VIVA .A INDEPENDENCIA NACIONAL DE MOCAMBIQUE! , . VIVA A FRELIMO! .UJ ECML VIVA. A REPUBLICA POPULAR DE · MOCAMBIQUE! , . Cama-radas : A luta de Jibertac;cio do Povo de Moc;ambique, com a Frelimo a cabec;a,' e urn exemplo para nos, do que pode urn povo unido, decidido e armado perante o colonialismo, o imperialismo e todo.s os seus inimigos. A luta do Povo Moc;ambica.no contra a dominac;ao colonial sof_reu durante anos o efeito da desuniao, na·s cida da fal~a de conhecimento mutuo ou das contradic;oes atic;adas pelo colonialismo. Mas, o Povo Moc;ambicano conhecia bem o valor da unidade, e da liberdade nadom'lis. A 25 de Junho de 1962, militantes nacionalistas oriundos de varies par~es, juntam-se para por·em em comum todas ·a ·s suas capacidades e esforc;os, a fim de construirem urn instrumento de !uta capaz -de de·rrubar a dom inac;ao colonial da sua Patrie. · Essa data marca urn memento importante no processo da unidade· que leva construc;ao de uma Nac;ao Mo~ambicana independen-ce. Nasce a FRENTE DE LIBERTAc;:Ao NACION'Al DE MOc;:AMBIQUE, a H!ELIMO, nasce a organiza;.Co de vanguarda do Povo Moc;ambicano, e com ela se inicia o cami nh o da construc;ao da Republica Democr6tica . e Popular de Moc;ambique que hoje se fesi'eja . . A luta. sofre .urn novo- incremento e a tal ponto_ a _ consciencia nacional dct Pov.Q ~de_ Mo~ambig u_e__ se_ af1rma que a 25 de Setembro de 1964, a FRELIMO com Edual'do Mond lane a cabeca deda·r a: «Moc;ambicanos e Moc;ambiccmas, operario·s e camponeses, trabalhadores das ··serrac;oes e das concessoes, trabalhcdores das mina·s, dos caminhos de ferro, dos portos e das fabricas, intelectuais, funcionarios, . e·s tudantes, soldados moc;ambicanos no exercito portugues, mulheres e jovens, patriotas, EM VOSSO NOME, . A FRELIMO PROCLAMA HOJE, SOLENEMENTE, A INSURREICAO GERAL ARMADA DO POVO MOCAMBICANO, CONTRA 0 COLONIALISMO PORTUGU~S PARA A CONQUISTA DA INDEPENDENCIA TOTAL E COMPLETA DE MO<;:AMBIQUE: 0 NOSSO COMBATE NAO CESSARA SENAO COM A liQUIDA<;:AO TOTAL E · COMPLETA DO COLONIALISMO PORTUGUES. Moc;ambicanos e moc;ambicanas, . . A revoluc;ao moc;ambicana, obra do Povo Moc;am bicano, insere-se no quadrQ geral da I uta dos Povos de Afnca e do mundo pela vitoria dos ideais da liberdade e da justic;a. · . A luta armada que nos hoje anunciamos tendo por objective a destruic;ao do co!oniali·s mo portugues e do rmperialismo, · permitir-nos-6 instaurar no nosso Pais uma nova ordem sociaJ popular. As·sim, · o Povo Moc;ambicano dare! uma ·grande contribuicao historica para a liberta c;Cio total do nosso continente, para 0 , progresso de Africa e do mundo.» . ' . · · ' · . · Apos esta declarac;ao e des~·ncadeada a luta armada, e apesar dos esforc;os dos governos fascistas de Salazar e Caetano para voltarem o Povo Portugues contra os patriota·s africanos, a·pesar dos apoios mundiais com que contaram estes governos em dinheiro e material beliC'o, o Povo de M0 c;ambique venceu e o Povo Portugues soube eesde sempre atraves d·o s seus filhos rna-is conscientes apoiar esta luta. · · Mil hares de trabalhadores portugueses desertaram das fileiras do exercito colonial, as manifestac;oes politiws contra esta guerra assassina eram coda vez mais frequentes e massic;as apesar da repressao fascista. Em Moc;ombique as vitorias sucedem-se. Em 1974 a luta armada atinge a· Zambezia onde se encontra o principal centro populacio·nal colonia.Jista e dedara-se a ofensiva sobre todo o 1 territ6rio moc;ambicano. No decorrer desta Iuta forja_m-se a.s primeira·s zonas libertadas, onde os colonialistc:'s so conseguem pene~rar fortemente armad_o s e para em segu1da retlra·r para .os aquartelamentos., e onde uma nova. v1da se comec;a• a orgamzar nos aldeamentos. Nesta 5 zonas libertadCi•s siio postas em pratica as ideias revolucionarias da FRELIMO no cam po da educacao, da saude·, d~ pr·o d udio etc. Cor:stituem-se as bases em que o Povo Moc;ambicano iria fazer assenta o Poder ~opul~u: que...h.o~e._seJnstouro · ~ Moc;amb1que. . . ' A luta continua e o fascismo· e o colonialismo acabam por sofrer o seu golpe final. · Ao Iongo desta luta, a FRELIMO conduziu o Povo Moc;ambicano a vitoria· porque soube estabelecer as grandes linhas que deveriam fundar uma nova Patria neste territ6rio africano. _ · A primeira condic;ao para a vitoria do Povo Moc;ambicano foi a clara definic;ao dos seus amigos e dos seus inimi90s e dos objectives da sua Revoluc;ao. Assim soube velar pela unidade e cortar o passo a• todas as manobras divi·sionistas das organizac;oes traidoras, soube