FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE ITUVERAVA FACULDADE DE FILOSOFIA CIÊNCIAS E LETRAS ESTILOS DE LIDERANÇA: LÍDERES QUE TORNARAM NOTÁVEL A REPUTAÇÃO DE SUAS EMPRESAS ITUVERAVA 2014 RITA DE CÁSSIA SILVA ESTILOS DE LIDERANÇA: LÍDERES QUE TORNARAM NOTÁVEL A REPUTAÇÃO DE SUAS EMPRESAS Trabalho de conclusão de Curso apresentado à Fundação Educacional de Ituverava, Faculdade de Filosofia Ciências e Letras para obtenção do título de Bacharel em Administração Orientador: Profª. Me. Luciana Spínpolo Campos. ITUVERAVA 2014 RITA DE CÁSSIA SILVA ESTILOS DE LIDERANÇA: LÍDERES QUE TORNARAM NOTÁVEL A REPUTAÇÃO DE SUAS EMPRESAS Trabalho de conclusão de Curso apresentado à Fundação Educacional de Ituverava, Faculdade de Filosofia Ciências e Letras para obtenção do título de Bacharel em Administração Ituverava,________de___________de_______. Orientadora:_________________________________________________________ Profª Me. Luciana Spínpolo Campos Examinador (a):_______________________________________________________ Profª Me.Lidiane Aparecida Kanesiro Examinador (a):_______________________________________________________ Prof Me. Rodrigo Ricardo 3 ESTILOS DE LIDERANÇA: LÍDERES QUE TORNARAM NOTÁVEL A REPUTAÇÃO DE SUAS EMPRESAS1 SILVA, Rita de Cássia2 CAMPOS, Luciana Spínpolo3 RESUMO: Liderança é comandar pessoas, atraindo seguidores e os influenciando de forma positiva, este é o papel de um líder quando é eleito por uma organização e passa a assumir um cargo de autoridade, exerce uma liderança formal.O trabalho desenvolvido tevecomo objetivo principal enfatizar o papel dos líderes nas organizações e para o alcance deste, foram traçados alguns objetivos específicos tais como: A capacidade de inovar, a união de suas equipes e o processo de comunicação com seus liderados. Foi ressaltado o papel do líder, seus atributos e qualificações. Apresentados os conceitos de liderança, sob o ponto de vista de estudiosos na era da administração clássica até os dias atuais. Foi feita uma abordagem sobre as teorias dos estilos de liderança; que foram comparados e analisados aos estilos dos 5 líderes com reputação notória eleitos pelo Guia Você S.A. A pesquisa utilizada foi descritiva, para a possível compreensão das características que compõem o perfil desses líderes.Foi possível verificar que ao longo de suas trajetórias como líderes, adotaram seus próprios estilos de liderar, conforme suas necessidades. Torna-se difícil apontar o Estilo de liderança ideal, pois as missões e visões das empresas são diversificadas, estes não devem ser excluídos nem divididos. Palavras chave: Liderança. Organização. Sucesso. LEADERSHIP STYLE: LEADERS THAT BECOME NOTABLE THEIR COMPANIES REPUTATION SUMMARY: Leadership is to command people, attracting followers and influencing in a positive way, this is the role of a leader when elected by an organization and begins to assume a position of authority, has a formal leadership. The work aimed to emphasize the role of leaders in organizations and to achieve this, such as some specific goals were set: The ability to innovate, the union of their teams and the process of communication with their subordinates. The leader's role, their attributes and skills was emphasized. Presented the concepts of leadership, from the point of view of scholars in the classical era to the present day administration. An approach to theories of leadership styles was made; were compared and analyzed the styles of 5 notorious reputation with leaders elected by the SA Guide You The research was descriptive, for possible understanding of the characteristics that make up the profile of these leaders. It was possible to verify that throughout their careers as leaders, have adopted their own styles of leadership, as needed. Becomes difficult to pinpoint the ideal leadership style because the missions and visions of the companies are diversified, they should not be excluded nor divided. Keywords: Leadership. Organization. Success. INTRODUÇÃO O mercado moderno é exigente e caminha para um mundo de super-heróis, onde a multiplicidade de papéis exercida pelos líderes dentro das organizações é cada vez mais importante, pois: estabelecem direções, desenvolvem visão de futuro, engajam pessoas,; comunicam visão e inspiram seus liderados. 1 Artigo apresentado como Trabalho de Conclusão de Curso à Faculdade de Filosofia Ciências e Letras. Fundação Educacional de Ituverava. 2 Graduanda no curso de Administração. E-mail: [email protected] 3 Orientadora, Mestre em Administração de Organizações. Docente da FE/FFCL. 4 Com uma boa liderança, as equipes apresentam excelentes resultados, porque estando motivadas, bons relacionamentos são construídos, a organização passa a se tornar um lugar seguro, motivante e no qual seus liderados gostam de estar. Tudo isso devido a competência de um bom líder.Os líderes são mais que gestores de pessoas, têm a capacidade de coordenar e manipular grupos e equipes a alcançar metas e objetivos definidos pelas empresas. Diante do exposto tem-se a seguinte pergunta de pesquisa: Quais os estilos de liderança adotados pelos 5 líderes com melhor reputação de acordo com o Guia Você S.A, fazendo com que suas empresas se tornem notáveis? No presente contexto, o objetivo principal será enfatizar o papel dos líderes nas organizações e para o alcance deste, foram traçados alguns objetivos específicos tais como: A capacidade de inovar, a união de suas equipes e o processo de comunicação com seus liderados. Para a compreensão do artigo, foi realizado um levantamento bibliográfico e documental, para dar apoio teórico no estudo realizado. A pesquisa justifica-se pelo fato de liderança ser uma ferramenta fundamental para o mundo dinâmico de hoje, para que as organizações atinjam ótimos níveis de eficácia. Como forma de ordenamento, após o levantamento bibliográfico sobre o tema, foi apresentado a metodologia da pesquisa realizada, onde as informações foram extraídas individualmente dos sites das empresas onde estes líderes atuam ou já atuaram; o tipo de amostragem, onde o objeto de estudo foram os estilos de liderança que serão definidos previamente e representados na amostra e por fim os resultados dos estilos de liderança identificados em cada líder, com as considerações finais. 1 REFERENCIAL TEÓRICO 1.1Gestão de Pessoas Segundo Chiavenato (2009), no início do século XX, a indústria sofreu um grande impacto com a revolução industrial, como modo de intermediar desgastes entre as pessoas e as organizações e evitar conflitos na indústria, surgiu Relações Industriais. Que mais tardar na década de 50 passou a denominar-se Administração de Pessoal, pois sua função não se limitava apenas e controlar os conflitos mas também a administrar o pessoal dentro de legislação estabelecida pela lei e pelos sindicatos representantes do pessoal. Com o decorrer dos anos surgiu então a Administração de Recursos Humanos, que engloba os processos de gestão de pessoas na organização. 