Sistema de Pagamentos Brasileiro O Sistema de Pagamentos Projeto BC e Universidade Brasileiro Mardilson Fernandes Queiroz Agosto 2008 Maio /de 2005 1 Sumário Conceitos básicos e estrutura do SPB Visão geral da estrutura de liquidação interbancária Instrumentos de pagamento Vigilância 2 Sistema de pagamentos–Conceitos básicos (I) • sistema de pagamentos: conjunto de instrumentos, procedimentos bancários e, tipicamente, sistemas de transferências interbancárias de fundos que asseguram a circulação da moeda (BIS) liquidação de obrigações • crescente interesse dos bancos centrais: • suporte para as operações de política monetária • importância para a estabilidade financeira • papel dos bancos centrais: • operador de sistemas de liquidação • supervisor geral (overseer) sistema de pagamentos eficiente e seguro Sistema de pagamentos–Conceitos básicos(II) • transferências de fundos/transferências de crédito – Intrabancárias – Interbancárias sistemas de liquidação Sistema de pagamentos–Conceitos básicos(III) • sistema de liquidação de obrigações interbancárias – regulamento “alma” do sistema de liquidação • • • • • • tipo de obrigação instituição de liquidação moeda de liquidação participantes tipo e horário de liquidação situações de inadimplência etc – TI (rede de comunicação + centro de processamento) – logística de transporte Sistema de pagamentos–Conceitos básicos(IV) • riscos de liquidação inadimplência da contraparte ou do banco liquidante – risco de crédito perda definitiva • de principal • de reposição – risco de liquidez recebimento com atraso • risco sistêmico quebra em cadeia • moedas de liquidação – moeda de banco comercial – moeda de banco central (“efeito dominó”) Sistema de pagamentos–Conceitos básicos(V) • principais tipos de sistemas de liquidação: – LDL (DNS) risco de liquidação maior x menor necessidade de liquidez – LBTR (RTGS) risco de liquidação menor (finality intradia) x alta necessidade de liquidez – HÍBRIDO procura reunir vantagens dos sistemas LDL e LBTR SPB - A reforma de 2002 principal objetivo: REDUÇÃO do risco sistêmico foco nos sistemas de liquidação principais medidas fortalecimento da base legal reconhecimento da compensação multilateral realização de garantias (efetividade no caso de liquidação extrajudicial implantação de sistema para transferências críticas (LBTR/RTGS) certeza de liquidação (SSI) “regra de ouro”: saldo de RB > zero SPB – Principais instrumentos de pagamento • cheque • cartão de crédito • cartão de débito • transferências de crédito: • transferência associada ao bloqueto de cobrança • DOC • TED • débito direto SPB – Infra-estrutura de liquidação de transferências de fundos Transferência Transferência de crédito de crédito LI Q U ID AÇ ÃO C O M PE N SA Ç ÃO IN D ST E R PA U G ME AM N EN TO TO S Cheque Cheque Cobrança Cobrança Débito direto Débito direto DOC DOC Cartões de Cartões de pagamento pagamento TED TED COMPE COMPE Multilateral Multilateral CIP – Siloc CIP – Siloc Multilateral Multilateral CIP – Sitraf CIP – Sitraf Multilateral Multilateral TECBAN TECBAN Multilateral Multilateral VISANET VISANET Multilateral Multilateral REDECARD REDECARD Multilateral Multilateral D+1 D+1 D+1 D+1 D+0 D+0 D+0/D+1 D+0/D+1 D+1 D+1 D+1 D+1 Sistema Sistemade deTransferência Transferênciade deReservas Reservas––STR STR SPB – Giro anual dos sistemas de transferências de fundos Tabela 1: Sistemas de Compensação e de Liquidação Operações processadas em 2007 Quantidade (Milhões) % Sistema CIP – Sitraf CIP – Siloc STR 1/ Compe TecBan2/ Redecard Visanet Total 1/ 40 1.424 3 1.522 9 1.516 2.066 6.582 Valor (R$ milhões) 0,6 21,6 0,1 23,1 0,1 23,0 31,4 100,0 3.606.377 723.895 1.630.239 1.074.428 713 102.820 138.238 7.276.708 Média (R$) % 49,6 9,9 22,4 14,8 0,0 1,4 1,9 100,0 Fonte: Banco Central do Brasil e Câmaras e Prestadores de Serviços de Compensação e de Liquidação. – Consideradas apenas operações por conta de clientes. 