Disciplina: Tópicos Especiais de Linguística Aplicada: A Formação do Formador e do professor de Língua estrangeira Docente: Prof.Dra. Maria Helena Vieira Abrahão Discente: Selma M. Abdalla Dias Barbosa Aula 5:Conhecimentos Pedagógicos e Fundamentação Teórica na Formação de Professores • Textos: 1. Second Language Teacher Learning and Student Second Language Learning: Shaping the Knowledge Base. (By Tarone and Allwright, 2005) Uma Resenha crítica ao artigo de Freeman and Johnson (1998): • Artigo: Reconceptualizing the KnowledgeBase of Teacher Education. • Nesse artigo eles comentam a necessidade de reconceituar o conhecimento-base do professor de línguas. Essa necessidade recai sobre dois princípios que eles apontam contra a prática atual Os dois Aspectos por Freeman and Johnson: 1. Elaboradores de programas de formação de professores de língua fracassam em não levarem em consideração o que já sabemos em geral sobre aprendizagem do professor/formação 2. Programas de formação de professores também fracassam ao não lidarem com o contexto social da escola e do processo de schooling. Objetivo do texto de Tarone e Allwright: • Analisar mais detalhadamente essas duas acusações de Freeman e Johnson, e propor o que eles acham mais apropriado para a elaboração desses currículos de formação de professores como também para programas de pesquisas. • Os autores afirmam que ao fazerem isso, que eles correriam o risco de parecer que queiram minar o texto de Freeman e Johnson. Tarone e Allwright criticam que Freeman e Johnson: • Não distinguem Teacher learning e Teacher Education Teacher Learning Vs Teacher Education Second Language Teacher Learning Program Second Language Teacher Education Program Criticam que Freeman e Johnson: • Não valorizam ou não levam muito a sério as pesquisa SLA (Second Language Acquisition) • Mas por outro lado, eles tiveram uma importante contribuição, ao chamarem a atenção para a grande quantidade de pesquisas relizadas sobre aprendizagem de professores em geral. Ao contrário de Freeman e Johnson, Tarone e Allwright: • Sabem precisamente como essas pesquisas de SLA e de aprendizagem de professores em geral sustentam e dão suporte na aprendizagem de professores de L2 e na formação de professores de L2 • Eles acreditam que professores de diferentes matérias/áreas aprendem coisas diferentes e de modos diferentes. Programas de Formação de Professores L2 Preservice Program Second Language Teacher Education Inservice Program Conceitos e Práticas diferentes: • Teacher Training: treinamento de habilidades, como por exemplo, escrever legivelmente no quadro ou saber falar para uma sala cheia de crianças e que eles possam ouvir tudo que ele disse) • Teacher Education: Conhecimento, ou seja, saber sobre o sistema de artigos em Inglês. Teacher Development • Entendimento (understanding): Entender porque um adolescente pode achar difícil em se desempenhar da melhor forma possível numa aula de inglês. • Nos ajuda a usar nossas habilidades e conhecimentos apropriadamente. • Nos ajuda a sentir que nós sabemos o que estamos fazendo e porque. Sobre as três noções • De acordo com os autores na prática todas as três noções são relevantes todo o tempo e em todo estágio na carreira do professor, mas deve haver um equilíbrio entre as três noções. • Eles acreditam que a distinção dessas fases é muito importante para a elaboração de programas de formção de professores e, consequentemente, para a elaboração satisfatória de programas de pesquisa. Questionamentos • Como saber distinguir em que fase o professor está? • Ou qual das três noções ele está mais precisando naquele momento específico? • Somente distinguir: Preservice(novato) Inservice (experiente) • Analisar e/ou mapear suas competências? Mapeando um Programa de Pesquisa • Os autores afirmam que seria um prejuízo para programas de pesquisas se estes levassem em conta somente o contexto de sala de aula para aprendizagem de professores (como aludem Freeman e Johnson no artigo) • Os programas deveriam refletir sobre as diferentes formas de aprendizagem de acordo com os diferentes estágios dos professores. • Mostram a necessidade de pesquisas longitudinais, que contemplem tanto o contexto social diferenciado como também, as maneiras como os novatos (preservice) e experientes (inservice) aprendem a ensinar