Evolução da dívida fundada do
estado do RS, 1970-2005
Por: Darcy Francisco Carvalho dos Santos
– dez/2006
Darcy Francisco Carvalho dos Santos
Histórico
1.
2.
3.
4.
5.
6.
Marco inicial: 1967 – Apólices reajustáveis do Estado, em grande número.
Grande explosão: Criação das ORTE-RS e das LTE-RS pela Lei 6.465, de
15/12/72 e emitidas pelo Decreto 22.224, de 19/12/1972. A partir de 1973,
começa o crescimento das dívida em títulos estabilizada desde 1967 e, em
1974, inicia a grande expansão da dívida.
Autorização dependia do Senado Federal, que fixava os limites em função
da receita.
Em 1990, sem os recursos do Banco do Brasil (GEROF) de antes, a
rolagem dos títulos estaduais passou a ser feita pelos bancos estaduais. As
crescentes taxas pagas aos tomadores causaram custos adicionais(acima
dos federais). Isso, aliado às grandes emissões aumentaram o
endividamento entre 1991-1994.
A partir de 1992, houve substituição progressiva de títulos estaduais por
federais.
A partir de 1989 as LFT-RS passaram a ter tratamento idêntico às LFT
federais, isto é, corrigidas pela taxa de “overnight”, com correção diária,
aumentando o saldo devedor da dívida. A Lei Federal 7.730, de 31/1/89
(Plano Verão) obrigou o RS a substituir as OTE-RS (correção monetária)
por LFT-RS, com taxas maiores que a correção monetária.
Darcy Francisco Carvalho dos Santos
Histórico (continuação)
7.
A partir de 1991, a política monetária do Governo Federal
tornou-se “ativa” , com juros reais positivos, que
impulsionaram a elevação das taxas de over e dos estoques
da dívida.
8. Política monetária ativa foi a substituição do financiamento
monetário pelo financiamento, mediante dívida mobiliária.
9.
Em 31/12/1996, data de corte em que a taxa selic/over é
substituída por IGP-DI mais % de juros. Disso decorre o
subsídio de R$ 3,170 bilhões concedidos quando do acordo
geral de 1998.
10. Em 17/03/1993, a Emenda Constitucional nº 3 proibiu novas
emissões de títulos, excetuando-se as rolagens e a emissão
para pagamento de precatórios. O descumprimento desse
dispositivo acabou gerando uma CPI no Congresso
Nacional.
Darcy Francisco Carvalho dos Santos
Evolução da dívida fundada (*) do estado do RS, 1970-2005
ANO
MOEDA VALOR NOMINAL NA
CORRENTE MOEDA CORRENTE
R$ 1.000,00 RELATIVO
dez/2005 (**) Dez/70=100
1970
Cruzeiro
358.697.069,17
1.101.745
1971
Cruzeiro
442.878.759,45
1.138.714
1972
Cruzeiro
647.806.835,06
1.439.655
1973
Cruzeiro
1.132.985.176,63
2.178.666
1974
Cruzeiro
1.686.667.081,88
2.410.551
1975
Cruzeiro
2.842.517.928,48
3.140.785
1976
Cruzeiro
4.937.491.107,02
3.729.810
1977
Cruzeiro
6.907.014.073,71
3.759.692
1978
Cruzeiro
11.415.322.232,10
4.411.781
1979
Cruzeiro
22.361.221.542,28
4.876.729
1980
Cruzeiro
37.562.217.806,11
3.896.504
1981
Cruzeiro
104.245.607.111,62
5.540.504
1982
Cruzeiro
296.937.733.553,20
7.902.561
1983
Cruzeiro
854.732.235.665,44
7.313.928
1984
Cruzeiro
3.082.016.241.590,00
8.142.206
1985
Cruzeiro
11.728.937.501.180,00
9.249.662
1986
Cruzado
22.959.999.622,49
10.970.822
1987
Cruzado
123.560.490.504,64
11.445.417
1988
Cruzado
1.246.946.664.762,31
10.153.824
1989
C. Novo
26.279.041.913,78
11.364.893
1990
Cruzeiro
400.511.548.518,30
10.986.525
1991
Cruzeiro
2.273.330.572.978,79
10.748.440
1992
Cruzeiro
34.354.617.243.115,90
12.912.381
1993
Cruz. Real
982.457.904.418,02
13.147.798
1994
Real
4.399.436.417,50
13.562.024
1995
Real
7.164.658.575,17
19.242.388
1996
Real
8.982.720.907,29
22.065.010
1997
Real
11.013.370.336,76
25.170.105
1998
Real
13.416.084.265,93
30.147.747
1999
Real
15.511.527.184,30
29.052.041
2000
Real
17.340.342.070,02
29.576.818
2001
Real
19.834.966.029,93
30.645.025
2002
Real
24.601.733.032,29
30.068.458
2003
Real
26.465.228.052,92
30.041.530
2004
Real
28.904.055.304,79
29.258.602
2005
Real
30.216.936.929,44
30.216.937
Fonte: Divisão da Dívida Pública/CAGE e Balanços do Estado.