1/ 2/ – Consideradas apenas operações com cartões de débito. 89.144 508 478.724 706 79 68 67 1.106 SPB atual – estrutura de liquidação de ativos Mercado de balcão Negociação/ registro SELIC tpf CETIP tdc tpe di swaps outros BM&F CÂMBIO ci Mercado de bolsas BM&F ATIVOS tpf SOMA ações tdc Compensação BOVESPA ações opções tdc CBLC BANCO CENTRAL Liquidação Final STR/RB tpf – título público federal tdc – título de dívida corporativa ci – câmbio interbancário tpe – título público estadual di – depósito interfinanceiro deriv – derivativos LDL LBTR merc - mercadorias BM&F DERIV deriva. merc. Integração dos sistemas de liquidação Banco Central do Brasil SELIC CIP/SILOC Transferências de fundos (DOC) LDL (D+1) CIP/SITRAF transferências de fundos HÍBRIDO títulos públicos federais LBTR STR transferências de fundos LBTR COMPE cheque e bloqueto cobrança LDL (D+1) TECBAN transferências de fundos LDL (D+0;D+1) BM&F Derivativos mercadorias, futuros e opções; swaps LDL(D+1) RSFN BM&F Câmbio câmbio interbancário LDL (D+1;D+2) Contas de Liquidação CETIP títulos privados; títulos estaduas e municipais; swaps LDL(D+1)/LBTR CBLC ações e outros títulos privados LDL(D+1;D+3) LBTR BM&F Ativos títulos públicos LDL (D+1) STR – Principais características LBTR apenas ordens de crédito (4 níveis de prioridade) liquidação da ordem < > saldo RB >= zero fila central peps acesso técnico mensageria (RSFN) fluxo de mensagens V rotinas de otimização discricionariedade do Bacen STR – Arquitetura geral Banco Central do Brasil STR contas de liquidação C E N T R O instituições financeiras RSFN Provedor 1 1 câmaras e prestadores de serviços de compensação e de liquidação cabos de fibra ótica (2 redes inde pendentes) STR contas de liquidação C E N T R 0 2 RSFN Provedor 2 Secretaria do Tesouro Nacional STR – Grade horária Abertura Sitraf - pré-depósitos Siloc – 1ª sessão Compe – sessão noturna TecBan-1ªsessão Encerramento Compe – sessão diurna Sitraf–ciclo complementar TecBan – 2ª sessão Siloc – 2ª sessão Sitraf – ciclo principal BM&F - Ativos CBLC BM&F - Derivativos BM&F - Câmbio Cetip 6h30 7 8 9 10 11 12 13 14 15 transferências de fundos em nome de cliente operações LBTR da Cetip crédito intradia (concessão/reversão) transferências de fundos em nome próprio do participante; operações do Selic 16 17 18 18h30 Ciclo de liquidação típico em um sistema de compensação (exemplo: liquidação em Do) p1 p2 p3 p4 • p1: participantes realizam transações/fazem transferências de fundos • p2: a câmara calcula a posição líquida de cada participante • p3: participantes com posição líquida devedora creditam a conta de liquidação da câmara no Banco Central • p4: a câmara transfere recursos para os participantes com posição líquida credora p3 – p4 janela de liquidação no STR (enchimento do “pote”/esvaziamento do “pote”) STR – Movimentação Figura 1 Transferências de fundos – Média diária – Mensal R$ bilhões 460 Milhares 50 432 47 404 44 376 41 348 38 320 35 jan fev 2007 mar abr Valor mai jun jul ago set out nov dez Volume STR – Movimentação Figura 6 Transferências de fundos – Valor – Perfil intradia – 7.12.2007. 12% 100% 10% 80% 7% 60% 5% 40% 2% 20% 0% 6:30 0% 8:00 9:30 11:00 12:30 14:00 15:30 17:00 18:30 20:00 Faixa: Média 12m (+ ou -) desvio-padrão (escala da esquerda) Percentual do mês (escala da esquerda) Percentual acumulado do mês (escala da direita) Figura 7 Transferências de fundos – Quantidade – Perfil intradia – 7.12.2007. 