línguas. (Re)elaborando Programas de Formação de Professores de Línguas • A grande dificuldade que os autores encontraram na (re)elaboração de programas foi a escassez de pesquisas direcionadas diretamente à aprendizagem de professores Os autores acreditam que pelo menos: • Dois tipos de programas de educação de professores L2 poderão ser descritos. Academic Fallacy Interface The noninterface fallacy The Academic Fallacy • Sustenta a crença de que professores novatos/inexperientes podem se tornar em eficientes professores de L2 simplesmente frequentando cursos que ensinam como lecionar, aprender, a estrutura da língua e a desenvolver seus conhecimentos sobre o que é ensinar e aprender uma língua. • Freeman e Johnson lutam contra esta vertente ao afirmarem que “os professores não são vasos vazios esperando para serem cheios de teorias e habilidades pedagógicas.” • Para Tarone e Alwright os maiores prejudicados são os “beginning teacher learners” pois eles acham esses conteúdos descontextualizados, e acabam por acreditarem que o único lugar para aprender a ensinar é na sala de aula. The Noninterface Fallacy • Sustenta a crença de que os professores de língua só podem adquirir a habilidade de lecionar/ensinar línguas no contexto de sala de aula de línguas, ou seja, aprendese fazendo (dando aulas) • Similar à teoria de Krashen (1982), uma aprendizagem consciente não tem muita relevância no processo de aquisição de uma L2. Os autores sugerem um terceiro tipo de programa : Interface • Acreditam que aprendizes/professores de L2 precisam de uma aprendizagem consciente antes de adentrarem a sala de aula; • E professores aprendizes experientes preferem se situarem na posição de interface, pois acreditam que a aprendizagem consciente influencia consideravelmente na performance do professor de L2 Crítica dos autores a Freeman e Johnson • Correm o risco de se situarem na Noninterface fallacy devido a seguinte fala: • “The true locus of teacher learning lay in on-the-job initiation into the practices of teaching and not in the processes of professional teacher education.”(p.399) Reconsiderando a Complexidade da Classe dos Professores/Aprendizes • Freeman e Johnson- sugerem a construção de pontes que sustentem uma maior interação entre teoria e prática. Interação Teoria Prática Tarone e Allwright • Colocam na centralidade do processo a heterogeinidade de professores/aprendizes • Retoma os três tipos de conhecimento: habilidades, conhecimento e compreensão/entendimento, em diferentes níveis para os diferentes perfis de professores/aprendizes • Pode-se encontrar resistência de mudança em Professores mais experientes, por isso eles têm que serem expostos a uma abordagem integrativa para convencê-los que precisam desenvolver suas estruturas de compreensão • Acrescentam ainda a diversidade individual do aprendiz (idade, sexo, inteligência, aptidão, motivação e etc) Crítica de Tarone e Allwright • Eles criticam Freeman e Johnson por excluirem o aprendiz do esquema de reconceptualização. • Afirmam que o verbo ensinar não é um verbo intransitivo • “Educação de professores de língua está primeiramente muito mais preocupado com os professores como aprendizes de como ensinar, do que com alunos como aprendizes de língua.”(Freeman e Johnson) Framework for the knowledge base of language teacher education Response to Tarone and Allwright (de Freeman e Johnson) • “That is not what I meant at all.That is not it, at all.” (T. S. Eliot’s J. Alfred Prufrock) • Único ponto em que eles concordam com Tarone e Allwright é que poucas pesquisas têm sido realizadas com pessoas que estão aprendendo a lecionar L2. Sobre a primeira acusação: os programas não levam em consideração o que já se sabe sobre formação de professores • Eles até concordam que é uma afirmação baseada em suas experiências, e não em resultados de pesquisas e, que portanto, acaba por se tonar um julgamento • Mas argumentam que essa crença pode ser sustentada por vários estudos internacionais (Wilson, Floden,& Ferrini-Mundy, 2001), apesar de não serem específicos às suas afirmações, mas os leva a acreditar que os programas precisam mudar. Segunda acusação: Não levam em consideração o contexto social • Eles acham a acusação mais interessante de discutir • Setem que foram mau interpretados/lidos • A nossa visão é um pouquinho