5 A Administração de Recursos Humanos (ARH) refere-se às práticas e as políticas necessárias para conduzir os aspectos relacionados às pessoas no trabalho do gerenciamento, especificamente à contratação, ao treinamento, à avaliação, à remuneração e ao oferecimento de um ambiente bom e seguro aos funcionários da empresa (DESSLER, 2003, p.2). No início do século XX, cinco funções gerenciais tais como: planejamento, organização, comando, direção e controle eram desempenhadas pelos gestores, porém, atualmente essas foram condensadas em quatro: planejamento, organização, direção e controle. (Judge; Robbins; Sobral, 2010, p.3) 1.2Liderança e seus estilos Para o autor brasileiro Chiavenato (2004), administrar é controlar o uso dos recursos organizacionais para que os objetivos sejam alcançados de maneira eficiente e eficaz. Liderança e Administração, são termos cujas funções são confundidas porém, distintas. Para Judge; Robbins; Sobral (2010, p.359) Administração diz respeito ao gerenciamento da complexidade. A boa administração traz ordem e consistência por meio da elaboração de planos formais, do projeto de estruturas organizacionais rígidas e da monitoração dos resultados. A liderança, por sua vez, diz respeito ao gerenciamento da mudança. Os líderes estabelecem direções por meio do desenvolvimento de uma visão do futuro; depois, engajam as pessoas, comunicando-lhes essa visão e inspirando-as superar os obstáculos. Já para Drucker (1996) ―Liderança é um relacionamento de influência de pensamentos, crenças e comportamentos. É um relacionamento de visão, valores e responsabilidade compartilhados. Liderança não é um cargo‖. E também que é visto como líder eficaz aquele que seus liderados apresentem resultados e não aquele popular e admirado. O autor enfatiza a idéia de que não há a existência de um líder se o mesmo não possuir seguidores, porém em entrevista a imprensa americana, Drucker (1996) criticou as escolas e faculdades que formam líderes, justificando que liderar é mais complexo do que se imagina, reforçando que carisma não é característica de um bom líder. O autor do bestseller:Os Sete Hábitos das Pessoas Altamente Eficazes, Stephen Covey (2008), disse durante sua apresentação no HSMExpoManagement , que ser um bom líder ressalta potencial de cada uma das pessoas, incentivando as pessoas a encontrarem a própria voz, o seu próprio caminho. 6 QUADRO 1 – Características das Teorias dos Traços Teorias dos Estilos de Liderança Define os estilos de liderança a partir das qualidades pessoais de cada líder e estes podem possuir características semelhantes como: extroversão, conscienciosidade, aptidão à novas experiências, Teoria dos Traços inteligência emocional e empatia. Mas conclui-se que não há a existência de um traço universal que os líderes devem seguir. (Robbins; Judge; Sobral, 2010, p.360) Defende a idéia de que aplicando-se o conhecimento correto por meio da ciência, a liderança pode ser tanto aprendida como aplicada. Este estudo foi aprofundado por alguns pesquisadores que encontraram duas dimensões: Estrutura de iniciação e Teoria Consideração, sendo a primeira baseada na idéia de que o líder é Comportamental capaz de definir o seu papel e de seus liderados e a segunda diz respeito ao grau que um líder é capaz de manter o relacionamento de trabalho com seus liderados. (Robbins; Judge; Sobral, 2010, p.362) Na segunda metade do século XX, para se compreender se os estilos de liderança são apropriados às situações e quais são elas, surgiu modelo da contingência de Fiedler, a Teoria Situacional de Teoria Contingencial Hersey e Blanchard, a Teoria do Caminho-Meta de House e a Teoria de Participação e Liderança de Vroom e Yetton. (Robbins; Judge; Sobral, 2010, p.363). Fonte: Elaborado pela autora da pesquisa. 1.3 Estilos de Liderança Analisados A autora do livro Empresas em Movimento, Beth Zorzi, realizou uma pesquisa para identificar os estilos de liderança mais e menos adotados no Brasil, e ressalta que ―Essa classificação assumiu oito possibilidades de práticas, suas associações com Motivos e seus impactos específicos nas equipes e nos processos de transição cultural.‖ (ZORZI, 2013, p.156) a autora detalha cada um dos Estilos, apresentando sua caracterização, crença básica, limitações e possibilidades e diz que por serem impactos específicos estão sujeitos a revisão. Os estilos apontados no livro são: Afetivo: O líder afetivo privilegia o apoio às pessoas e menos às tarefas, acredita que garantir o bem estar de seus funcionários é sua missão, fazendo com que estes desenvolvam um alto desempenho. Autoritário: Poder centralizador e unilateral, este estilo de liderar procura obter resultados imediatos. Coaching: Desperta em seus liderados no dia a dia de trabalho crescimento e desenvolvimento, prepara seus funcionários a estar aptos desafios constantes não só dentro da organização. 7 Diretivo: Alinha esforços para que todos sejam capazes de atingir o objeto almejado pela organização é também monitorador. Laissez-faire: É o estilo de líder que desperta em sua equipe a sensação de desinteresse, não acompanha as atividades nem a rotina de seus liderados, por falta de tempo ou até mesmo desinteresse. Participativo: É o líder que anda junto com a equipe, compartilham informações e tentam encontrar juntos a melhor solução para o alcance dos objetivos. Modelador: Lidera de forma padrão, é rigoroso com sua equipe e consigo mesmo, não aceita opiniões, e acha que maneira de pensar e agir é única correta. Visionário: Acredita que o futuro orienta a as ações do presente, cria projetos sempre a longo prazo. A autora esclarece na pesquisa que o estilo visionário é o que mais sofreu crescimento nos últimos três anos, tanto na heteroavaliação4quanto na pessoal, evidenciando que há nova dimensão de mundo empresarial exigida pelo cenário econômico atual. Segundo Zorzi (2013): ―o desalento pode estar tão grande no mercado que os líderes sentem necessidade de propagar uma visão de futuro e médio prazo, para incentivar suas equipes‖. Zorzi (2013) afirma que líderes com estilo autoritário e afetivo têm sido menos encontrados, para ela esses dois estilos combinados forma uma liderança paternalista, na qual há a proteção, mas também o comando, as ordens. Ao proteger demais, as pessoas não se desenvolvem, o que é inapropriado para o novo conceito de gestão e para os padrões empresariais. Entre os estilos pesquisados, os considerados com menores gaps 5 nos últimos dez anos, foram o afetivo e participativo.Já os considerados com maiores gaps foram o autoritário e laissez-faire. Segundo a pesquisadora o líder autoritário não tem a percepção do que pensam sobre ele. O laissez-faire também não, porque deixa o barco rolar e não entra na atuação de liderança. BANOV (2008), fala sobre os estilos de liderança autocrática, democrática e laissezfaire, para a autora os estilos estão centrados nestes 3. Chiavenato (2009), apresenta os estilos de liderança tradicionais: 1) Autoritário, 2) LaissezFaire e 3) Democrático, onde 3 é o meio termo de 1 e 2, evitando as desvantagens de 4 Avaliação de outrem feita por uma ou mais pessoas ou entidades que não estão a ser avaliadas nesse momento. 