20% 15% 100% 80% 60% 10% 40% 5% 0% 6:30 20% 0% 8:00 9:30 11:00 12:30 14:00 15:30 17:00 18:30 20:00 Faixa - Média 12m (+ ou -) desvio- padrão (escala da esquerda) Percentual do mês (escala da esquerda) Percentual acumulado do mês (escala da direita) O crédito intradia forma: operação compromissada custo zero (PU de ida = PU de volta) lastro: TPF elegíveis concessão/reversão: qualquer momento ao longo do dia se não houver a reversão transformação automática para operação overnight (Selic + 6% a.a.) O crédito intradia- Movimentação Movimentação do crédito intradia - Maio de 2005 Dia Quant. 2 3 4 5 6 9 10 11 12 13 16 Média Valor (R$ milhões) Total Médio 453 499 499 451 427 470 478 492 429 454 473 38.871,6 45.908,3 48.712,0 38.161,4 36.297,6 50.441,4 47.740,7 52.116,0 34.775,6 35.650,4 46.447,9 85,8 92,0 97,6 84,6 85,0 107,3 99,9 105,9 81,1 78,5 98,2 465,9 43.193,0 92,4 Suporte de liquidez do sistema R$ bilhões 400 350 300 250 200 150 100 50 0 1/7 22/7 12/8 2/9 24/9 18/10 9/11 Reservas Início de Dia Títulos Redescontáveis Necessidade Efetiva de Liquidez 1/12 22/12 12/1 2/2 25/2 18/3 11/4 Compulsórios Títulos Vinculados ao Compulsório 3/5 Instrumentos de pagamento e “oversight” Sistema de Pagamentos de Varejo Definição e importância • É a infra-estrutura para que o dinheiro cumpra sua função de intermediário de trocas • É um elo de ligação entre a economia não-financeira e o sistema financeiro • Características do pagamento de varejo – – – – Grande quantidade de transações Preponderância de baixos valores individuais Relacionado a compras de bens e serviços Elevada diversidade de instrumentos de pagamentos e de canais de distribuição Sistema de Pagamentos de Varejo – Política do Banco Central do Brasil • Interesse Promover a eficiência econômica no uso da moeda • Objetivo Eficiência e segurança do sistema de pagamentos de varejo Aumentar a participação relativa dos instrumentos eletrônicos vis-à-vis a dos instrumentos em papel Eficiência econômica e aumento de bem-estar social Menor custo Maior qualidade Serviço de maior valor agregado Sistema de Pagamentos de Varejo Fluxo Informações do pagamento Banco do Pagador Arranjo compensação Instrumento débito Banco do beneficiário Instrumento crédito Pagamento (1) Pagamento (2) Instrumento de pagamento (2) Beneficiário Pagador Bens e Serviços Possibilidades de pagamento eletrônico Localização e Necessidades Consumidor Particular Esporte, hobby, laser Instrumento de acesso Gastronomia Compra Home Shopping Transporte e Viagem PIN etc. Password: ******* **** 3D-Secure: ***** Username: casa Interactive TV Desktop IDTV Cartões Magnétic os Laptop Organizer Fixed analogue line Celular Outros digitais (flash, stick, cam, player, contactless console …) chip PKI certificate Smart card Radio Frequency Fixed high-speed line (xDSL) ISDN Mobile networks (GSM, GPRS, UMTS) WAP Meios de Pagamentos (depósitos, e-money, others) World Wide Web Processadora de cartões Invoice & debit Provedores de bens E-Mail Infrared (IrDA) Redes de Comunicações Bluetooth Wireless Local Area Network Transferência de Crédito Pre-pagamento Liquidação Bruta Compensação Tempo Real Processamento Batch Transferência de Crédito Beneficiário Governo Varejistas, Estabeleci mentos Câmara e Liquidação SMS, MMS e dados digitais Provedores de serviços Fonte: ECB Biometric access ATM Kiosk Outras pessoas Serviços financeiros / Bancos Diagnóstico do Sistema de Pagamentos de Varejo – Uso dos Instrumentos Não - Em Espécie – Quantidade Milhões 3.000 Instrumentos de Pagamento de Varejo - Interbancário 2.500 2.000 1.500 1.000 500 0 2001 2002 2003 2004 Cheque Cartão de débito Débito direto Transf. de Crédito 2005 2006 2007 Cartão de crédito Instrumentos de pagamento - quantidade 2002 2007 Transferência de crédito interbancária 19,7% Cheque 1/ 45,9% Transferênci a de crédito interbancária 16,9% Cheque /1 18,9% Débito direto 11,1% Débito direto 8,8% Cartão de crédito 19,4% Cartão de débito 9,0% Cartão de débito 22,2% Cartão de crédito 28,2% Milhões Instrumentos de pagamentos Total: Cheque 1/ Cartão de débito Cartão de crédito Débito direto Transferência de crédito interbancária Fonte: Banco Central do Brasil e bancos. – Cheques com liquidação interbancária. 