
Newcomen
Darby
J. Kay
Hargreaves
Arkwright
1779
1785
Crompton
Cartwright
J. Watt
M. Boulton
16000
14000
12000
t
o
n
10000
8000
6000
4000
2000
0
174049
175059
176069
177079
178089
A fábrica, a máquina e o homem

Mais importantes que as alterações da paisagem
foram as condições humanas


A produção fabril mecanizada – ou maquinofactura –
subordinou o homem à máquina. O trabalhador
limita-se a observar a máquina.
Deixa de ser o artesão especializado para ser o
operário sem qualificação.


Concluindo: o trabalho manual cedeu lugar à maquinização;
o artesanato à produção em série; a oficina doméstica à
grande fábrica.
A manufactura foi substituída pela maquinofactura.
Evolução da população de algumas cidades
industriais
400
Evolução do nº de artesãos e operários
300
350
m
i
l
h
a
r
e
s
250
300
m
i 200
l
h
150
a
r
e 100
s
250
200
150
100
50
50
0
1750
1850
Manchester
0
1806
1815
1825
1835
Leeds
Birmingham
Operários
Artesãos
1845
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Revolução Agrícola e Industrial