5 Palavra inglesa que significa lacuna, vão ou brecha. A palavra é também utilizada com o significado de diferença. 8 ambos; porque apresenta em pesquisas: participação, satisfação, envolvimento pessoal, espírito de equipe e colaboração. ―Um dos grandes problemas da direção é o de desenvolver liderança democrática e participativa com os subordinados, para que passem a participar e a sugerir formas de melhor autuação na empresa visando ao alcance de objetivos.‖ (CHIAVENATO, 2009, p.91). Para a autor, os estilos de liderar é uma questão de situação e adequação entre três fatores: Característica da Situação, do líder e dos subordinados, e não questão dos traços de personalidade a serem seguidos, tudo depende da situação. Para Hersey e Blanchard (1986) são Estilo de Contar (S1) - para seguidores com baixa prontidão, eliminando insegurança a respeito da tarefa; Estilo de Vender (S2) - para seguidores de baixa a moderada prontidão. Combina a abordagem diretiva com explanação e reforço no sentido do entusiasmo; Estilo participativo (S3) - para seguidores com moderada a elevada prontidão. Ajuda a melhorar o desejo de desempenhar uma tarefa; Estilo delegativo (S4) - para seguidores com elevada prontidão. Assume a responsabilidade das atividades a serem feitas. Dessa forma, pode se afirmar que não existe somente um estilo ou característica de liderança que seja válida para quaisquer situações. Vale ressaltar que é a instabilidade faz parte do mundo atual, e cada líder deve buscar ao máximo interagir de forma satisfatória em todas as situações. Neste sentido, em se tratando de liderança devem ser levados em consideração: as características pessoais do líder, características pessoais dos liderados, características da tarefa e a situação/o contexto organizacional (MAXIMIANO, 2008). 1.4O Papel e a importância dos lideres nas organizações. Hersey e Blanchard (1986, p.196-7) afirmam que ―uma liderança eficaz exige comportamentos e habilidades, que podem ser adquiridos por meio de desenvolvimento gerencial e experiência no trabalho‖. Para Byham,W; Smith,A; Paese, M ( 2003), o cargo CEO (ChiefExecutive Officer) em muitas organizações denominado de diretor executivo ou diretor geral, corresponde à pessoa com mais alta responsabilidade ou autoridade de uma organização, seu papel se subdivide em várias funções tais como: avaliar os pontos fortes e fracos de uma organização, como novas oportunidades e também ameaças externas; atuar nas funções operacionais e estratégicas, para que a empresa execute recursos compatíveis com as necessidades de mercado; identifica 9 oportunidades promissoras; executa gestões de mudança, oferecendo a organização adaptações que auxiliam na competitividade. O CEO enxerga hoje, mudanças que funcionam no futuro, cria uma visão de negócio; comunica seus liderados o motivo de tais mudanças, coordena e auxilia essa mudança; observa acontecimentos de maneira criativa; não admite que a empresa se adapte ao comodismo e sim a uma visão de crescimento. Logo percebe a grande importância de um CEO em uma empresa, pois este faz com que as pessoas cresçam, através da motivação e liderança. CEOS eficazes não só tomam decisões adequadas, como também efetuam mudança sem trazer aspectos negativos à organização. (BYHAM; SMITH; PAESE, 2003). 2MATERIAIS E MÉTODOS A pesquisa é do tipo descritiva e de múltiplos casos, na qual Gil (2010), salienta que uma pesquisa descritiva descreve as características de uma determinada população, com a finalidade de identificar relações entre as variáveis. A pesquisa se classifica assim por não ter o compromisso de explicar os fenômenos, embora sirva de base para compreendê-los. Uma pesquisa qualitativa é assim classificada, pois trabalha com dados não numéricos e que não se pode mensurar (GIL, 2010). Sendo assim, a abordagem do problema da presente pesquisa é qualitativa, já que será possível a obtenção de dados descritivos dos estilos de liderança. O meio de investigação utilizado para a coleta de dados foi por meio de uma pesquisa documental, que de acordo com Gil (2010, p.29) este tipo de pesquisa ―vale-se de materiais que não recebem ainda um tratamento analítico, ou que ainda podem ser reelaborados de acordo com os objetos de pesquisa‖. Portanto, este artigo analisou dados dos sites das 5 melhores empresas listadas no Guia Você S.A. no ano de 2013, sendo assim, dados coletados a partir de documentos publicados pelas referidas empresas. O presente estudo teve como objetivo principal enfatizar o papel dos líderes nas organizações e para o alcance deste, foram traçados alguns objetivos específicos tais como: A capacidade de inovar, a união de suas equipes e o processo de comunicação com seus liderados, para tanto foram analisados 5 líderes entre os 100 líderes com melhor reputação no Brasil, de acordo com a publicação do Guia Você S.A.Para a realização da pesquisa, fez-se uma amostragem estratificada, que segundo Gil (2010, p.110) a presente amostra―caracterizase pela seleção de uma amostra de cada subgrupo da população considerada‖. Tendo como principal objeto de estudo os estilos desses líderes. 10 A presente pesquisa foi explorada a partir de 7 categorias de análise para os 5 líderes em estudo, sendo estas embasadas em relação ao sucesso alcançado por eles, tais como: Experiência, Formação, Idade, Tempo de Atuação, Credibilidade, Sucesso e Estilos de Liderança, especificadas no quadro a seguir:. Quadro 2 - Categorias com suas respectivas definições. Categorias de Análise Definições Experiência Formação Idade Tempo de atuação Credibilidade Sucesso Estilo de Liderança Conhecimentos e vivência adquiridos durante anos de trabalho com líder. Conjunto de atividades que visaram a aquisição de conhecimentos, atitudes e formas de comportamento exigidos para o exercício da função Número de anos que se conta, do nascimento até o momento em que se fala. Número de anos que se conta, a partir do período em que se inicia atividades em liderança. Atributo essencial nos mais diversos tipos de relacionamento pessoal e profissional Caminho trilhado composto por preparação, dedicação e perseverança. Modo de influir as pessoas a atingirem os objetivos almejados pela organização, de acordo com o seu estilo. Fonte: Elaborado pela autora da pesquisa. 