1/ 2002 5.002 2.295 451 970 438 848 2003 5.414 2.136 662 1.084 627 906 2004 5.805 1.967 912 1.253 657 1.016 2005 6.289 1.839 1.141 1.501 781 1.027 2006 7.013 1.622 1.428 1.814 840 1.309 2007 7.671 1.449 1.700 2.160 853 1.509 2002 – 2007 (%) 53 -37 277 123 95 78 Canais de Acesso – Bloquetos de Cobrança, Contas e Tributos e Ordens de Crédito 1.800 1.600 1.400 1.200 1.000 800 600 400 200 2003 2004 Agências-Postos tradicionais Correspondentes Bancários Outros 2005 2006 ATM Internet, Home e Office Banking Cartões de pagamento – Quantidade de transações Milhões 200 175 150 125 100 75 50 25 0 2002 2003 2004 Cartão de Débito 2005 2006 2007 Cartão de Crédito POS – Transações com cartões de crédito em 2006 80 Estados Unidos Transações per capita 70 60 50 40 Portugal 30 20 Suiça 10 0 - Reino Unido Finlândia Suécia Brasil Alemanha 5 10 Espanha Itália 15 20 25 30 35 milhares Terminais por milhão de habitantes ATM – Quantidade de terminais Mil 180 160 140 120 100 80 60 40 20 ATM – Distribuição geográfica em 2007 0 2002 2.003 Acesso aberto 2.004 2.005 Acesso restrito 2.006 CentroOeste 8% 2.007 Total Nordeste 15% Norte 4% Sul 17% Sudeste 56% Redes de ATM no Brasil – Média de transações por terminal em 2007 Mil 80 70 60 50 40 30 20 10 0 n1 n2 n3 n4 n5 n6 n7 n8 n9 n10 n11 n12 n13 n14 n15 n16 n17 n18 n19 n20 n21 n22 n23 n24 Redes Média por rede Média do sistema Importância relativa dos instrumentos de pagamentos não-em-espécie (Percentagem sobre a quantidade total das transações sem uso de dinheiro) País Alemanha Bélgica Brasil Espanha Estados Unidos Finlândia França Holanda Itália Japão Portugal Reino Unido Suécia Suiça Cheque 2001 2,6 3,9 52,1 9,9 53,8 0,1 35,4 0,2 21,3 5,6 27,0 23,1 0,2 0,8 Cartão de Débito / Cartão de Crédito 2006 0,6 0,7 23,1 3,5 32,6 0,0 25,8 nap 13,9 nav 15,0 12,3 0,1 0,1 % -76,9 -82,1 -55,6 -64,9 -39,4 -63,6 -27,1 -34,7 -44,7 -46,8 -50,0 -87,5 2001 13,2 32,6 23,9 ... 36,6 39,1 30,0 31,9 27,3 60,6 56,3 40,1 31,7 34,1 2006 14,2 40,3 46,2 35,7 51,6 52,3 37,9 36,3 37,8 nav 63,6 46,6 60,7 36,4 % 7,6 23,6 93,2 41,0 33,9 26,3 13,8 38,5 13,1 16,2 91,5 6,7 Transferência de crédito 2001 45,4 48,2 16,0 21,1 5,7 55,5 17,8 39,1 38,2 33,8 4,1 17,4 60,3 57,4 2006 42,2 42,5 18,7 14,5 6,6 42,5 17,7 32,7 32,6 nav 10,1 21,2 29,2 58,1 % -7,0 -11,8 17,0 -31,2 15,8 -23,4 -0,6 -16,4 -14,7 147,8 21,8 -51,6 1,2 Débito direto 2001 38,6 11,5 8,0 68,9 3,9 5,2 16,8 17,9 13,2 ... 11,8 19,4 7,7 5,4 2006 42,8 11,7 12,0 44,7 9,2 5,1 18,5 27,2 14,7 nav 11,3 19,8 10,0 3,7 Fontes: Banco Central do Brasil, bancos, credenciadores e administradoras de cartões, BIS/CPSS, Banco Central Europeu. – Exceto o Brasil, para os demais países é considerado o dinheiro eletrônico – e-money – no cálculo da participação relativa dos instrumentos de pagamentos, 1/ embora este componente não conste nesta tabela % 10,9 1,7 49,4 -35,1 135,9 -2,5 10,1 52,0 11,4 -4,2 2,1 29,9 -31,5 Diagnóstico do Sistema de Pagamento de Varejo Infra-estrutura do mercado – principais características • Baixo uso da capacidade instalada, aumentando os custos fixos por transação • Baixa interoperabilidade, com sobreposição geográfica • Alto custo para desenvolvimento, manutenção e logística da rede • Padronização insuficiente dos protocolos, sistemas, métodos e processos de comunicação • A infra-estrutura da rede é percebida como sendo uma vantagem competitiva na oferta de serviços de pagamento Diretiva 1/2006 – Principais pontos • Conceito Descreve determinado aspecto ou setor e expressa a posição do BC, servindo para nortear a sua ação • Foco Industria de cartões de pagamentos • Aspectos de eficiência cooperação em infra-estrutura; competição nos serviços; inovação no desenvolvimento de produtos Convênio BC – SDE – SEAE – Principais Pontos • Objeto • Cooperação técnica: • Banco Central do Brasil (BC) • Secretaria de Direito Econômico do Ministério da Justiça (SDE) • Secretaria de Acompanhamento Econômico (SEAE) • Motivação • Eficiência econômica com inovação e promoção do bem-estar social • Envolvimento das autoridades • BC ⇒ conhecimento dos serviços bancários e missão de assegurar a solidez do Sistema Financeiro Nacional • BC, SDE e SEAE ⇒ competência para regular questões antitruste: condutas não-concorrenciais e atos de concentração Custo e Eficiência na Utilização de Instrumentos de Pagamentos – Estudo do Caso Brasileiro • Motivação para o estudo • Projeto de Modernização dos Instrumentos de Pagamento • Aumentar a participação relativa dos instrumentos eletrônicos vis-à-vis a dos instrumentos em papel • Estudos similares realizados em outros países • Objetivo do estudo • Mensurar o custo social, no Brasil, relativo ao uso de instrumentos de pagamentos • Resultado • Economia com migração: 0,7% do PIB de 2005 Oversight - SP Sistema Financeiro Instituições Financeiras SUPERVISÃO Mercados Sistemas de Pagamento FISCALIZAÇÃO VIGILÂNCIA Objetivos - Oversight Objetivo principal: • Eficiência e segurança dos sistemas de pagamento: avaliar e monitorar sistemas existentes ou planejados segundo recomendações e políticas do banco central e, quando necessário, induzir mudanças. • Outros objetivos possíveis: • Proteção do Consumidor; • Proteção contra uso ilegal do sistema de pagamento; • Proteção contra pagamento; uso inadequado de instrumento de Justificativas - Oversight Falhas de mercado: • Externalidades negativas: A falta de liquidez ou problemas técnicos individuais podem levar ao contágio entre participantes. • Assimetria de informações: dificuldade da câmara avaliar seus participantes e vice-versa. • Estrutura e Conduta de mercado: tendência de concentração devido a economias de escala e externalidades de rede gerando efeitos dominantes no mercado; Governança. Escopo de atuação - Oversight Escopos de atuação principais: • Sistemas de pagamentos sistemicamente importantes públicos; • Sistemas de pagamentos sistemicamente importantes privados; • Sistemas de compensação e liquidação de títulos; Outros escopos de atuação possíveis: • Sistemas de pagamentos de varejo: avaliar importância na eficiência do sistema de pagamento, impacto na confiança pública no dinheiro, e relevância no crescimento econômico ; • Instrumentos de pagamento: podem ser usados por mais de um sistema de varejo. Atuar, p.e., estimulando inovação substituição de instrumentos de pagamento menos eficientes. e Área de atuação - Oversight • Base legal (Princípio Fundamental - PF I); • Transparência de regras e riscos (PF II; inciso I, art.3, Resolução 2.882); • Acesso (PF IX; inciso VIII, art.3, Resolução 2.882); • Governança (PF X; inciso IX, art.3, Resolução 2.882); • Eficiência (PF VIII; inciso VII, art.3, Resolução 2.882); • Gestão de riscos financeiros (PF II, III, IV, V e VI; incisos II, III, IV e V, art.3, Resolução 2.882); • Gestão de riscos operacionais (PF VII; inciso VII, art.3, Resolução 2.882). Instrumentos - Oversight • Persuasão Moral; • Catalisador de mudanças; • Regulação; • Homologação; • Aplicação de Penalidades; • Coordenação de grupos técnico e gestor; • Questionários; • Acompanhamento de indicadores; • Back testing. Análise Back Testing • Conceituação: – Análise ex-post dos mecanismos de gerenciamento de risco adotados