(*) Até 1996 inclui os títulos das AROS.
(**) Utilizado o IGP-DI/FGV.
100,0
103,4
130,7
197,7
218,8
285,1
338,5
341,2
400,4
442,6
353,7
502,9
717,3
663,8
739,0
839,5
995,8
1.038,8
921,6
1.031,5
997,2
975,6
1.172,0
1.193,4
1.231,0
1.746,5
2.002,7
2.284,6
2.736,4
2.636,9
2.684,5
2.781,5
2.729,2
2.726,7
2.655,7
2.742,6
Dívida/
RCL
0,28
0,28
0,33
0,41
0,45
0,52
0,65
0,61
0,67
0,73
0,54
0,72
0,92
0,96
1,11
1,06
1,03
1,22
1,04
1,02
1,10
1,16
1,13
1,17
1,27
1,84
2,04
2,34
2,57
2,70
2,70
2,68
2,60
2,79
2,73
2,59
Darcy Francisco Carvalho dos Santos
Crescimento real da dívida por período
governamental, 1971 - 2005
ESTOQUE
ANO
1970
1971-1974
1975-1978
1979-1982
1983-1986
1987-1990
1991-1994
1995-1998
1999-2002
2003-2005
ÚLTIMO ANO
1970=100
100,0
218,8
400,4
717,3
995,8
997,2
1231,0
2736,4
2729,2
2742,6
CRESC.% OPERAÇÕES
POR
CRÉDITO
GOVERNO LÍQUIDAS
118,8%
83,0%
79,1%
38,8%
0,1%
23,4%
122,3%
-0,3%
0,5%
2,9%
7,8%
6,3%
-26,0%
-5,9%
-10,8%
-4,8%
-11,3%
-12,7%
Darcy Francisco Carvalho dos Santos
30,1
30,2
2003-2005
11,0
1987-1990
7,9
11,0
1983-1986
30,1
13,6
1995-1998
1991-1994
1979-1982
4,4
1975-1978
1971-1974
1970
R$ bilhões
35
30
25
20
15
10
2,4
1,1
5
0
1999-2002
Gráfico Evolução da dívida de longo prazo, 19702005 - R$ bilhões de 2005
Darcy Francisco Carvalho dos Santos
Tabela
Estoque da dívida em títulos e contratos, operações de crédito, serviço da
dívida e variações passivas.
Valores em R$ 1.000,00 de 2005 pelo IGP-DI (*).
ANO
ESTOQUE
OPERAÇÕES
SERVIÇO
OPER.CRÉDITO
VARIAÇÕES
ÚLTIMO ANO
CRÉDITO
DÍVIDA
LÍQUIDAS (**)
PASSIVAS
1970
1.101.745
1971-1974
2.410.551
1.707.771
1975-1978
4.411.781
5.694.460
1979-1982
7.902.561
8.220.846
1983-1986
10.970.822
8.806.399
1987-1990
10.986.525
9.396.426
1991-1994
13.562.024
8.299.310
1995-1998
30.147.747
18.063.892
1999-2002
30.068.458
1.252.724
2003-2005
30.216.937
698.531
TOTAIS
62.140.358
FONTE: Balanços do Estado.