reforc;ar as fileiras dos combatentes unindo urn Povo ate ai dividido. pelo tribalismo, pelo colonialismo e pelo imperialismo. Apos o·.25 de Abril de 1974, Samora Mochel define uma vez mais as grandes linhas para a unidade das forc;as patrioticas moc;cimbicanas: «Devemos denunciar todos os grupos fantoches com . postos de velhos e novos lacaios, preto·s e broncos, ao servic;o do co·l oniaiismo portugues, a fim de os neutralize r ... lmpremiabilizemos as nossas fileiras contra a infiltrac;ac;> do inimigo e dos seu agentes, em pa.rti~ular contra a tentative de d'esvirtua·r a natureza d~ nos·s o combate, tentando tra·nsforma-lo em guerra· racial». A par dos inimigos amigos internos da Revo-luc;ao, a FRELIMO desde sempre sou be entender as forc;as com que c·o ntava no. plano·. internacional. «No mundo inteiro reforc;a-se a Iuta contra a opressCio, na Africa, na Indochina, entre · os Povos Arahes e a Palestina. A todos trazemos a solidariedade do· nosso combate, a nossa decis.a o de cumprir sempre· o no·sso dever nacional e internacional». . A segundo· condic;a.o pa ra a vitoria a pontada pela FRELIMO fo·i a via .do· Iuta, armada, que iniciou, como unico meio para se libertar dos opressores e con~truir urn.a Patria independente onde o poder estivesse assente· na satisfac;ao do·s interesses das classes mais explo radas e no· fim da explorac;ao dQ homem pelo homem. Mesmo• ap6s o golpe militar de 25~ de Abril a FRELIMO fo·i clara na•s suas posic;oes sobre a via a seguir 'para garantir a· !ndependencia. «0 Povo Moc;ambicano, os combcitentes da FREUMO que sCio o Povo Mo ~Jambicano em armas, nco sao profissionais da guerra: querem a paz. mas a paz que q-ueremos, a paz real, nao pode existir enquanto o colonialismo dominar o nosso Povo. A paz e inseparavel d'a lndependencia Nacional•, pois so com a· lndependencia Nacional terminara a g uerra e havera paz em Moc;ambiq ue». · Mas, em toda·s as tarefas que c FRELIMO sou be · levar a cabo para dirigir o Povo Moc;ambicano vitoria, ,a condit;a o fundamental que ela soube preenche·r foi a sua estreita ligac;ao ao homem simples e vergado pela escravidao, ma·s altivo e . resoluto pelo seu comprometimento na luta d'e libertac;ao nacional. Foi nestes mi lhoes de . homens que a FRELIMO encontro u a sua forc;cr, foi neles que ela definiu as linhas mestras pa ra a unifica ~ao e organizac;ao· de todas as forc;as para a vit6.-ia. Em toda·s as posic;oes era clara a questCio funda mental dq Re-voluc;ao Mo(fc;ambicana: «... Possuimos para isso a. arma deci·siva: nos temos o Povo, eles ntio tem e· nunca terao• o Povo... So nos Revolucionarios podemos transformer os recuos temporaries em plataforma·s de novas ofe-nsivas porq ue so nos podemos dispor da for;a invendvel do Povo, da arma decisive da ideologic cientifica da·s ma ssas exploradas». . · Hoje, apos 11 a~os de luta a rmada, 11 anos de !uta, sacrificios ·~ mortes, o verdadeiro significado da· Revoluc;aq Moc;ambicana, a consciencia do Povo· a·c er·c a dos seus interesses, a determinac;ao· deste· em defe-nder o !'} Ocler que materializasse a realizac;ao dos interesses populares na via da liquidac;ao de todas as formas de explorac;ao·, e uma rea!idade em terra de Moc;ambique, A dedarac;ao da Republica Popular de Mo~c.;mbique, e urn golpe· no racismo, no colonialismo, no capitalismo e no imperialismo e urn grito de Liberdade e uma lic;ao para os Povos do Mundo. ' . Ao Povo Po r~ugu es e sua vanguarda cabe velar por nao trair o , sacrificio· da Iuta· deste Povo, cabe per!3istir na linha da luta sem quartel contra os exploradores, contra as potencia·s que nos pretendem submeter, das quais hoje a mais ameac;ado·r a ai11da .sao os E. U. A., e pela criac;ao ~e . um poder Democrati~o e Popular, ~erd,a~eiro defensor dos explorados na nossa terra e da nossa lndependenc1a. Ao Povo Portugues, aos Revoluc1onar1os e Comunistas cabe levantar bem alto o internacionalismo, festejando a · lndependencia de Moc;ambique como se da nossa se tratasse. A luta que os Povos de Africa de·sencadeiam contra· o imperialismo e pelo fim da explorac;:ao, e a luta de rodos os explorados. Cada combatente caido e sangue nosso que corre, cada vitoria obtida e urn passo na via da emancipat;ao de todos os explorados, faz parte da no·ssa futuro vitoria. a I e a a VIVA VIVA VIVA VIVA A INDEPEND~NCIA NACIONAL DE MOc;:AMBIQUE! A FRELIMO! .A REPOBLICA POPULAR DE MO<;:AMBIQUE! 0 INTERNACIONISMO PROLETARIO! 25 de Junho de 1975 Uniao cla Juventude EstudantU Comun~sta Marxista-Leninista (destacamento estudantil da 0 C M L P)