ex-ante. • Objetivo: – Verificar capacidade da câmara em honrar obrigações do primeiro (ou dois primeiros) participante(s) que, em caso de inadimplência, traga(m) maior risco de crédito e de liquidez para a câmara; – Avaliar metodologia de cálculo de volatilidade. Análise Back Testing • Tipos de riscos avaliados: – Risco de Crédito: risco de perda financeira devido à inadimplência de um ou mais participantes. • Principal: risco de perda do valor principal da operação (mitigado pelo mecanismo de DVP). • Reposição: risco de perda financeira proveniente da volatilidade dos preços dos ativos negociados entre a data de contratação e a data de liquidação – risco de mercado (mitigado pelas salvaguardas disponíveis para a câmara). Análise Back Testing • Tipos de riscos avaliados: – Risco de Liquidez: risco de que o atraso ou inadimplência de um participantes cause entrave no fluxo de pagamentos dos outros participantes. • Este risco decorre da dificuldade da câmara em “executar” ativos em garantia, transformado-os em recursos financeiros, para saldar obrigações em dinheiro do(s) participante(s) inadimplente(s). Análise Back Testing • Formas de mitigação de risco crédito: – Salvaguardas Principais: • Garantias individuais dos participantes, solicitadas pela câmara a partir de cálculos de seu sistema de gerenciamento de risco. – Salvaguardas Adicionais: • Fundos mutualizados/não-mutualizados, patrimônio próprio, seguros etc. – A análise do tipo Back Testing avalia se: Salvaguardas > Custo de Liquidação da Carteira de um Participante Análise Back Testing • Formas de mitigação de risco de liquidez: – Contratação de linhas de assistência de liquidez: • São contratadas normalmente junto a grandes bancos, os quais disponibilizam recursos financeiros em troca de ativos como garantia – A análise do tipo Back Testing avalia se: Valor de Linhas de Assistência de Liquidez > Maior Saldo Devedor Análise Back Testing • Metodologia de avaliação do risco de crédito (resultante do risco de mercado): – Risco Financeiro (RF): identifica a diferença entre obrigações e direitos da carteira de posições em aberto do participante, tendo em vista a volatilidade dos preços dos ativos ocorrida entre registro e liquidação. – Risco Financeiro Líquido (RFL): mesma definição de RF, incluindo como direitos as garantias individuais depositadas pelos participantes. Análise Back Testing • Metodologia de avaliação do risco de crédito (resultante do risco de mercado): – Os valores de RF e RFL são calculados diariamente, para cada participante da câmara. – Participante Crítico no dia: participante com o maior valor de RFL no dia. – Objetivo da análise: comparar o valor financeiro do RFL do participante crítico, a cada dia, com o valor disponível em salvaguardas adicionais. Análise Back Testing • Metodologia de avaliação do risco de liquidez: – Calcula-se, para cada dia, o maior (ou os dois maiores) saldo devedor líquido dos participantes da câmara. – Compara-se o maior (ou os dois maiores) saldo devedor líquido com as linhas de assistência de liquidez disponíveis para a câmara. Exemplo – Back testing Backtest Counterparty Credit Risk Backtest Liquidity Risk Ris k (R$ milhõ es ) R$ b ilhõ es To tal Financial Res o urces (R$ milhõ es ) 20 150 16 12 0 1,6 12 90 1,2 8 60 0 ,8 4 30 0 ,4 0 13 -no v 0 0 ,0 13 -no v 2 8 -d ez 2 8 -d ez Ris k 13 -fev 2 9 -mar 14 -mai 2 6 -jun 8 -ag o To tal Financial Res o urces 2 ,0 13 -fev 2 9 -mar 14 -mai 2 6 -jun Hig hes t Deb it Po s itio n 8 -ag o 2 0 -s et Cred it Lines Onde Buscar Informações Adicionais ? Onde Buscar Informações Adicionais? (cont.) Contatos Luciano Andrade Frois [email protected] Deban/Gabin – 3414.1340 Mardilson Fernandes Queiroz [email protected] Deban/Gabin – 3414.3378