1.081.675
3.777.806
6.299.345
17.584.304
11.710.739
12.970.754
14.804.350
6.300.003
4.907.048
79.436.023
626.096
682.710
1.916.655
84.575
1.921.502
1.569.279
(8.777.906) 11.846.167
(2.314.313) 2.330.016
(4.671.444) 7.246.942
3.259.542 13.326.182
(5.047.279) 4.967.989
(4.208.517) 4.356.996
(17.295.665) 46.410.857
Nas operações de crédito inclui a operação Proes, embora tenha sido um simples repasse
de recursos ao Banrisul, no valor de R$ 5,375 bilhões (valores de 2005). Total da
operação a preços de 2005: 7 bilhões.
(*) De dezembro para o estoque e médio para o serviço da dívida e operações de crédito.
(**) Se negativo é serviço da dívida líquido.
Darcy Francisco Carvalho dos Santos
Causas do crescimento do
estoque da dívida estadual
• Déficits primários históricos;
• Política de juros altos do Governo Federal;
• Afrouxamento dos controles por parte do Governo Federal
em algumas épocas;
• Formação de resíduos;
• Assunção de dívidas de estatais e do IPE (2001);
• Operação Proes e contrapartidas;
• Novas operações de créditos a partir de 1999;
• Crescimento demasiado do IGP-DI a partir de 1999;
• Atraso no pagamento das prestações.
Darcy Francisco Carvalho dos Santos
%
Resultados primários e investimentos em % da RCL,
por período governamental, 1971-2005
40,0
30,0
29,2
29,4
27,4
19,7
20,4
20,0
13,0
16,7
7,5
10,0
6,1
(3,2)
Investimentos
19992002
19951998
19911994
19831986
19791982
19711974
(30,0)
19751978
(17,2) (19,6)
(20,9)
Res.primário
(15,4) (13,0) (14,6)
19871990
(9,6)
(20,0)
3,4
20032005
(10,0)
Darcy Francisco Carvalho dos Santos
Administração Direta
Operações de crédito e assunção de dívida, 1999-2005
Em R$ 1.000,00 de 2005 pelo IGP-DI
ANOS
OPERAÇÕES
ASSUNÇÃO DE
TOTAL EM
TOTAL EM
DE CRÉDITO
DÍVIDAS DO IPE
VAL.CORRENTES VAL.DE 2005
1
2
(3=1+2)
1999
225.859
225.859
458.226
2000
426.262
426.262
760.125
2001
313.010
429.954
742.964
1.200.494
2002
185.587
185.587
264.197
2003
131.357
131.357
152.280
2004
155.843
155.843
165.140
2005
127.324
127.324
127.324
TOTAL
1.437.918
429.954
1.867.872
3.000.461
Fonte: Balanços do Estado e Parecer Prévio TCE 2003.
Darcy Francisco Carvalho dos Santos
Causas da formação de
resíduos
• Alto valor da dívida intralimite quando
da renegociação;
• Redução do valor da receita líquida real
_ RLR a contar de 1999;
• Variação demasiada do IGP-DI a partir
de 1999.
• Assunção da dívida do IPE que ficou
enquadrada nessa categoria (2001);
Darcy Francisco Carvalho dos Santos
Variação do estoque da dívida e serviço da dívida líquida em % da RCL
Valores originais atualizados pelo IPG-DI
ANO
ESTOQUE
VARIÇÃO
OPERAÇÕES
SERVIÇO
Oper.crédito
ÚLTIMO ANO
PERÍODO
CRÉDITO
DÍVIDA
líquidas (*)
1970=100
Em %
Em % RCL Em % RCL Em % RCL
1970
100,0
1971-1974
218,8
118,8%
8,5%
5,7%
2,9%
1975-1978
400,4
83,0%
23,3%
15,5%
7,8%
1979-1982
717,3
79,1%
27,1%
20,8%
6,3%
1983-1986
995,8
38,8%
25,6%
51,5%
-26,0%
1987-1990
997,2
0,1%
24,1%
29,9%
-5,9%
1991-1994
1231,0
23,4%
19,4%
30,2%
-10,8%
1995-1998
2736,4
122,3%
29,1%
33,9%
-4,8%
1999-2002
2729,2
-0,3%
2,8%
14,1%
-11,3%
2003-2005
2742,6
0,5%
2,1%
14,8%
-12,7%
FONTE: Balanços do Estado.
No serviço da dívida no período 1995-98 não está incluída a operação principal
do Proes no valor de R$ 5,375 bilhões. Está incluída no estoque.
(*) Se negativas constitui serviço da dívida líquido.