3 ANÁLISE DE DADOS A análise de dados deste trabalho teve como objetivo principal enfatizar o papel dos líderes nas organizações e para o alcance deste, foram traçados alguns objetivos específicos tais como: A capacidade de inovar, a união de suas equipes e o processo de comunicação com seus liderados. Foi realizado um cruzamento das informações obtidas nos referenciais teóricos apresentados no estudo com as categorias acima apresentadas que foram coletadas individualmente por meio dos sites das empresas que os líderes atuam e já atuaram apresentados a diante, para a possível identificação dos seus estilos de liderança. 3.1 JORGE GERDAU JOHANNPETER. É o líder com maior reputação no país. Aos 14 anos de idade começou a trabalhar na empresa que herdou da família, suas atividades se dividiam entre o trabalho no chão de fábrica da empresa e na metade do outro período no escritório trabalhando com notas fiscais.A Gerdau é a maior produtora em aços longos no continente americano, fornece 11 produtos em aço que atendem à construção civil, à indústria, à agropecuária e à automotiva.O Grupo Gerdau tem usinas siderúrgicas no Brasil, Argentina, Canadá, Chile, Estados Unidos e Uruguai, tornou um dos maiores conglomerados de siderúrgica do mundo. Durante a gestão de Gerdau, o grupo se tornou um dos exemplos mais bem sucedidos de globalização. Integrante do conselho de desenvolvimento econômico e social no governo Dilma, sua influência vai da elaboração de políticas industriais às discussões em torno dos mais importantes projetos estruturantes em curso no país, notadamente na área das concessões públicas. O Estilo de liderança adotado por Jorge Gerdau Johannpeterdentre os estudados é o Visionário, porque acredita que o futuro orienta as ações do presente; em seu ambiente de atuação como líder busca criar condições para que as pessoas exercitem suas funções com a importância que realmente deve ter, pois para ele um bom clima organizacional é aquele em que as pessoas se sentem realizadas como profissionais e indivíduos. Assim será possível a prática das atividades obtendo maiores inovações. Para Gerdau reformas inovadoras é um trabalho que deve começar pela própria liderança, e que o líder precisa saber onde está e onde almeja chegar, buscando sempre qualidade, tomando decisões e assumindo riscos. Apenasassim será possível fazer com que todos os envolvidos notem a importância do alcance dos objetivos almejados pela organização. O líder ressalta que quem não inova será superado pela concorrência e logo deixará de atender as expectativas almejadas, pois melhorias na gestão nunca terminam.Fonte: Grupo Gerdau e Revista Exame. 3.2EIKE BATISTA É o empresário mais falado e talvez o mais controvertido do Brasil. Filho do exministro de Minas e Energia, Eliezer Batista, nasceu em Minas Gerais. Iniciou sua carreira vendendo seguros de porta em porta na Alemanha para custear sua vida na Europa e aos 23 anos de idade comprou sua primeira mina de ouro no Brasil a Autram Ourem. Sobo comandodo Grupo EBX 6, criou também a MMX7, OGX8, LLX 9, REX10, RJX11. Já ocupou o primeiro lugar de pessoa mais rica do país,atualmente ocupa o quinto lugar, com uma fortuna 6 Holding brasileira holding com operações de mineração, logística, petróleo, entre outros Empresa de minério de ferro do grupo EBX. 8 Companhia de óleo e gás 9 Empresa de logística do Grupo EBX 10 Empresa do Grupo que atua no setor imobiliário e comprou o Hotel Glória, no Rio de Janeiro iniciando o projeto de revitalização. 11 Time de vôlei. 7 12 avaliada em 10,6 bilhões de dólares, segundo a Forbes, porém vive um momento crítico. O líder adota um estilo autoritário, pois é centralizador e necessita de resultados imediatos. Em artigo publicado em meados de Julho de 2013, no site G1 o empresário diz que ―Eu me tornei de repente um aventureiro inconsequente que arregimenta recursos para seu próprio benefício e não se importa se entregará o que havia anunciado. Sou um otimista incorrigível em relação a meu país, a meus negócios e às pessoas que me cercam. Ao longo de minha atividade empresarial, os êxitos e conquistas superaram largamente fracassos e erros‖. Para ele, não importa a experiência do profissional, mas sim quanto dinheiro ele pode levar à empresa. Basear a liderança apenas na remuneração pode ser uma armadilha. Segundo Luiz Carlos Cabrera, se não houver uma proposta de valor, o emprego é visto apenas como uma alavanca de oportunidades. Fonte: Revista Terra e Revista Exame. 3.3 ROBERTO SETUBAL É presidente do Itaú Unibanco desde 1994. Engenheiro por formação, Setubal promoveu um avanço a passos largos na instituição financeira que herdou do pai, o exprefeito Olavo Egydio Setubal. Sob o seu comando o banco tornou-se a 42ª maior empresa do mundo, segundo o ranking da Forbes com as 2.000 maiores companhias do planeta. O banco também foi reconhecido como o principal da América Latina, pela quarta vez, e como o melhor do mercado brasileiro, pela 13ª vez, de acordo com o Itaú. Roberto Setubal, foi criado numa época marcada pelo autoritarismo. Quando jovem no início de sua carreira entre os anos de 60 e 70 junto à família no Banco que era presido pelo pai,suas decisões não eram discutidas, adotava o estilo de liderança autocrática, somente o líder definia e fixava as diretrizes sem qualquer participação do grupo. Mas com o passar dos tempos Setubal foi percebendo que era importante separar hierarquia de autoritarismo. E a partir daí passou a criar um ambiente de trabalho com um estilo mais democrático, onde há participação, satisfação e envolvimento. Em entrevista a revista Exame o empresário deixa claro que ―Os tempos mudaram. Não podemos mais impor uma decisão sem ouvir os funcionários‖. Fonte: Itaú e Revista Exame. 3.4. ABÍLIO DINIZ Seu primeiro empreendimento foi uma doceira, onde assumiu um cargo executivo na empresa e encabeçou o projeto de implantação do primeiro supermercado Pão de Açúcar, inaugurado em abril de 1959, na Avenida Brigadeiro Luiz Antônio. 