A imagem e seus mecanismos • Imagem é aquela representação simplificada que emerge na mente, como síntese de uma ou várias sensações ou percepções; • É produto da fragilidade, da sensibilidade forte, da instabilidade, dos valores, etc, dos cidadãos; • A imagem, apesar de ser um produto da interação, é sempre um fenômeno individual,em cujos elementos de formação é possível exercer a influência; Do ponto de vista do comunicador, dois aspectos precisam ser considerados como capitais: • Da coincidência de formas destas projeções interiores da mente, em diversos indivíduos, resulta imagem pública; • O mecanismo de formação da imagem supõe certos intermediantes na adaptação da realidade exterior ao mundo interior, através do processo de comunicação Na comunicação, o que importa é: • Aquilo que é percebido; • Cada um ouve ou percebe a seu modo, de acordo com suas predisposições psíquicas ou morais, seus conhecimentos da linguagem e segundo o ambiente em que se encontra; • A percepção é o ato final da escala de comunicação e a condição preparatória para a tomada de posição, a atitude; • Os dados são percebidos e interpretados em termos das necessidades e emoções, personalidade e soma de conhecimentos, previamente formados pelo indivíduo; Assim, podemos dizer que: • O receptor interpretará a mensagem nos termos de sua experiência e nas formas em que ele aprendeu a responder; • O receptor interpretará a mensagem de forma a resistir a qualquer forte mudança da estrutura de sua personalidade; • O receptor tende a agrupar características e experiências de forma a formar padrões inteiros; Podemos, então, dizer que este padrão de comportamento vai gerar mecanismos de simplificação na decodificação da mensagem, cujos três tipos principais são: a) o símbolo; b) o estereótipo; c) a personificação. O Símbolo: • É um recurso da mente para memorizar de modo simples e concreto uma realidade complexa e às vezes abstrata. É, em geral, a representação de valores coletivos, isto é, sociais, que despertam emoções comuns Então, num processo de construção social, podemos dizer que: •Quanto mais o homem age em função ou como integrante da comunidade, tanto mais se conduz por símbolos e deles necessita; •Quanto mais integrada se acha uma comunidade, tanto mais uniformes são os seus símbolos; •O símbolo deve traduzir uma só abstração, embora complexa. Do contrário, começa a degradar. O Estereótipo: • A multiplicidade quase infinita de percepção com a qual se defronta o indivíduo, o leva a buscar um processo de simplificação e redução. Assim, o público tende a reduzir figuras populares a um determinado tipo concreto ou real. Ou empresta um sólido conteúdo a uma expressão demagógica. Esta tendência aumenta à medida que somos forçados a conceber sem ter percebido. Na maioria das vezes, vemos primeiro e depois definimos. E definimos e então vemos. Essa tendência, para alguns autores´, é chamada de reificação ou redução a coisa. Como o estereótipo é um resultante do processo nãoracional de reação do receptor, ele pode ser sugerido ou subministrado A Personificação: • O homem vê e concebe sempre à sua imagem e semelhança e, quanto mais simples a sua mente, tanto mais tende à comparação consigo mesmo. Essa tendência individual se transfere para o social e, uma vez neste campo, se manifesta através da opinião pública, sempre procurando transfigurar-se em pessoas, que para se igualar, que para se deixar conduzir (líder). É ainda como indivíduo de uma comunidade, que o receptor se identifica com os apelos, as campanhas, os movimentos. O cidadão tende a personificar seu país na figura de seus políticos, quer no momento atual, quer no curso da História. Getúlio Vargas: O pai dos pobres É através deste mecanismo que se constrói o que chamamos de imagem coletiva. Fernando Collor de Mello Vale assinalar os seguintes pontos: 1. Todas as organizações, entidades públicas ou privadas de certo porte, personalidades em posição de destaque perante o público precisam cuidar da “imagem”; 2. Essa imagem constrói-se ou destrói-se com palavras, atitudes, fatos e sistemas. Comunicação Processo de troca de mensagens entre duas ou mais pessoas entre dois ou mais sistemas Implica em dois pólos: Transmissor - (emissor ou fonte) Código de linguagem Receptor - (destinatário ou público) Diferentes etapas da comunicação • Diferentes formas de linguagem: *Comunicação pictórica antes da oralidade; * Comunicação gestual; * Comunicação por sinais; * Comunicação oral; Na Grécia antiga, a comunicação passou a ser usada como instrumento verbal, no intuito de cumprir o papel pragmático da retórica, que consistia em ensinar modalidades de persuasão Diferentes etapas da comunicação • Introdução do alfabeto tipográfico criou o predomínio da interpretação particular sobre o debate público - o divórcio entre a literatura e a vida Cultura abstrata porque o próprio alfabeto de tipos móveis era uma forma mecanizada de cultura Tratava-se da passagem da comunicação direta e imediata (voz, transmissor natural) para a comunicação indireta, através de canais industrializados. O LIVRO