Gestão de Dados e Modelação da Toxicidade no Meio Receptor Ana Rosa Trancoso ([email protected]) LIFE02/ENV/P/000416 1 Índice 1. SIG e Gestão de Dados 2. Modelação i. O que é? ii. Para que serve? iii. Avaliação do impacto de efluentes descarregados no meio receptor iv. Avaliação de cenários de gestão 2 SIG – Gestão de Dados Base de Dados Georeferenciada: Armazenamento de dados Facilidade de pesquisa Partilha entre parceiros 3 O que é e para que serve um Modelo? Ferramenta de simulação dos processos físicos que ocorrem no meio aquático Hidrodinâmica Transporte de propriedades (sedimentos, nutrientes, metais, etc...) Processos específicos (erosão, deposição, consumo, etc...) Continuidade Espacial e Temporal Permite avaliar Cenários de Gestão 4 PARÂMETRO: Vibrio fischeri EC50 – 15 min 6 Modelação Toxicidade de 2 efluentes descarregados na bacia Maior toxicidade a montante Diluição no meio receptor pela precipitação 7 Aplicação ao Estuário do Tejo Hidrodinâmica Salinidade Trancão 8 Arsénio no Estuário do Tejo • Indústria metalúrgica na margem Sul do estuário • Descarga da Quimigal estimada em cerca de 2 ton As/dia para o estuário durante 36 anos • Concentrações nos sedimentos até 3000 ppm Bettencourt, 1990 Zonas de deposição de sedimentos contaminados (Fonte: Fernandes, L., 2005, Dissertação de Mestrado) 9 Interface Gráfica – MOHID GIS Geração de Malhas curvilíneas Modelos digitais de terreno Batimetrias Delimitação de bacias Geração de redes de drenagem Definição automática de secções transversais Sobreposição de mapas temáticos Visualização 4D 3D (x,y,z) Tempo (t) 10 Hidrodinâmica no Trancão Nível de água na Estação do Pinhal 0 5 Precipitação [mm/h] Nivel água (m) 2 10 1.5 model station Bacia impermeável 15 Precipitação Precipitação Outubro 20 2004 1 0.5 0 1-Out Precipitação (mm/h) 2.5 25 Caudal de escoamento superficial 30 6-Out 11-Out 16-Out 21-Out 26-Out 31-Out Caudal na rede fluvial 11 Efluentes no Meio Receptor IF05 Toxicidade 1.2E-02 1 1.0E-02 0.8 8.0E-03 0.6 6.0E-03 0.4 4.0E-03 0.2 2.0E-03 0.0E+00 IST32 IP10 IST41 Efluentes IO08 IF03 IF35 IC14 0 IF03 IO39 IP10 IR24 IST32 W45 IF35 IST41 IC14 IF05 IO08 IO39 Caudal de descarga [m3/s] 10-5 < Q < 10-4 W45 10-4 < Q < 10-3 IR24 10-3 < Q < 10-2 12 Tox (TU) Q (m3/s) Caudal Como é calculada a Toxicidade? Ecotoxicidade [TU] Abordagem “top-down”: Efluente = mistura de substâncias é tratado como uma propriedade conservativa Modelo calcula transporte e diluição do efluente no meio receptor Toxicidade Global = Combinação das Toxicidades dos Efluentes 1 0.5 0 EC50 1 Fracção da Concentração Inicial Mapas de Risco 13 Parâmetros Toxicidade no meio receptor devido a descargas pontuais depende de: I. Toxicidade da descarga II. Localização na bacia (Área drenada a montante) III. Caudal da descarga IV. Caudal no meio receptor (capacidade de diluição) 14 II – Influência da Localização do efluente IF05 IST32 IP10 IF03, IF35 Maior Toxicidade nas cabeceiras Zonas mais sensíveis: IST41 IO08 Rio de Loures Ribeira de Fanhões IO39 IC14 Mais Efluentes & Menor Capacidade de Diluição W45 IR24 IST41 bastante tóxico mas diluído no meio receptor 15 Têm importância na composição da toxicidade global no meio receptor: III – Influência do Caudal do efluente • Efluentes com grande fluxo de descarga (W45) • Efluentes muito tóxicos independentemente do local de descarga Efluentes descarregados em cabeceiras aumentam a toxicidade localmente (IC14; IF05, IF03, IF35) IF05 IST32 IP10 IST41 IO08 IF03 IO39 IF35 Contribuição de cada efluente na Toxicidade Global à saída da Bacia IC14 IST32 - 1% IP10 - 1% IF35 - 0% IR24 - 2% IF03 - 2% IO08 - 3% IO39 - 7% W45 IC14 - 29% IST41 - 16% IR24 W45 - 22% IF05 - 17% 16 IV – Influência do Caudal do Meio Receptor Precipitação Precipitação e Toxicidade Global à saída da Bacia Precipitação variável (Outubro 2004) 6 Toxicidade 2 1.6 1.4 4 1.2 3 1 0.8 2 0.6 0.4 1 0.2 0 0 5-Set 10-Set 15-Set 20-Set 25-Set 30-Set 5-Out 10-Out 15-Out 20-Out 25-Out 30-Out Precipitação [mm/h] Diluição da Toxicidade pela Precipitação 17 Toxicidade (TU) Precipitação (mm/h) 1.8 5 Cenários de Gestão Efluente tóxico, com caudal elevado, descarregado em cabeceira : IC14 Acção Pré-diluição Re-localização da descarga Diminuição da Toxicidade média na bacia (%) 1 24 19 Conclusões I Toxicidade no Meio Receptor proveniente de Fontes Pontuais é maior se: Efluente Tóxico e Caudal elevado Descarregado numa cabeceira Período de Seca Principais Medidas: Podemos avaliar o impacto destas medidas através da modelação! Pré-diluição do efluente Re-localização da descarga Desfasamento temporal das descargas Tratamento e descarga na ETAR 20 Conclusões II Modelação permite caracterizar o meio receptor: Continuidade no espaço e no tempo Complemento de programas de monitorização Conhecer o destino da Toxicidade no meio receptor Quantificação do RISCO Identificar processos dominantes Avaliar cenários de gestão Ferramenta aplicável a outros sistemas Planos de Gestão de Bacias 21 Links www.iambiente.pt/ecoriver www.mohid.com APRESENTAÇÕES: www.mohid.com/GIS/Ecoriver/presentations.html LIFE02/ENV/P/000416 22