13 Tornou-se presidente do Grupo Pão de Açúcar,empresa que hoje faz parte das líderes mundiais no varejo de alimentos e a maior de varejo da América Latina, com mais de 1.992 pontos de venda.Abílio é omaior empregador privado do Brasil, com mais de 154 mil colaboradores, além de uma infra-estrutura logística formada por 56 centros de distribuição e entrepostos. Para atender aos diferentes perfis de consumidores nos mais variados momentos de compra, o GPA mantém uma atuação multinegócio e multicanal, com lojas físicas eoperações de comércio eletrônico, divididos em segmentos - Varejo Alimentar, Atacado de Autosserviço, Eletro e Móveis, Comércio Eletrônico e Galerias. Seguindo essa segmentação, a estrutura de negócio do GPA está dividida em 5 Unidades de Negócios:Multivarejo: da qual fazem parte as bandeiras Extra e Pão de Açúcar e seus respectivos formatos e canais. A Multivarejo também atua junto aos seus consumidores oferecendo uma vasta linha de produtos de marcas exclusivas, como: Taeq, Qualitá, Casino, Caras do Brasil, Club desSommeliers e Finlandek. Via Varejo: com a Casas Bahia e o Pontofrio, especialistas em móveis e eletroeletrônicos, além de uma marca exclusiva em móveis, a Bartira. Cnova: a Cnova Brasil é uma empresa franco-brasileira, criada a partir da associação entre a Nova Pontocom, no Brasil, e a Cdiscount, na França. A companhia opera por meio dos sites de comércio eletrônico das marcas Extra.com.br, CasasBahia.com.br, Pontofrio.com, Barateiro.com, PartiuViagens.com.br e soluções de B2B por meio da plataforma eHub.com.br. Assaí Atacadista: um dos mais tradicionais atacadistas do país atende os mais variados públicos, desde os transformadores, pequenos comerciantes até o público final.GPAMalls: braço imobiliário do GPA, responsável pela gestão de seus ativos imobiliários e projetos de expansão, negociação e implantação de novas lojas. Em 2013, o GPAMalls lançou a marca Conviva, trazendo um novo conceito de galerias para o mercado brasileiro. Em alguns momentos de sua trajetória com estilo modelador, Abílio declara que era o presidente, o superintendente e estava à frente de tudo. Mas alterou sua postura radicalmente e passou a presidir o Conselho, mesmo quando o grupo tomava decisões incorretas não optava para que a empresa aprendesse a tomar as decisões de maneira correta. Mudou sua postura a favor de uma liderança Coaching, onde todos assumem riscos e tomam decisões juntos, no seu site (http://abiliodiniz.uol.com.br) fica claro o comprometimento que possui com o quesito liderança, pois discute assuntos interessantes sobre o que é essencial para se tornar um líder de sucesso, conselhos aos jovens de como construir uma boa carreira de sucesso, é perceptível que sua liderança se baseia em valores. 14 Com as experiências adquiridas e seu novo método de liderar, despertou em seus colaboradores a importância de crescimento e desenvolvimento, para que todos se tornassem aptos à desafios. Fonte: Grupo GPA e Revista Exame. 3.5 ANTÔNIO ERMÍRIO DE MORAES Engenheiro por formação, presidente e membro do conselho de administração do Grupo Votorantim. O grupo nasceu de uma fábrica de tecidos, fundada em 1918, na cidade paulista de Votorantim. Desde então, diversificou suas atividades e manteve-se em contínuo crescimento, amparado pelos Valores, Solidez, Ética, Respeito, Empreendedorismo e União. Atuante nos ramos de cimento, metais, energia, siderúrgica, celulose, agroindústria e finanças, internacionalizou os negócios que hoje atua em mais de 20 países. Antônio Ermírio de Moraes acredita que pessoas são o diferencial das empresas bem sucedidas e são parte fundamental do tripé que orienta as ações do grupo. Seu grupo sempre investiu em recursos humanos, tanto na formação de líderes, por meio do sistema de Liderança Votorantim quanto no aprimoramento de suas equipes como (Jovens talentos, visão e ação, equipes em alta performance etc).O sistema de liderança criado por ele com a intenção de atender as demandas da estratégia dos negócios no que se refere ao desenvolvimento dos líderes. Nota-se que através de seu estilo participativo, obteve excelentes resultados em sua trajetória, atualmente não consegue mais acompanhar detalhes da empresa nem da economia brasileira, pois sofre de mal de Alzheimer. Grupo Votorantim e Revista Exame. Jorge Gerdau Eike Batista Roberto Setubal Abílio Diniz 12 Quadro 3 – Experiência. - Membro do Conselho de Administração do Grupo Gerdau. -Presidente do Comitê Executivo Gerdau (CEO). - Integrante do conselho de Administração do Grupo. - Fornecedor de água para a mina La Coipa, no Atacama. - Empresário no ramo de minério de ferro, companhia de óleo e gás, logística - Atuante no setor imobiliário e indústria naval - Estagiário de engenharia na Metal Leve, logo passou pelo Citibank em Nova York. - Presidente do Banco Itaú desde 1994 - CEO da instituição fruto da fusão dos dois bancos (Itaú e Unibanco). -Já foi presidente da Febraban.12 -Vice-presidente do IIF13. - Membro do International Advisory Committe14. - Executivo na empresa Pão de Açúcar Federação Nacional dos Bancos Institute of International Finance 14 Comitê Consultivo Internacional 13 15 - Já foi membro do Conselho Monetário Nacional.. - Estagiário na Siderúrgica Barra Mansa, da família. - Presidente do grupo Votorantim. - Foi Presidente do Conselho de Administração do Grupo Votorantim por quase três décadas. Antônio Ermírio Fonte: Elaborado pela autora da pesquisa. Jorge Quadro 4 – Formação. Ciências Jurídicas e Sociais pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul Gerdau em 1961 e Administração de Empresas na Europa. Eike Batista Iniciou o curso de Engenharia Metalúrgica na Universidade de Aachen, na Alemanha. Roberto Engenheiro de Produção pela Usp, com mestrado pela Universidade Setubal Stanford. Abílio Diniz Administração de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas. Antonio Engenheiro Metalúrgico formado no Colorado – Estados Unidos. Ermírio Fonte: Elaborado pela autora da pesquisa. Quadro 5 – Idade. 77 anos de idade. Jorge Gerdau 57 anos de idade Eike Batista Roberto Setubal 59 anos de idade. 77 anos de idade Abílio Diniz Antonio Ermírio 85 anos de idade. Fonte: Elaborado pela autora da pesquisa Jorge Gerdau Eike Batista Roberto Setubal Abílio Diniz Antonio Ermírio Quadro 6 - Tempo de Atuação. 41 anos no exercício de liderança. 35 anos no cargo de liderança em suas empresas. 39 anos a frente da Presidência do Itaú Unibanco. 