Darcy Francisco Carvalho dos Santos
Serviço da dívida, operações de crédito e serviço da dívida
líquido, em % da RCL, 1991-2005
40,0
SD bruto
35,0
30,0
Oper.crédito
SD líquido
25,0
20,0
15,0
10,0
5,0
1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005
Darcy Francisco Carvalho dos Santos
Resumo do acordo de renegociação da dívida do RS com a União
15.04.98 e 16.11.98
ITENS
EM 15.04.98
EM 16.11.98
Dívida mobiliária em 31.03.96
8.761.477.178
9.822.883.173
Dívida com a Caixa Econômica Federal
665.847.802
772.297.412
Total da dívida assumidada pela União
9.427.324.980
10.595.180.584
(-) Subsídio
1.644.901.532
3.170.139.347
=dívida após o desconto
7.782.423.448
7.425.041.237
(-) Resíduo
305.680.805
= Parcela refinanciada
7.782.423.448
7.119.360.433
Fonte: Balanço do Estado 1998, p.113 e Contrato 014/98/STN/COAFI
Condições:
Prazo: 30 anos. Taxa de juros: 6% aa. Sistema amortizção: Tabela Price.
Comprometimento máximo da RLR: 12% em 1998; 12,5% em 1999 e
13% a partir de 2000 até 2012, decrescento a partir de então até que não exista
saldo devedor.
Amortização extraordinária: 650 milhões (conta gráfica) e R$ 500 (conta elétrica).
Darcy Francisco Carvalho dos Santos
Valores recebidos e dívidas assumidas no contrato Proes
ESPECIFICAÇÃO
VALOR
I/E
RECEBIDO (11/12/1998)
Aquisição carteira mobiliária e FCVS da Sulcaixa
1.327.427.025
I
Cobertura da deficiência patrimonial da Sulcaixa
352.459.134
I
Aumento do capital do Banrisul (*)
700.000.000
E
TOTAL
2.379.886.158
ASSUNÇÃO DE DÍVIDAS
Contrapartidas do Estado (aumento de capital Banrisul)
Passivo atuarial da Fundação Banrisul de Seg.Social
520.919.922
E
Assunção da dívida do Banrisul perante o BNDES
93.573.935
E
Assunção da dívida do Banrisul perante o Finame
69.518.234
E
TOTAL
684.012.092
E
TOTAL GERAL
3.063.898.250
RESUMO
INTRALIMITE (I)
1.679.886.158
I
EXTRALIMITE (E)
1.384.012.092
E
TOTAL
3.063.898.250
EM VALORES DE 2005 (**)
Valor recebido
5.374.884.833
Assunção de dívidas
1.544.816.001
TOTAL GERAL EM VALORES DE 2005
6.919.700.833
FONTE: Balanço do Estado 1998, p.114 e 115.
OBS.: A parcela relativa à agência de fomento entrou posteriormente.
(*) Passou para extralimite em junho/2000, diante da não-privatização do banco.
(**) Pelo IGP-DI médio.
%
43,32
11,50
22,85
77,68
17,00
3,05
2,27
22,32
100,00
54,83
45,17
100,00
77,68
22,32
100,00
Darcy Francisco Carvalho dos Santos
Serviço da dívida intra e extralimite e formação de resíduos
1. Serviço da dívida Administração Direta, 2005
ESPECIFICAÇÃO
INTRALIMITE
EXTRALIMITE
TOTAL
Resíduos
Total sem limite da RLR
RLR - MÉDIA ANUAL
RCL
VALOR
%
% RLR
% RCL
1.172.679.550
75,69
13,1
10,1
376.641.792
1.549.321.342
617.419.669
2.166.741.011
8.985.857.311
11.655.632.050
24,31
100,00
39,85
139,9
-
4,2
17,2
6,9
24,1
3,2
13,3
5,3
18,6
-
-
FONTE: Parecer Prévio TCE 2005, Tabela 3.39, p.172.
No Balanço Geral do Estado 2005, p.97, consta R$ 1.711.070.015,82, estando incluída a importância
de R$ 161.106.418,47 decorrentes de regularizações de dívidas para com o INSS feitas em exercícios
anteriores (Mensagem à Assembléia de fevereiro/2006, p.38).
Darcy Francisco Carvalho dos Santos
Demonstração da conta resíduos da dívida, 2001 a 2005
Valores em R$ 1.000,00 de 2005 pelo IGP-DI.