diferente da deles • Programas de LTE como são atualmente elaborados, geralmente não contemplam as escolas e o processo escolar como um contexto social crítico para aprendizagem de professores. Eles ampliam os sentidos sociais: • SCHOOLLS • SCHOOLING aspectos socioculturais como o processo sócio-cultural Lecionar não é um verbo intransitivo • That is not what I meant at all. That is not it, at all. • Sobre eles não levarem em consideração as pesquisas de SLA, que pelo contrário eles dão muito valor, pois são elas que ajudam a informar os trabalhos dos professores de línguas. • Eles afirmam que tudo é uma questão de ênfase no objeto a ser estudado. Toward Linking Teacher Knowledge and Student Learning • By Freeman and Johnson • O texto tenta responder como o trabalho chamado TEACHING, as ações do professor, e o trabalho chamado LEARNING, as ações, no mais amplo sentido, dos alunos, se conectam. Processo ensino/aprendizagem PROFESSOR Conhecimento (ações) ALUNO aprende (ações) Pressuposto da Eucação Repensar e Refletir TEACHING O que o professor Sabe? O que o aluno aprendeu? Ou não aprendeu? O que são capazes de fazer? NOÇÕES • AÇÕES: refere-se ao que o indivíduo faz, neste caso, na sala de aula de línguas • ATIVIDADE: não é a soma de ações dos professores e alunos. É o todo, que é melhor que as partes individuais • INSTRUMENTO: É alguma coisa usada para fazer um trabalho em particular Diferentes formas de uso do retroprojetor, e cada uma sugeri uma atividade diferente • “Eu geralmente uso o retro para apresentar informações aos alunos.” • “Quando eu uso o retro, ele ajuda meus alunos a prestarem atenção no que é importante na lição.” • “Eu frequentemente coloco os exercícios de casa dos alunos no retro. Então eles podem ver seus erros.” • “Eu uso o retro para colher informações de meus alunos. Eu faço uma pergunta e logo escrevo no retro o que eles falam.” ATIVIDADES Ações do professor Interplay Meta nível de atividades Ações dos alunos Como ENSINAR e APRENDER se relacionam? • Historicamente os autores apresentam 3 formas: 1. CAUSAL/ CONDICIONAL 2. CAUSALIDADE RACIONAL 3. RELAÇÃO DE INFLUÊNCIA CAUSAL/CONDICIONAL Ensinar conduz aprendizagem do aluno CAUSALIDADE RACIONAL • O foco deixa de ser o que o professor faz e passa a ser o que passa na mente dele. E esse raciocínio pode ser moldado ou causar seu desenvolvimento através de input de novas idéias e práticas: Treinamento conduz bom Do professor ensino RELAÇÃO DE INFLUÊNCIA • Inclui dois elementos ausentes nas demais estruturas: Atividade e conceptual tools: Aprendizagem influencia maneira como profissional ensinam Influencia aprendizagem dos alunos Atividades • Teacher learning TOOLS + physical/ conceptual classroom activity student learning ACTIONS = ACTIVITY Acquiring Knowledge of Discourse Convention in Teacher education by Hedgecock (2009) • Cursos de educação de professores tradicionais: ler a literatura da área, fazer/completar projetos e acumular experiências práticas. • Educação de professores orientada por esquemas reflexivos (como proposta):focar principalmente em habilidades práticas, enfatizar o conhecimento pedagógico e conscientização muito mais que conhecimento de matérias. Preparação de professores baseado na socioliterate approach • A abordagem socioliterate para educação de professores engaja muito mais os participantes em exames/reflexão, entendimentos, adoções, e até mesmo na transformação de discurso dos professores de línguas e práticas textuais. Ler com Consciência Crítica • Teoria e conhecimento formal, os quais Bereiter e Scardamalia (1993) caracterizou como “’representada publicamente” e “negociável”, capacita os inexperientes a teorizar seus conhecimentos implícitos, o conhecimento prático até que isso se torne “Conhecimento prático teorizado.” Algumas estratégias para a leitura crítica • Aproximar da leitura suas próprias perguntas sobre aprendizagem de línguas na mente. • Adotar uma postura crítica quando estiver lendo pesquisas da área. • Questionar TUDO • Questionar o que não está escrito. Angela Scarino • Introspection and Retrospection as Windows on Teacher Knowledge, Values, and Ethical Dispositions • Estudo de caso com uma professora de Francês como segunda língua, fazendo seus relatos introspectivos no momento de correção de exercícios de uma aluna de 11 anos (Rosie)