55 anos à frente de seus negócios Três décadas a frente do Grupo Votorantim Fonte: Elaborado pela autora da pesquisa. Jorge Gerdau Eike Batista 15 Quadro 7 – Credibilidade. -Conquistou mais de 60 mil acionistas com as ações da Usina Cosigua (RJ). - A Gerdau S.A foi listada na NYSE15. - Capacidade instalada de 8,4 milhões de toneladas de aço por ano, com 100 anos de atividade. - A AutramAurem recebeu proposta de associação da mineradora canadense Treasure Valley, posteriormente TVX Gold, com ações listadas na Bolsa de Valores do Canadá. Bolsa de Valores de Nova York. 16 Roberto Setubal Abílio Diniz Antonio Ermírio - Listado como um dos 100 brasileiros mais influentes do ano. - Sua empresa de petróleo captou cerca de US$ 4,1 bilhões. - Passou a ter as ações da LLX negociadas na Bovespa. -Possui 4 mil agências no Brasil- Atua em 20 países - Possui 33 mil pontos de atendimento. - Itaú Unibanco compõe lista das 20 empresas com melhor reputação, sendo a primeira no setor financeiro. - Em 1997 a Companhia Brasileira de Distribuição é a primeira organização de varejo do Brasil e a quarta empresa brasileira a negociar ações na Bolsa de Valores de Nova York. - Parceria com o Itaú para a criação de uma nova companhia direcionada à ampliação de produtos e serviços financeiros oferecidos aos seus clientes. - Participação internacional e liderança em mercados; -Práticas corporativas comprometidas com a cidadania, expressas em ações de responsabilidade social e preocupação com o desenvolvimento sustentável. - De 1979 a 1988 Líder Empresarial do Balanço Anual - Fórum Gazeta Mercantil. Fonte: Elaborado pela autora da pesquisa. Jorge Gerdau Eike Batista Roberto Setubal Abílio Diniz Antonio Ermírio Quadro 8 – Sucesso. - Em 2013 foi eleito o líder de melhor reputação no Brasil pela revista Exame. - Maior produtor de aços longos no continente americano. - Participação societária equivalente à 40% na empresa Sidenor da Espanha, marcando a entrada da empresa na Europa que consequentemente passou a ter participação indireta nos aços Villares no Brasil. - Listado como o 142º homem mais rico do mundo, com patrimônio de US$ 6,6 bilhões (cerca de R$ 12,2 bilhões). - Em 2009 foi considerado o 61º homem mais rico do mundo, segundo ranking da revista Forbes. - Em 2010 apareceu no ranking da revista Forbes como o homem mais rico do Brasil e o 8º mais rico do mundo e no mesmo ano foi considerado a 58ª pessoa mais influente do mundo,conforme a revista Forbes. - Foi escolhido o banqueiro do ano de 2011 pela revista europeia Euromoney. O capital do banco saltou de US$ 2 bilhões em 1994, quando assumiu o cargo, para US$ 100 bilhões este ano. -Com o resultado, o Itaú Unibanco se tornou um dos dez maiores bancos do mundo em valor de mercado. - O banco também foi reconhecido como o principal da América Latina, pela quarta vez, e como o melhor do mercado brasileiro, pela 13ª vez, de acordo com o Itaú. - Em 1968, o Pão de Açúcar já contava com 40 supermercados e 1.642 funcionários e Abílio se firmara como um destacado executivo da empresa, jovem e empreendedor. - Em 1969 o Grupo Pão de Açúcar conta com mais de 60 lojas em 17 cidades. - Em 1976 seu Grupo adquire a maior rede de eletroeletrônicos e eletrodomésticos do país na época, a Eletroradiobraz. - Em 1974 recebeu a Medalha de Mérito ―George Brown‖ da Colorado Schoolof Mines. - Em 1977 foi eleito o Homem de Visão pela Revista Visão. - Em 1980 como o Engenheiro do ano pelo Instituto de Engenharia de São 17 Paulo. - Em 1989 Diploma e medalha de ―Doutor em Metalúrgica‖ pela Colorado Schoolof Mines. - Em 2002 recebeu o prémio de IAC (Instituto Agronômico) – Personalidade do Agronegócio em Campinas. Fonte: Elaborado pela autora da pesquisa. Quadro 9 – Estilo de Liderança. Estilo de Liderança Jorge Gerdau Visionário Eike Batista Autoritário Roberto Setubal Democrático Abílio Diniz Coaching Antonio Ermírio Participativo Fonte: Elaborado pela autora da pesquisa. CONSIDERAÇÕES FINAIS O presente estudo teve como objetivo principal enfatizar o papel dos líderes nas organizações, para tanto foram analisados 5 líderes entre os 100 líderes com melhor reputação no Brasil, de acordo com a publicação do guia Você S.A.O tema liderança foi escolhido como objeto de estudo por ser fator decisivo no sucesso das organizações. Ao decorrer do artigo nota-se que um líder possuir graduações, MBA etc, enriquece seus conhecimentos, porém não é fator essencial que o torna melhor, pois este quesito é comum entre todos. Os estilos identificadosem cada líder foram: Visionário, Autoritário, Democrático, Coaching e Participativo, e todos estão pautados em relacionamento,estes não devem ser excluídos nem divididos, mesmo que seja autoritário colocando à frente seus interesses pessoais e a organização em risco. Isso lhe servirá como maturidade em atitudes futuras. As referências estudadas afirmaram quepara um bom líder, sua organização, equipe e seus clientes devem ter valores imensuráveis, e esta mensagem deve ser transmitida a todos os envolvidos.Toda organização almeja uma visão estrategista, competitiva e com objetivos certeiros, é neste aspecto que a função liderança é decisiva. Neste estudo preocupou-se em destacar as categorias de cada líder é foi possível observar que quase todos ao longo de suas trajetórias, conforme as exigências e necessidades surgiam, lapidaram seus próprios estilos de liderar. O líder deve ser ousado e completo, e para ser completo não pode separar o líder emocional, do profissional e do pessoal. Foi possível identificar nos líderes analisados que, apesar do modo diferenciado de liderar, todos possuem qualidades em comum tais como: responsabilidade, persistência, iniciativa, boa vontade, conhecimento e postura. 18 O estudo delimita-se por não ter como apontar o Estilo de liderança ideal, pois as missões e visões desses líderes em relação à motivação,remuneração, reconhecimento e auto realização são diversificadas e não possuem um menor grau de importância, quando comparadas. A sugestão para trabalhos futuros seria como os Estilos de Liderar afetam o comportamento e o grau de envolvimento dos seus liderados, pois sem eles não é possível atingir os objetivos almejados pelas organizações. REFERÊNCIAS BARRETO, L.. O líder humilde Antônio Ermírio de Moraes. Exame abril..19 dez.2013. Disponível em: http://exame.abril.com.br/revista-exame-pme/edicoes/0068/noticias/o-liderhumilde-2?page=1. Acesso em: 12abril. 2014. BANOV, M. R.. Psicologia no gerenciamento de pessoas. 2 ed. São Paulo: Atlas, 2008. BYHAM,W;SMITH,A;PAESE,M. Formando Líderes. São Paulo: Prentice Hall, 2003. CHIAVENATO, I. Administração de Recursos Humanos, 7 ed. São Paulo: Manole, 2009. CHIAVENATO, I. Iniciação à Geral, 3 ed. São Paulo: Manole, 2009 CHIAVENATO, I. Recursos Humanos, 7 ed. São Paulo:Atlas, 2002. CHIAVENATO, I. Teoria Geral da Administração, 7 ed. São Paulo: Manole, 2014. DESSLER.G. Administração de Recursos Humanos.2. ed. São Paulo: Prentice Hall, 2003. G1. Eike diz que se arrepende de ter recorrido ao mercado de ações. G1 GLOBO..19 de julho.2013. Disponível em: http://g1.globo.com/economia/negocios/noticia/2013/07/emartigo-eike-diz-que-se-arrepende-de-ter-recorrido-ao-mercado-de-acoes.htm. Acesso em: 12 abril. 