EXERCÍCIO
Até 31/12/2001
2002
2003
2004
2005
SALDO
31/12 cada ano
1.735.715.843
2.785.197.980
3.842.412.341
5.216.711.406
6.434.019.866
VARIAÇÃO
ANUAL(*)
A
1.049.482.137
1.057.214.361
1.374.299.065
1.217.308.460
SERV.DÍVIDA
INTRALIMITE
B
845.472.072
993.483.030
1.082.937.455
1.172.679.550
RELAÇÃO
C= B/(A+B)
44,6%
48,4%
44,1%
49,1%
Relatório TCE 2002, 2003, 2004 e 2005: Tabelas 2.39, 3.49, 3.43 e 3.38, respectivamente.
(*) Soma da formação no ano mais a atualização do saldo anterior.
Darcy Francisco Carvalho dos Santos
Dívida fundada em contratos: 31/12/2005
ESPECIFICAÇÃO
1.DÍVIDA INTERNA
INTRALIMITE
Acordo geral de 15/04/98
Contrato 15/04/98 - resíduos
Proes Contrato 31/03/98
IPE - assunção 28/12/2001
COHAB - assunção
Contrato unificado 30/03/94
Diversos (7 contratos)
EXTRALIMITE
Proes
Proes Banrisul 31/03/98
Proes contrapartida: 14/08/98
Proes contrap.Fundação Banrisul: 31/03/98
Demais
2.DÍVIDA EXTERNA
Diversos contratos (oito)
INTRALIMITE
%
14.271.954.879
6.434.019.866
3.676.435.321
133.276.654
970.565.034
862.913.377
246.928.249
53,7
24,2
13,8
0,5
3,6
3,2
0,9
-
TOTAL
26.596.093.381
Fonte: Parcecer Prévio TCE 2005, Tabela 3.38, p.171.
100,0
EXTRALIMITE
%
2.141.886.040
1.988.782.887
1.410.717.827
7.981.961
570.083.098
153.103.153
1.121.521.289
65,6
60,9
43,2
0,2
17,5
4,7
34,4
3.263.407.329
100,0
Darcy Francisco Carvalho dos Santos
Tabela
Dívida Fundada em contratos, intra e extralimite em 2005
ESPECIFICAÇÃO
INTRALIMITE
EXTRALIMITE
Interna
Externa
TOTAL
ESTOQUE
26.596.093.381
3.263.407.329
2.141.886.040
1.121.521.289
29.859.500.710
SERVIÇO
SERV/EST.%
1.172.679.550
4,4
376.641.792
11,5
206.632.771
9,6
170.009.021
15,2
1.549.321.342
5,2
Fonte: Relatório do TCE 2005, Tabelas 3.38 e 3.39 e BGE 2005, p.95 e 98.
Darcy Francisco Carvalho dos Santos
Evolução do serviço da divida do Proes e do lucro líquido do Banrisul
Em R$ milhões correntes
Período Serv.dívida Lucro
Dividendos e
Dividendos e jurosProes
líquido
juros cap.próprio Serviço da dívida
1999
86,3
60,1
29,8
(56,5)
2000
126,4
83,5
54,2
(72,2)
2001
150,7
95,6
50,8
(99,9)
2002
149,7
149,7
64,0
(85,7)
2003
146,9
285,4
190,8
43,9
2004
164,3
303,2
75,5
(88,8)
2005
164,2
351,9
234,7
70,5
TOTAL
988,4
1.329,4
699,8
(288,6)
FONTE: Secretaria da Fazenda/DDIP e balanços do Estado.