2014. GIL,A.Como elaborar Projetos de Pesquisa. 5.ed.São Paulo: Atlas, 2010. 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Campinas: Papirus 7 mares, 2012. JUDGE, T ;ROBBINS,S; SOBRAL, F. Comportamento organizacional.14.ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall,2010. PAULA, V. Elaboração e Apresentação de Monografias. Rev e Atual. Fei Ituverava.2. ed.. Ituverava: FEI, 2012. RODRIGUES,F. Poder e Política. Folha Uol..12 março.2013. Disponível em: http://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2013/03/15/leia-a-transcricao-daentrevista-de-jorge-gerdau-a-folha-e-ao-uol.htm. Acesso em: 12 abril. 2014. ROSSI,L. As lições de Eike Batista para sua carreira.Você S/a.. 08 de agosto.2014. O que os erros e os acertos do empresário Eike Batista podem ensinar para sua vida profissional. Disponível em: http://exame.abril.com.br/revista-voce-sa/edicoes/183/noticias/as-licoes-deeike?page=3. Acesso em: 14 agosto. 2014. TERRA. Eike Batista: História, empresas, filhos, fortuna e mais. Economia Terra. Disponível em: http://economia.terra.com.br/eike-batista-trajetoria. Acesso em: 25 mar. 2014. Você S/A. Abílio Diniz é o rei do emprego. 01 março.2010. O Grupo Pão de Açúcar pretende abrir 10.000 vagas este ano. Disponível em: http://exame.abril.com.br/revista-vocesa/edicoes/141/noticias/abilio-diniz-e-o-rei-do-emprego. Acesso em:24 jun.2014. Votorantim. História. Grupo Votorantim. Disponível em: http://www.votorantim.com.br/ptbr/grupoVotorantim/historia/Paginas/historia.aspx. Acesso em: 24 jun.2014. ZORZI,B.Empresas em Movimento: Mudança de Cultura para novo patamar de resultado, 3ª edição. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2013. 20 ANEXO A – Entrevista com Abílio Diniz Abílio Diniz é o rei do emprego. O Grupo Pão de Açúcar pretende abrir 10 000 vagas este ano. Nesta entrevista, Abílio Diniz, presidente do conselho de administração do grupo, fala do profissional que a empresa procura e das características que valoriza num líder. Fabiana Corrêa, Revista Você S.A 01/03/2010 VOCÊ S/A - O Pão de Açúcar anunciou investimento de 5 bilhões de reais e boa parte desse montante vai para o Norte e Nordeste. Como serão contratados os profissionais para essas regiões? Abílio Diniz - No processo de expansão, há espaço para gente que já está lá e também para quem quer uma nova experiência de trabalho e de vida. Temos feito esforços para acolher quem quer se desenvolver em outra região e para quem deixou o Nordeste ou o Norte e agora quer voltar. Nós valorizamos o interesse de sair do eixo Rio-São Paulo, mas o importante não é a região onde se está. Queremos criar condições para que as pessoas tenham oportunidades em qualquer trajetória que desenvolvam aqui dentro do grupo. VOCÊ S/A - Essa expansão vai exigir um profissional diferente do que você procura para o sudeste? Abílio Diniz - Não. O conhecimento dos hábitos, dos costumes e da cultura local facilita o entendimento dos negócios e a adaptação, mas o que faz a diferença nesse processo é o alinhamento do profissional aos nossos valores. VOCÊ S/A - O que você espera que seus executivos façam fora do ambiente de trabalho? Abílio Diniz - Procuro inspirar as pessoas que estão próximas a mim a adotar hábitos saudáveis. Acredito que o segredo de uma boa gestão é manter o equilíbrio entre alimentação, amor, atividade física, espiritualidade, controle do estresse e autoconhecimento. O bom gestor deve se cercar de uma equipe consistente e perseverante. Um líder não pode exercer seu papel sozinho. Ele precisa ter uma equipe que o admire e que tenha os mesmos objetivos. VOCÊ S/A - Há um perfil mais adequado para trabalhar no grupo? 21 Abílio Diniz - Nem sempre uma pessoa reúne as mesmas qualidades de outra na mesma posição. Falando por mim, elegi algumas questões que julgo fundamentais: determinação — algo que sempre digo é saber onde é o norte, qual rumo a pessoa está seguindo — e disciplina. Sou uma pessoa de rotinas, que cumpre a agenda, e acho importante que o líder tenha a inteligência de organizar sua rotina e saber priorizar. Objetividade e transparência para que possa estabelecer relações de confiança, inconformismo para corrigir o que está errado e controle do estresse também estão nesta lista. 22 ANEXO B - Entrevista com Peter Drucker: Liderança é conversa fiada. 10/02/2006 Em sua última longa entrevista à imprensa americana, concedida à Rádio Pública Nacional, Peter Drucker -- o mais respeitado pensador dos negócios --, morto em novembro do ano passado, refletiu sobre os temas que consumiram a maior parte de sua existência de 95 anos. Discorreu sobre as vantagens da democracia, enveredou pelo futuro do capitalismo mundial e pela necessidade de haver equilíbrio entre os interesses de acionistas e consumidores. Uma de suas declarações, porém, revelou-se particularmente surpreendente. Inquirido sobre a necessidade de as escolas de negócios formarem futuros líderes, afirmou não ser essa sua missão. "Toda essa conversa sobre líderes é uma bobagem muito perigosa", disse. "É tudo conversa fiada." EXAME publica com exclusividade, a seguir, os melhores trechos da entrevista: Desde a publicação de seu livro A Prática da Administração, há 50 anos, o senhor vem formando administradores. Qual seria sua mensagem fundamental para o homem de negócios do século 21? Sempre faço três perguntas, não importa se o interlocutor representa uma empresa, igreja ou universidade. Também não importa se ele é americano, alemão ou japonês. A primeira é: qual é o seu negócio? O que você está tentando fazer? O que o diferencia dos demais? Segunda: qual a sua definição de resultado? Terceira: quais são suas principais competências? E o que elas têm a ver com os resultados? É só isso. Não há diferença significativa entre o século atual e o último, exceto que hoje o número de empresas é muito maior. Existem hoje inúmeras escolas de negócios incumbidas de formar novos líderes. Elas estão dando conta dessa tarefa? É um erro afirmar que as escolas de negócios formam líderes. Sua tarefa consiste em formar medíocres competentes para que realizem um trabalho competente. Pode-se dizer o mesmo das faculdades de medicina. Sua função não é formar líderes, mas médicos que matem o menor número possível de pacientes. Permita-me dizer com toda a sinceridade: não acredito em líderes. Toda essa conversa sobre líderes é uma bobagem muito perigosa. É tudo conversa fiada. Entristece-me constatar que, encerrado o século 20, com líderes como Hitler, Stálin e Mao, as pessoas ainda estejam em busca de quem as comande, apesar de todo esse mau exemplo. Acho que tivemos carisma demais nos últimos 100 anos. Já que o senhor se mostra tão cético em relação à liderança carismática, qual sua opinião sobre a atual era de presidentes de empresas estelares? O que o senhor pensa dos supersalários pagos aos executivos? Tenho idade para me lembrar de Franklin Delano Roosevelt e de Harry Truman. Embora Roosevelt tenha sido um grande líder, Truman foi o melhor presidente que os Estados Unidos já tiveram, e o que mais fez pelo país. Ele não gostava de visibilidade. Ao contrário, todos achavam que ele não era grande coisa, inclusive ele mesmo. Portanto, não vejo muito sentido nessa história de super-CEOs. Quanto aos altos salários, acho que são escandalosos. JP Morgan, que não era de forma alguma avesso ao dinheiro, disse em 1906 que qualquer empresa onde o alto escalão ganhasse mais de 20 vezes o salário médio dos empregados não 23 poderia ser bem administrada. Ele se recusava a investir nesse tipo de negócio. Essa é ainda uma regra útil. Qual a sua avaliação do atual papel dos Estados Unidos no mundo? Felizmente, já não somos mais os dominadores. Ainda dominamos do ponto de vista militar, mas não mais politicamente ou economicamente. Com a ascensão da China, da Índia e da União Européia, estamos nos tornando rapidamente apenas outra potência. E isso será difícil de aceitar, principalmente porque desfrutamos de 30 anos de ilusões de grandeza. Não porque fôssemos fortes, mas porque os outros eram fracos. Está surgindo uma economia mundial em que não somos nem sequer a potência principal. Esse lugar caberá, provavelmente, à União Européia. Teremos de aprender a ser uma entre cerca de 12 nações importantes. O papel dos Estados Unidos no mundo será cada vez mais semelhante ao de outras nações. Em 1993, o senhor escreveu A Sociedade Pós-Capitalista. Seria possível explicar o significado do termo -- e quando chegaremos lá, se é que isso acontecerá algum dia? A sociedade de hoje já é, em boa parte, pós-capitalista. Vivemos em uma sociedade da informação. Não há nada mais fácil do que ganhar dinheiro hoje em dia, contanto que você disponha da informação correta. Isso não acontecia no passado. Quem quer que tenha um computador pessoal, e não há quem não tenha um nos países desenvolvidos, tem acesso direto a todas as informações do mundo. Essas pessoas estão aprendendo a utilizá-las. Não me refiro à minha geração. Tenho 95 anos. Refiro-me à geração do meu neto. Nessa sociedade do conhecimento, a concorrência não se baseia no dinheiro que se tem, e sim na capacidade de tornar o conhecimento produtivo. Nós, americanos, por enquanto, estamos na dianteira desse processo. Mas não por muito tempo. O senhor exprime grande confiança nos mercados livres, mas sempre teve reservas em relação ao capitalismo. Com o advento da sociedade do conhecimento, seus temores em relação a ele teriam se tornado irrelevantes? Os mercados livres têm limitações severas, mas são infinitamente melhores do que qualquer alternativa, principalmente porque são muito rápidos em se corrigir. Quando cometem erros, e não são poucos, eles mesmos se corrigem. Uma economia, uma sociedade ou uma organização exigem que se agrade a gregos e troianos. Uma das principais tarefas da administração consiste em equilibrar os resultados de curto prazo com os de longo prazo, em saber lidar com o mercado atual e com as inovações que vão surgindo. A administração tem como missão estabelecer o equilíbrio entre as diferentes expectativas das partes envolvidas. A primeira parte não é o acionista. É o consumidor. Se você não satisfizer o consumidor, nada mais resta a fazer. O capitalismo corre sempre o risco de pender para o lado do acionista. O trabalho da liderança consiste em restaurar o equilíbrio sempre que necessário, porque ele oscila. Qual a sua opinião sobre o futuro do governo e o seu papel na sociedade pós-capitalista? Uma das coisas que você aprende quando chega à minha idade é não fazer previsões. Vejo com ceticismo qualquer instituição que não imponha limitações e restrições severas ao poder. Sou cético em relação ao poder. Não há mal político maior do que poder sem autoridade. O 24 governo precisa se limitar, se restringir e se ater àquelas atividades que lhe são próprias. Há inúmeras coisas que o governo não pode fazer, porque seu desempenho é fraco. O governo existe para fixar normas. Quando ele se mete a fazer coisas, geralmente fracassa pela simples razão de que não consegue abrir mão delas facilmente. Ele se apega a elas e se recusa a largálas, até levá-las ao desastre total, e ainda assim insiste em não soltá-las. Nos últimos 30 anos, reduzimos as funções do governo de modo que ele voltasse a fazer aquilo que faz bem, embora ainda hoje faça coisas demais. Há muita inquietação em relação ao destino do mundo. Em que direção o senhor acha que ele está caminhando? A crença no progresso que herdamos do século 18 não mais existe. A crença em um mundo dominado pela civilização ocidental está chegando ao fim. As potências emergentes -- China e Índia -- não são de forma alguma ocidentais, tampouco pretendem se ocidentalizar, como fez o Japão há 150 anos. Não compreendemos esse novo mundo. Não sabemos em que medida a União Européia será de fato uma união de países ou se continuará a ser uma vaga confederação de nações. Não sabemos em que direção caminha o Mercosul. Estamos em um período de transição tão crítico quanto o século 18 antes das guerras napoleônicas. É tudo quanto sabemos. O mundo não será dominado por nenhuma outra grande potência. Muitos de nós ainda vivemos um mundo -- o de 1960 -- em que os Estados Unidos eram a única grande potência e a única economia que funcionava. Hoje a União Européia é maior. A China está tentando criar uma zona de livre comércio que será maior do que os Estados Unidos, tanto em termos de produção quanto de consumo. Teremos de aprender a conviver num mundo diferente e de valores diferentes. Nesse mundo, a informação e não o poder manterá o Ocidente coeso. O senhor teve uma vida longa e refletiu muito sobre o modo de vivê-la. Agora, aos 95 anos, o que tem a dizer sobre a vida após a morte? Como o senhor vê esse momento de transição cada vez mais próximo? Sou um cristão muito tradicional. Ponto final. Não penso nessas coisas. Disseram-me que não me cabe pensar nisso. Minha função é dizer apenas "sim, senhor".