Darcy Francisco Carvalho dos Santos
Figura 2.4 Dados financeiros relativos ao
Proes e ao Banrisul em 2005
R$ milhões
400
300
352
235
222
164
200
100
Lucro Banrisul Dividendos e
JCP
Serviço dívida
Resíduos
Darcy Francisco Carvalho dos Santos
Reflexo do Proes nos resultados do Banrisul
(Em milhões de 2005, pelo IGP-DI)
500,0
122
149
154
213
331
321
352
(500,0)
(1.000,0)
(1.500,0)
(2.000,0)
(1.720)
1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005
Darcy Francisco Carvalho dos Santos
Alienação de bens e rendimentos financeiros, 1971-2005
Valores em R$ 1.000,00 pelo IGP-DI de 2005
ALIENAÇÃO DE RENDIMENTOS
PERÍODO
RECEITAS
BENS
FINANCEIROS
EXTRAS
1
2
3=1+2
RCL
REC.EXTRAS/
RCL
4
5=3/4
1971-1974
323.821
4.478
328.299
19.094.656
1,7%
1975-1978
64.467
255.068
319.535
24.389.289
1,3%
1979-1982
88.559
1.850.945
1.939.504
30.160.162
6,4%
1983-1986
47.182
935.504
982.686
34.248.435
2,9%
1987-1990
3.069
6.866.073
6.869.142
40.288.680
17,0%
1991-1994
5.256
8.118.520
8.123.775
42.634.072
19,1%
1995-1998
8.324.964
1.911.186 10.236.150
43.714.695
23,4%
1999-2002
1.530.579
800.118
2.330.696
44.705.845
5,2%
2003-2005
345.115
519.763
864.878
33.132.673
2,6%
Tabela Analítica 3 do Anexo.
Nota 1: A receita de privatização no período 1996-98 representou 19,1% da RCL.
Darcy Francisco Carvalho dos Santos
Evolução da arrecdação do ICMS e dos salários
num regime inflacionário (hipotético)
Relativos
ICMS
350
300
Salários
250
200
150
100
0
Ganhos
1
2
3
4
5
6
Meses
Darcy Francisco Carvalho dos Santos
Estados: Re lação se rv iço da
dív ida/RCL, 2005
AP
DF
1,9
2,6
PA
4,8
RR
4,9
RN
5,4
TO
5,5
ES
5,7
AM
5,7
SE
7,1
PE
8,5
PI
9,1
9,6
RO
MG
10,2
SP
10,4
CE
10,4
PB
10,4
RJ
10,7
GO
11,1
SC
11,2
PR
11,7
MS
11,9
BA
12,4
MA
12,6
RS
13,2
AL
14,9
AC
14,9
MT
-
15,7
5,0
10,0
15,0
20,0
Darcy Francisco Carvalho dos Santos
Gastos com inativos e pensionistas por
estados, 2005 em % da RCL
RR
AP
0,3
0,8
AM
2,5
TO
2,7
RO
DF
PI
4,2
8,9
10,5
11,0
MA
MT
11,7
BA
11,7
SE
13,4
ES
13,7
CE
13,7
MS
15,1
15,6
PA
GO
17,0
PB
17,4
PR
17,6
PE
17,7
RN
17,8
AL
18,6
AC
18,6
SC
18,6
RJ
20,0
SP
20,3
MG
23,7
RS
-
30,9
10,0
20,0
30,0
40,0
Darcy Francisco Carvalho dos Santos
Conclusão
•
•
•
•
O serviço da dívida é alto para as condições do Estado, mas bastante
reduzido diante do valor do estoque da dívida, 5,2%, sendo 4,4% da
dívida intralimite. Na dívida externa, a relação é de 15,2%. Sobre a
RCL, o valor pago representa 13,3%, sendo 10,1% oriundo da divida
intralimite.
Como a metade do valor do serviço está ficando como resíduo,
dificilmente o Governo do Estado conseguirá fazer uma renegociação
que reduza seu pagamento.
O que pode e deve ser obtido é um desconto no estoque, pela
variação a maior do IGP-DI sobre o IPCA, a partir de 1999. Como em
1998, ambos variaram igualmente, 1,7%, houve um desequilíbrio
econômico no contrato. E isso pode ser obtido na justiça.
A redução do estoque e também dos resíduos coloca o Estado dentro
dos limites de endividamento da LRF e pode propiciar que em pouco
tempo o valor calculado das prestações fique abaixo dos 13% RLR.
Darcy Francisco Carvalho dos Santos
Bibliografia
• Balanços do Estado
• Pareceres prévios do TCE
• Santos – Darcy Francisco Carvalho dos e Calazans –
Roberto Balau. A Crise da Dívida Pública do RS –
Fundamentos, Evolução e Perspectivas / 1970 –
1998. V Prêmio do Tesouro Nacional 2000. Site:
www.stn.fazenda.gov.br.
Darcy Francisco Carvalho dos Santos
Download

Darcy Francisco Carvalho dos Santos